Bella Zafira – A Esposa do Mafioso
img img Bella Zafira – A Esposa do Mafioso img Capítulo 4 Marcello Caravaggio Kosta
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Capítulo 6 Hipnotizado por ela img
Capítulo 7 Em busca de informações img
Capítulo 8 Me proteja img
Capítulo 9 Aprenda a lição! img
Capítulo 10 Difícil de entender img
Capítulo 11 Uma dança sensual img
Capítulo 12 A missão de Zafira img
Capítulo 13 A recompensa img
Capítulo 14 Impossível esconder o desejo img
Capítulo 15 Cuidando dela img
Capítulo 16 Ela não é minha amante, ela é minha esposa img
Capítulo 17 Sou a esposa do seu chefe! img
Capítulo 18 O que ela está fazendo aqui img
Capítulo 19 Nos braços de Marcello Caravaggio img
Capítulo 20 Indiferente img
Capítulo 21 Convencida a não repetir a dose img
Capítulo 22 Um plano arriscado img
Capítulo 23 Eu não vou sair daqui ela é minha esposa! img
Capítulo 24 Cumpra com sua palavra, querido marido. img
Capítulo 25 Qual o seu medo, Zafira img
Capítulo 26 O que houve com você, Zafira img
Capítulo 27 Te quero toda minha, sem restrições. img
Capítulo 28 Perfeita para a minha vida img
Capítulo 29 Eu sou Zafira Bella Caravaggio, eu não desisto. img
Capítulo 30 A missão no Navio img
Capítulo 31 Eu estou fodidamente apaixonado, Zafira img
Capítulo 32 Um encontro inesperado img
Capítulo 33 Vingança img
Capítulo 34 Ela é minha esposa e ninguém deve chegar perto. img
Capítulo 35 Hora da caça ao tesouro img
Capítulo 36 Rumo a outra aventura img
Capítulo 37 Um protegendo ao outro até que a morte nos separe. img
Capítulo 38 Finalmente a vingança img
Capítulo 39 Está pronta para se aventurar comigo img
Capítulo 40 Minha Rainha img
Capítulo 41 A surpresa img
Capítulo 42 Esqueça qualquer um que te tocou antes de mim img
Capítulo 43 Em busca de informações img
Capítulo 44 Uma ex amante perigosa img
Capítulo 45 Uma inimiga determinada img
Capítulo 46 Você é meu marido por contrato e nada mais img
Capítulo 47 Triângulo dourado img
Capítulo 48 Um mentiroso furioso img
Capítulo 49 Estrategista img
Capítulo 50 Você é meu! img
Capítulo 51 Eu queimarei o mundo até que eu a traga de volta. img
Capítulo 52 A esposa de Kent img
Capítulo 53 Seja minha de verdade img
Capítulo 54 O reencontro de família img
Capítulo 55 Dono do meu coração img
Capítulo 56 Imbatíveis img
Capítulo 57 Denúncia anônima img
Capítulo 58 O reencontro img
Capítulo 59 Aos meus cuidados img
Capítulo 60 Conversa entre irmãs img
Capítulo 61 Nunca existiu, não existe e nunca existirá uma mulher como você img
Capítulo 62 O ataque img
Capítulo 63 Aliança de ódio img
Capítulo 64 Guerra declarada img
Capítulo 65 Vestido surpresa img
Capítulo 66 Sindrome de Estocolmo img
Capítulo 67 Seduzida img
Capítulo 68 A traidora img
Capítulo 69 Sequestro img
Capítulo 70 Cativeiro img
Capítulo 71 Combate img
Capítulo 72 Três img
Capítulo 73 Eu me importo com você img
Capítulo 74 De volta ao lar img
Capítulo 75 Uma conversa sincera img
Capítulo 76 Resgate img
Capítulo 77 Interrogatório no porão img
Capítulo 78 Sabotagem img
Capítulo 79 O salvador img
Capítulo 80 Obstáculos a serem superados img
Capítulo 81 Proteger a família img
Capítulo 82 Em dose dupla img
Capítulo 83 Desejos quentes img
Capítulo 84 Ameaça velada img
Capítulo 85 Em família img
Capítulo 86 Com o coração aberto img
Capítulo 87 No seu ritmo img
Capítulo 88 Eu me rendo img
Capítulo 89 Intensos img
Capítulo 90 A reunião img
Capítulo 91 Desconfiada img
Capítulo 92 O ataque da boate img
Capítulo 93 Perigoso img
Capítulo 94 Estrategista img
Capítulo 95 Uma despedida nos lençóis img
Capítulo 96 Tudo por elas img
Capítulo 97 Determinados img
Capítulo 98 A busca img
Capítulo 99 Tratativa img
Capítulo 100 Denúncia img
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Capítulo 4 Marcello Caravaggio Kosta

