Capítulo 4 O Castelo da Escuridão

Os portões se fecharam atrás deles com um baque tão forte que fez o chão tremer. O barulho ecoou pelos corredores escuros do castelo, aumentando a sensação de medo e tensão. A escuridão era tão densa que Hayato e Mei mal conseguiam enxergar um palmo à frente do nariz. A neblina que os cercava era tão espessa que parecia ter vida própria, se movendo lentamente e criando sombras assustadoras nas paredes do castelo.

Hayato tentou controlar a respiração para acalmar a ansiedade que crescia em seu peito, enquanto seus olhos vasculhavam a escuridão em busca de algum sinal de vida ou perigo iminente. Nada se movia, nada se ouvia além do som dos próprios batimentos cardíacos acelerados. A incerteza do que os aguardava adiante aumentava a cada segundo, tornando cada passo ainda mais difícil e pesado. De repente, um uivo arrepiante cortou o silêncio, fazendo Hayato e Mei estremecerem de medo. O som parecia vir de uma das alas mais distantes do castelo, mas era tão alto que parecia estar bem próximo. Hayato instintivamente agarrou Mei e a puxou para trás de uma coluna de pedra, enquanto observavam a sombra do lobisomem se aproximando lentamente.

A criatura parou em frente a eles, farejando o ar e uivando ameaçadoramente. Hayato tentou se controlar, mantendo a respiração lenta e silenciosa, enquanto seus olhos brilhavam de medo e determinação. Ele sabia que não podia deixar que o lobisomem percebesse a presença deles ali, senão seria o fim.

De repente, o lobisomem virou a cabeça, farejando o ar com mais intensidade. Hayato e Mei se encolheram ainda mais, tentando se tornar invisíveis. Então, a besta avançou sobre eles com ferocidade, uivando de forma ensurdecedora. Hayato empurrou Mei para longe, gritando para ela correr o mais rápido possível e se esconder em algum lugar seguro. Mei hesitou por um momento, sem querer deixá-lo sozinho. Hayato a convenceu, gritando:

- Vai! Eu me viro! Não olhe para trás!

Mei correu aterrorizada enquanto Hayato aproveitou a oportunidade para atrair a atenção da criatura. Em uma fuga intensa e aterrorizante, com o lobisomem lançando ataques violentos a cada oportunidade, Hayato foi capaz de se manter firme e concentrado correndo em direção a uma das portas laterais do castelo. Por sorte, a porta estava aberta e levava diretamente a um jardim escuro e sinuoso. Hayato correu o mais rápido que pôde, sem olhar para trás, enquanto o uivo do lobisomem ecoava pelo caminho. Ele sabia que a criatura ainda estava atrás dele, e que aquele jardim havia sido a pior escolha que ele poderia ter feito.

Então, cara a cara com o lobisomem, Hayato sentiu um medo incontrolável se apoderar de seu corpo, mas ele não tinha escolha a não ser lutar. Ele se preparou para o ataque do lobisomem, mas antes que a fera pudesse dar o golpe, um livro voou em sua direção, distraindo-o. Hayato olhou para cima e viu Mei na janela da biblioteca, jogando mais livros no lobisomem. A criatura, agora irritada, saltou em um pulo sobre-humano e entrou pela janela quebrada, perseguindo Mei.

Hayato, mesmo exausto pela situação, não permitiu que os ferimentos e o cansaço o impedissem de agir. Ele se levantou determinado a encontrar Mei, que corria perigo iminente. Seu corpo doía e sua respiração estava ofegante, mas sua mente estava focada em salvar Mei. Com cada passo que ele dava, sua determinação se fortalecia, e ele se preparava, pois sabia que teria que enfrentar aquele lobisomem. No caminho para a biblioteca, Hayato sentiu suas pernas fraquejarem, e ele caiu de joelhos, ofegante. Uma aura negra começou a se manifestar ao seu redor, quase como se estivesse tentando lhe mostrar algo importante. No entanto, Hayato sabia que não tinha tempo a perder e precisava encontrar Mei e o lobisomem o mais rápido possível. Ele se levantou, ignorando a aura, e continuou em direção à biblioteca.

