Capítulo 5 Uma babá doidinha da Silva

- então você não é uma moradora de rua e sim a governanta de um Ceo muito rico? Que precisa urgentemente de uma babá.

Eu e a falsa mendiga estamos em uma lanchonete com um homem de meia idade.

- isso mesmo querida meu nome é Margareth. Sou a governanta de Dante Lacerda e esse é João motorista dele. Meu chefe é um homem podre de rico que é pai de três adoráveis pestinhas.

- ainda não entendi por que se veste de mendiga?

- porque ela é louca!

- cala a boca João. Todas as babás que o senhor Dante contrata ou estão interessadas nele ou são muito rígidas. Minhas crianças precisam de alguém que cuide delas com dedicação e amor. E essa pessoa é você... Como é o seu nome?

- Emilia Duarte.

Respondo.

E eu pesando que era a única louca no mundo.

- a senhora não bate bem da cabeça! A sua é que eu também não.

Ela me encara com uma expressão de felicidade e abre um gigantesco sorriso.

- isso é um sim?

- sim Margareth, eu aceito ser a babá dos filhos do seu patrão.

- pronto mas uma doida na mansão o senhor Dante tá ferrado!

(...)

No dia seguinte.

Vejo a fonte e tenho vontade de tomar um banho nela. Meu Jesus Cristo esse rio de janeiro faz um calor danado! Parece que eu tô dentro de uma panela de água fervente.

A mansão do meu novo chefe é belíssima parece aqueles castelos da realeza.

Tenho certeza que cabe dez famílias lá dentro. Rico gosta de ostentar viu. Enquanto isso tem gente que se mata para pagar o aluguel e colocar comida na mesa.

Em aurora já trabalhei na casa de uma família rica. Eram todos esnobes. E preferiam jogar comida no lixo do que dá para os pobres.

Fui demitida após queimar um vestido super chique da minha patroa. Aquela vaca siliconada vive falando da vida dos outros. Faz uma doação uma vez por ano e se acha uma pessoa super caridosa.

- quantas pessoas moram nesse palácio?

Indago ainda maravilhada com o tamanho da

- o senhor Dante os filhos deles eu e alguns empregados.

Margareth responde a minha pergunta educadamente.

João vem trazendo as minhas malas e reclamando do pesos delas.

- oque diabos tem nessas malas pedras?

- sim! Eu faço coleção.

Ele para de Caminhar e me olha como se eu tivesse três olhos.

- e por que diabos você faz coleção de pedras garota?

- eu gosto de pintar e colocar elas pra decorar o meu quarto você devia tentar é muito relaxante.

Elas ficavam lindas no quarto da minha antiga casinha e quando eu digo casinha é casinha mesmo era minúscula só tinha um quarto e sem quintal não dava nem pra fazer uma festa lá só cabia três pessoas lá.

A minha sorte é que eu não tinha muitos amigos para ir me visitar. Só tinha uma e ela brigou comigo porque achou que eu iria roubar o namorado dela.

Vê se pode uma coisa dessas? Posso ser tudo nessa vida menos fura olho eu tenho amor ao meu cabelo!

Quando vou entrar na casa sinto alguém pegar no meu ombro e como a boa medrosa que sou solto um grito apavorado e bato a minha bolsa na cara da suposta alma penada.

- Aí.

Escuto um gemido de dor.

Espera assombrações não sente dor ou sentem?

Deixo a minha bolsa cair no chão e me deparo com o homem mais lindo e gostoso que já vi em minha existência. Seus olhos são verdes igual ao mar. Ele é alto e forte e musculoso. O deus grego estar vestido em um terno sofisticado e com certeza caríssimo.

- quem deixou essa mulher louca entrar na minha propriedade?

Indaga o homem que me encara com uma expressão assustadora de fazer qualquer um se encolher de medo.

- olha como fala comigo Sr. Gelo.

Digo sem saber por que o chamei assim. Eu acho que combina com ele!

- senhor Dante essa é Emilia a nova babá das crianças.

Diz Margareth se metendo no meio.

- mas de jeito nenhum essa louca vai cuidar dos meus filhos!

Que ótimo nem comecei a trabalhar e já tô na rua.

Parabéns Emilia você se superou...

- eu ainda vou ser madrinha de casamento desses dois.

Margareth diz baixo mas eu consigo ouvir.