Dias antes...

Marcello Caravaggio Kosta

Fazia alguns dias que eu havia retornado do Marrocos. Anos se passaram desde a última vez em que estive naquela terra quente, seca e marcada por alianças frágeis e traições silenciosas. Mas certas pendências precisavam, enfim, ser resolvidas.

Lembro-me com clareza da primeira vez em que pisei naquele país. Ainda carrego as marcas - físicas e emocionais - do quanto ele pode ser perigoso. Uma cicatriz no abdômen me recorda a imprudência de ter ido sozinho resolver questões quando assumi a frente da Stidda. Foi uma emboscada brutal. E se não fosse por Kalil, eu não estaria mais aqui para contar.

Agora, saber que poucos dias após minha saída ele estava morto, e todo o seu território sendo tomado por outro clã, me deixava à beira da fúria.

Eu lamentava a morte de Kalil - não apenas por respeito, mas porque tinha uma boa ideia de quem havia feito aquilo. Yussef. Ele nunca suportou Kalil e sempre cobiçou o comando do clã El Ballouti. O ódio dele era tão evidente quanto venenoso.

- Você tem certeza de que não encontrou nada? - encarei Domenico com impaciência.

- Nada. Nem mesmo as filhas foram localizadas. O que se sabe é que uma embarcou em um navio e deve desembarcar aqui. A outra... dizem que se jogou do penhasco.

Havia algo errado nessa história. Era arriscado demais eliminar um chefe de território apenas por sede de poder. Havia mais por trás. E eu queria descobrir o que.

- Tudo bem. Fique atento. Qualquer informação, quero saber imediatamente.

- Patti te ligou enquanto você estava fora. Ela voltou do desfile e queria te ver.

- Não hoje. Eu não a atendi de propósito. Temos dias para isso. Agora, traga toda a papelada que preciso analisar.

Domenico obedeceu prontamente, colocando sobre minha mesa tudo o que eu precisava.

Respirei fundo. Eu tinha muito com que lidar. A instabilidade do território, a movimentação dos clãs e agora a perda de um aliado estratégico.

Meu foco estava claro: reconquistar o controle total da Sicília. E nada - nem ninguém - iria me impedir.

Dias atuais...

Zafira

Mas aquele homem à minha frente não podia ser o Kosta. Eu me lembrava perfeitamente de Jamal chamá-lo de Marcello.

- Eu preciso falar com Kosta...

Ele riu, um som grave, quase debochado, e se aproximou. Seu olhar passeou lentamente pelo meu corpo, como se medisse cada centímetro com um misto de apreciação e domínio.

- Piacere, signorina. Sono Marcello Caravaggio Kosta.

"Prazer, senhorita. Sou Marcello Caravaggio Kosta."

Eu sabia. Meu pai havia salvado a vida de Kosta anos atrás, quando ele esteve no Marrocos. Não deixaria esse fato escapar. Não agora, não depois de tudo o que perdi. Eu o encarei, desta vez sem medo - afinal, já havia perdido tanto, inclusive Samira.

- Preciso falar com você. Sou filha...

- A filha de Kalil tem nome? - O sorriso nos lábios dele era provocador, quase um desafio lançado entre nós.