Ao chegar lá, encontrou apenas traços de destruição e sangue espalhados pelo chão. Mei e o lobisomem não estavam mais lá, então Hayato decidiu seguir o rastro de sangue para encontrá-los. Foi então que a aura negra voltou a envolvê-lo, empurrando-o para uma das portas da biblioteca. Ao entrar, Hayato se viu em um quarto enorme e luxuoso, com uma caixa dourada adornada com insígnias pretas no centro.

Ao se aproximar da caixa, ele notou uma escritura que dizia: "Tenebris obscurior"(Latim: Mais escuro do que as trevas). Hayato hesitou por um momento, mas acabou tocando na caixa, e para sua surpresa, ela se abriu sozinha, absorvendo toda a escuridão que tomava conta do castelo. Candelabros se acenderam, como se toda a vida tivesse retornado ao lugar. Hayato então olhou para dentro da caixa e encontrou um anel dourado, envolto em escuridão.

Quando Hayato tocou o anel, ele se desfez em névoa e envolveu seu dedo. Nesse momento, ele teve uma visão de um rei envolto em trevas sentado em um trono, usando o mesmo anel que agora estava em seu dedo. O rei parecia querer dizer algo importante, mas antes que pudesse falar, um grito agonizante ecoou por todo o castelo fazendo a visão se dissipar. Hayato sabia que não podia ignorar esse grito, então correu em direção ao som, em busca de Mei e do lobisomem.

Desesperado, Hayato correu em direção ao local de onde escutou o grito, e chegou a uma grande sala cheia de móveis velhos e acabados. Agora que o castelo estava iluminado, ele podia ver claramente o lobisomem que estava segurando Mei, toda ensanguentada e desacordada, em seus braços. Hayato sentiu uma fúria avassaladora tomar conta de si, enquanto encarava o lobisomem nos olhos e falava com agressividade:

- Maldito! O que você fez com ela! -

Nesse momento, algo estranho aconteceu com Hayato. A escuridão que envolvia o anel começou a criar uma aura ao redor de seu corpo. Como se já tivesse feito aquilo antes, com sua mão erguida, ele sussurrou algumas palavras, e as trevas começaram a formar um círculo no chão, com correntes escuras envoltas em neblina envolvendo o lobisomem e levando-o para um limbo de escuridão.

Hayato observou com olhos frios enquanto o lobisomem era consumido pelas trevas. A raiva e o desespero que ele havia sentido antes agora deram lugar a uma sensação de vazio. Ele se aproximou de Mei, que ainda estava desacordada, mas logo percebeu que ela não estava respirando. Hayato tentou reanimá-la, mas quando tocou em seu corpo, ele se desidratou e se desfez em cinzas, deixando-o assustado e confuso. Ele não conseguia entender como isso poderia ter acontecido, e se culpou pela morte de Mei.

Foi então que uma voz conhecida ecoou pelo ambiente:

- Então, finalmente o Rei escolheu o seu sucessor... -

Hayato reconheceu a voz e se virou para ver quem estava falando. Era o mordomo que havia sumido da praia, envolto em sombras, mas com sua postura majestosa. Hayato não sabia o que pensar.

- O que você faz aqui? - perguntou Hayato, ainda perplexo.

- Eu sou guardião que foi escolhido pelo rei para guiar o sucessor. Eu sou uma fração do poder da escuridão do anel. Meu dever é ensinar e guiar você para o que o você foi escolhido. - respondeu o homem, com uma expressão séria.

Hayato olhou para o anel em seu dedo, e uma sensação estranha tomou conta de si. Ele sabia que tinha muitas perguntas, e que precisava de respostas para entender tudo o que estava acontecendo. Encarou o guardião com olhos curiosos e decididos.

- Quero saber tudo. Sobre esta ilha e por que fui escolhido por este anel. - Ele disse.

