-Beatrice.
-Ótimo, Beatrice, agora já nos conhecemos, vamos? - sorrio
-Claro, querido noivo. - ela brinca sentando no banco do carona do meu carro.
Algo nessa mulher me atrai, e eu nunca havia conversado tão abertamente com uma desconhecida como estou fazendo agora com ela, que me parece estar bem à vontade com a situação. Dirijo rapidamente até o hotel onde costumo ficar sempre que preciso fugir das investidas do meu pai, e ela segue falante ao meu lado, apesar da voz levemente lenta pelo efeito da bebida.
Subimos direto pra suite presidencial, e ao contrário das mulheres que eu costumo trazer aqui - e que não são poucas - Beatrice não me parece deslumbrada pelo lugar, o que faz minha curiosidade sobre a mulher com roupas de vocalista de banda de heavy metal aumente a níveis tão altos a ponto de torná-la automaticamente excitante.
Ofereço uma taça de vinho a Beatrice e ela nega, voltando a ficar com o olhar triste:
-Acho que não vou conseguir tomar vinho por um bom tempo depois de hoje - ela sorri sem graça e eu assinto, guardando as taças
Beatrice comprime os lábios, e de repente uma vontade incontrolável de provar sua pele rosada me invade, fazendo-me ir até ela, que não recusa o meu toque, e, ao contrário disso, rodeia seus braços em meu pescoço diminuindo o pouco espaço que havia entre nós.
Forço a minha língua contra os seus lábios e ela me dá passagem, beijo-a sentindo o sabor das várias bebidas que ela consumiu a noite inteira, enquanto minhas mãos retiram com cuidado a sua jaqueta de couro preta, jogando-a em um canto qualquer do quarto.
Paramos o beijo por falta de ar, e agora, olhando-a sem a jaqueta, percebo uma tatuagem em seu braço esquerdo, uma rosa cruzada por duas armas, em uma analogia clara a banda guns n'roses que eu amo, e que pelo visto ela também. Deslizo meu polegares pelo contorno da tatuagem fazendo ela sorrir e me encarar com um olhar de curiosidade e apreensão, que é o suficiente para me fazer erguê-la em meu colo e deitá-la na minha cama, ficando por cima dela logo em seguida.
Voltamos a nos beijar, e Beatrice logo tenta tirar a minha camisa, encarando meu abdômen e mordendo os lábios assim que consegue. Repito o seu movimento deslizando o zíper da sua blusa e revelando seus seios fartos, e mais uma tatuagem que cobre todo o contorno inferior deles deixando-a ainda mais sexy. Beijo seu pescoço e desço massageando e beijando cada um dos seus seios, fazendo o mesmo com o contorno da tatuagem, passando pela barriga, e abrindo o zíper da sua calça, sob seus olhares atentos.
Mordo os lábios admirando a pequena calcinha de renda preta adornada com uma jóia dourada, e sem perder mais tempo, beijo sua intimidade ouvindo um gemido contido escapar de seus lábios. Sorrio subindo novamente e abocanhando seu mamilo, enquanto meu polegar rodeia seu clitóris exercendo uma leve pressão sobre ele. Afasto a sua calcinha colocando um dedo dentro dela, sentindo-o ser encharcado pela sua excitação, e sussurro um "gostosa" em seu ouvido, antes de descer retirando a calcinha e caindo de boca na sua boceta molhada.
Circulo minha língua em seu clitóris enquanto meus dedos brincam em um vai e vem lento dentro dela, movimento que é acelerado assim que percebo que ela está prestes a se derramar na minha boca. Chupo Beatrice com mais força, e assim que sinto suas contrações indicando que ela chegou ao orgasmo, me livro da minha calça junto com a cueca, coloco a camisinha e me enterro nela sem a menor cerimônia.
Vou estocando cada vez mais forte, fodendo cada pedaço dessa boceta deliciosa enquanto Beatrice geme alto cravando as unhas nas minhas costas me fazendo ter vontade de me enterrar cada vez mais rápido e mais fundo dentro dela. Sinto meu Osgasmo chegando e acelero, me derramando dentro dela pouco depois e caindo exausto ao seu lado logo em seguida.
...