- Zafira.

Ele apenas assentiu, passando por mim e seguindo em direção à porta giratória do hotel. Fiquei parada, confusa, até ouvir sua voz.

- Venha. Vai ficar aí parada?

Ele não era um homem fácil. Além de perigoso, era um maldito provocador. Caminhava como se o mundo lhe pertencesse, com a cabeça erguida, ombros retos, postura imponente e um ar de arrogância quase aristocrática.

Entrou no elevador, e eu o segui. Ele parecia ainda mais alto do que eu lembrava - ou talvez fosse eu, que não estava usando salto por causa da dor no tornozelo. Viviana tinha insistido para que eu usasse uma das suas sandálias vertiginosas, mas não consegui.

Mantive meus olhos fixos na porta de aço enquanto o elevador subia. O perfume dele me envolvia, trazendo à tona memórias daquele dia no bar - o olhar perigoso, o corpo marcado, a tensão que deixava o ar rarefeito ao redor dele.

Quando as portas se abriram, ele fez um sinal com a cabeça para que eu saísse. Caminhei por um corredor até parar diante de uma grande porta ao fundo.

Eu podia sentir o seu olhar em minhas costas. Dar as costas a um mafioso definitivamente não parecia uma boa ideia. Virei o rosto, lançando-lhe um olhar por cima do ombro - e lá estava ele, caminhando calmamente, mãos nos bolsos, expressão impenetrável.

- Olhe para onde está indo ou pode cair, garota.

Olhei para frente, parando diante da porta. Senti o calor do corpo dele se aproximando. Ele segurou a maçaneta e girou, abrindo a porta para mim.

- Entre.

Entrei em um espaço elegante, minimalista, mas imponente. Um escritório amplo com uma parede inteira de vidro, revelando a cidade aos nossos pés. Era como se ele governasse dali.

Ele caminhou até a poltrona atrás da mesa e se sentou, encarando-me como se eu fosse mais uma negociação - ou um erro prestes a ser corrigido.

- O que você quer? - Ele não me convidou a sentar, então permaneci em pé.

Era o momento. Eu precisava ir direto ao ponto. Pensei a noite inteira sobre isso. E, depois de ver como refugiados sem documentos eram tratados, eu sabia que precisava me garantir.

- Meu pai salvou sua vida há alguns anos, e agora chegou a vez de você pagar. - Ele estreitou o olhar, mas não disse nada, então continuei, firme, com toda a coragem que ainda me restava. - Case-se comigo.

A reação foi imediata. Ele riu. Curvou-se, segurando a barriga, gargalhando como se eu tivesse contado a piada do século.

A raiva cresceu dentro de mim. Ele não parava de rir. Mas, quando finalmente silenciou, seu olhar era outro - frio, impaciente, ferido no orgulho.

- Você está louca? Eu jamais faria algo assim. Nunca.

Seu olhar de desdém me atingiu como um tapa. Por um instante, me senti pequena, inadequada. Como se ele zombasse de mim, e isso me feriu mais do que deveria.

- Eu não estou louca! Preciso de proteção para mim e para minha irmã...

Ele se levantou com um impulso que me fez recuar instintivamente. Avançou com aquele olhar perigoso que queimava mais do que ameaçava.

- Escute aqui, garota. Eu não sou homem de casamento. Sua proposta é um insulto à minha honra. Vir até mim cobrar um casamento em troca do que seu pai fez por mim... isso é repugnante. Eu estava te procurando para oferecer proteção, e vou cumprir minha promessa. Nada mais. Não espere que eu aceite essa ideia maluca. Sou um homem de palavra. Prometi ao seu pai que, se um dia ele precisasse, eu ajudaria. Ele se foi. Vocês ficaram. E eu vou fazer o que prometi. Mas não confunda isso com... sentimentalismo.

Seu rosto estava próximo demais. Eu podia sentir seu hálito quente, firme como sua presença. Então, alcancei minha bolsa, puxei meu trunfo e mostrei a ele.

