Capítulo 9 Socorro

Rosalie vibrou com a reação de Dorothy.

Vindo em sua direção, Rosalie tripudiou da irmã. "Por acaso esqueceu no que sou boa? Foi muito fácil encher algumas bolsas com sangue de galinha e usar uma faca retrátil."

No final das contas, foi tudo uma encenação.

Com muita raiva, Dorothy disse: "Por que você falou para Credence que a criança não era dele? Por que mentiu que eu a esfaqueei? Sou sua irmã há mais de vinte anos. Nunca lhe fiz mal ou fui injusta com você. Por que está fazendo isso comigo?"

"Por quê? Porque você foi a escolhida pelo pai de Credence."

De repente Rosalie soltou uma gargalhada e deu um beliscão no belo rosto da irmã. O ciúme e o ódio ficaram estampados em seu rosto no momento em que disse: "É claro que eu e Credence estamos apaixonados, mas o pai dele... aquele velhote... pensava que eu era uma pessoa mesquinha, incapaz de arcar com a enorme responsabilidade de ser a esposa de Credence. Era eu quem deveria ter casado com ele, não você! O incidente em que dormiram juntos também foi planejado por aquele velhote."

"Dorothy, você o tirou de mim. E, depois de quatro anos de casamento, está lentamente roubando seu coração. Como eu pude deixar isso acontecer?"

"Vou arrancar tudo que é seu aos poucos para que prove do seu próprio veneno!"

"Além disso, quatro anos atrás, eu subornei uma empregada da família Scott para colocar drogas na comida daquele velhote. Depois de consumi-las por dois anos, em vez de morrer, ficou em estado vegetativo. Mas ele merecia algo muito pior."

Descontrolada, Dorothy estremeceu.

"Como... como pôde fazer isso?"

Tendo visto Rosalie crescer, jamais esperaria haver um coração tão cruel escondido sob seu lindo rosto. Aquilo era realmente assustador.

"Por que o espanto? Se não fosse por sua interferência, eu teria sido a esposa legítima de Credence, em vez de sua amante."

Rosalie sorriu friamente e retirou a mão do rosto de Dorothy. Ela se virou e ordenou aos homens atrás dela: "Façam a operação imediatamente. Lembrem-se, não é preciso anestesiá-la."

"Não! Você não pode fazer isso comigo!"

Dorothy estava com tanta raiva que teve vontade de dar um tapa na cara de Rosalie. No entanto, seus membros estavam firmemente amarrados à mesa de operação, o que a impedia de se mover.

Era óbvio que Rosalie queria torturá-la até a morte!

Havia um sorriso maldoso em sua face.

"Quero que você vivencie a morte da criança em seu ventre. Aproveite este presente maravilhoso que estou lhe dando!"

"Rosalie, Deus a está observando. Você vai colher tudo o que está semeando.

Dorothy cuspiu em Rosalie. Seus olhos ardiam de raiva.

"Você é tão ingênua. Há quatro anos, tenho vivido no inferno, desde que se casou com Credence. E você foi punida por isso? Claro que não!"

"Você parecia gostar muito do título de Sra. Scott."

Rosalie enxugou o rosto e continuou: "Estou apenas me vingando agora. O velhote já foi punido. Agora é a sua vez, minha querida irmã. Não se preocupe, vou pedir a eles que façam isso o mais devagar possível para que você aproveite o processo por mais tempo."

Depois disso, fez um gesto e se afastou para apreciar o show.

Os médicos se entreolharam antes de pegarem o material estéril.

Em seguida, aproximaram-se de Dorothy.

"Não! Vão embora! Não machuquem meu filho. Não!"

Dorothy soltou um grito de pavor enquanto lutava com todas as suas forças.

Seus pulsos e tornozelos, amarrados firmemente com fitas, ficaram sujos de sangue. No entanto, isso não a impediu de continuar resistindo.

Ela não podia perder o filho que tanto lutou para ter!

Não deixaria isso acontecer!

Infelizmente, além dela e da irmã, os outros na sala eram todos peões de Rosalie. Não havia ninguém a quem ela pudesse pedir ajuda.

Quanto à Credence, há muito tempo ele almejava que ela desaparecesse deste mundo.

"Socorro... me salve..."

Dorothy fechou os olhos em desespero e lágrimas rolaram por seu rosto.

Pela primeira vez em sua vida, seu coração se encheu de uma desesperança indescritível.

Quem iria salvar ela e seu filho?