Capítulo 4 Invasão parte 3

No outro dia e levada toda machucada para a tenda do comandante, depois da sua rebeldia

nunca a deixa tomar sol, só consegue vê as paisagens por uma breja nas cortinas por um pedaço pequeno do rasgo.

Ao deslocar de local tem seus olhos vendados seguindo numa carruagem elegante, despertando a fúria das outras escravas.

O velho faz questão de a enfeitar com os melhores vestidos e jóias, seus cabelos tratados com lindos enfeites, maquiagem no seu rosto para esconder os machucados da violência sofrida

No entanto, ninguém sabe o que se passa dentro das paredes depois dela ficar encerrada. Os choros da Naomi só são ouvidos pelos guardas do lado de fora.

- Você é tão linda, veja o que seu marido lhe comprou.

A corrente de ouro com pedras preciosas e deixada no seu colo, ainda com o sangue escorrendo da antiga dona.

- Obrigada.

- Não está feliz?

- Meu senhor, estou feliz.

- Por que dessa expressão?

- Meu senhor, perdoe...

Splá!

O tapa forte desloca o corpo de Naomi que cai ao chão.

- Meu senhor, perdão!

- Mulher ingrata! Seu dever é ser feliz, sabe o que as outras estão passando? Talvez devo deixar uma noite com meus subordinados.

- Meu senhor; me perdoe! Meu senhor, tenha misericórdia! Meu senhor!

- Querida não chore, me parte o coração vê suas lágrimas.

- Meu senhor não foi minha intenção; por favor me poupe.

- Sabe o que deve fazer para me acalmar.

O velho sempre utiliza a mesma tática para ter a obediência de Naomi.

Passou a esconde suas lágrimas em camadas de sorriso falso para agradar o velho, utilizando está tática para sobreviver, evita demonstrar seus verdadeiros sentimentos.

Assim as surras diminuíram consideravelmente, o velho ficou manso. Presentes são levados o tempo todo como forma de agradar ao próprio, por gostar de ver à radiante beleza da moça.

O único com quem ela conversa, pois está isolada das outras pessoas. Solitária todos os dias pensa na sua família, rezando para Deus ouvir seu clamor.

Sua fé é tudo que restou nesta vida cheia de sofrimento.

Naquele quarto sufoca suas tristezas se tornando o brinquedo perfeito do velho. Todas as jóias, vestidos, perfumes são da preferência dele.

Tem de manter a boca fechada concordando com suas ordens. Ao comer na mesa deve ter a melhor etiqueta, o recebe sempre de pé retirando a armadura pesada.

- Meu senhor, quer que mando preparar seu banho?

- Não. Tire a roupa e deite- se na cama.

- Meu senhor, estou no meu período.

- De novo?

- Acontece todos os meses.

- Argh...! Tinha que dá um jeito nisso.

O único momento de paz é no seu período menstrual. Somente nesse curto período tem a paz de ficar sozinha no quarto por uma semana.

Podendo respirar sem a corda no pescoço.

Devido a restrição do velho, ela não pode mais fabricar o seu chá abortivo, seu período na realidade está atrasado mais ela continua fingindo está descendo.

Naomi se vê desesperada diante de uma suposta gravidez, sua vida já é um inferno agora carregando um filho jamais terá liberdade.

Ela pensa numa maneira para abortar a criança no seu ventre, todos os dias tenta um método diferente na esperança de sofrer o aborto.

Depois da semana sozinha o velho retorna cheio de energia, querendo o corpo da mulher que sente nojo dele.

- Finalmente acabou, ande logo deite na cama.

- Meu senhor, deixe lavar o corpo primeiro.

- CHEGA DE ENROLAÇÃO!

O velho a joga abrindo suas pernas para satisfazer seu desejo.

Naomi fica em silêncio tendo seu corpo deflorado pelas mãos do velho.

A noite fria trás a profunda dor que carrega, orando com fervor para seu Deus fazer justiça em seu nome.

Novamente o exército se desloca para outra vila, saqueando e matando. Milhares de vidas perdidas pelas atrocidades desse exército, muitos pais matam as filhas antes da invasão afim de poupar do sofrimento.

Algumas das mulheres capturadas acabam morrendo de fome ou pelos castigos dos homens.

Cada vez crescendo a distância entre elas e Naomi. Não tem idéia da dor de Naomi por isso criam na cabeça dela estar sendo bem tratada enquanto sofrem.