O guardião assentiu e começou a explicar a história da ilha. Ele contou a Hayato que a ilha era uma das cinco ilhas que outrora eram cinco reinos, que em conjunto com um guardião, eram governados por um rei com habilidades únicas, chamada dádiva. A ilha em que ele se encontrava pertencia a Noir, que era o rei da escuridão, com a dádiva das trevas e era o responsável por manter o equilíbrio da noite e controlar as criaturas das sombras, mantendo-as longe dos outros seres. Kenos era o rei do infinito, possuía a dádiva do tempo e era encarregado de proteger o tempo e o espaço. Nazemy, a rainha da terra, com a dádiva de controlar à terra, era responsável por proteger os humanos, florestas, pântanos e todas as criaturas mágicas que ali habitavam. Neros, o rei da água, com a dádiva de controlar a água, cuidava dos oceanos e de suas criaturas, enquanto Quasar, o rei da luz, com sua dádiva divina, era responsável por manter a ordem e a divisão entre as dimensões dos reinos, impedindo que eles se misturassem. Cada dádiva dos reis era imbuída em um objeto, chamado de artefato real, que lhe permitia o uso da sua dádiva. Com esses artefatos, os reis mantinham o equilíbrio e a harmonia entre os reinos. No entanto, tudo mudou quando Quasar foi assassinado e as divisões que separavam os reinos foram destruídas.

Os outros reinos começaram a colidir e desconfiando uns dos outros, iniciaram-se inúmeras batalhas. Noir foi investigar o assassinato de Quasar e encontrou Amaya, a guardiã da luz, com o artefato da Luz. Amaya explicou que convencera Nazemy que não havia necessidade de outros reis, também a convenceu a se juntar a ela e matar Quasar e os outros reis, para que houvesse somente um Rei. Nazemy se imaginando com o poder de todas as dádivas, caiu na tentação do poder e assassinou Quasar, obtendo o artefato da luz.

Noir então reuniu os Reis restantes e antes que Nazemy pudesse usar o artefato da luz para fundir os poderes com o artefato da terra, Noir, Neros e Kenos uniram seus poderes para criar uma prisão temporal para Amaya e Nazemy, devolvendo o artefato da luz ao seu devido lugar. O poder da prisão afetou todos, Noir, Neros e Kenos foram afetados pelo tempo perdendo suas vidas, Amaya foi dizimada pela existência e Nazemy perdeu sua dádiva e foi presa em uma prisão dimensionado no espaço-tempo, fadada a viver o mesmo dia eternamente.

Os artefatos foram lançados em seus respectivos domínios, criando cinco ilhas que nunca haviam sido vistas antes. Cada ilha foi moldada especificamente de conforme a dádiva do seu rei. Em cada ilha foi criado um castelo escondido, o qual era responsável por proteger o artefato que ali se encontrava. Até que um sucessor fosse encontrado, O artefato era mantido no castelo para representar o poder do rei e para que o equilíbrio e a paz reinassem.

Com um semblante grave, o guardião contou como a busca pelos sucessores dos domínios se arrastou por décadas, mas nunca obtiveram sucesso. Nenhum candidato se mostrou digno o suficiente para assumir o cargo de rei. Com o passar do tempo, a falta de um rei estava enfraquecendo os guardiões, e eles sentiam o peso dessa responsabilidade cada vez mais. Quando a guardiã da terra desapareceu e o artefato da terra foi roubado do seu domínio, os guardiões perceberam que não podiam continuar a buscar por sucessores. Eles precisariam de toda força, pois a ameaça dos invasores era grande demais para eles enfrentarem. Então, após muitas discussões, os guardiões tomaram a difícil decisão de cessar a busca por sucessores para proteger os reinos dos seus respectivos monarcas. Era um ato de desespero, mas eles sabiam que seria a única forma de garantir a segurança dos reinos.

- No entanto, uma última tentativa foi feita por mim. Eu sabia que não poderia simplesmente ignorar o sumiço do artefato da terra, então reuni você e os outros para encontrar um sucessor para a escuridão - disse o guardião, ajoelhando-se diante de Hayato.

Hayato ficou indignado, lembrando que uma pessoa morreu por conta daquilo. O guardião explicou que, a perda de vidas inocentes era algo comum desde a ausência dos reis e do artefato da terra. Sem o guardião da terra e o artefato, o reino da terra era o mais afetado, tendo em vista que não havia ninguém para controla-lo. Essas mortes eram frequentemente encobertas pelos guardiões, para que não gerasse um pânico total entre os humanos, mas ainda assim, as perdas eram muitas para serem escondidas. A explicação dada pelo guardião deixou claro que a ausência dos reis estava gerando um caos generalizado, com mortes acontecendo frequentemente sem que ninguém fosse responsabilizado por elas.

