Capítulo 4 Não quero mais trabalhar para você

Valerie fez seu caminho graciosamente até o carro e entrou nele.

Ela o cumprimentou: "Senhor Layfield."

Edwin dedicou todo o tempo a estudar as expressões faciais dela.

Ele a aguardou dizer mais alguma coisa, mas mesmo depois de alguns minutos, ela continuava sentada, dando a impressão de que tudo estava bem.

Ele ficou impaciente esperando ela falar, então decidiu tomar a iniciativa. "Você saiu bastante rápido."

O olhar de Valerie se tornou gelado quando ela percebeu a surpresa em sua voz. "Para que serve esse tom de voz? Você achou que eu não sairia?"

Edwin franziu os olhos e desviou o olhar. Era um pouco desafiador determinar o que ele estava sentindo somente o observando.

"Suponho que cometi um erro na minha avaliação sobre você. Eu não percebi o quão capaz você é."

O sorriso de Valerie desapareceu depois de ouvir suas palavras. Sentindo que sua raiva começou a ressurgir, ela desviou o olhar dele e direcionou sua atenção para frente. "Talvez eu tenha aprendido algumas coisas durante os cinco anos que trabalhei para você."

Edwin olhou para ela, mas a iluminação fraca dificultava para ele discernir sua expressão facial.

Inconscientemente, ele tocou os lábios com sua mão gelada.

Depois, ele levantou o olhar e a encarou através do reflexo no espelho retrovisor.

Como foi possível o rosto dela parecer tão sem expressão após o que aconteceu? A mulher que ele tinha contratado alguns anos atrás era muito mais enérgica e vibrante.

Ele olhou para ela atentamente até que ele avistou a marca em seu pescoço.

A tranquilidade que ele acabara de experimentar desapareceu totalmente agora.

"Pare o carro!", ele ordenou friamente.

O motorista entendeu imediatamente. Ele parou prontamente seu carro no acostamento e saiu.

A raiva de Valerie se inflamou ainda mais, fazendo com que ela tentasse alcançar imediatamente a maçaneta da porta para sair também.

No entanto, Edwin segurou sua mão e a impediu de abrir a porta.

Surpreendida por sua ação inesperada, ela caiu em seus braços, inalando o perfume que lhe era tão familiar.

Ele a abraçou firmemente por trás e descansou o queixo em seu ombro.

A mandíbula de Valerie ficou tensa enquanto ela tentava se libertar de seu domínio. "Estamos no carro, e ele está estacionado ao lado da estrada!", ela sibilou, mas Edwin parecia alheio à emoção genuína em sua voz. Ele moveu o cabelo dela para o lado a fim de ter uma visão melhor da marca vermelha.

"Se você conseguiu fazer sexo com aquele tarado na sala de estar, então fazer comigo no carro não deve ser um problema para você, certo?"

Enquanto falava, ele habilmente baixou o zíper do vestido.

Ela não encontrava mais prazer na sensação das mãos frias dele em sua pele. Tudo o que ela conseguia pensar era no medo e no nojo que tinha sentido anteriormente quando estava presa pelo repugnante Brent.

'Filho da puta!', ela o xingou mentalmente.

"Não seja tão barulhenta como de costume, ok? O motorista está lá fora", murmurou Edwin, com os lábios muito próximos do lóbulo da orelha dela e os olhos fixos em seu rosto, captando cada nuance de expressão.

O corpo de Valerie tremia, mas desta vez, era devido à sua raiva em vez de prazer. Em seus pensamentos, ela proferiu uma maldição contra ele enquanto persistentemente tentava soltar suas mãos de seu firme aperto.

Edwin achou que ele tinha conseguido subjugar ela quando ela parou de resistir. Ele afrouxou o aperto, então abaixou a cabeça, beijou e chupou lascivamente o pescoço dela.

"Senhor Layfield?", chamou Valerie inesperadamente, seu tom surpreendentemente calmo.

No entanto, ele continuou sem parar. Ele estava completamente absorto na sensação da pele dela contra seus lábios, o que deixou sua respiração acelerar e se intensificar.

Valerie olhou para o teto do carro como se estivesse entediada e disse casualmente: "Achei que você me acharia suja."

Isso chamou a atenção de Edwin. Ele pausou e olhou para ela, usando uma expressão descontente.

Valerie mostrou falta de interesse ao dar de ombros. "Para esclarecer, passei vinte minutos na sala com Brent. Você sabe, é tempo suficiente para..."

Ela deixou intencionalmente sua voz desaparecer, e isso teve o efeito desejado. Os olhos de Edwin estavam cheios de repulsa.

Valerie escapou rapidamente de seu fraco aperto e alisou seu vestido amassado.

Edwin permaneceu imóvel e em silêncio, mas seu olhar intenso a fez sentir como se ele estivesse a perfurando.

Ela o ignorou, pegou sua bolsa e mais uma vez segurou a maçaneta da porta.

"Eu só queria lhe dizer, senhor Layfield, que não quero mais trabalhar para você", ela afirmou firmemente, não permitindo espaço para debate. Em seguida, ela destrancou a porta e saiu.

O motorista veio rapidamente em direção ao som da porta se abrindo, sentindo-se confuso. "Senhorita Reese?"

Edwin rapidamente interveio antes que Valerie pudesse responder ao motorista e exclamou com raiva: "Tire-a de perto de mim!"

Sentindo-se envergonhado, o motorista ficou em silêncio e engoliu em seco.

Valerie compreendeu perfeitamente seu empasse. Ela ofereceu um sorriso educado para ele antes de se virar e caminhar confiantemente em seus saltos altos, sem se preocupar em olhar para trás.