- Por que ela é tão especial?

- Meninas chegam desse assusto.

- Ora não sente raiva também? Enquanto pegamos chuvas, ventos frios e somos obrigadas até lavar suas roupas a " bonita" desfruta do melhor.

- Concordo. Ela também é escrava mas jamais olhou para nossos rostos.

- Ela também foi enviada para os soldados...

- Foi por ter traído seu mestre.

- Talvez ela seja muito boa na cama.

Todas as mulheres ri.

- Também posso ser boa na cama.

- O velho não tem olhos para mulheres velhas.

- Não sou velha.

- Sua irmã tem mais o perfil para atrair sua atenção.

As mulheres começa ajudar a pequena ficar atraente para atrair o olhar do velho. Protegendo das mãos dos lobos sua pureza, até ter a oportunidade de entregar ao comandante.

A garota de pouca idade não quer ser a amante do homem, ainda mais por ser aquele que retirou a vida da sua família.

Por insistência da irmã mais velha seque suas ordens, algumas das capturadas era servas de famílias nobres por isso a ensina como se comportar igual as damas nobres.

No meio do almoço para levar a refeição colocam a garota pura na toca do comandante.

Assim que Naomi vê a menina entra num conflito interno, entre querer a proteger ao medo de acabar provocando a raiva do velho.

Não demora muito para o velho ficar encantado com a menina.

A beleza dela juvenil deixa-o completamente encantado. Delicada coloca as porções na mesa, o busto do vestido deixa a mostra parte da sua pele fina e branca.

- Qual seu nome menina?

- Acális.

- Lindo nome combina com seu rosto pequeno.

- Meu senhor, obrigada.

O velho tenta tocar sua mão, ela se afasta tímida provocando o instinto selvagem do velho.

- Está com medo?

- meu senhor, não. Perdoe minha grosseria.

- Quantos anos tem, minha jovem?

- Meu senhor,Tenho 16 anos.

- Está na idade de se casar.

Naomi arregala os olhos vendo a malícia do velho para com a garota. Sabendo do futuro horrível caso fica no seu lugar.

Milhares de dúvidas vem na sua mente, se deve empurrar a garota para o braço desse maldito velho ou deter.

- Venha menina, sente-se no meu colo.

- Meu senhor, por favor não...

- Calada! Tenho o direito de dormir com quem quiser! Você só deve manter silêncio como a boa amante deve fazer.

Naomi sente medo por isso se cala, mas uma vez ele ordena a garota.

- Sente- se logo no meu colo. Prometo que vai gostar.

- Meu senhor, eu .. eu...

A mão dela e puxada deixando a bandeja cair no chão com a comida. O velho impaciente rasga seu vestido, beijando o dorso do seu pescoço, assustada a menina implora para lhe deixar.

- Meu senhor, por favor não.

Ele nem se importa com o medo da garota, apenas quer satisfazer seu desejo. Naomi ouviu muitas vezes gritos, pedidos por misericórdia mas ali bem diante da sua face não pode ignorar.

- Meu senhor por favor pare.

A voz mansa foi incapaz de parar o velho, tocando por todo o corpo da garota.

- Meu senhor, deseja que perca seu filho no ventre!

O velho soltou a garota.

Ao mesmo tempo ela correu para fora da tenda em lágrimas escondendo seu corpo nos trapos rasgados.

- Disse filho?

- Meu senhor, creio carregar um filho.

O velho ficou alegre por ter herdeiro mesmo vindo da escrava. Sua esposa está em idade avançada por isso não pode gerar filhos.

As crianças legítimas morreram em batalhas, doenças ou acidentes ficando apenas a filha caçula viva.

Mulheres não são consideradas herdeiras, sempre esteve descontente por não ter um garoto para deixar seus títulos e terras.

Naomi estando grávida para ele além de ser milagre e a resposta da suas orações.

Contente saiu da tenda gritando aos quatros ventos a notícia maravilhosa da chegada do seu herdeiro.

Todo o acampamento teve regalias de poder tomar bebidas alcoólicas para celebrar o herdeiro do comandante.

- Parabéns, comandante.

- Mesmo nesta idade é mais varonil que eu.

- Não esperava menos do nosso líder.

- Um brinde ao herdeiro!

- Um brinde!

Todos o exército parabeniza enquanto Naomi chora amargo na tenda por saber que cravou sua infelicidade.

            
            

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