Capítulo 3 Família de forte status

Ainda sentada frente ao balcão daquele bar, não havia me dado conta de quanto tempo se passou. Na verdade, isso não se via como algo realmente importante para mim. A companhia proporcionada pela jovem a minha frente era mais do que o suficiente, os assuntos haviam se ligado de uma forma insana. Chegava a ser algo assustador.

Apesar do longo período de tempo em que nos mantemos naquela mesma posição, apenas bebendo e trocando palavras em uma divertida conversa jogada fora. O dia ainda não havia virado, devido ao horário extremamente cedo em que cheguei, ainda não eram sequer onze horas. A tela do celular me mostrava essa exatidão, além de me mostrar também o que tudo aquilo significava para o meu querer.

Quando decidi me aproximar para uma investida qualquer, tudo o que me segurou foi a dúvida sobre ela ser ou não menor de idade. Mas diante as palavras trocadas até aqui, me impulsionei a acreditar que ela estava mesmo me dizendo a verdade e que sua idade não residia abaixo dos dezoito anos. Estava ciente das consequências, e considerei que ela estivesse, pois o número de doses alcoólicas ingeridas não eram algo para uma pessoa que tivesse pouca convivência com o teor. Diferente de mim, ela estava realmente aproveitando o fato de terem liberado a bebida após as dez horas. Mas aquilo já era demais, estava na hora de parar mesmo que sua consciência não parecesse ter sido afetada.

- O que acha de dançarmos um pouco? – sendo uma ótima forma de dispensar uma quantidade considerável de álcool do seu ser, fiz o pedido ao me pôr de pé e estender a mão em sua direção.

- Acredito que seja o ideal para me livrar do teor de álcool em meu sangue – sorriu ao aceitar a minha mão, mas o que me ganhou foi o seu comentário. Havíamos mesmo pensado em situações parecidas. O que essa garota tinha?

Vidência não é algo em que acredito, e leitura de mentes não existe neste mundo. Mas confesso ter ficado intrigada com o fato de por mais de uma vez ela expressar justamente aquilo que se passou pelos meus pensamento. Chegava a ser estranho em um limite extremo, mas isso servia apenas para me deixar ainda mais interessada.

No espaço disponibilizado para dança, aproveitei a música lenta tocada pela primeira vez durante toda a noite e deixei minhas mãos passearem até alcançar a sua cintura, enquanto os seus braços envolveram o meu pescoço.

Os movimentos proporcionados seguiam no mesmo ritmo oferecido pela sinfonia tão lenta quanto os efeitos de um filme muito bem projetado. O seu olhar se agarrou ao meu de modo profundo, o avelã quase verde me lembrava muito a alguém. Mas diante o desejo que percorria todo o meu corpo, isso se tornava tão irrelevante quando o chamado de Leon do outro lado do espaço de dança. Não lhe cedi a atenção que ele buscava, mas saboreei os lábios daquela que se encontrava entre os meus braços durante aquele curto momento.

O beijo roubado era simples, técnico até demais. Porém, queria deixar uma boa primeira impressão, para que apenas na sequência o real desejo pudesse tomar frente a cada ação. Havia buscado o rosa dos lábios de forma muito sutil, e ela não ter se afastado mostrava que a vontade era mútua dos dois lados. Talvez fosse possível ter mais do que apenas esse agradável momento e a troca de beijos calorosos a partir do instante em que ela se soltou.

- O que acha de irmos para um lugar um pouco mais reservado? – estando certa de que não receberia a negação de sua parte, simplesmente impus a questão ao estabelecer alguma distância entre os nossos corpos que pareciam queimar cada vez mais.

- Pra sua casa? – direta, exatamente do jeito com o qual eu já me via completamente acostumada. Não seria necessário poupar palavras, mas o que estava por vir causava promessas.

- Praticamente isso – me virando para encontrar a saída, observei que Leon me cedia um olhar penetrante demais. O dispensaria por agora, voltaria para o hotel por conta própria – Estou de saída Ortégas, nos falamos pela manhã? – fazendo o chamado para um uber, perguntei enfim lhe cedendo o meu olhar.

- Não duvide disso, mas toma cuidado com o que pretende fazer com a garota. O pouco que sei sobre a família dela deveria te manter em alerta, porém estou certo de que não está afim de me ouvir. Não é mesmo? – percebendo todo o meu desinteresse, cedeu a simples questão após todo um comentário que me serviria como aviso. Então apertei o seu ombro e abri o meu melhor sorriso em sua direção.

