Vendida a um Assassino
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Capítulo 5 05

ALANA NARRANDO

Eu não sei o que pensar em relação a tudo que aconteceu. Quando entrei no quarto que Hanner me mandou, eu pensei muito em tudo, em toda minha vida, em tudo que já fiz e no que deixei de fazer, enquanto colocava a única roupa que eu tinha tirando aquele vestido sensual: Uma calça jeans e uma camiseta branca, que me deram no leilão. Sabe, eu não sou uma péssima pessoa nem mereço nada disso, mas aconteceu e cabe a mim aceitar. Só que o que eu vou fazer com isso? Hanner é um homem muito bonito, sexy, ele tem um caráter horrível e é um assassino. Poucos prós. Pensei que talvez, se eu fosse para a cama com ele, tivesse alguns benefícios. Ele é bem bonitão. Mas... Depois de tanto refletir, eu decidi mudar de caminho e pensar em outra forma de resolver a minha vida.

Eu orei a Deus, mesmo não sendo muito cristã. Orei e pedi assim: Jesus, me ajuda. Eu não sei o que fazer. Me dá um sinal do que fazer, por favor.

Depois que saí do quarto e ouvi tudo que o Hanner disse, fiquei aliviada. Eu não preciso me prostituir para ele, de forma alguma, e além do mais... Ele ainda me deu muitas coisas. Talvez eu consiga até ter uma vida, mas enquanto não tenho, posso estudar um pouco e sei lá.

Enquanto eu comia a pizza e escolhia roupas em um tablet, ouvi Hanner falando no telefone e depois que terminou, ele veio até mim apressado.

- Já terminou? - Questionou.

- Estou acabando, é a última peça. - Eu adicionei rapidamente ao carrinho e ele pegou o tablet. Em alguns segundos, pagou a compra e bloqueou a tela.

- Vou pedir para deixarem na portaria. Eu preciso sair agora, mais tarde eu volto. - Ele saiu de perto de mim, pegou um sobretudo escuro e colocou no corpo. Vestiu luvas pretas, de couro, e eu entendi o que ele faria. Ele iria matar alguém.

Eu estou morando com um assassino. É isso, literalmente.

Olhei para os lados e comecei a perceber a casa. Era uma casa bem impessoal, tudo arrumado demais... Mas havia muita poeira por todo canto. Fui até a mesa e percebi que estava com bastante poeira também, até comecei a espirrar por conta disso. Bom, parece que ele não tem tempo de fazer isso. Talvez eu deva me ocupar arrumando as coisas, talvez isso me faça bem.

Comecei a mexer nos armários da cozinha, até que achei alguns produtos de limpeza. E então, eu comecei a dar uma geral na casa. Uma casa cheirosa sempre faz com que nos sintamos melhor, e é isso que eu quero. Quero me sentir melhor, e talvez, se ele se sentir melhor, continue me tratando... Dessa forma esquisita, mas sem ser rude, me bater e coisa do tipo. É melhor assim.

Enquanto eu limpava a casa, comecei a lembrar de uma professora da escola, que sempre cantava uma música bem bonita nos intervalos da aula. Lembro apenas da melodia, que tocou no filme Titanic. Essa música marcou minha infância, e ela me trouxe uma boa lembrança no momento.

Já estava anoitecendo quando terminei de arrumar a casa. Eu não tinha roupas, então lavei tudo, me enrolei numa toalha e depois joguei na secadora. Enquanto a roupa secava, eu tomei um banho incrível. Ao menos tinha shampoo e sabonete ali. Quando terminei, penteei meus cabelos, que estava na gaveta do banheiro do quarto que eu estava usando, e fui até a lavanderia. Consegui. Coloquei as roupas limpas e secas em mim de volta e suspirei em alívio.

Passei as mãos por meu próprio rosto e andei pela casa, vendo se eu havia deixado algo fora do lugar. Eu não me atrevi a entrar nos cômodos que Hanner pediu que eu não entrasse. Enquanto andava pela casa, ouvi a porta abrindo. Hanner estava com as sacolas com minhas compras e as colocou no chão, enquanto segurava a lateral do quadril.

