Capítulo 9 Pregaram uma peça

"Você acha que estou com vontade de agir como uma dona de casa com você?

Você me pagará um salário para fazer isso? Fiquei esperando você o dia todo para te perguntar uma coisa. Você já desistiu da ideia de continuar casado comigo? Porque, ao que parece, você quer me matar de fome", disse Bonnie completamente irada.

"Você ainda não comeu?" Gavin já havia enfrentado a irritante Bonnie. Mas quando ele soube que ela ainda não havia comido, ele parou e se virou para ela bruscamente. Ele olhou para as criadas em busca de uma explicação e perguntou em voz baixa: "Qual é o problema aqui?"

As empregadas baixaram a cabeça e piscaram sutilmente uma para a outra. Ninguém se atreveu a dizer nada.

"Quem se atreveu a tratá-la desta maneira sem a minha permissão?"

Bonnie não conseguia ver a expressão de Gavin, apenas suas costas. Ela pensou que ele estava apenas agindo como se não soubesse de nada, então disse amargamente: "Se você tiver tempo para culpar as criadas, talvez você possa apenas deixar claro para elas se devem ou não me oferecer comida."

Gavin olhou para todos os seus empregados e respirou profundamente. Então, ele virou-se para Bonnie. Havia uma expressão incompreensível em seu rosto que Bonnie não sabia ler.

"A partir de amanhã, você pode informar a eles se estiver com fome. Se eles não oferecerem comida, você pode vir até mim." Um sorriso travesso apareceu no rosto de Gavin. "Eu alimentaria até meu cachorro de estimação se ele ficasse com fome, quanto mais uma pessoa, não é mesmo?"

Após estas palavras, Gavin saiu. Deixando Bonnie e todos os empregados atordoados na sala de estar.

Ele foi direto para o escritório. O som da pesada porta de carvalho fechando sinalizou a separação dos dois mundos.

Lá embaixo, Bonnie escolheu ignorar a última observação de Gavin. Ela observou a porta fechada do escritório antes de se virar para as criadas. "Bem, todas vocês ouviram bem o seu senhor. Agora eu estou com muita fome. Vão e cozinhem para mim."

Não importava o que Gavin dissesse ou o que os servos pensassem dela.

Para Bonnie, seu único objetivo agora era viver bem. Ela tinha que cuidar bem de si mesma para que pudesse escapar de sua situação atual. Se ela não conseguia nem se alimentar, como poderia ter energia para lutar por seu futuro?

"Ah, e por falar nisso, eu não como coentro, pimenta verde, gengibre ou comida picante." Depois disso, Bonnie acenou para as empregadas furiosas e foi para seu quarto no andar de cima com um sorriso satisfeito.

O que Bonnie não viu foi como as empregadas sorriram presunçosamente quando a observaram entrar no quarto principal.

"Ela realmente acha que agora é a dona da casa?"

"O senhor Gavin a expulsará do quarto principal mais tarde?"

"Quem a guiou para o quarto principal? Isto é maldade! Hahaha! Hahaha!"

Todo o pessoal do serviço começou a dar risada de Bonnie. Logo, a sala de estar se acalmou.

Depois de comer o jantar enviado pelas empregadas, Bonnie relaxou no sofá dentro do quarto principal. Ela estava cansada demais para sorrir. A mulher se deitou de lado, com a bochecha apoiada no braço. Seus cílios longos e curvados beijavam suas bochechas enquanto caíam de exaustão. Os círculos escuros sob seus olhos pareciam ainda mais profundos.

"Quando será que vou poder pedir o divórcio?" Distraidamente, ela correu os dedos sobre o ferimento recente em sua testa. Ela murmurou para si mesma: "Este homem é completamente insano. Ele me torturará até a morte, mais cedo ou mais tarde."

Crrr!

Era o som do ranger da porta se abrindo. Sem nem ao menos olhar, Bonnie sabia que só poderia ser uma pessoa.

"Por que é que você está aqui?" Gavin explodiu ao ver a garota deitada no sofá. Imediatamente, seu rosto se transformou numa careta.

"Por que eu não deveria estar?" Bonnie perguntou, confusa com a explosão.

Assim que ela pôs os pés na casa, o mordomo a conduziu diretamente para o quarto principal. Quando viu a expressão sombria de Gavin, pensou consigo mesma: 'Eles me pregaram uma peça?'