Capítulo 8 Quem é essa Carol

Téo:

Chego e vou direto para a cozinha, não havia comido nada e a transa com a Letícia tinha me deixado com mais fome ainda, então resolvo fazer alguma coisa para comer e quando entro na cozinha vejo a Carol sentada com um vestidinho mostrando o seu decote vantajoso e me sinto excitado e a raiva me consome.

- O que faz acordada a essa hora, Carol?

Escutei a voz fria e grossa do senhor Téo e me engasgo com o pão de tão nevosa que fiquei.

- COF-COF, começo a tossir sem parar, e ele me olha sério.

- Você quem fez o café? Ele pergunta curioso.

- Sim, como não comi nada ontem, acordei com muita fome, peço desculpas por invadir a sua cozinha, termino de falar e ele fica me olhando.

Ele vai até ela e monta o seu pão, com ovo que ela havia fritado e começou a comer, ele nunca imaginou que a patricinha mimada, iria fazer alguma coisa, isso o surpreendeu.

- Senhor! Falo com a voz trêmula e com muito medo quando ele para de comer e me olha sério com aqueles olhos de predador, - queria saber se posso mandar trazer as minhas coisas de casa, não trouxe malas e nenhuma roupa.

Ele olha para ela tentando entendê-la, ela não estava pelada e isso seria ótimo se ela tivesse, ele pensou olhando para seus seios redondos e desejando acariciá-los.

- Não está satisfeita com as roupas que mandei comprar para você? Falou bravo.

- Não sabia que era para mim, falei tímida, como fui burra ele comprou as roupas para a Carol.

Téo:

Fiquei olhando-a por um bom tempo e vi que as suas bochechas ficaram vermelhas de vergonha e me senti irritado, que joguinho ela estava fazendo se fingindo de inocente, será que ela acha mesmo que vou cair nesse joguinho haha, termino de tomar o café e saio deixando-a sozinha.

Entro no meu quarto e tomo um banho bem gelado, precisava para de pensar no rosto inocente que ela fez quando falou das roupas, mesmo bêbado lembro da nossa noite e como ela foi fogosa, então, porque não transamos para aproveitar da melhor maneira esse contrato, droga, porque ela está me evitando, isso estava me deixando impaciente e talvez esse era o joguinho dela.

Me arrumo com um terno sobre medidas e desço olhando para ver se ela ainda estava lá, provavelmente ela deveria ter voltado para o quarto, encontro uma funcionária e ordeno que fique de olhos, nela.

Bella:

Depois que ele saiu, arrumo a cozinha deixando tudo limpo e subo para o quarto, olho para o lado e penso na vovó lá no hospital e daria tudo para poder estar com ela, então pego o celular e ligo para Débora.

- O que você quer? Isabela, ela falou brava pela ligação já que estava atrapalhando o seu dia com as amigas.

- Bom dia, para você também, mamãe! Quero saber quando poderei ver a Vovó?

- Você mal se casou e já quer viajar, Isabela? Agora estou ocupada e não posso falar com você.

Ela desliga o telefone na cara dela, porque estava com suas amigas falando do casamento da sua filha com uns dos homens mais rico do país, elas estavam com inveja do genro que ela tinha e da sorte que a filha dela teve em conquistar um homem tão bonito e importante como o senhor Téo Fidélis.

Bella:

Fico com raiva por ela desligar na minha cara, e não sabia como ia fazer sem dinheiro em uma cidade grande e presa na casa desse homem grosso, nem um meio de ganhar dinheiro tenho, então como visitarei a vovó, já que ela não vai me ajudar, tenho que arrumar um trabalho para ganhar algum dinheiro e poder visitar a vovó.

A Bella olha para o closet com diversos vestidos chique e roupas caríssima e não sabia nem o que escolher para usar agora de tarde, então opta por uma mais básica, um vestidinho preto e um saltinho baixo, penteia os cabelos e lembra que deve estar usando maquiagem, já que sua irmã não vivia sem.

Desço para sala e uma empregada vem falar comigo.

- Senhora, o senhor ligou falando que vai almoçar fora.

- Tudo bem, já estou acostumada a almoçar sozinha.

Subo para cobertura que era enorme com uma piscina grande e uma paisagem encantadora, vou andando e vejo uma estufa com diversas plantas e um senhor de idade cuidando delas.

- Bom dia! Falo tímida para o senhor que se levanta surpreso e todo sem graça.

- Bom dia! Senhora, ele falou todo desajeitado.

- Sem formalidade, senhor, pode me chamar só de Carol, posso ficar aqui olhando o senhor cuidar das plantas?

- Claro, ele falou curioso, porque uma senhora tão chique queria olhar ele fazendo o seu trabalho.

A Bella ficou a manhã toda na estufa com o senhor Hugo que ensinou a plantar e cuidar das flores, eles ficaram amigos e ele percebeu que ela era uma garota muito amável.

- Amanhã vou deixar a senhora fazer um canteiro de flores, ele falou observando o sorriso dela.

- Obrigada, senhor Hugo, amanhã volto, falei sorrindo e animada com o senhorzinho.

Resolvo ir almoçar, desço a escada do enorme apartamento e saio na sala e me surpreendo com um homem sentado no sofá e quando me vê se levanta para me cumprimentar.

- Aí está você Carol, ele falou se aproximando.

- Olá! Senhor Rodolfo, creio que o senhor Téo não está aqui. Falei constrangida pelo seu olhar em mim e isso me deixou com vergonha.

- Não vim ver o meu amigo e sim você, falou sorrindo e se aproximando me cumprimentando com um beijo na minha mão.

- Senhor, não acho apropriado, o Téo não está e pode parecer estranho, falei preocupada com o que podem pensar de nós.

- Não precisa ficar assim, ele sorri, - sei que entre você e o Téo é só pelo contrato, não vou mentir, eu me interessei por você desde a hora que entrou naquele cartório, não quero forçá-la a nada, mas podemos ser amigos por enquanto?

Olho para ele e sinto estar sendo sincero, eu realmente não tenho nada com o senhor Téo, então, porque não tento ser amiga dele.

- Tudo bem, sorrio para ele - estou indo almoçar, o senhor quer almoçar? Pergunto tentando se educada.

- Ei... nada de senhor, pode me chamar só de Rodolfo.

O Téo estava no seu escritório assinando algumas papeladas quando a sua empregada ligou e falou que o Rodolfo estava lá para ver a Carol.

- Obrigado, vivi, desligo o telefone bravo.

O que o Rodolfo faz na minha casa, ele só pode estar doido, finalizo tudo e falo para minha secretária cancelar o meu almoço que ia ter com um cliente.

Chego em casa e escuto risos, vou até à sala de jantar e vejo a Carol sorrindo para o Rodolfo e me subiu uma raiva que precisei me segurar para não brigar.

- Então já estão almoçando sem a minha presença, entrei falando frio e a Carol olha assustada para mim.

- E aí Téo, que surpresa você almoçar em casa, o Rodolfo falou com cinismo, tentando adivinhar o motivo dele está ali.

- Aqui é minha casa, porque não iria vir almoçar! E você o que faz aqui? Por que não me ligou enformando que vinha?

A Bella a todo momento sente o olhar de raiva do Téo e fica com medo.

- A culpa foi minha, eu que convidei ele para almoçar aqui, não sabia que o senhor viria almoçar em casa, por isso não esperamos, falou timidamente.

O Téo ficou com mais raiva ainda de saber que foi ela que o convidou, e imaginou se eles estavam tendo um caso, ele se aproxima com raiva e se senta perto dela a deixando incomodada, uma funcionária vem e o serve, e eles começam a comer sem falar mais nada