Olhei para Julia, ela estava quieta, toquei uma mecha de seu cabelo, e ela se mecheu.
- Você esta acordado? Sua voz suave me perguntou com a maior calma do mundo.
- Sim, estou sem sono. Julia se levantou, e deitou em cima de mim com a cabeça em meu peito, de modo que sua parte intima ficou posicionada em cima da minha, fiquei tenso, mas ela não se moveu. - Julia? Chamei-a mas ela permaneceu imovel.
- Me deixa aqui. Ela sussurrou me olhando, seu olhar expressava nitidamente o que o seu corpo desejava naquele momento.
- Não posso. Me movimentei em baixo dela fazendo a mesma deitar se novamente ao meu lado abracei ela deixando a mesma de lado ela passou a perna em cima de mim e colocou seu joelho em cima do meu membro que a essa altura já estava ereto, senti meu rosto ficar vermelho. - Julia, o que você quer? Olhei para ela, com carinho, ela sorriu passando as mão em meu peito.
- O mesmo que você. Balancei a cabeça, por mais que eu quisesse não iria tentar nada, mas Julia, ultrapassa todas as barreiras que eu tento impor. - Você não quer? Neguei com a cabeça, ela me olhou sem entender.
- Não posso, princesa. Dei um beijo em sua testa. - Sabia que eu te vejo desde pequena lá pelas ruas, e Igor correndo atrás de você. Dei uma risada.
- Você sempre ajuda ele né. Ja te vi com remedios, indo entregar comida.
- Sim, apesar de não apoiar o que seu irmão faz, gosto que ele ajude as pessoas, tem muita coisa que o governo não faz. Julia afirmou. - Mas acho que Igor faria muito mais se não tivesse escolhido o crime. Julia deu um beijo em meu pescoço.
- Acho que ele não seria a mesma pessoa se tivesse ido para outro rumo. Após alguns minutos em silêncio, Ela se aproximou e me beijou, mas uma vez, ela não desiste mesmo. Olhei as horas em meu celular, tinha umas 10 mensagens da minha mãe, bloqueei a tela novamente. - Já são 2 da madrugada, vamos dormir? Ela gargalhou se afastando.
- A forma que você diz que não me quer é ótima.
- Mas eu quero você, gostaria que entendesse que só o fato de eu esta aqui agora vai contra tudo que vivi a vida toda, nos conhecemos somente a três dias Julinha. Ela fez bico.
- Estou te desvirtuando? Assenti, ela se afastou. - Desculpa.
- Não é sua culpa, que não consigo mais ficar longe de você. Segurei em sua mão. - E se isso for para outros rumos eu jamais irei me perdoar, não quero começar com você errando.
- O que é normal para mim é o seu errado. Isso daria certo?
- O que? Perguntei confuso.
- Nosso relacionamento. Sorri
- Você quer um relacionamento comigo? Ela balançou a cabeça negando, mas sorriu.
- Fala...
- Não sei, eu gosto de você. E olha em três dias já estamos dormindo juntos. Quem sabe. Ela fechou os olhos e dormiu em um segundo, me deixando com o benefício da dúvida... Quem sabe?
Levantei assim que o sol apareceu na janela, tomei coragem e enviei uma mensagem para minha mãe avisando onde eu estava, e com quem. Ela nem se deu o trabalho de responder, já imaginava o que tinha me esperando em casa, por sorte eu só ouviria sermão da minha mãe já que meu pai ta viajando. Nao chamei Julia, deixei ela dormir um pouco mais desci para tomar café la em baixo e esperar notícias do morro. Nao demorou muito para elas chegarem. Igor enviou uma mensagem:
" Trás minha irmã vacilao"
Agora mais essa, não entendo por que Igor se acha no direito de querer me ofender. Sinceramente se eu fosse pelo sentimento que eu estou alimentando por Júlia não sei se aguentaria tudo isso. Subir para o quarto está na hora de voltar a realidade encarar tudo que vem pela frente, confesso que tenho um pouco de medo do que esta por vir. Entrei no quarto, Julia ainda dormia tranquilamente, inclinei-me sobre ela e dei um beijo em seu rosto, ela Se moveu mas não abriu os olhos depositei outro beijo, mais um movimento sorri olhando para ela. Beijei levemente seus lábios.
- Acorda Julinha, esta na hora de voltar. Ela abriu os olhos. - Seu irmão avisou. Julia se sentou na cama esfregando os olhos.
- Bom dia. Ela veio e deitou a cabeça em meu ombro me abraçando. - Podemos ficar mais um pouco? Assenti e ela sorriu, deitando de novo, Julia me puxou e nos abraçamos deitados, colei meu corpo nela sentindo o cheiro de seu pescoço. Ela não camsa de instigar meu desejo, sabe que quanto mais o-faz maior fica a minha vontade de estar ao seu lado, e ela usa isso em seu benefício. E a cada segundo que passa sinto que preciso por um fim nesse início de conto de fadas que pode ser destruído a qualquer momento. Não reparei em que momento Julia colocou as mãos dentro da minha camisa e começou a fazer movimentos circulares pelas minhas costas.
Qualquer mínimo toque dela já me excitava. - Olha para mim. Chamei a sua atenção, ela levantou a cabeça olhando atentamente para mim como uma criança que olha para o doce que esta prestes a devorar. - Quando voltarmos é melhor que nós tornemos apenas amigos.
- Não entendi.
- Acho que não posso dar a você o que você deseja e espera, me sinto incapaz. E você é o oposto daquilo que desejo para mim. Ela me olhou sem entender, segundos após essad palavras saírem da minha boca eu me arrependi, mas já era tarde de mais pra voltar atrás, Julia já havia se levantado e entrado no banheiro. Burro, burro, burro. Igor tem razão, sou um vacilão mesmo.