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Amor puritano

Amor puritano

img Romance
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5.0
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Sinopse

Mark Dune é uma estrela de rock, que oculta o seu passado e mascara a sua realidade com um comportamento de playboy e escândalos amorosos. A morte de seu pai leva-o de regresso à sua terra natal, onde conhece a linda jovem Serena e a sua vida dá uma volta de 360 graus. Se apaixona loucamente pela jovem que vive no seu mundo pacato e dedicado a igreja, que jamais se entregaria para um homem como Mark. Na luta para conquistar a jovem Mark Dune vai desenterrar fantasmas do seu passado e criar outros, porque quando se declara para a jovem, sua família já havia aceite o casamento dela com o homem mais importante daquela comunidade religiosa.

Capítulo 1 A estrela de rock

No palco, Mark Dune dava o maior show com a sua banda cantando os seus sucessos. Fez também algumas demonstrações com os instrumentos que dominava a guitarra eléctrica e o piano. O palco montado no centro da sala de espectáculos do Hotel Pirâmide para o show intimista do cantor estava reservado à um público muito especifico e seleccionado pela organização: eram mulheres da classe alta, endinheiradas e independentes que durante quatro dias participavam da tourneé do cantor e outros atractivos do pacote da Independant Woman.

Era o famoso pacote que acontecia anualmente por ocasião das comemorações do dia Internacional da Mulher.

Mark era um cantor famoso com os seus 37 anos e vinte anos de carreira, era a maravilha de muitas mulheres pela sua beleza, era alto com porte atlético devido aos exercícios fisícos que fazia regularmente, que lhe conferia o dorso musculado que exibia quase sempre nos shows, com a camisa aberta ou sem ela quando estava no ápice das suas actuações, os cabelos pretos lisos que caiam pelos seus ombros e que afastava do rosto de forma tão sexy. Seu rosto era másculo, bem definido e lindo com seus olhos fundos e quase sempre semicerrados, à tudo isso se adiciona a sua voz rouca que alcança alguns falsetes surpreendentes.

Era compositor e cantor de vários sucessos no estilo pop rock, soul music e baladas. Mas também era conhecido pela sua vida extremamente ligada a escândalos amorosos, de playboy e ao uso de álcool.

O espectáculo decorria ao som intimista e das meias luzes que só focavam Mark sentado num banco alto vestido a cowboy, sem camisa apenas com um colete preto cravado de brilhantes e estava aberto e cantava o "Tu e eu" para o delírio das mulheres, no fim da canção brincou com as fãs:

− Oh raparigas! Quem quer viver uma noite como "Tu e eu", comigo, esta noite? Ouvi dizer que estou em leilão kkkk! Alinham meninas?

Os acenos e gritos positivos saíram da plateia, as mulheres deliravam com o seu jeito sexy.

− OK, ok. Folgo em saber que sou desejado... a minha produção vai tratar disso...

Linda Dawson, a assistente de Mark abanou a cabeça negativamente, prevendo o trabalho que iria ter com mais uma das ideias loucas do seu chefe. Apesar de estar a trabalhar para ele há seis anos, já tinha visto muita coisa que já não se surpreendia. Apesar dos seus vinte e seis anos, acreditava que era mais madura e responsável que o seu patrão... No intervalo para a troca de roupa ela e o manager Robert Close quase que arrancavam a cabeça de Mark:

− Tens noção do que falaste aí no palco Mark? – disse Linda furiosa

− Oh amigo, estás em leilão? Sabes o que isso vai nos custar? A mídia conservadora a envenenar as mães de família sobre promiscuidade, meu!

− Estou em alta, meu! Devo estar pedrado kkk ... é muita mulher linda naquela plateia, ouvi dizer que são todas ricas kkk. − afirmou Mark sorrindo, a equipa tinha acabado de o vestir. Agora estava com calças jeans justas e uma camisa branca e o cabelo preso num rabo de cavalo. Seu rosto pareceu mais quadrado e mais sério.

Antes que continuasse a escutar os dois saiu fazendo continência e voltou ao palco.

− Não vou limpar mais besteiras Mark!... – tentou gritar Linda, mas ele já estava no palco.

O show durou mais duas horas, Mark interagia com as mulheres inclusive cantou com uma no palco, no final ela o beijou na boca e ele correspondeu...

Depois do show a festa continuava na discoteca do hotel. Lá Mark era assediado por todas, quando finalmente alguém se lembrou do leilão e uma mulher pediu o microfone no DJ e começou a licitação começando com 5.000 USD para passar a noite com a estrela... As mulheres estavam entusiasmadas que em cinco minutos o leilão fechou com o valor de 25.000 Usd.

