Capítulo 2 Agora Prisioneiro

Acordei assustado olhando rapidamente para todos os lado.

Pelo que meus olhos estavam vendo, eu estava dentro de um quarto.

O quarto não era muito grande. As paredes eram cinzas, um pequeno armário de duas portas e uma penteadeira com um grande espelho oval. Eu estava deitado em uma cama de casal enorme, havia um grande cobertor grosso que me cobria até a cintura.

Passei a mão em minha nuca que estava dolorida, e levei geleia quando olhei para minha mão e havia sangue.

Levantei e fui até um pequeno banheiro que havia no quarto. Era um quadrado pequeno, com um vaso sanitária, uma pia e um box.

Fui até a pia e comecei a lavar minhas mãos levando novamente até onde sangrava. Enquanto fazia isso, parei para pensar e eu não fazia ideia de onde estava, nem como havia parado ali.

De repente um barulho de porta sendo aberta ecoa sobre o quarto.

Olho para o quarto ainda com as mãos com um pouco de sangue e vejo um homem alto parado na porta olhando para mim.

O homem parecia ter 1,83, tinha cabelos loiros meio bagunçados, olhos incrivelmente castanhos que pareciam mais um vermelho escuro fosco.

Usava uma calça jeans preta uma jaqueta de couro escura e botas de cano longo.

O homem veio até mim se aproximando cada vez mais. Eu que já estava assustado recuei alguns passos.

- Está machucado? - Perguntou o alto estendendo uma de suas mãos até minha cabeça.

Sua voz meio rouca me fez sentir um frio da barriga e seu tom de voz era de preocupação, mas recuei um pouco, não conhecia aquele homem e eu estava com medo.

- Você que fez isso... - Respondi mostrando minhas mãos ainda sujas.

- Não foi minha intenção, mas duvido que você viria comigo se eu pedisse. - Disse o alto olhando em meus olhos. E ele tinha razão. - sente-se na cama, vou pegar o kite de emergência.

Concordei e fui até a cama esperando o homem que havia saído.

Depois de uns minutos, o homem volta segurando o kite de emergência.

Ele senta do meu lado tirando de dentro o que iria usar.

Depois de limpar o machucado e por um corativo, o mesmo se levantou guardando as coisas e indo guardar a caixa.

Assim que o mesmo volta, me levanto e fico de frente para o alto.

- Não sei se agradeço por ter cuidado de mim agora ou se ligo para a polícia dizendo que fui agredido - Digo em um tom sarcástico.

O mais alto não disse nada e nem transmitiu emoção. Fico meio sem graça e decido ir embora.

- Posso deixar para lá, obrigado. - Continuo indo em direção a porta do quarto, mas sou impedido antes que chegasse perto da velha porta de madeira.

Olho meio assustado para o mesmo que havia me bloqueado a minha frente.

- Você não vai embora - Disse o maior com um tom sério.

- Ah... P-porque? - Pergunto gaguejando com a voz trêmula me afastando um pouco.

- Você agora é meu prisioneiro

- C-como assim? Isso é pegadinha? - Falo olhando para os lados sorrindo de nervoso. - Porque está fazendo isso seu idiota!

- Isso não é uma pegadinha. - Disse o alto se virando e indo em direção a porta.

Puxo sua jaqueta antes fazendo com que o mesmo se virasse novamente para mim.

- Como assim prisioneiro?! - Digo já com medo em meio ao terror que subia em minha mente.

O maior não respondeu mais nada, apenas tirou minha mão de sua jaqueta e fechou a porta a trancando antes que eu o impedisse.

Por alguns segundos, realmente pensei que fosse pegadinha e que ele iria voltar rindo da minha cara, mas depois, senti um enjôo. Sempre que ficava muito nervoso e com medo, ficava tonto e sentia enjôos.

Sentei no chão apoiando as costas na cama e abracei os joelhos, desabei alí mesmo, berrava pedindo ajuda, soluçava de tanto chorar. Mas nada adiantava, eu estava com muito medo...

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- ABRA ESSA PORTA SEU PREGUIÇOSO!! - Berrava a mãe de Beomgyu furiosa batendo na porta com força.

Beomgyu não respondia, óbvio, o garoto havia sido sequestrado.

A mãe de Beomgyu já muito furiosa e sem paciência, tenta abrir a porta e fica um pouco surpresa de a mesma não está trancada.

A mulher entra no quarto batendo os pés já pronta para berrar com Beomgyu, mas percebe que Beomgyu não estava no quarto, então vai até a cozinha onde Melvins tomava seu café.

- Filho, você viu o Beomgyu? - Perguntou a mesma tentando se lembrar se virá seu filho voltando para casa depois do ocorrido.

- Não, depois que ele saiu, eu não vi mais ele, pensei que vocês tivessem o feito voltar e mandado para o quarto. - Disse Melvins olhando para a mãe que parecia ter um pouco de preocupação em seus olhos.

A mulher foi até o seu quarto onde encontrou seu marido sentado com pés para fora da cama.

- Querido, voce viu o Beomgyu? - Perguntou a mulher já esperando que seu marido dissesse que sim.

- Não e nem quero saber onde esse imprestável está. - Disse o homem se levantando da cama resmungando indo até o banheiro do quarto.

A mulher foi atrás do homem que agora fazia suas higienes.

- Ele não está no quarto e Melvins disse que não o viu, onde será que ele está? - Perguntou a mulher agora realmente preocupada.

- Deve estar em algum lugar se vendendo. - Disse o homem por fim fechando a porta do banheiro.

A mulher ficou pensativa. Porque Beomgyu sairia sem avisar? Ele sempre avisava antes de sair, mas depois do acontecido do dia anterior, ela não o virá, nem seu filho mais velho nem seu marido. Onde Beomgyu estava?

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Acabei dormindo no chão, mas ao acordar, me levanto e começo a andar pelo pequeno quarto. Percebo que meu celular estava em cima da penteadeira, vou correndo até a mesma e pego o celular.

Tento ligar para alguém, mas não havia sinal e minha internet não estava funcionando no lugar. E o que adiantava ligar se eu nem sabia onde eu estava...

Triste com a falha tentativa, volto para a cama ainda com o celular na mão. Estava tão triste que acabei desmoronando novamente.

Meus olhos castanhos agora estavam inchados e vermelhos, meu rosto todo molhado por conta do choro, meus lábios estavam meio secos e minha garganta doía de tanto chorar...

Só queria me sentir seguro...

Porque isso estava acontecendo comigo? Como se já não bastasse uma família que me maltratava. Não podia ficar pior.

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