Capítulo 4 Narrativas de Marcy, o dia seguinte.

CAPITULO 4 - NARRATIVA DE MARCY : O DIA SEGUINTE.

- Komodus! o que você e seus cães de guarda fizeram esta noite não cairá no esquecimento! eu voltarei um dia e matarei você, vou levar a sua cabeça como meu maior troféu! você ouviu? Será meu maior troféu!....

Nesse momento...

- Uma lembrança para você, General maldito, a próxima garganta que vou perfurar será a sua...

...A jovem mulher que dorme no interior da caverna, tem um breve pesadelo, do perigo que correu na noite anterior e desperta com o som da chuva ao amanhecer, o dia está cinzento, a chama que aqueceu seu corpo a noite já se apagou, ela se levanta e em sua mente ainda se recorda da voz de seu amigo.

- Robert... será que ainda está vivo? Não há tempo para descanso, existem muitas perguntas sem respostas ainda, devo tomar cuidado, aquele maldito deve ter espalhado soldados por todos os cantos, preciso ir ao povoado dos mercadores, adquirir armamentos, estas moedas de ouro devem me garantir coisas boas.

A jovem mulher então parte rumo a cidade dos mercadores, localizada no pequeno povoado de Bara-Noir, ao chegar, muitos Homens olham para Marcy, uns a desejam, outros a detestam e outros querem acabar com sua existência, casos a parte, o mais intrigante é que por onde passa, Marcy não deixa de ser notada, nem mesmo pelos soldados da guarda imperial, que estão espalhados por todos os lugares, mas isso é totalmente normal, Marcy então compra alguns equipamentos e também um arco e umas duzias de flechas, um plano audacioso está se passando na mente de Marcy, e ela vai pôr ele em prática ainda hoje, sendo assim, Marcy monta em seu cavalo e parte em direção a cidade de Briá onde fica localizado o castelo de Kira. Ela parte em busca de pistas de seu amigo Robert e respostas sobre sua familia sem se importar do que possa vir a acontecer com ela. O caminho para Briá é longo e os desafios que aguardam Marcy podem custar sua própria vida, mas sua busca desenfreada pela verdade podem fazer com que fique cega, sedenta por vingança.

Depois de passar longo período cavalgando rumo a Briá, finalmente Marcy pode avistar os portões de acesso a cidade. A sua esquerda ela avista o grande rio e ao longe algumas embarcações. Um grande dragão se mantém vigilante sobrevoando a cidade, ela então amarra seu cavalo em uma árvore, e segue a pé, escondendo-se entre as pedras para não ser vista por um grupo de soldados que estão nos portões de entrada, então percebe que há uma torre de vigilância do lado esquerdo da grande muralha da cidade. Então espera a noite cair para agir, quando a noite cai ela desce com cuidado para chegar até os pés da torre, mas mesmo com todo seu cuidado Marcy se apóia em uma pedra que estava em falso e acaba deslizando, isso chama a atenção dos guardas que estavam no portão e um deles se aproxima e vê a grande rocha caída, mas não encontra ninguém, o soldado então volta para seu posto, Marcy que conseguiu ficar escondida em outro ponto agora caminha em direção a torre de vigilância, e com todo cuidado sobe degrau por degrau, bem devagar até que consegue chegar na guarita, o sentinela estava de pé, mas aparentemente estava dormindo. Marcy então se aproximou bem devagar, deu uma gravata no soldado e perfurou sua barriga, levando o soldado a óbito. Ela então faz algo inusitado! veste as roupas do soldado que cabem como uma luva na jovem mulher. Sai da torre e vai em direção a um grupo de soldados que acaba de regressar de uma patrulha. Agora que a jovem está camuflada em meio aos soldados ela consegue ter livre acesso a cidade, possui uma roupa da guarda real. Ela procura um lugar para passar a noite e encontra uma vaga em uma casa de hospedagem local, o lugar se chama : '' Hospedagem dos guerreiros. '' Lá dentro, Marcy escuta alguns homens falando a respeito do acontecido em Nibri :

- É tudo o que sei, ouvi dizer que komodus pegou a ladrazinha e a levou presa para algum lugar do vilarejo, havia também uma velha que morreu no local e ele, Robert, o desertor, foi lançado ao rio depois de ter levado uma surra, depois disso eu não sei.

Marcy então presta bastante atenção na conversa e não escuta o Homem da recepção chamando-a :

- Soldado! ei, soldado! está surdo? Em que posso ajudar? queres um local para passar a noite?

Marcy balança a cabeça fazendo um sinal de sim sem mencionar uma palavra sequer para não ser descoberta por causa de sua voz e parte então para o quarto selecionado e lá ela fala consigo mesma :

- Quer dizer então que ele lançou o Robert ao rio, não é? maldito Komodus, eu vingarei você, querido amigo...

            
            

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