Os olhos dele baixaram e, por um instante, vi a mudança sutil em sua expressão. Ele reconheceu o que tinha em mãos.

- Preciso de um casamento. Podemos fazer um contrato de três anos. Colocamos cláusulas. E, no fim, dividimos o valor que encontrarmos.

Ele se afastou, ainda em silêncio, analisando o conteúdo do mapa. Seus olhos estavam concentrados, quase clínicos.

- E se eu simplesmente tomasse isso de você agora?

- Você disse que é um homem de palavra. Prometeu ajuda ao meu pai. Eu sou a extensão dele. Por isso, acredito em você.

Ele alargou o sorriso. Um sorriso perigoso, mas também respeitoso. Me devolveu o mapa e, sem tirar os olhos de mim, alcançou o telefone à sua frente.

- Sente-se. Vamos falar de negócios. A cláusula que quero acrescentar é que continuo livre para minha vida pessoal. Seremos casados apenas no papel.

- Tudo bem. E eu quero deixar claro que não serei obrigada a fazer sexo com você.

Ele ergueu uma sobrancelha, abrindo um sorriso mais malicioso do que antes, enquanto discava um número no telefone.

- Acredite... nunca precisei forçar uma mulher a ir para a cama comigo. E se você for... será porque vai desejar me sentir por completo.

Antes que eu pudesse responder qualquer coisa, ele começou a falar com a pessoa do outro lado da linha, explicando o que queria com firmeza e precisão. Eu, em silêncio, só podia digerir suas palavras - e a confusão que elas provocavam dentro de mim.

- Você pode ficar aqui. Daqui a pouco iremos ao cartório. Tenho algumas ligações e e-mails para responder. Desde que fique quieta e não me atrapalhe, pode ficar aí.

Dei de ombros e me sentei em silêncio. Ele cumpriu o que disse: fez ligações, respondeu mensagens no notebook, enquanto eu fingia não observá-lo e tentava evitar qualquer pensamento impróprio.

Horas depois...

Eu estava diante de toda a papelada. Mal podia acreditar no que estava prestes a fazer.

Assim que terminamos de conversar, seu advogado chegou em tempo recorde, trazendo todos os documentos - inclusive os do casamento.

Levaram cinco minutos para termos, em sua sala, um juiz pronto para nos oficializar. Fiquei olhando, incrédula, o absurdo do que o dinheiro era capaz de fazer.

Recebemos a cópia dos contratos e da certidão de casamento. Quando ficamos a sós, ele sorriu com uma satisfação silenciosa.

- Agora, querida Bella... vamos começar nossa vida de casados.

Bella Caravaggio. Esse era meu nome a partir daquele momento. E eu ainda estava tonta com tudo aquilo.

Ele havia conseguido uma nova identidade para mim. Eu era, oficialmente, uma residente legal do seu país.

- Eu preciso encontrar a minha irmã...

- Já tenho gente trabalhando nisso. Em breve saberemos onde ela está.

Ele apontou a porta e eu o segui, caminhando pelo corredor até o elevador, sem saber para onde estava indo. Uma parte de mim ainda relutava em confiar. Ele poderia facilmente me eliminar e ficar com tudo.

*Yussef Al Hab*

A dor tornava minha visão turva. Estavam me carregando até o carro. Finalmente eu estava de volta ao Marrocos. Sangrando sobre o solo em que nasci. Mas eu renasceria das cinzas.

Marcello Caravaggio quase havia me matado. Seu sicário estava convencido de que tinha cumprido a ordem. Mas consegui escapar, graças aos meus comparsas.

- Aguente firme, Yussef. Estamos te levando para uma clínica onde ficará seguro.

A voz era de Mohamed, meu cunhado e braço direito. Eu precisava avisá-lo antes que fosse tarde demais.

- O mapa de Don Fuentes... está com Zafira. E Marcello Caravaggio! Vocês precisam recuperar!

A dor aumentou e tudo ao meu redor começou a rodar. A escuridão me envolveu por completo.

            
            

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