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Emma e Ryan Carter eram dois artistas de circo em uma companhia itinerante que tinha acabado de chegar a Las Vegas. Emma, 23 anos, era acrobata, enquanto Ryan, 25, era o palhaço do grupo.
No camarim improvisado em um trailer, Emma equilibrava-se em uma corda esticada entre dois armários.
- Ryan, você pegou minha maquiagem de novo? - perguntou, irritada.
- Claro que não! - Ryan respondeu enquanto ajeitava uma gravata borboleta gigante. - Só porque sou palhaço, não significa que eu roubo blush.
- Aham, até parece...
De repente, o trailer inteiro sacudiu como se um terremoto estivesse acontecendo. Os dois caíram no chão.
- O que foi isso? - perguntou Ryan, tentando se levantar, mas tropeçando no sapato exageradamente grande.
A porta do trailer abriu com um estrondo, e dois homens altos em ternos pretos entraram.
- Emma e Ryan Carter?
Emma levantou-se devagar, o coração disparado.
- Quem quer saber?
- Vocês foram selecionados.
- Selecionados pra quê? - Ryan perguntou, apontando para o nariz vermelho que usava. - Pra liderar o desfile do Dia dos Tolos?
Os homens não responderam. Um deles apontou um dispositivo estranho para os dois, que emitia um som agudo. Antes que qualquer piada pudesse ser feita, Emma e Ryan desmaiaram simultaneamente.
Cairo, Egito
Nabila Hassan, 24 anos, trabalhava como guia turística em uma área movimentada do Cairo. Era conhecida por seu jeito divertido e carismático de apresentar a história do Egito antigo.
- Aqui está a famosa Grande Pirâmide de Gizé! - disse Nabila, animada, para um grupo de turistas. - Ela tem mais mistérios do que a conta bancária de um político.
Os turistas riram, e ela piscou para eles.
Enquanto explicava sobre os antigos faraós, uma figura encapuzada apareceu no grupo. O estranho usava roupas pretas que pareciam absorver a luz do sol, destoando dos turistas em shorts e camisetas coloridas.
- Com licença, senhor. Este é um grupo privado - disse Nabila, franzindo o cenho.
- Nabila Hassan - disse o homem, ignorando o aviso.
Ela deu um passo para trás, desconfiada.
- Quem é você?
Sem responder, ele abriu a mão e soltou um pó dourado que parecia brilhar. Nabila tentou correr, mas desabou na areia antes de dar três passos.
Sidney, Austrália
Liam O'Connor, 22 anos, era um surfista apaixonado. Ele passava os dias pegando ondas e, à noite, trabalhava como bartender em um clube local.
Naquela tarde, Liam estava na praia, terminando de carregar sua prancha no carro. O sol escaldante e a brisa salgada pareciam perfeitos, mas ele notou algo estranho: um homem vestido de preto, parado ao longe, olhando diretamente para ele.
- Ei, amigo, tá perdido? - gritou Liam, rindo. - A reunião dos vampiros é na outra praia.
O homem começou a caminhar em sua direção.
- Liam O'Connor.
Liam bufou.
- Nossa, você sabe meu nome. E eu deveria saber o seu?
Antes que pudesse continuar, o homem levantou uma pequena esfera metálica. Uma luz azul piscou, e Liam sentiu um choque leve antes de cair desacordado.
Moscou, Rússia
Igor Mikhailov, 45 anos, era um engenheiro mecânico em uma cidade próxima de Moscou. Ele levava uma vida tranquila, mas tinha o hábito de passar as noites em seu galpão, criando invenções peculiares.
Naquela noite, Igor estava tentando consertar um robô aspirador que ele tinha modificado para trazer cerveja.
- Maldito robô! - murmurou, apertando uma chave inglesa. - Você consegue trazer a cerveja, mas derruba metade no chão!
De repente, ouviu passos atrás dele. Virou-se rapidamente e viu uma mulher alta, de cabelos curtos e olhar frio.
- Igor Mikhailov?
- Depende. Você é da receita federal?
A mulher não riu. Apenas deu um passo à frente e segurou seu braço com força. Igor tentou se soltar, mas a mulher injetou algo em seu pescoço.
- Isso vai melhorar meu robô? - perguntou antes de desmaiar.
