Capítulo 3 Estranho Inesperado

Quando o despertador tocou as 6h00, como sempre, eu levantei, fui pro banheiro, voltei para o quarto e desci pra fazer o café da manhã. O meu dia não poderia ser nem um pouquinho mais igual ao anterior, porque assim que eu comecei a fazer barulho na cozinha, ouvi o grito estridente de Sophia de raiva por ter acordado por conta do liquidificador. Não tinha mais normalidade que isso no meu dia.

Minha tia desceu e iniciou o sermão matinal sobre arrumar a casa antes de eu ir pra escola. Literalmente era a minha rotina. Limpar a casa para as princesas desfrutarem dela limpa quando chegassem em casa. Sophia não fazia nada, mesmo sendo 2 anos mais velha que eu. A única coisa que ela sabia fazer era reclamar, e ir pro drive thru. Mas eu estava tão acostumada com isso, que levei um susto quando a campainha de casa tocou as exatas 06h30 da manhã. Não tinha chance nenhuma de ser a Érica, porque ela sempre me esperava na esquina de casa pra não ter que esbarrar na Sophia, a quem ela tinha um ódio mortal. Então qual foi a minha surpresa, quando abri a porta e dei de cara com um senhor engravatado, com um sapato lustroso, terno, e uma pasta preta, me olhando dos pés a cabeça e me perguntando se meu nome era Megan Danvers.

Eu respondi que sim, e pedi com cautela o que ele queria comigo. E foi ai que meu mundo despencou ladeira abaixo.

- Olá Megan, meu nome é Pietro Alberts, estou aqui para falar sobre o testamento de sua mãe, Amélia. Infelizmente tenho que te informar que ela faleceu em sua recente viagem a Firzen em um acidente de carro. Eu era muito amigo dela e do seu avô, Marcus. Sinto muito pelo acontecido.

Eu olhei pra ele sem acreditar, e literalmente desabei na porta de casa. Minha mãe morreu? Como assim minha mãe morreu caramba? Isso era impossível, minha mãe continuava mandando dinheiro pra minha tia, porque ela nem ao menos cogitou a possibilidade de me botar pra fora da minha própria casa, como ela gostava de dizer que faria se minha mãe não mandasse.

Lágrimas grossas e pesadas desceram pelo meu rosto, não poderia ser sério isso, tinha que ser uma brincadeira idiota do destino. Primeiro meu pai, e agora minha mãe. Eu estava sozinha, ferrada, e sozinha no mundo.

Minha tia fingiu choque, e foi correndo perguntar o que minha mãe tinha me deixado pra ele vir até aqui por causa de um testamento.

Até então, meu cérebro nem reagia direito, pelo fato de pensar que minha mãe tinha alguma coisa pra deixar pra mim pra ter um testamento. Talvez a casa, mas era uma casa simples, e por fim, meus pais nunca foram ricos, sempre levamos uma vida comum e normal.

Quando Pietro me pediu para entrar eu estava ainda em choque, e chorava muito. Disse para ele entrar e sentei no sofá, e pedi pra ele me explicar a situação pois eu estava muito desorientada.

- Megan, sua mãe era a herdeira do conglomerado do seu avô Marcus. Ele possui a National Schipers, uma empresa de tecnologia de ponta que está localizada em Marchall, onde sua mãe estava trabalhando em um projeto para a empresa.

- Perai Pietro, do nada você chega aqui, fala que minha mãe morreu, fala de um testamento, me diz que meu avô é dono da maior empresa do estado de Lions, e que ela estava trabalhando pra ele, sendo que ela odiava meu avô até a morte? Cara, essa conta não ta batendo, não ta fechando. Me ajuda a entender isso direito porque eu tô prestes a surtar!

Minha tia, logo foi sentando ao lado de Pietro pedindo para ele qual era o conteúdo do testamento e o que minha mãe tinha deixado para ela. Eu olhei incrédula pra ela e simplesmente não segurei mais o que estava guardado!

- Minha mãe morreu, e você ta preocupada com o que ela deixou pra você? Caramba tia, qual é a droga da consideração que você tinha pela própria irmã, poxa!!

-Sua mãe não é minha irmã Megan! Ela é uma bela filha bastarda que meu pai teve com a empregadinha da casa. Sua mãe não era NADA! Era só um lixo que meu pai insistiu em manter dentro de casa.

                         

COPYRIGHT(©) 2022