O meu CEO
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Capítulo 2 C.2

- Então você trabalha na empresa Foccus. - Eduardo diz assim que chega nossos pedidos. - Em qual setor?

A empresa Foccus é uma agência full service. A gente desenvolve sites, automatiza o marketing digital, promovemos eventos, criamos embalagens e outras coisas. Eu fico na parte da redação onde catálogo todo o movimento e eu crio roteiros dos eventos.

- Sou da redação. - Dou um gole na minha cerveja.

- Legal. O que te incomoda lá?

Não deixo de rir. Se ele quer tanto ouvir sobre meu trabalho, é bom estar com disposição para isso. Como eu tinha falado antes, o meu trabalho não é ruim, mas algumas pessoas lá são e muito.

- Por onde começar. - Eu finjo pensar e isso faz ele sorrir. - Bob é meu supervisor, mas ele age como se fosse o chefe de setor... Não, ele age como se fosse o dono da empresa. Ele quer tudo perfeito.

- E isso é ruim, por que...?

- Ele não cobra isso de todo mundo. - Olho para o Eduardo suspirando. - Bob tem seus preferidos e suas preferidas. Ele faz propostas indecentes, sabe?

Eduardo fica sério e me olha com atenção.

- Que propostas?

- Ah, você sabe. Ele chama as mulheres para dormir com ele. Ele não fala com todas as palavras, mas deixa a entender suas intenções.

- Você...

- Não! - Digo rapidamente. - Nunca aceitei e ele não fica emburrado por isso, mas pega no pé das pessoas que nega suas investidas.

Eu sei de algumas que aceitou dormi com ele e vejo o tratamento, ele não é burro de fazer isso com todas para não chamar muita atenção. Mas como até hoje ele não foi pego, Bob tem exagerado mais nas suas investidas nas novatas.

- Isso não é certo.

- Não, não é. Ele quer as coisas perfeitas, mas o trabalho dele mesmo não é.

O petisco chega à mesa. Eu sinto a água na minha boca. Não sabia que estava com tanta fome assim. Queria tanto terminar o trabalho que nem liguei de comer alguma coisa.

- Mas e você trabalha de que? – Perguntei.

- Hum, eu sou advogado particular.

- Você trabalha com algum figurão?

- Isso, mas não posso falar.

Olho para ele curiosa.

- Ah, diz. Eu prometo guardar segredo. - Faço minha cara de pidona e ele rir.

Eduardo deveria sorrir mais. Por que esse homem é tão sério?

- Pode fazer a cara que for, mas não vou contar.

Não evito meu aborrecimento.

- Isso não é justo.

- Hoje é meu aniversário. - Ele me lembra. - Então não pode ficar emburrada ou brigar comigo.

- Você não vai poder usar seu aniversário para sempre.

- É melhor eu aproveitar então.

Rimos. Eu perdi o tempo ali conversando com o Eduardo. Com o tempo ele foi se soltando mais. Eduardo tem 26 anos, fez faculdade de direito aqui mesmo em Nova York, mas ele nasceu no Canadá. Ele não tem família aqui e de vez em quando seus pais e familiares vem visitar ele. Conversa com Eduardo está sendo bom, ele deixou um pouco o lado arrogante escondido. Eu acredito que não tenha sido muito fácil, mas sempre acreditei que ele tinha uma versão melhor.

E não estou enganada.

- Até que você não é de todo chato. - Eu provoco.

Ele bebe sua bebida me olhando de canto de olho.

- Você não é tão desastrada, lerda, destrambelhada...

- Chega!

Ele riu.

- Mas já? Se quiser posso continuar com os elogios.

- Seus elogios são bem diferentes.

- Quem sabe na próxima não venha elogios melhores. – Seus tom de voz mudou e isso chamou minha atenção.

Olho para ele e ergo uma sobrancelha.

- Quer me ver de novo? Cuidado! Na próxima posso acabar derrubando algo nesse terno chique e caro. Sou muito desastrada, sabe?

- Você não é nem louca. – Sua voz saiu rouca e baixa.

O olhar que ele me deu fez eu prender a respiração e não fiquei com medo. Era algo bem diferente. Como não ter pensamentos impuros com Eduardo. Até as atendentes desse bar tinham. Dar para ver o jeito que elas olhavam para ele e umas até tentaram chamar sua atenção, mas ele as ignorou.

- Você é casado? - Arregalo os olhos quando eu vejo que fui eu que fiz a pergunta.

Uma garçonete perto da gente nos olhou, tentando falhamente disfarçar, a fim de ouvir a resposta. Eu sorri para ele como se fosse uma pergunta totalmente inocente e é. Eduardo me olha e dá um sorriso malicioso. E QUE SORRISO É ESSE?

- Por acaso está afim de mim, Kelly?

- Não! - Evito olhar para ele. - Somos amigos agora, não é? Só estou te conhecendo.

Balança a cabeça de um lado para o outro fingindo aceitar minha resposta, mas ele ainda tinha aquele maldito sorriso no rosto.

- Sou solteiro.

Vejo o sorriso no rosto da garçonete e ela corre, sem disfarçar para contar para as outras. Foi engraçado.

- E você?

Olho para Eduardo.

- Eu? - Aponto para mim.

- Não, Kelly. - Ele revira os olhos. - A garçonete que correu para contar para as outras que estou solteiro.

- Você também viu?

- Ela nem disfarçou. - Eduardo faz cara de poucos amigos.

- Talvez você consiga uma namorada hoje.

- Com certeza não será uma delas. - Ele me olha. - Você ainda não respondeu minha pergunta.

- Ah, não. Estou solteira também.

Ficamos conversando mais um pouco e saímos do bar faltando pouco para uma da manhã. Como Eduardo tinha bebido, ele preferiu deixar o carro ali e insistiu em me acompanhar até em casa. Quando chegamos ele não deixou eu pagar a minha parte da corrida e acabamos brigando por isso.

- Meu aniversário...

- Não! Pode parar. - Eu interrompi ele. - Não vou deixar que comece com esse discurso. - Eduardo passou a noite toda falando que era o aniversário dele e eu não poderia fazer tal coisa. - Seu aniversário foi ontem! Então não vem com esse papo para cima de mim.

- Mas não faz muito tempo. Então está valendo.

- Não! Eu vou pagar a minha parte...

- Kelly, eu já paguei. - Eduardo fecha minha bolsa. - Agora vai para casa.

Reviro os olhos. Como esse homem pode ser tão teimoso?

- Na próxima eu pago!

- Tá bom.

Ele sorri e me abraça.

            
            

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