Capítulo 5 05

Seus dois funcionários correram atrás dela.

Empurrando a gatinha laranja assustada para dentro da caixa de transporte que ela havia tirado do armário, ele falou rapidamente:

"Sabe aquela reunião que tive com meu contador hoje? Não foi uma boa notícia. Devo uma fortuna às autoridades fiscais.

Anton respirou fundo exageradamente e empalideceu.

"Deus, Lina!" Isso e ruim? Dolores parecia ter doze anos.

" Sim. Ela olhou para cada um deles cuidadosamente. "Pior do que você pensa. Então, temos que fazer algumas mudanças.

Lina registrou o horror no rosto dos criados. Os olhos de Anton se encheram de lágrimas e o rosto já pálido de Dolores perdeu a última cor.

"Ei, pessoal, vamos com calma!" Não é o que você pensa. Você quer manter seus empregos. Todos nós queremos manter nossos empregos.

- Oh meu Deus! Eu tenho que sentar. Anton acenou para si mesmo.

"Para o meu escritório, rapidamente. Sem desmaios! Ela pegou a caixa de transporte do animal de estimação e clicou no gatinho malhado enquanto avançava. "E ninguém chorou também!" ele chamou por cima do ombro. "Lembrar...

- ...É proibido chorar na cozinha! Anton terminou a frase para ela.

Dolores concordou.

Lina colocou a caixa de transporte com o gato ao lado da mesa e recostou-se na cadeira. Anton e Dolores afundaram nas duas cadeiras acolchoadas de frente para ela.

Ninguém falou.

Hesitante, Anton fez um gesto vago em direção ao gato.

- A Patrícia, do "Gatos de Rua", disse que hoje vai chegar um pouco atrasada. Se você quiser, posso deixar a coisinha laranja lá quando for para casa... Não é muito longe de mim", finalizou com um leve sorriso.

"Obrigado, Anton. Vou aceitar sua oferta, mesmo que você a chame de 'a coisinha laranja'."

"Na verdade, eu ia dizer 'monstrinho laranja', mas decidi ser um cara legal", brincou Anton, soando mais como ele mesmo e não mais como um candidato a um colapso nervoso.

- O que devemos fazer? perguntou Dolores.

Mais centrada, a menina manteve-se atenta à situação. Embora tivesse apenas 28 anos, trabalhava na Pani Del Dea havia dez. O fato de ter uma mão maravilhosa para bolos e um jeito especial com os idosos não foi a única razão pela qual foi contratada. Lina também apreciava sua personalidade forte. Dolores era o contraste perfeito para o estilo dramático de Anton, ele decidiu enquanto observava o comportamento do outro funcionário. Ele se sentou com as pernas bem cruzadas, os olhos brilhando, ainda um pouco lacrimejantes.

Os três se davam bem e ela pretendia que continuasse assim.

"Vamos expandir nosso cardápio", disse ele com firmeza.

"Isso é uma ideia," Dolores assentiu pensativamente. Anton mordeu a lateral do polegar.

"Você quer dizer adicionar sanduíches ou algo assim?"

"Ainda não tenho certeza", admitiu Lina. "Não tive tempo para pensar nisso. Só sei que precisamos ganhar mais dinheiro, o que significa que precisamos atrair mais clientes. Teoricamente, se expandirmos nosso cardápio, atingiremos um grupo maior de pessoas.

Anton e Dolores concordaram com a cabeça.

"Dar o jantar a Tess Miller é um bom começo, sem dúvida", concordou a garota.

"Faça o jantar," Anton repetiu com desdém. "Eu não sei, parece tão vulgar para mim!"

"Vulgar como falência?" Lina perguntou cinicamente.

" Não!" - Anton se desesperou.

- É assim que é.

"O que devemos servir então?" - Dolores preocupada.

Lina passou os dedos pelos cabelos bem cortados. Eu não fazia ideia.

- Serviremos opções de todo o nosso cardápio. Dessa forma, teremos prática e boa publicidade.

"E qual seria o 'menu completo', exatamente?" - exortou o empregado.

"Eu não tenho ideia", ela admitiu.

"E pensar que eu nem trouxe um Xanax para o trabalho hoje!" Anton começou a roer o polegar novamente.

- Pare com isso! advertiu Dolores. "Nós vamos consertar essa situação!" ele afirmou e desviou o olhar para Lina. - Não queremos?

Seu coração se apertou. Pareciam passarinhos com os bicos bem abertos em antecipação.

                         

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