O guardião afirmou que a restauração do artefato de Nazemy era fundamental para que a busca por sucessores dos reis pudesse ser retomada. Isso sugeriu que a falta de sucessores também contribuía para a falta de organização e segurança dos reinos. Hayato, por sua vez, entendeu que precisava encontrar o artefato da terra para devolvê-lo ao seu domínio e, assim, contribuir para a restauração do equilíbrio no reino.

Em resumo, a perda e a encoberta das mortes eram uma consequência da falta de organização e da ausência do artefato da terra, o que deixava o reino em um estado caótico e inseguro. A busca pelo artefato da terra era vista como uma forma de restaurar a ordem e garantir que os sucessores dos reis pudessem ser encontrados, para que a governança pudesse ser restabelecida.

- Acredito que entendi o que devo fazer. Porém, não sei lutar e nem tenho habilidade para manusear o poder que esse anel possui. - Disse Hayato num suspiro de tensão.

O guardião olhou para ele com seriedade e pediu que Hayato estendesse a mão para aceitar sucessão e a dádiva das trevas. Hayato aceitou com hesitação, e o anel o levou para a dimensão das Trevas, onde estava localizado o verdadeiro Reino das Trevas. Explicou que todos os domínios, principalmente no domínio do infinito, o tempo flui diferente, e que ele não se preocupasse com o treinamento.

Hayato enfrentou um treinamento rigoroso criado pelo próprio Rei Noir, conhecido como "O Ritual das Trevas", no qual seria submetido a testes exaustivos envolvendo a manipulação da escuridão e suas criaturas. Esse treinamento foi criado para fortalecer o sucessor no início de sua jornada. No primeiro treinamento, ele foi colocado em uma sala vazia e escura, onde teve que concentrar todas as suas energias para se conectar com a escuridão ao seu redor e aprender a controlá-la, expandindo-a ou contraindo-a conforme sua vontade.

No segundo treinamento, Hayato foi transportado para um mundo paralelo na dimensão das trevas, onde enfrentou criaturas medonhas que só existiam em livros e filmes. Ele usou seus poderes das trevas para derrotá-las, ganhando mais resistência e controle sobre seus poderes.

Ao final do treinamento, Hayato estava exausto, mas havia desenvolvido habilidades incríveis para manipular a escuridão e lutar contra criaturas. Ele seria capaz de mergulhar nas trevas e aprisionar aqueles que o enfrentassem, além de outras habilidades. Ele também descobriu que aquele treinamento havia sido apenas uma amostra do que ele poderia alcançar com a dádiva das trevas, que evoluiria com o uso. Apesar de ter parecido durar dias na dimensão das trevas, ao voltar ao castelo, passaram-se apenas alguns minutos. Hayato estava pronto para usar suas novas habilidades enfrentar o que estava por vir. Ao retornar ao castelo, Hayato deu ao guardião o nome de Yami e questionou sobre as outras pessoas que estavam na praia.

Yami explicou que, desde a chegada de todos à praia, assumiu a responsabilidade de vigia-los, optando por permanecer no castelo. Utilizando todo o seu poder, ele criou seres de vigilância conhecidos como "Eyes of Shadow" e posicionou-os estrategicamente na praia, fazendo-os parecer nativos do local. Essa medida tinha como objetivo garantir que as criaturas das trevas não chegassem perto do grupo ao fornecer uma presença constante. Além disso, Yami estava empenhado em manter as criaturas que haviam escapado das trevas sob controle dentro do castelo. Essas criaturas representavam um perigo potencial para todos na praia, e Yami estava determinado a contê-las e evitar que causassem danos.

Ao ouvir a explicação de Yami, Hayato percebeu que isso explicava muito, mas questionou sobre o lobisomem que esteve na praia e o ataque à Mei. Yami disse que infelizmente o lobisomem foi uma das criaturas que ele não conseguiu conter. Ele suspirou com tristeza, mas era ciente que algumas criaturas eram tão poderosas que sairiam do castelo. Hayato sabia que precisava agir rapidamente, então questionou a Yami qual criatura ainda estava à solta e qual o seu nível de perigo para os que estavam na praia. Yami informou que faltava somente a Gárgula, uma criatura assustadora com garras, chifres, dentes extremamente afiados e asas enormes.

