Tudo me faz lembrar que eu estou sozinha! somente Aaron e eu.
Meu telefone vibra encima do travesseiro ao lado e estico o braço apalpando o próprio em busca do maldito celular que me tirou dos meus pensamentos.
E NÃO PARA DE FAZER BARULHO!
Finalmente o acho aparelho e observo a tela com os olhos semicerrados observando o número privado então atendo.
-SEJA LÁ QUEM FOR...
-Eu preciso falar com você, cunhadinha.
-Aaron é filho único...- resmungo fechando os olhos.
-Ok! Eu sou a irmã do Kléber que é marido, por assim dizer, da sua irmã.- Ela rir. -Então sim! Automaticamente sou sua cunhada ou não??
Respiro fundo abrindo os olhos e expulso o ar dos meus pulmões fazendo bico encarando o teto forrado por gesso perfeitamente branco.
-O que quer Elisa?
-Já que tocou no assunto, eu preciso te ver com urgência, gatinha. Precisamos conversar.
-Sobre?- levanto o tronco ainda segurando o celular próximo ao ouvido. -Eu não quero mais me envolver em problemas, distância.
-Aaron.- Resmungo ao ouvir o nome do meu marido.
Jogo meu corpo de volta na cama, o mundo gira em torno dele agora?
-Não tô afim, Elisa.
-Mais é importante, essa história ainda não acabou e preciso da sua ajuda.
-Tá legal! Onde?
-Irei passar o endereço por mensagem.
Desligo o aparelho e finalmente levanto encarando o meu quarto com o cabelo totalmente bagunçado e alguns fios impedido minha visão e minha boca aparentemente inchada.
-Isso dará muita merda.
[...]
Depois de um bom banho relaxante e um rabo de cavalo bem feito um gloss e um vestido florido bem soltinho caminho em passos leves pelo o extenso corredor com um tapete aveludado até o final dele.
Eu não sei se é azar ou algo do tipo mais o meu quarto fica antes do quarto do Aaron.
A merda da porta está aberta!
Se meus passos estavam suaves agora pareço que ando nas nuvens.
Continuo a caminhar na ponta dos pés tentando fazer o máximo de silêncio possível.
Então, ouço um pigarreio.
Droga!
-Onde a senhorita pensa que vai?- A voz rouca e meio sonolenta quebra o silêncio me fazendo parar na mesma hora.
Aperto os olhos com força enquanto mordo a lábio inferior pensando em uma bela desculpa, abro os olhos e encaro o final do corredor e logo me viro lentamente e sorrio para ele.
-Bom dia, amor!- falo com sarcasmo dando o passa a frente. -Vim saber se...
-Irei pergunta mais uma vez.- Ele fecha o livro que lia o deixando de lado. -Onde pensa que vai, Sabrina?
-Sair ué!- dou de ombros me apoiando na parede. -Não posso?
Aaron me avalia de cima a baixo com seu olhar questionador.
Seu corpo está coberto por um lençol até a altura do quadril deixando seu peitoral bem definido amostra.
Posso contar os gominhos daqui.
6 gominhos no total.
O desgraçado é bonito até quando acorda?
Eu pareço um espantalho quando acordo.
-Não.- Ele diz seco voltando a atenção para seu livro idiota.
Ele vai me manter em cárcere de privado? Não é assim que a banda toca.
-Escute Aaron.- Ele me olha severamente mas se acha que vou parar está muito enganado. -Eu vou sair por essa porta agora. Se você acha que vai me manter em cativeiro como nesses livros que existe por aí você está muito enganado.
-Sabrina! Não ouse me desobedecer, estou sendo bem paciente e tolerante com você.- ele fala em seu tom calmo, mas pela a veia saltada em sua testa sei muito bem que não está.
Olho para uma instante próxima a mim e ando até ela vendo uma chave aparentemente de um veículo.
-Bela chave.- a pego jogando no ar. -É da sua Lamborghini?- o olho com divertimento.
-Sabrina...- ele rosna em aviso tentando se levantar.
Jogo a chave mais uma vez e aceno um tchau com minha outra mão livre.
-Tchauzinho Aaron. Se comporte.- jogo um beijinho no ar vendo o mesmo ficar agitado na cama.
Caminho em passos lentos em direção a porta ouvindo o seus xingamentos.
-Desgraçada! SABRINA.- Aaron grita mas o ignoro totalmente.
Desço as escadas vendo Mari enxugando as mãos em um pano de prato totalmente agitada e assustada.
-Senhora? Aconteceu alguma coisa?- seu olhar de preocupação é nítido em sua face e apenas suspiro passando por ela.
-Leve o café para Aaron, Mari.- se bem que acho ou melhor tenho certeza que ele perdeu o apetite.
-Sim senhora.
-Aliás.- Abro a porta devagar e a olho por cima dos ombros. -O mande tomar um calmante.
Pisco para ela que me olha confusa e saiu batendo a porta.
Caminho até a garagem observando a queridinha do Aaron.
Deslizo o dedo indicador no capo enquanto caminho até o lugar do motorista.
-Que gracinha.
[...]
Eu aposto que Aaron podia ouvir o rancor dessa gracinha a quilômetros e quilômetros de distância.
Samos casados! O que é dele é nosso e o que é meu é meu.
Saio do veículo fechando a porta com cuidado.
Um veículo preto diminuí a velocidade quando passa por mim logo em seguida acelerando.
Apenas ignoro e atravesso a rua pouca movimentada, entro em um estabelecimento ouvindo o sino acima da porta tocar.
Não foi difícil encontra a mulher de fios castanhos sentada em uma das várias mesas vazias.
O lugar estava vazio em julgar pelo horário, havia uma garçonete atendendo uma moça vestida socialmente e um homem bem ao fundo do estabelecimento lendo jornal .
-Oi Elisa.- Me sento em sua frente e ela finalmente nota minha presença. -Quanto tempo, alias obrigado por se livrar da Karla.
Ela sorrir pondo a xícara de porcelana encima da mesa simples de madeira.
-Então, na verdade faz duas semana. Você quer alguma coisa ou podemos começar?- Ela entrelaça os dedos sobre a mesa enquanto me encara.
-Vamos começar.