- Até que você me conhece mais do que julguei ser possível Brother – erguendo o punho para receber o seu toque, me virei para encontrar a garota se despedindo das amigas perto da saída – Aproveita o resto da sua noite, e não esquece de me desejar sorte.

- Como se precisasse disso – negando ao me ceder um leve empurrão, disse aquilo no qual acreditava. E mesmo que tivesse dado apenas de ombros, era ele quem estava com a razão. Não possuía o costume de contar com a sorte, a fazia por mim mesma. Então joguei sobre ele uma piscadela repleta de duplos sentidos e segui até a presença daquela que ria e sorria junto das amigas enquanto me esperava.

- Meninas? – levando um cumprimento a todas, estendi a mão para a que despertara mais do que um simples interesse em mim – Podemos ir?

- Claro, estava apenas lhe esperando – após essa sua confirmação, acenei para as demais garotas e a acompanhei até o carro que já nos esperava. Dessa forma, lhe cedi a passagem ao abrir a porta para ela e cedi ao motorista o endereço do nosso destino.

Frente ao hotel, agradeci o homem ao lhe entregar o valor cobrado e me pus ao lado da jovem que observava a relevância do lugar com curiosidade. O álcool em suas veias não me parecia mais ceder algum efeito significativo para o seu ser, ela estava muito bem, dentro da ciência de suas ações. Isso era muito bom para mim, para nós em um termo geral. Com isso, direcionei os meus passos para o Hall de entrada e esperei que ela fizesse o mesmo logo atrás de mim, e assim aconteceu.

A caminho do elevador, abri um breve sorriso em sinal de cumprimento para o porteiro e acionei o andar que me esperava assim que ela se prontificou ao meu lado dentro daquela sufocante caixa de metal.

- O pouco que pude observar desde o momento em que nos esbarramos no clube, me fez questionar um ponto muito importante – atraindo para si toda a minha atenção, fiz da segunda parede a minha escora pessoal e a mirei com o olhar. De certa forma, estava curiosa com a direção que esse diálogo poderia tomar – Você não é da cidade, estou certa? – então era isso.

- Não está completamente errada – deixando o sorriso se estabelecer no canto dos meus lábios, saí do elevador com ela em minha companhia – Cheguei há poucas horas, mas já estive aqui antes. Em circunstâncias completamente diferentes, é claro.

- Passado distante? – tão inteligente quanto se espera de um formando com excelência, ela estava me saindo mais esperta do que eu podia esperar. A sua leitura sobre mim não estava distante da realidade.

- Um pouco – abrindo a porta e lhe cedendo espaço para que ela pudesse adentrar, a respondi – Mas não é algo para ser abordado agora, ainda está cedo demais para esse tipo de abordagem de assunto – entendendo o que eu quis dizer, ela assentiu com um sorriso travesso nos lábios e se pôs a verificar cada mínimo detalhe do quarto em que estávamos – Espero que tenha tido algum agrado.

- A sua maneira, representa aquilo com o qual já estou acostumada – jogando sobre mim todo o peso do seu olhar, disse após terminar toda a sua pesquisa. Mas tudo era muito óbvio.

- Família de forte status?

- Não tenho nada para reclamar – deixando seu casaco cair aos seus pés junto aos tênis que deixavam os seus pés, se aproximou de forma lenta e provocante. A diferença de altura lhe cedia um charme muito excitante – Mas não vinhemos até aqui para falarmos de nossas famílias e passados entediantes.

- Tem toda razão – a puxando com possessividade para mais perto de mim, prendi uma das mãos em seus longos fios caramelados e deixei que a outra descesse até sua cintura ao tomar para mim os seus lábios extremamente avermelhados pelo que ainda restava de seu batom.

A agressividade imposta pelo beijo trocado, era o suficiente para sentir todo o seu corpo reagir a proximidade em que estávamos, mas não supria toda a minha vontade sucumbida até o momento. Precisava de mais, de muito mais. A dilatação de suas pupilas me diziam que ela também queria prosseguir com aquela sequência, que estava de braços abertos para tudo o que viesse acontecer daquele momento adiante. E assim como me livrei da camisa que me cobria a parte superior, também a ajudei se livrar da delicada blusa que moldavam as suas curvas em uma intensa provocação para alguém com os meus instintos. Para em seguida, também me livrar de todo o resto.

Uma vez mais devorando a suavidade dos seus lábios, direcionei nossos corpos de encontro a exagerada cama que preenchia aquele espaço muito bem organizado, percorrendo com o meu olhar cada pedaço do seu belo corpo após uma mínima distância para me certificar de que tudo seguia exatamente como deveria ser.