-Preciso verificar o estado de todos na praia urgente. Quero ter certeza que a Gárgula não chegou lá e de que estão seguros! - afirmou Hayato com determinação. Ele sabia que precisava informar todos sobre a morte de Mei, mas não queria colocá-los em perigo ou envolvê-los no que estava acontecendo. Assim, ele partiu correndo em direção à saída do castelo, rumo à praia, pensando em uma forma de tirá-los de lá antes que fosse tarde demais.

Enquanto se aproximava da praia, Hayato sentiu uma presença feroz e sedenta de sangue se aproximando. Ele parou e olhou ao redor para tentar ver o que era, mas antes que pudesse reagir, foi atingido por um golpe rápido e brutal que o arremessou longe. Ao se levantar, ele viu diante de si uma criatura enorme, coberta de sangue, pronta para lutar.

- Yami, como sucessor do rei, essa criatura não deveria me obedecer? -, questionou Hayato indignado. Yami explicou que a Gárgula era um ser selvagem que precisava ser subjugado antes de poder ser controlado. Para se tornar um líder digno, ele teria que vencer a criatura em uma batalha justa e mostrar seu poder sobre a escuridão.

Hayato viu essa situação como uma oportunidade para testar suas novas habilidades. Ele invocou seu anel de trevas e formou uma lança envolta de névoaa e sombras. Com inteligência e agilidade, ele se esquivou dos ataques da Gárgula e contra-atacou com golpes precisos. A batalha se intensificou, com ambos os lados lutando ferozmente. Hayato, então, usou um dos poderes que aprendeu no domínio das trevas. Ele entoou a frase "Memento qui imperat" (Lembre-se de quem está no comando) e um enorme círculo de escuridão apareceu sob a Gárgula. De dentro do círculo, saíram mãos em forma de ossos que deram um golpe decisivo, e a Gárgula foi derrotada. Com sua vitória, Hayato provou que poderia usar a dádiva das trevas e comandar criaturas selvagens. Ele entoou "Tenebris current" (Corrente das Trevas), e correntes escuras envolveram a Gárgula, levando-a para o domínio das trevas. Yami materializou-se diante de Hayato. O guardião pôde sentir a pressão que emanava do corpo de Hayato enquanto este se aproximava.

- Impressionante, Hayato -, disse Yami em tom de aprovação.

- Você dominou bem essa fração do poder das trevas. Quanto mais você usar, mais próximo estará do Rei Noir. -

Hayato sorriu com satisfação, sentindo o poder do artefato das trevas correndo em suas veias. Ele estava pronto para enfrentar qualquer desafio que viesse pela frente e seguiu o caminho para a praia. Quando chegou à praia, algo parecia estar errado. Não havia mais a presença dos Eyes of Shadow, e os amigos de Hayato pareciam ter desaparecido. Ele avançou ainda mais pela praia, procurando por eles, até que encontrou algo inimaginável: todos estavam transformados em estatuetas de barro e pântano.

Hayato gritou de fúria, exigindo uma explicação de Yami. O guardião das sombras explicou que, pelas circunstâncias, era provável que o responsável fosse alguém que tivesse em sua posse o artefato da terra.

- Seja quem for, foi o responsável por isso -, disse Yami em um tom de preocupação. - Não há muitas possibilidades de reverter essa transformação além da própria dádiva da terra, mas talvez a dádiva do tempo possa ajudar. Acredito que devemos ir até à ilha do tempo e pedir ajuda a Aionos, o guardião do artefato do tempo. -

- Como poderemos chegar até a ilha do tempo? - perguntou Hayato, preocupado.

Yami explicou que os reis antigos se moviam através de suas dádivas e que ele poderia fazer o mesmo para chegar até a ilha. No entanto, ele não poderia entrar no castelo sem permissão de Aionos, o guardião do artefato do tempo. Como sucessor do Rei da Escuridão, ele poderia solicitar a entrada, mas Yami ressaltou que todos os castelos possuem segredos de localização.

- Não se preocupe -, disse Hayato com grande determinação. - Vamos até à ilha do Tempo. Não posso deixar meus amigos assim. -

Determinado a encontrar uma solução para o problema, Hayato confiante de que conseguiria encontrar uma maneira de reverter a transformação de seus amigos partiu rumo à ilha do tempo abrindo um portal das trevas. Enquanto se movia através das sombras, Hayato começou a se perguntar o que mais ele enfrentaria daqui para frente.

            
            

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