Capítulo 5 O VALE DAS BONECAS DO UMBRAL Capitulo 05

[A Cidade Imersiva dos Drogados/Chapados]

"Me sentindo sempre sozinha... E feia... Gostaria de fugir... Pra algum lugar... Pra beber e fumar sem limites, sem regras baratas, sem lei... Só me resta Imergir de novo".

Pensa Maria Meia-noite fitando o vazio das ruas e solidão coletiva/compartilhada dos transeuntes... E hologramas inteligentes? (Em realidade aumenta)

fora e dentro das muralhas musgosas... Do G.C/Grupo Condomínio.

Maria Meia-noite em posse de óculos inteligentes, ("3D") da Google imergira novamente agora para ser um gato de pelagem branco e cinza, (híbrido com Siamês) de olhos verdes/azuis... Era lá no Macroverso na plataforma, ('blockchain') do Metaverso.

- Bichano, Zé Condé! Cadê o senhor? Ei, ei, gato safado. Não suba em cima da mesa, - disse a Dina entrando na cozinha brilhosa, farta e limpa... Lhe dispara com um recipiente "splay" água potável, (rara naqueles tempos pós gentios) no focinho do felino/Condé teimoso como uma mula mecânica... E continua: - Não, seu safadinho... além gordo que nem um 'poico' ainda bem que é um caçador de baratas e gias "hologramadas" que nunca vi.

- Aí, sim! (...)

- Aí vale a ração sintética que come. É o meu gatão José Condé. - dizia o seu dono lhe botando mais ração com sachê artificial de peixe salmão.

Seus prazeres/fazeres era ficar ronronando e atrás do seu dono/dona, (na imersão) a hora da alimentação era 'doido o "baguio"/fome quase que canina e também passara horas na realidade aumenta... a passear, flertar com outros avatares de felinos, papagaios híbridos e cães mecânicos de rua... Ao retornar para o domicílio "FIGITAL" Ficara a brincar/pular em todos os obstáculos por toda casa/Imersiva... Era uma grande casa/casarão com piscina, canteiro com grama verdinha, um sol danoso, quiosque e churrasqueira e tudo mais... Quando em seu próprio 'quartinho' de aluguel não tinha nem área de serviço quanto mais área com piscina, quiosque e churrasqueira. Apenas aquelas 'ruelas' com fraudas repletas de excrementos de recém nascido violadas pelos cachorros mecânicos vira-lata de luxo /orgânico/artificial/eletrônico.

"O Macroverso? Que Deus me perdoe é o céu da tecnologia, eu não me importo nem a ir mais ao banheiro... Faço nas calças "mermo", não tem problema não, quando tô com alguma moeda criptografada sobrando, tipo uma 'Mana/Descentraland' ou "SandBox" eu até compro frauda descartável, mas ultimamente sem trabalhar a distância, (EAD) tô fazendo minhas necessidades fisiológicas na roupa 'mermo'. Sem problema ninguém tá vendo 'mermo'. É tão bom Imergir quem nem sinto mais o cheiro da merda e do mijo".

Faz uma auto reflexão fazendo festa só em pensar no Metaverso. Era a droga do século? Dependência imersiva/emocional? (...) fica a indagação a nobre Leitora ou caro leitor! (...)

Era viciante... E satisfatório... Era realmente/'imersivamente' prazeroso e agradável... Era o novo mundo online?

Amigos e amigas, lindos e bem vestidos...

Porém uma força eletroquímica... Tomara aquela imersão... Logo a mansão com piscina... Mudará de estágio... Agora tornara-se uma terra fumegante... Montanhosa e pedregosa/gasosa... Vultos andavam/caminhavam lentos com passos pesados e desconexos... Rumo a uma grande multidão de cheirados, 'lombrados', dopados e viajados, ("lombra" eterna)... Uma nuvem/névoa negra com detalhes em raios roxeados brilha em um fosco... Tantas sensações, o vício do vício? (...) Sentando em um trono de ossos estava ele o homem/cabra com chifres arqueados e doze asas abertas fumando um cachimbo incandescente... Fumaça sairá por sua boca, narinas e ouvidos... Os demais espíritos drogando-se e passando para outros espíritos que sob ordens sobem a terra para sugar os prazeres dos vivos... Larva astral? Cascões a serviço do umbral? (...) Espíritos superiores em duas missões... Porém uma nova entidade assume o posto até evoluir... Para uma colônia de nível superior... Posto de socorro do umbral... Trabalhar todo o ódio, vingança e revolta.

APÊNDICE tecnológico: OS DEMÔNIOS DO METAVERSO

***