Capítulo 4 Presa.

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Ponto de vista Samanta

Quando aquele segurança chegou na minha porta e me disse que precisava ver uma pessoa, tive uma ponta de esperança de ser o Italo querendo me encontrar e aceitei a ir, mas quando entrei naquele elevado do hotel percebi que não era, fiz de tudo para conseguir sair depois de 2 horas o tal homem chegou, um velho já foi para aquele que me entreguei..., eu sou muito idiota.

Sai do hotel e voltei para a Kitnet, peguei o cartão e pesquisei o nome dele Henrique Percy, 29 anos CEO do grupo Percy, classificado entre um dos 10 Bilionários mais jovens, e dono de diversos grupos secundários, nunca visto em um relacionamento sério suspeita de ser gay...

Esta ultima parte me deixou curiosa se é gay porque falar de casar comigo? Qual o sentido disso sempre achei que homens ricos não precisavam se prender a regras nem uma da sociedade...

Neste pensamento e com este cartão tomei uma decisão amanhã logo cedo irei à casa que o Italo esta construindo para nós quero contar isso para ele.

Demorei horas para pegar no sono tamanha ansiedade de falar com o meu amor, e tentar resolver todo este mal entendido.

O dia amanheceu me levantei tomei um banho coloquei um vestido ajustado ao corpo pouco acima do joelho vermelho e prendi meu cabelo todo de um lado deixando um ombro a mostra e um solto médio.

Fui andando até um cafeteria peguei um expresso duplo e entrei no táxi cerca de dez minutos estava parada na porta da nossa casa que ja estava na fase de decoração, toquei a campainha e ele saiu logo atrás da dona Lúcia que cuida de tudo que ele passava que seria feito.

''Olha que está aqui, pode nos deixar a sós dona Lúcia.'' Ele disse saindo sem nem ao menos me convidar para entrar.

Quando fui falar sobre o tal Henrique, ele começou a falar.

''Sabe não tenho palavras para descrever o quanto nos ajudou sumindo naquela noite, o plano seria colocar um homem no quarto com você, mas aparentemente, você resolveu tudo sozinha, agora poderei ficar com a Renata que é a mulher que sempre amei, você foi só um meio de me manter perto dela.''

Cada palavra dele vinha em forma de farpas, e foi me humilhando e me segando de ódio saber que era uma idiota que estava sendo usada. Não percebi o que fiz só quando ele gritou voltei a mim.

Joguei o café fervendo do copo térmico na cara dele, e sai correndo.

Não sei se chorava de ter sido enganada ou da humilhação não sei se andei três ou quatro quadras e fui parada por uma viatura, me levaram para o distrito policial sob acusação de agressão, em menos de uma hora estava dentro da penitenciaria sem nem ao menos fazer uma ligação.

Cai em mim com o delegado falando que pegaria de 2 a 5 anos por isso. Na hora falei uma ligação tenho direito a falar com uma pessoa.

Sem saber para que ligar ainda queria tentar falar com alguém.

''Ok, mas ninguém irá te livrar daqui, você além de trair o herdeiro mais rico do pais, ainda agrediu ele fisicamente.'' Ouvi isso e pensei, to ferradda realmente não conheço ninguém me me livra disso.

-Minha bolsa preciso dela para pegar o número com quem quero falar, é meu direito ligar, mas não sei o número!

Me lembrei da parte que o velhote é mais poderoso que o Italo, aquelo mentiro falso!

Peguei o numero e pedi a Deus por favor me atenda e me ajude..., disquei o numero e chamou quatro vezes antes de atender.

''Quem fala?'' Ouvi logo que atendeu.

-Sou eu a Samanta, se quiser continuar falando sobre o nosso assunto de ontem precisa-me buscar estou na penitenciaria feminina.

''Não vou não, me responde agora, aceita o acordo ou não? Irei te dar um salário bom e tudo que terá que fazer e aceitar todas as minhas condições! Sua resposta vai definir se sai dai ou não.!'' Ele dizia em tão calmo como se não fosse nada.

''Desliga acabou o tempo.'' Ouvi o delegado falar, em desespero total apenas disse.

-Aceito, vem logo!

O estúpido do delegado pegou o celular da minha mão e me levou para uma cela para esperar para fazer a documentação da prisão.

Tinha mulheres de todos os tipos naquela cela, umas causavam-me arrepios mesmo sem falar nada.

Sem relógio sem nada para marcar tempo sentia que estava ali a anos, mas sabia que não fazia tanto tempo, pois via o sol através de uma grade em uma janela.

Foram levadas duas mulheres e o carceiro falou quando levou a segunda, você é a próxima docinho.

Me deu uma vontade de xingar ele, mas para meu bem o melhor é não provocar mais problemas para mim.

Depois que ele saiu comecei a ouvir uns gritos e assobios nas outras celas, meu coração parou de bater e não conseguia respirar com medo de ser algum tipo de rebelião, me lembro de ouvir gritos assim no orfanato uma vez, e isso me deixa paralisada de medo me abaixo abraçando as minhas pernas e escondendo os olhos nos joelhos.

Os barulhos começam a aumentar e se aproximar.

Deus afasta de mim seja lá o que for.

E o barulho começa na cela que estou não tenho coragem de erguer a minha cabeça e começo a chorar quando sinto uma pressão esbarrar em mim gritando.

Não conseguia mover um músculo do meu corpo, tanto medo que sentia.

Ouvi o barulho da cela ser aberta, mas nem dei conta que era ali, nesta hora me bateu sim um arrependimento de ter ido atrás do Italo. Mas aquele velho safado deveria vir me ajudar ja liguei e pedi ajuda.

Ele deve estar procurando uma forma a mais de me torturar só pode, ou encontrar uma que de menos trabalho.

Pensando isso sou trazida de volta ao sentir alguém tocar em mim e ainda sim, não consegui nem erguer a cabeça.