Capítulo 4 Um Término Cruel

"Laurel! Você está aqui!" Fabian correu até ela surpreso, segurando um buquê de flores na mão.

Por estar muito nervoso, ele não percebeu a expressão no rosto dela, e logo disse, ansioso: "Laurel, você não veio às aulas esses dias e não consegui falar com você pelo celular. Esperei você aqui todas as noites. Você está bem? Estou tão preocupado!".

Diante da cena, Laurel não conseguiu se conter e começou a chorar.

De repente em pânico, Fabian estendeu os braços e a abraçou de forma atenciosa. "Laurel, o que houve?"

Ela segurou os ombros dele como um animal ferido enquanto soluçava sem parar. As lágrimas pareciam intermináveis.

Se tudo aquilo nunca tivesse acontecido, o homem perfeito parado à sua frente seria dela. Mas ela não tinha mais o direito de ficar com ele!

Depois de desabafar, ela se recuperou e o empurrou para longe, com olhos determinados. "Fabian, não podemos ficar juntos! Pare de perder tempo comigo!"

Antes, ela costumava chamá-lo de "Veterano Fabian". O comportamento inocente e sincero era o que ele mais gostava nela.

Mas por que agora ela estava agindo de forma tão fria?

"Isso não é verdade!" Ele agarrou o pulso dela e a forçou a pegar o buquê de flores. "Laurel, eu realmente gosto de você! Não acredito que você não sinta o mesmo por mim. Aconteceu alguma coisa? Me diga, por favor. Se não me disser, terei que perguntar a alguém!"

Chocada ao ver a persistência do jovem, ela começou a gritar com medo: "Não! Você não pode fazer isso!".

Era óbvio que ele descobriria os problemas da família dela e o que tinha acontecido naquela noite se fizesse uma investigação. Ela não queria deixar uma impressão maculada no coração dele.

Fechou os olhos e, quando os abriu novamente, largou a mão do rapaz sem qualquer hesitação.

"Fabian Cooper, você é muito presunçoso! Você sabe como os estudantes universitários são competitivos hoje em dia? Por mais capazes que sejam, uma pessoa sem uma excelente base familiar terá muita dificuldade para construir uma carreira, e eu não quero ter que me esforçar tanto!"

Fabian congelou, surpreso com as palavras que acabara de ouvir. Fitou as costas esguias de Laurel sem acreditar, como se só tivesse conhecido aquela garota, de fato, naquele exato momento.

O coração dele foi dominado pelo choque e pela raiva.

Tentou dizer que não era um inútil sem um tostão e que, na verdade, era...

Mas Laurel jogou o buquê no chão e saiu correndo, sem dar a ele chance alguma de falar.

Fabian fitou, sem reação, as flores que ele havia escolhido cuidadosamente a dedo. Elas ainda estavam frescas e bonitas antes de serem esmagadas e partidas em pedaços quando foram jogadas ao chão.

Seu coração também tinha sido esmagado em um milhão de pedaços!

Os olhos dele se encheram de indignação. Cerrou os punhos, furioso, e deu um soco na grande árvore ao lado. O dorso da mão dele ficou vermelhou na mesma hora, mas ele não sentiu nenhuma dor.

Seus olhos vermelhos encararam o caminho percorrido por Laurel ao correr. Rangeu os dentes e gritou: "Laurel Kelly! Vou fazer você se arrepender do que fez comigo hoje! Você pagará por toda a dor que me causou!".

Laurel, que estava escondida ao canto, ouviu cada palavra proferida por ele. Ela cobriu a boca com força, tentando impedir que ele ouvisse seu choro.

Doía muito, mas ela não se arrependeria da decisão. Uma pessoa tão perfeita como seu amado veterano não deveria carregar a má fama de ter uma namorada baixa como ela!

Veterano Fabian, sinto muito!

Um mês depois, Laurel saiu da cama, se lavou e foi fazer os exercícios matinais como de costume, mas de repente se sentiu muito mal. Achou que era apenas dor de estômago e não se importou muito com o assunto.

Mas os sintomas foram piorando na semana seguinte. Sua colega de quarto perguntou, brincando: "Laurel, você está grávida?".

O comentário foi como um raio na cabeça de Laurel e, de repente, ela se lembrou daquela noite fatídica.

Ela não tinha tomado nenhum método contraceptivo depois do incidente. As coisas estavam caóticas na casa dele naquela época, e ela estava num estado de espírito tão terrível, que nem cogitara a possibilidade de engravidar.