Ela não parecia ter toda a idade que me fez crer, não parecia ter toda a experiência que impôs com sua atitude. Mas a tendo a minha frente daquela forma, não quis pensar muito nas consequências por trás de toda uma verdade escondida. A tendo a minha mercê, desejava apenas lhe ceder aquilo que ela tanto queria. Não iria me segurar mais do que o necessário, não tiraria dela a certeza do que havia vindo buscar. O intenso prazer é nada mais além disso, afinal, quais eram as chances de voltarmos a nos reencontrar após essa noite? A cidade era extensa demais para permitir algo assim.

Afastando todos os pensamentos que poderiam esperar até o amanhecer do dia, me posicionei sobre o corpo e removi de forma calma e paciente a peça rendada que cobria os seus seios de forma exorbitante. Então os tomei em minhas mãos enquanto voltava a degustar um pouco mais dos lábios que não continham mais a cobertura do vermelho cereja que deveria preencher em detalhes aquela detalhada linha de contorno, para em seguida descer pelo seu pescoço passeando com a ponta da língua até alcançar o seio completamente tomado pela excitação presente em seu corpo.

Durante todo um deleito sobre aquele que primeiro ocupou espaço em minha boca, o outro recebia uma contínua massagem enquanto os sons que escapavam por entre os seus lábios aumentavam ainda mais toda a minha vontade de a conhecer internamente. Mas algo precisava ser ressaltado, e mesmo que ela não estivesse disposta a me dizer, a elevada temperatura do seu corpo o fazia por si só. Ela ainda era virgem.

Revezando entre um seio e o outro a firme massagem e o saborear em leves estímulos com a ponta da língua sobre o bico há muito erijecido, também lhe cedi um estímulo com a ponta dos dedos sobre as partes mais baixas. O seu ponto já estava mais do que pronto para a próxima fase, bastava apenas o percorrer até o caminho que implorava por exploração. Com isso, a vendo arfar após tomar entre os dentes o bico já sensível após tantos toques, aceitei que poderia prosseguir sem muitos problemas. As unhas em minhas costas eram uma pequena prova disso, mas ainda não eram nada.

Descendo por sua cintura com leves arranhões que não demorariam para se dissipar, passeei lentamente por todo o vale entre os seus seios até alcançar a altura do seu útero, onde removi a última peça de renda que ainda se via presente em seu escultural corpo de jovem adolescente. Então elevei o olhar para a encontrar de olhos fechados e mãos presas com força aos lençóis que protegiam o colchão logo abaixo. Sua respiração se encontra fora do compasso, demonstrando em peso tudo o que era sentido por cada uma de suas células, que se tornava ainda mais efetiva a cada gemido que vagava sem pudor algum por entre os lábios que insistiam em me chamar. Com isso, acariciando tranquilamente toda a extensão de sua virilha com o lento passear da língua emanando uma temperatura desproporcional a esperada por aquela determinada área, não levei muito para conhecer o sabor oferecido pela sua parte mais pulsante naquele momento. Da mesma forma que seu corpo que demonstrou toda a sensação de prazer sentida e exposta pelo som rouco que cortou as suas cordas vocais.

Tendo sido preparada durante o tempo gasto e aproveitado em seus belos seios, não demorou para que o seu ápice se derrame em meus lábios. A pressão oferecida contra o seu clitóris foi o limite final, uma penetração não precisou acontecer para aquele momento, mas não iria parar por ali. Era apenas o primeiro ponto de outros que estavam por vir.

- Sabe, estou surpresa com o que tem acontecido aqui – em seu ouvido após ter me deliciado com todo o seu mel, sussurrei com uma voz arrastada, sentindo a fricção de suas unhas uma vez mais em minhas costas – Mas duvido que seja o suficiente em algum ponto – expondo aquilo que emanava pelo seu corpo, sobrepus os seus lábios com os meus e a invadi de forma lenta e suave com a presença de dois dedos, sentindo o meu corpo reagir ao alto gemido que invadiu os meus ouvidos assim como as unhas voltavam a me marcar sem medir forças. Então após alguns movimentos em câmera lenta para que seu corpo estivesse acostumado com o acontecido, dei início a um vai e vem contínuo junto ao estímulo sobre o seu clitóris com o apoio do polegar. Com isso, uma vez mais o seu ápice se mostrou presente em um tempo não muito longo.

Por mais algumas horas todos os movimentos junto a novos se fizeram repetivos, até o momento em que ambos os corpos se viam completamente exaustos. Foi quando me deixei ser abrigada unicamente pela maciez e conforto do colchão abaixo do meu corpo e a recebi em os meus braços para o descanso que viria nas horas seguintes.

            
            

COPYRIGHT(©) 2022