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•CALLIE•
Já era noite e nada dele, já estava com fome, minha barriga fazia barulho, meu corpo clamava por água, estava com frio e precisava ir ao banheiro... mas nada, nada desse homem.
Eu me pergunto do por que ele me sequestrou e quer que eu sirva ele, como assim?
Sou retirada dos meus desvaneios ao ouvir seus passos, me encolho sobre aquele colchão e começo a pensar se devo fugir, será o meu momento? Devo pegar aquele Machado e matá-o e logo depois fugir? Mas paro de olhar o objeto quando reparo o mesmo escorado na porta, seus olhos são ridiculamente lindos. Um azul perfeito. Mas ao me encarar dessa forma meu corpo estremeceu.
- não acredito... - ele ri - está pensando mesmo que consegue me matar sua idiota? - e espera... - fugir?? - disse me entregando outro sorriso macabro
Meu corpo tremeu, eu fiquei com medo... puta merda! Ele lê pensamentos?
- não ia, eu vou! - falo ríspida tentando me manter séria
- ainda não aprendeu não é? - disse e nego - ok ok.... Você vai aprender da melhor forma então. - disse aparentemente calmo me puxando pra fora dali
Não estava nada bem, eu estava com mal cheiro, suja, fome, e sono...
- primeiro vá se lavar sua imunda. Seu cheiro está horrível - disse me humilhando de uma forma que doeu
eu não sou suja. Em seguida me jogou um pano rasgado, não era uma toalha. Entro no banheiro e ouço a sua voz.
- 5 minutos, contando a partir de agora. - disse ríspido
Não dei a ele esse gostinho e demorei cerca de 10 minutos. Estava com fome e acredito que ele vai me da algo pra comer, então saio calma e ele abre a porta do quarto me fazendo pular para trás
- eu disse 10 MINUTOS sua desgraçada, ainda ousar me desobedecer??? - disse ríspido apertando o meu pescoço, sua força me fazia acreditar em coisas inexistentes como "Será um vampiro?"
Rio com meu pensamento esquecendo a situação e sinto meu rosto ser acertado em cheio por um tapa forte.
- ainda ri sua vadia, Tire essa merda e vire de costas - seus olhos ficaram escuros e me assustou
tirei a toalha com medo e cobrir os meus seios mas não adiantou, ele puxou os meus braços para trás com tamanha brutalidade e me inclinou para frente.
Meu corpo congelou, meu coração acelerou, estava prestes a desmaiar de medo... medo dele me estrupar, ou algo do tipo. Ouço o barulho do cinto ser tirado as pressas e suspiro amedrontada. Ele vai me bater?
- o que você... - paro de falar quando sinto um tapa estralado acertar minha bunda
- CALA A PORRA DA SUA BOCA, VOCÊ SÓ VAI FALAR GAROTA QUANDO EU PERMITIR ENTENDEU? e isso aqui, vai ser apenas a prova viva de que estou falando serrismo. - disse e amarrou os meus braços com a cinta, vejo ele pegar um chicote e meu corpo treme
- ajoelhe-se! - disse e obedecir tremendo de medo
- eu vou marcar essas costas com o meu chicote e cada chicotada vai ser por algo que você fez... tanto aqui, como na casa dos seus avós...
Meus avós? O que eles tem a ver com isso? Eles que mandaram me sequestrar? Sinto a primeira chicotada
- essa é por toda sua audácia quanto a mim. Essa é por toda rebeldia com os seus pais. Essa é por ter demitido todos os seus empregados por acusações suas. Essa por tratar seus avós daquele jeito...
Ele batia, batia forte, muito forte, minhas costas queimava como se estivesse me queimando com fogo, eu só conseguia gemer e choramingar... suspiro aliviada quando ouço ele dizer.
- e essa última vai por você ser um ser tão deplorável, você não merece um pingo de empatia ou algo do tipo você só merece dor e sofrimento... - ele bateu, bateu de uma forma que meu corpo foi com tudo para frente me deitei no chão e comecei a chorar essa foi diferente, foi como se ele tivesse descontado todo ódio da vida dele sobre mim.
Deus... não entendo o que eu fiz?! Pra ele me tratar assim.
- quer falar alguma coisa? - perguntou, eu não tinha forças pra Responder mas não poderia apanhar mais.
- não aguento mais... - disse baixo
- agradeça pelas 10 chicotadas! Foram poucas estou pegando leve por enquanto - disse colocando o cinto no lugar
- obrigada. Eu mereço! - cuspir aquelas palavras.
eu não mereço nada disso. E não vou me contentar enquanto eu não estiver longe daqui