Capítulo 5 Pesadelos

As árvores pegavam fogo e mal dava para se ver o céu por conta da grande camada grossa de fumaça escura, eu não conseguia respirar, estava tossindo muito e meus olhos ardiam.

Eu corria para um caminho aleatório em busca de socorro ou abrigo, mas eu não conseguia enxergar nada, minha visão já ficava embaçada.

- SOCORRO!! - eu berrava sentindo os meus pulmões ardendo, não esperava que alguém fosse responder.

Alguém me sacudia e então...

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- Beom Beom! - Yeonjun me chamava desesperadamente me sacudia.

Sentei rapidamente na cama e percebi o quanto eu estava ofegante. Passei as mãos no rosto e havia lágrimas escorrendo.

- Beom..? Você está bem? - perguntou Yeonjun se aproximando de mim.

- eu acho que tive um pesadelo... Nada demais... - respondi me levantando da grande cama.

- como assim nada demais? Beomgyu você estava literalmente gritando! - falou Yeonjun vindo atrás de mim. - no que sonhou?

Entrei no banheiro indo lavar o rosto.

- coisa boba, um dinossauro estava correndo atrás de mim. - não queria falar do meu pesadelo, era desconfortável, e também não era a primeira vez que eu os tinha. - Yeonjun, eu preciso da minha escova de dente e roupas - falei me virando com o rosto molhado para o mesmo atrás de mim.

- ah, ok. - o mesmo se virou indo em direção a saída do quarto. - eu já volto, talvez eu demore um pouco..

- onde você vai?

- você me pediu suas coisas, estou indo pegar - respondeu Yeonjun dando meia volta e deixando um beijo em minha testa e se virando novamente.

- ah... Yeonjun

- diga - falou o mesmo se virando novamente.

- você poderia trazer meus lápis e algumas folhas, por favor - pedi.

- claro.

O mesmo saiu.

Fiquei andando pela casa e conhecendo os cômodos. Era uma casa enorme de madeira, tinha 4 quartos sem contar com aquele que eu fiquei em meu primeiro dia como prisioneiro.

A cozinha ficava no andar de baixo, onde também ficava o quarto. A cozinha era fechada, um grande quadrado.

Saindo da cozinha, tinha a sala, com uma tv antiga, sofás e um tapete de pelo.

Uma sala de estar com alguns móveis de velhos.

No andar de baixo tinha dois banheiros, já o andar de cima, havia 1 em cada quarto.

Fiquei esperando sentado no sofá da sala, até que escutei um barulho vindo do andar de cima.

Subi devagar tentando descobrir da onde vinha o barulho.

Fui andando lentamente pelo corredor, o barulho não vinha de nenhum dos quartos, o que achei muito estranho, fiquei em silêncio esperando ouvir o barulho novamente, e escutei.

Eram passos de alguém correndo em cima do teto. Congelei.

Havia alguma coisa sobre minha cabeça, no teto.

Olhei ao redor do teto e havia um sótão, só que estava fechado e eu não alcançava, e de qualquer jeito, não sou nem louco de subir lá em cima.

Ao me virar, levei um susto tão grande que cheguei a dar um pulo 'pra trás, senti minha alma indo e voltando, Yeonjun estava atrás de mim com uma mala de rodinha.

- que susto Yeonjun, meu deus - falei fechando os olhos e colocando a mão no peito.

- desculpa, não queria te assustar - falou Yeonjun segurando a risada. - o que estava fazendo aqui parado?

- escutei uns barulhos vindo dali - apontei para o sótão. - e como você entrou? Não escutei nem você saindo para falar a verdade - olhei curioso para o mesmo.

- ah, truques. - respondeu Yeonjun pegando minha mão me conduzindo até o quarto puxando junto a mala que segurava.

Entramos no quarto e Yeonjun pôs a grande mala em cima da cama a abrindo e vejo minha coisas ali dentro.

- ah, obrigado...

- o que foi? Esqueci alguma coisa? - perguntou Yeonjun se aproximando de mim.

- não não, é que... Como você conseguiu trazer minhas coisas? E meus pais...

- Beomgyu, eu não sou uma pessoa, sou um demônio e posso pegar e fazer o que quiser sem ser visto.

Olhei para Yeonjun na mesma hora e me afastei.

- c-como assim, demônio? - já sentia minhas pernas tremendo.

- tá tudo bem Beomgyu, não vou te fazer mal, eu sou diferente dos outros... Nunca iria te machucar - disse Yeonjun se aproximando.

Sabia que ele não me faria mal, mas mesmo assim fiquei com medo...

Yeonjun me abraçou, colocando uma de suas mãos em minha cabeça e a outra em minhas costas.

Descansei minha cabeça em seu peito e o abracei.

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