Só teu! Volume II
img img Só teu! Volume II img Capítulo 5 Episódio 3
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Capítulo 7 Episódio 5 img
Capítulo 8 Episódio 6 img
Capítulo 9 Episódio 7 img
Capítulo 10 Episódio 8 img
Capítulo 11 Episódio 9 img
Capítulo 12 Episódio 10 img
Capítulo 13 Episódio 11 img
Capítulo 14 Episódio 12 img
Capítulo 15 Episódio 13 img
Capítulo 16 Episódio 14 img
Capítulo 17 Episódio 15 img
Capítulo 18 Episódio 16 img
Capítulo 19 Episódio 17 img
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Capítulo 33 Episódio 31 img
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Capítulo 35 Episódio 33 img
Capítulo 36 Episódio 34 img
Capítulo 37 Episódio 35 img
Capítulo 38 Episódio 36 img
Capítulo 39 Episódio 37 img
Capítulo 40 Episódio 38 img
Capítulo 41 Episódio 39 img
Capítulo 42 Episódio 40 img
Capítulo 43 Trecho extra do Meu Homem! Volume 3 da trilogia Doce Desejo. img
Capítulo 44 Agradecimentos Finais img
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Capítulo 5 Episódio 3

Alexander pousou a mão entre o pescoço e o ombro depois de se levantar, tirou os óculos e respirou fundo. Por mais que se sentisse frustrado com a situação, não pretendia descarregar a fúria em cima da mãe de seus filhos.

― Eu queria poupar você. ― O tom de voz suavizou enquanto ele explicava. ― Escondi todas aquelas coisas para te proteger.

― Proteger? ― indagou Nicole ao erguer os olhos amendoados. ― Alexander, você mentiu para mim!

― Eu omiti! ― Escorregou os dedos esguios pelo cabelo.

― Os segredos e as omissões sempre machucam alguém ― murmurou Nicole. ― Eu confiei em você. Estou decepcionada!

― Não era a minha intenção!

Ele sentou próximo a Nicole, segurou a mão direita, por alguns segundos não houve nenhum som.

― Eu só queria cuidar de você. ― ​Sentiu a energia do calor da mão atravessar os ossos. ― Tudo o que fiz foi para te proteger, tente me compreender!

― O que você quer que eu entenda? ― Puxou a mão. ― Eu compreendi o seu antigo relacionamento com a Josephiné e a filha dela, mas aquela mulher está magoada.

Nicole manteve o olhar contrito enquanto desabafava.

― Ela me chamou de puta na frente dos seus sócios. Agora todos pensam que eu sou uma vadia e se aquilo que o doutor Albuquerque gritou lá na mesa for verdade, ― engoliu em seco ― todos devem estar pensando que eu tive um relacionamento estranho com meu suposto irmão.

― Não! ― A voz grave estava desesperada ― Ninguém tem que achar nada. A opinião daquelas pessoas não importa.

― Não posso, Alexander! Eu sinto muito!

Ele ficou de frente para Nicole e levantou-lhe o queixo forçando-a a olhar em seus olhos.

― Eu sinto falta de como você depositava o seu amor e alguma fé em mim. Por favor, me diga o que eu tenho que fazer para você não me deixar?

― Alexander, eu não quero voltar para aquela mansão fria, não consigo subir aquelas malditas escadas sem lembrar do acidente ― confessou a voz baixa. ― Preciso colocar a minha mente no lugar para proteger os meus filhos. ― Alisou a barriga.

― Vem cá! ― Ele puxou Nicole para mais perto. ― Ninguém vai machucar você e nem os nossos filhos. Eu prometo!

― Você não estava aqui da última vez, não sabe a dor que eu sinto por não ter o meu pequeno Rodolpho aqui. Meu filho faria seis anos se estivesse vivo.

A dor da perda era imensurável. Aquela data era uma lembrança que não tinha como apagar da memória.

― Eu prometo que eu vou ficar do seu lado e cuidar da nossa família.

Ela olhou de esguelha para Alexander que tocava o queixo proeminente com barba por fazer.

― Comprei a nossa casa. ― Segurou a mão direita de Nicole que não parava de mexer sobre o colo. Alexander aproximou os lábios contra o dorso da mão e deu um beijo leve na esperança de acalmá-la. ― A reforma termina essa semana. Podemos ficar aqui por alguns dias.

Havia uma sombra de medo e dúvida no rosto dela. Nicole sacudiu a cabeça de forma negativa.

― Nicky, não faça isso! ― O muro de músculos se inclinou sobre ela. ― Quer que me ajoelhe e implore? Eu faço!

― NÃO, Alexander! ― As mãos macias seguraram o braço dele e o impediram.

Alexander arrumou os óculos sobre a narina dilatada. Os olhos claros estavam aflitos.

― Então, fale o que eu preciso fazer para não te perder?

