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Quatro dias depois...
Arthur dirigiu kilometros até a cidade vizinha para levar Emily até o aeroporto. Já era noite e enquanto eles esperavam que o voo fosse anunciado, Arthur tirou um pacote da mochila que estava com ele. "É pra você, estou te dando hoje porque não vou estar com você no seu aniversário." Ele ofereceu o pacote a ela e ela o olhou com compaixão.
"Não era necessário, Arthur." Emily respondeu. Ela abriu o pacote e viu um vestido e um cordão de ouro e um pingente com a inicial do nome dela. Era tudo muito bonito e delicado e Emily sabia que não havia sido barato. "É lindo, Arthur. Obrigada." Ela o abraçou e manteve o abraço por um longo tempo. Ela sabia que ele estava passando por um aperto financeiro por causa da ex mulher que queria tirar tudo dele.
"Não precisa me agradecer, Emily. Só me prometa que vai voltar logo pra casa. Eu comprei o vestido para que você pudesse usar no seu aniversário, quando fossemos ao restaurante que você pediu pra eu te levar."
"Eu ainda não sei que dia eu volto. Me promete que você vai ficar em um hotel hoje e que só vai dirigir de volta pra casa amanhã, por favor," Emily pediu a ele.
"OK. Se isso vai te deixar mais tranquila, eu faço."
"Obrigada." O voo foi anunciado e Emily intensificou o abraço. "Tchau, Arthur."
"Me liga quando você chegar lá," Arthur pediu a ela. Ele a beijou e não queria a deixar ir.
"Eu preciso ir agora," Emily soltou as mãos dele e caminhou em direção ao portão de embarque.
Arthur a observou ir e esperou que o avião decolasse. Ele saiu dali e foi para um hotel na estrada, como ela queria que ele fizesse. Ele pediu uma pizza para o jantar e depois deitou e dormiu. O cansaço o fez dormir em uma cama vazia de um hotel frio. Seria a primeira de muitas noites sem Emily e ele tinha medo de que ela não voltasse mais e que aquela fosse a primeira noite de todo o resto de sua vida sem ela. "Mas ela vai voltar, ela levou pouca coisa," ele tentava convencer a si mesmo.
No avião, Emily fechou os olhos e recostou a cabeça no assento enquanto pensava. Ela sentiu seu telefone vibrar e viu que era uma mensagem de Ivy: "Já sinto sua falta." Emily sorriu ao ler a mensagem da amiga. "Também sinto sua falta," Emily respondeu para Ivy.
No dia seguinte, Arthur acordou, pediu café da manhã e depois foi embora para a cidade onde morava. Ele chegou para trabalhar praticamente na hora do almoço e planejava ligar para Emily assimque chegasse na delegacia. Ele viu uma grande quantidade de pessoas na porta da delegacia e o policial que o substituía quando ele estava ausente o atualizou do que estava acontecendo. "Seis jovens turistas desapareceram na floresta ontem. Essas pessoas são os familiares e alguns repórteres. "
"E porque você não me ligou, Andrew?" Arthur perguntou.
"Eu não quis interromper o seu passeio com a sua namorada, " Andrew respondeu a ele. Arthur era receoso com Andrew, e às vezes achava que ele queria ser o xerife da cidade e que seria capaz de qualquer coisa pra conseguir destituir Arthur.
"Não foi um passeio, e você tinha obrigação de me avisar," Arthur disse a ele e então se aproximou dos pais dos jovens para ouvir o que eles tinham a dizer.
Emily, ainda no avião, olhou para o telefone e não havia nenhuma mensagem de Arthur. "Toda aquela coisa de dizer que sentiria minha falta era apenas teatro." Ela ficou chateada e desligou o telefone e o guardou na bolsa.
Horas depois Emily desembarcou e pegou outro voo para sua cidade de destino. Ela se sentou e olhava para o lado de fora novamente enquanto várias pessoas entravam e se sentavam. Ela tinha mais algumas de voo.
Arthur comandou a busca pelos jovens na floresta e eles foram encontrados depois de seis horas de busca por terra e ar. A vontade dele era de brigar com eles por serem tão estúpidos por se embrenharem por uma floresta desconhecida sem um guia, mas não podia fazer isso. Quando ele deixou a delegacia era noite e a tempestade já havia chegado. Ele entrou no carro e se perguntou se iria para a casa dele ou a casa de Emily, e decidiu ir para a casa dela onde tudo tinha o cheiro e a presença dela mesmo que ela não estivesse lá.
Emily chegou ao hotel que ela havia reservado, tomou um banho e se jogou na cama. Ela estava tão cansada que nem tinha mais fome. No dia seguinte ela ligou o telefone e recebeu várias mensagens de Ivy e Arthur. Ela pensou em ignorá-lo, mas ela tinha um coração muito bon e não conseguiu fazer isso.
"Oi, Emily! Eu estava preocupado, " ele disse.
"Você estava preocupado, Arthur? Você não me mandou uma única mensagem ontem."
"Você está brava? Nós tivemos um grupo de jovens ricos perdidos na floresta, Emily. Os pais e os jornalistas estavam nos pressionando, eu não pude parar por um minuto sem que eles fizessem um escândalo. Me perdoe."
"É sério? Que idiotas!"
"Sim, eles entraram na floresta sem um guia e nem sequer conheciam a cidade. Me desculpe por não ligar," ele pediu.
"Tudo bem, Arthur. Dessa vez eu aceito suas desculpas."
"Você dormiu bem?" Ele perguntou e Emily achou que a ausência dela estava fazendo milagres.
"Sim, eu estava muito cansada da viagem e só tomei um banho e cai no sono, não comi nada. Vou descer para tomar café da manhã."
"OK. Espero que não tenha nenhum cafajeste flertando com você nesse hotel."
Emily revirou os olhos. "Tchau, Arthur. Falo com você mais tarde."
"Tchau, Emily. Sinto sua falta."
Emily tomou café da manhã no hotel e depois saiu para conhecer a cidade. Ela caminhou pela praia e o vento frio agitava os cabelos dela. Ela fez uma foto dela na praia e enviou para Ivy.
"Quer me matar de inveja?" Ivy respondeu a ela.
Emily sorriu e olhou para um imponente hotel que ficava em frente. Ela viu um homem muito bem vestido saindo do hotel rapidamente e o coração de Emily disparou. "Raul..."