Cidade do Cabo, África do Sul
Thandiwe Dlamini, 31 anos, era bióloga marinha e passava a maior parte de seus dias no mar, estudando espécies ameaçadas.
Naquele dia, ela estava em um pequeno barco, coletando amostras de água. O sol começava a se pôr, tingindo o oceano de tons alaranjados.
De repente, um som estranho ecoou no ar, algo entre um zumbido e um grito distante. Thandiwe olhou ao redor, mas não viu nada além de água.
- Que diabos foi isso? - murmurou, segurando o remo.
Uma luz forte surgiu no céu, e um pequeno drone pousou em seu barco. Uma voz robótica soou:
- Thandiwe Dlamini, você foi selecionada.
Ela riu nervosamente.
- Claro, fui selecionada pra quê? Pra um programa de TV?
O drone disparou um gás fino, e ela caiu desacordada no barco.
Sofia Gallagher, 32 anos, era uma detetive respeitada e temida no Departamento de Polícia de Dublin. Conhecida por sua força, inteligência e um temperamento que não aceitava injustiças, Sofia havia conquistado seu lugar em um mundo predominantemente masculino. Mas por trás da armadura que exibia, havia cicatrizes profundas.
Desde os 8 anos, sua vida havia sido marcada por tragédias. O abuso que sofreu em casa a ensinou cedo a desconfiar de homens. Mais tarde, quando se apaixonou pela colega, Rachel, sua parceira de patrulha, sentiu pela primeira vez algo próximo de esperança. No entanto, essa esperança foi destruída no dia em que Rachel foi assassinada durante uma investigação.
Agora, Sofia vivia para o trabalho. Nada mais importava.
Naquela noite, ela estava em seu pequeno apartamento, bebendo uísque enquanto revisava relatórios. A luz do abajur piscava de forma irritante, mas ela ignorava. O som de sirenes ao longe era o único ruído que preenchia o silêncio.
De repente, ouviu um barulho na porta.
- Quem é? - perguntou, com a voz firme.
Não houve resposta. Ela pegou sua arma e caminhou até a porta, encostando-se na parede ao lado antes de abrir com força.
- Quem diabos pensa que é para bater na minha porta desse jeito? - gritou, mas ninguém estava lá.
Então, algo frio e metálico encostou em sua nuca.
- Sofia Gallagher - disse uma voz masculina e monótona.
Ela girou rapidamente, derrubando o objeto com um golpe da arma. O homem era alto, vestido de preto, e parecia completamente impassível. Antes que pudesse reagir, ele sacou um dispositivo estranho e apontou para ela.
- Você foi selecionada.
- Selecionada pra onde, seu idiota? - gritou ela, mirando nele com sua arma. - Eu não vou a lugar nenhum com você.
Ela puxou o gatilho, mas, em vez de ouvir o disparo, ouviu apenas um clique. Algo havia desativado sua arma.
- Que porcaria é essa? - rosnou, partindo para cima do homem.
Ela o acertou no queixo com o punho da arma, mas ele não parecia sentir nada. Um segundo golpe o fez cambalear, mas ele simplesmente ergueu o braço e apertou um botão em seu dispositivo.
Uma luz intensa cegou Sofia, e ela sentiu seu corpo enfraquecer.
- Eu juro, vou matar você quando acordar... - murmurou, antes de cair no chão.
A Determinação de Sofia
Ao acordar, Sofia estava em um ambiente estranho, com os outros selecionados ao redor. Sua mente estava fervendo com perguntas e uma raiva que ela mal conseguia conter.
- Vocês... - começou ela, dirigindo-se aos outros. - Sabem onde estamos?
Ryan, o palhaço americano, tentou quebrar o clima.
- Olha, eu só espero que isso não seja algum reality show bizarro. Porque, sinceramente, eu não tenho roupa pra isso.
- Cale a boca, palhaço. - Sofia rosnou.
- Calma aí, moça. Só tô tentando aliviar o clima.
- Não preciso de clima aliviado. Preciso de respostas - disse ela, sua voz cortante.
Sofia rapidamente percebeu que seria necessário liderar o grupo. Alguns estavam assustados demais, outros confusos, e ninguém parecia disposto a enfrentar a situação como ela.