― Nada! ― Levantou do sofá e se afastou. ― Só me deixe em paz, eu preciso de um tempo. ― Caminhou até a enorme janela, a brisa jogava os cabelos castanhos para trás.

Jenny adentrou a sala e sentiu o clima pesado no ar. Mesmo que tentasse ajudar, não podia se intrometer; no entanto, torcia para que os amigos se entendessem pelo bem-estar do afilhado.

― Vocês estão bem?

― Sim! ― Alexander passou os dedos esguios na testa ao mirar em Jenny. ― Estávamos conversando.

― Deixem o resto da conversa para depois. ― Jenny piscou para o casal. ― O Alex está vindo!

― Papai!

A criança apareceu na sala com um desenho do Homem-Morcego e uma revista em quadrinho nas mãos.

― Eu estava com saudades! ― Pulou no colo do pai.

― Eu também senti a sua falta, meu filho. Feliz aniversário!

Ele segurou a criança no colo e deu um abraço apertado.

― Você foi viajar? ― indagou a voz infantil.

― Eu estive muito ocupado com o trabalho e eu também estava cuidando da reforma da nossa casa. ― Beijou o topo da cabeça de Alex. ― Trouxe um presente.

A boca de Alexander curvou-se em um sorriso exibindo os dentes brilhantes ao entregar a caixa com um embrulho colorido para o filho.

― Em breve, nós vamos para a casinha nova. ― O sorriso de Alexander aumentou.

Nicole franziu o cenho, saiu da sala e foi direto para a cozinha. Se aproximou da ilha de madeira rústica que ficava no meio do ambiente amplo com paredes revestidas de cerâmicas brancas brilhantes e bufou.

― Oi, amiga! ― Jenny tocou-a no ombro e seguiu até a geladeira inox. ― O que houve?

― O Alexander está fazendo isso de novo ― reclamou, com uma voz baixa. ― Ele fala de casa nova, faz promessas vazias e nos leva de volta para aquela mansão. Odeio quando ele faz isso.

Jenny pegou uma jarra de suco de manga e despejou em alguns copos descartáveis vermelhos que estavam sobre o balcão.

― Dê tempo ao tempo, Nicky! Ele estava desesperado atrás de notícias. Não parava de perguntar sobre vocês.

― Nicky, ela é péssima para guardar segredos. ― O tom animado na voz grave de Alexander implicou com Jenny ao entrar de surpresa na cozinha. ― Ela parece o Alex argumentando, sem querer ela revelou o seu esconderijo.

― Você é um chato! Eu não aguentava mais o seu mau humor. ― A voz de Jenny estava cheia de ironia.

― Deixa a Lana saber que você não sabe guardar segredo. ― Estreitou o olhar ao fitar a amiga.

― Silêncio! ― Jenny levou o indicador aos lábios e pegou o smartphone que vibrava no bolso da calça azul. ― É a Lana! ― Saiu em direção à sala de jantar para atender a ligação.

Alexander chegou mais perto do balcão de modo que os corpos ficaram próximos, esticou o braço direito e pegou um copo. O aroma que exalava das mechas do cabelo castanho remetia às doces noites de amor. Não podia ficar nem mais um segundo longe dela e seria capaz de qualquer coisa para mantê-la por perto.

― Posso tocar?

Nicole assentiu com a cabeça e colocou a mão esquerda nas costas.

Ele tomou um gole do suco e colocou o copo sobre o balcão, acarinhou a barriga que dava um formato oval ao vestido dela.

― Já escolheu o nome? ― A expressão no rosto quadrado suavizou.

― Não! Aconteceram tantas coisas que eu ainda não pensei sobre isso.

― Que tal colocarmos o nome da sua mãe se for uma menina?

― Eu gosto! ― Esboçou um sorriso alegre ao focar nos olhos azuis de Alexander.

Embora tivesse algum cansaço e dores nas costas, a gravidez trazia um brilho diferente ao rosto de Nicole, pois em seu coração ardia a chama do amor incondicional pelos filhos.

Alexander chegou mais perto e tocou-lhe o rosto. Sentiu-se mais atraído ao contemplar o corpo de Nicole, a gestação a deixava mais bonita. Os ombros largos a envolveram em um abraço, pegou os lábios dela entreabertos. Um beijo quente e sensual causou-lhe um arrepio enquanto puxava o cabelo da nuca e inclinava a sua cabeça para trás.

― Não! ― Afastou-o com as mãos e recuou. ― Você precisa respeitar a minha decisão.

Nicole deu as costas e foi até a pia. Abriu a torneira e encheu um copo com água. Bebeu todo o líquido transparente ao tentar se recompor, não permitiria que ele a seduzisse mais uma vez.

― Você ainda é minha! ― afirmou Alexander, com uma voz aveludada de barítono.

― Não! ― retrucou Nicole ao se virar. ― Eu já disse, acabou!

                         

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