O Rei Do Petróleo
img img O Rei Do Petróleo img Capítulo 2 2
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Capítulo 2 2

Nota do autor

***Aviso de Gatilho ***

Este livro contém violência gráfica e fala detalhadamente sobre estupro. Se estes são gatilhos ou não para você, peço,

por favor, que leia por sua conta e risco.

Prólogo

-Mãe posso pegar essa bola de futebol? -Eu rolo a pele de couro suave em minhas mãos.

-J.J, não. -Mamãe nem sequer olha para mim e continua empurrando o carrinho de compras. - Você sabe melhor do que eu. Não temos nenhum dinheiro.

Eu olho para baixo nos meus tênis esfarrapados, não querendo que mamãe visse as lágrimas de tristeza, formando em meus olhos. É sempre a mesma resposta. Os brinquedos que eu tenho são de segunda mão ou alguma merda que encontrei nos becos. Mamãe trabalha muito, mas eu quero me encaixar com o resto das crianças.

Preciso de uma bola de futebol, quero uma bola de futebol. Estou indo para o colegial. É o começo do ano onde eu posso entrar para o time da escola. Todos os meus amigos já se inscreveram e estão treinando com chuteiras de marca. Eles também têm pais e amigos na vizinhança, com quem eles jogam a bola depois das aulas ou nos finais de semana.

Vivendo em motéis numa base semanal e mensal torna impossível sair com os amigos depois da escola. Os motéis são sempre nas partes decadente de Houston. Tenho um saco cheio de roupas, um punhado de brinquedos quebrados e minha mãe, ela dá o seu melhor para me manter seguro, mas não é fácil. Eu não sou nenhum tolo e sei exatamente como ela faz para ganhar a maior parte do seu dinheiro. Ouvi o colchão rangendo e gemidos de noite na minha cama improvisada na banheira.

Eu tenho a minha mãe. Eu não desistiria dela por todo o dinheiro do mundo, porque ela é meu mundo. Embora de uma vida doméstica estável fosse bom, juntamente com um quarto.

-Amarre seus sapatos, J.J. E vamos embora! Eu tenho dois turnos hoje à noite no restaurante, e então Rodney está vindo.

Eu me inclino, impedindo que minha lágrima caísse. Eu me recuso deixá-las caírem. Estou me tornando um homem, não sou mais um garotinho, e preciso começar a agir como tal, ou pelo menos é o que todas as figuras paternas dizem a seus filhos nos livros que li. Os livros são a únicas coisas que posso pegar em minhas mãos e me perder. Está tornando mais difícil de esconder o fato de que se aproxima o ensino médio. A leitura não é legal para os garotos com quem eu ando.

Kemp meu melhor amigo, sempre me apoia, assim como a sua família. Nós somos opostos em todas as formas possíveis.

Eu tenho o cabelo escuro, ele tem claro. Ele tem uma mãe e pai, uma casa de dois andares e chuteiras de futebol. A mãe dele, Faye, é a minha segunda pessoa favorita no mundo. Ela me convida para sua casa o tempo todo, coloca em segredo livros e lanches na minha mochila e está sempre lá para mim. Quanto mais velho fico, é mais embaraçoso encarar o fato de que minha mãe não pode nem cuidar de mim.

Não vai me dar uma bola de futebol americano e nunca dará. A vida é assim. Você tem que lidar com isso.

Um dia.

Eu vou ser alguém. Nunca mais usarei jeans rasgados com buracos nos joelhos, sapatos de segunda mão que nunca cabem direito e ir para a cama com fome. Um dia.

Mamãe termina de contar seu troco para pagar pelo punhado de mantimentos e sutiã de renda que ela comprou. Eu ando atrás dela para encontrar o nosso carro.

-Com licença? -Mamãe e eu viramos para ver um homem segurando uma bola de futebol no meio do estacionamento.

Ela levanta uma sobrancelha, mas não diz uma palavra. Meus olhos se arregalam em choque. É a mesma que estava implorando para mamãe hoje cedo na loja. Ele caminha até nós.

Ele está fora do lugar em um Walmart em seu elegante terno de grife e botas brilhantes.

-Ouvi sua conversa lá e pensei em comprar isso para o garoto. -Ele se aproxima, estendendo a bola para mim.

Eu sei que não devo tirá-la de suas mãos e olho para mamãe. Sua mandíbula aberta e seus olhos brilham intensamente. Finalmente, ela concorda e acena com a cabeça.

-Obrigado, senhor. -Eu aceno com a cabeça e agarro a bola.

A melhor coisa que alguém já fez por mim.

-Por nada. -Ele me presenteia com um largo sorriso. - Tem boas maneiras também.

-Isso foi muito gentil de sua parte. -Mamãe estende a mão para ele, apresentando-se. -Eu sou Margo.

-Preston Charles.

Naquela noite, não só ganhei uma bola de futebol como também um jantar de buffet com Preston. Mal sabia eu que este homem mudaria o rumo da minha vida para sempre.

            
            

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