Acordo com a claridade do quarto que faz a minha dor de cabeça praticamente gritar me chamando de idiota pela bebedeira na noite anterior, mas logo as cócegas causadas pelos cabelos negros espalhados em meu peito, me fazem começar a recobrar as lembranças da noite anterior. A garota misturando vários tipos de bebida, cantando músicas tristes, me confessando o belo par de chifres que tomou no dia do aniversário de namoro, o meu pedido de casamento e a noite de sexo incrível que tivemos na noite anterior.
Levanto com calma pra não acordar a mulher que dorme tranquilamente na minha cama, e só agora percebo uma terceira tatuagem em sua perna, a logo da banda queen, Os dois leões na lateral representam o signo de Roger e John e sustentam um Q de Queen com uma coroa no centro representando a realeza. Um caranguejo que rasteja sobre a letra Q é o signo de Câncer de Brian. As duas fadas na frente dos leões, são as do signo de Freddie, virgem. A ave de asas abertas, acima de todos os outros elementos do logo, é uma fênix, a ave clássica da mitologia grega que simboliza imortalidade, ressurreição e vida após a morte. Mais uma coincidência engraçada, o gosto musical dela parece ser bem parecido com o meu.
Ligo na recepção pedindo um café da manhã bem reforçado e tomo um banho rápido, encontrando uma mulher nua e confusa sentada na minha cama:
-Bom dia, Beatrice - sou simpático - dormiu bem? - ela me olha assustada, porém parece lembrar perfeitamente da noite anterior, apesar de dizer o contrário.
-Como eu vim parar aqui? - ela pergunta enquanto massageia as próprias têmporas
-Estávamos no lounge bebendo, eu te pedi em casamento, você aceitou e aqui estamos - dou de ombros e ela ri assustada
-Mas você entende que isso foi uma brincadeira entre dois bêbados e não tem o menor cabimento, não é? - ela fala deixando o sorriso morrer diante da minha seriedade - Espera, você estava falando sério?
-Claro que estava, inclusive vou agora mesmo pedir que meus advogados comecem a ver a papelada - Beatrice me olha incrédula, e levanta rapidamente procurando suas roupas e começando a vesti-las
-Olha, eu não sei se você continuou bebendo depois que eu dormir, e ainda está bêbado, e também não acho que você precise de uma desconhecida pra casar - ela fala pegando sua bolsa - Eu aceitei a proposta sob efeito do álcool, assim como dormi com você pelo mesmo motivo, eu não vou me casar com um estranho. - Ela para de falar quando ouve o toque do seu celular - só um minuto - ela pede antes de atender.
Ligação on:
-Oi mãe, bom dia - Beatrice atende sorridente, mas logo vai deixando o sorriso morrer enquanto ouve algo no celular, então ela se atrapalha, colocando o aparelho no viva voz
-são duzentos e cinquenta mil reais, filha - a mulher fala e vejo os olhos da Beatrice marejarem
-A senhora tem certeza, mãe? não pode ter sido um engano?
-Não meu bem, infelizmente, sua avó teve o mesmo problema, lembra?
-Mas mãe, esse câncer é um dos mais raros, qual a chance de a senhora e a vovó terem o mesmo tipo? É surreal!
-É raro, mas não impossível e pelo visto eu fui sorteada. - ela suspira do outro lado da linha - Eu não queria te pedir isso, mas é a minha única chance.
-Tudo bem, mãe, eu vou tentar vender o apartamento, mas isso leva tempo, acha que consegue esperar?
-Eu vou tentar, meu amor - ela faz uma pausa - Eu te amo filha
-Também te amo, mamãe.
Ligação off
Beatrice encerra a ligação visivelmente abalada, chorando, e fica na mesma posição olhando a tela do celular por mais de cinco minutos até que eu quebro o silêncio:
-Me desculpa, mas a ligação estava no viva voz e eu não pude deixar de ouvir - ela levanta a cabeça com o rosto banhado em lágrimas - Eu posso te ajudar.
-Como? - ela é ríspida - vai comprar o meu apartamento? - ela pergunta e eu nego
-Você não precisa vender nada, eu tenho o dinheiro do tratamento da sua mãe e posso garantir que ela tenha acesso aos melhores médicos, eu só preciso que você aceite a minha proposta de casamento e hoje mesmo ela começa a ser tratada, o que você me diz?
-Você é louco. - ela nega
-Eu diria desesperado, e pelo visto você também está, vai ser bom pra nós dois, o que você me diz?