- Está tudo bem? - Questionei. Ele parecia com dor.

- Está. Tudo ótimo. Pegue suas coisas e leve para o quarto. - Ele retirou o sobretudo e colocou de volta no cabideiro no hall de entrada. Vi que sua camiseta estava ensanguentada, e arregalei os olhos. Ele subiu a camiseta e olhou um machucado na lateral do corpo, que parecia um tiro de raspão. - O que tá olhando, hein?

- Desculpa. - Peguei minhas coisas e levei para o quarto, com pressa.

Enquanto eu arrumava minhas coisas no quarto, pensava na vida. Tudo mudou em dois dias. Antes, eu era só a princesinha do papai. Agora, eu sou uma mercadoria, por mais que Hanner não me trate como uma.

Quando finalmente terminei de arrumar meu quarto com as coisas que comprei, coloquei chinelos nos pés e saí pela porta. Hanner estava tomando uísque sentado em frente ao balcão da cozinha, parecia cansado. Fechou os olhos e suspirou de forma pesada.

- Quer conversar? - Perguntei.

- Não.

- Tá... - Respondi e fui buscar água na pia da cozinha.

- Você limpou a casa. Muito obrigado. Estou sem tempo de limpar esses dias. - Eu sorri para ele, enquanto ele me olhava.

- De nada. Posso fazer isso sempre se quiser. - Ele concordou com a cabeça.

- Seria uma grande ajuda. Mas faça apenas quando quiser, eu não ligo de limpar minha própria casa. - Eu suspirei.

- Pelo que sei... Pelo que me contaram sobre... Os donos de mulheres como eu, sabe? Pelo que me falaram, você é o completo oposto. Então, eu fico feliz em ajudar você, já que tem sido bom para mim. - Ele passou a mão no próprio rosto.

- Eu não sou seu dono. Pelo amor de Deus, Alana... Eu tô me sentindo tão mal com isso.

Um assassino se sentindo mal por manter uma mulher em cativeiro? Isso é esquisito.

- Você tá falando sério? - Concordou com a cabeça.

- Eu sou um assassino. Posso até parecer um monstro, mas eu não sou. Eu mato pessoas que merecem, é como em uma guerra. Alguém tem que fazer o trabalho sujo e quem faz aqui sou eu. - Ergui as sobrancelhas.

- Uau.

- Eu preciso dar um jeito em você. Isso tá me tirando tanto a paz que levei um tiro hoje, por não me concentrar direito. - Eu arregalei os olhos.

- Você vai me matar? - Ele riu da minha colocação.

- Não, bonitinha. Eu não vou te matar. Eu preciso dar um jeito de você não ter um dono. Pensei em te devolver, mas... - Eu o interrompi e fui até ele. Me joguei aos pés dele, ajoelhada.

- Por favor, não me devolve. Por favor, eu te imploro, eu faço tudo que você quiser... Não faz isso comigo. Por favor! - Ele me segurou pelos braços e me colocou em pé.

- Pára com isso. Não vou te devolver.

- Eu gosto da sua casa. Eu vou ficar quietinha aqui, você não tem que se sentir mal. Eu poderia estar nas mãos de um monstro, estuprador, espancador, mas eu tô aqui. O meu destino era o pior possível, mas você tá cuidando de mim, não está? Por favor, não se sinta mal. - Eu falei o que ele precisava ouvir, até porque, se ele viajar muito na maionese, pode ou me matar ou me devolver, que acarretaria na mesma coisa: Minha morte.

- Tá, menina. Tá. Se você está se sentindo bem aqui, me sinto melhor. - Eu sorri de forma forçada, mas tentando parecer feliz de verdade.

- Posso ver? - Eu queria ver o tiro. Ele ergueu a camiseta e mostrou um curativo.

- Já está tampado. Tomei banho e limpei. Foi de raspão, e o outro está morto e queimado. - Riu de forma maliciosa.

- Sente prazer em matar pessoas? - Ele deu os ombros.

- Eu só não me importo mais. Na primeira vez, eu vomitei, sabia? Mas a gente se acostuma com isso.

Ele não parece uma pessoa ruim. Ele parece uma pessoa perdida.

            
            

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