#

Na manhã seguinte, Linda entrou na suíte do hotel em que estava Mark hospedado, como ele não abria a porta pediu a recepção que abrisse com a chave mestra... Ao entrar a confusão que estava o quarto não lhe admirava ... Roupas espalhadas pela suíte, peças intimas por cima da mesa de centro, no candeeiro, eram mais de dois pares de sapatos femininos, Linda pediu que empregado que se retirasse, porque aí vinha bomba.

− Oh Deus!... Ah ... eu penso que posso continuar sozinha. Obrigada pode ir...

Entrou no quarto, encontrou Mark deitado na poltrona ao lado da cama e nela haviam quatro senhoras nuas deitadas, cada uma numa posição estranha.

Era incrível como Mark se metia em cada situação, aproximou-se dele e tocou sua testa para acordá-lo, teve que esperar muito, por sua reação em câmara lenta. Atirou-lhe o roupão para que se cobrisse ao menos, já o tinha visto várias vezes nú e quase já não se constrangia com isso ...

− Hey miúda!!! Estás aí!...Tenho a cabeça a latejar...Foi pesado ontem, meu!

− Tinhas ensaio as 9 horas e ...são 10 horas e meia Mark. O trabalho que me dás...a banda está a tua espera...

− Não podes adiar, miúda... Preciso de me recompor – sussurrou no ouvido da Linda – dei conta das quatro a madrugada toda, preciso de mais tempo... entendes.

− Não, meu! Não era só uma que ganhou o leilão? Como tens quatro na cama?

− Como eram todas amigas elas repartiram a conta... Bom pra mim não é?

− Bem, não sei... Tinhas o ensaio das 9 as 11 horas. As onze e meia entrevista com o correspondente da Weekly o almoço seria às uma da tarde com a gerência do hotel e as três o ensaio fotográfico e as vinte o show parte 3. Não posso adiar nenhum ... o retiro termina amanhã com o workshop a tarde e o show final à noite! Temos que falar com o Robert ... queres lixar as coisas de novo, por conta da tua irresponsabilidade e promiscuidade... − Linda começou a passar-se e gritou, as mulheres assustaram-se e começaram a procurar cobrir-se como podiam, ainda atônitas.

− Hey, ok ok miúda eu vou tentar... Agora ajuda-me a despedir as belas adormecidas...

Linda pôs as mãos a cabeça. Não podia ser verdade. Estava habituada a arrumar toda sujeira de Mark, mas quatro quarentonas ricaças que pagam vinte e cinco mil dólares para dormirem com um homem, não eram as malucas para ela meter-se com elas. Mas tinha medo do que essas notícias se repercutiriam para a carreira do seu chefe. De forma educada recolheu as roupa pelo quarto e tentou acertar e entregar as proprietárias e com seu melhor sorriso solicitou que saíssem... Mas elas queriam mais... Linda recolheu os contacto de todas garantindo que Mark ligaria para cada uma delas, só assim saíram ainda a cambalear mas pareciam satisfeitas pelo sabe-se lá quê que viveram naquela suíte com Mark.

Este estava a tomar um banho frio debaixo do chuveiro. Enquanto isso linda já havia tentado por o quarto apresentável, pediu o pequeno almoço. Via qual seriam as roupas adequadas para o dia, colocou duas mudas sobre a cama para que Mark escolhesse. Depois do banho Mark foi para a o quarto escolheu uma boxeur e vestiu por baixo do roupão, escolheu o conjunto de calças de ganga, rasgada no joelho, com a t-shirt branca com gola em v para arejar mais... tudo isso acontecia na frente de Linda.

A jovem tinha criado um antidoto para não se inebriar com a beleza do seu chefe, que a tratava como uma irmã mais nova, uma amiga porque ela sabia muito de si. Linda usava roupas desportivas muito discreta, calças, blusas largas e estava sempre de tênis ou sapatilhas que permitia a mobilidade que o seu trabalho exigia. O cabelo sempre preso, que lhe conferia um ar mais adulto. Era a primeira celebridade com trabalhava era uma verdadeira fan, deixou de entrar na universidade para seguir o mundo do showbiz. Depois de muito tempo sua família aceitou o seu desejo. Mas estão preocupados porque ela não demostra sinais de ter sua vida pessoal. Faz tudo pelo seu ídolo e chefe.

− Oh tens aí algo pra comer. Muito bem e tu comeste já? Acompanha-me Linda!

− Já comi Mark. ... Mark, sinceramente acho que te excedeste ontem... Não tens medo das consequências das tuas ...

¬− Oh... falas de proteção hum hum, acho que acabamos uma caixa de preservativos.

− Não achas que se usares demais o "menino", estarás acabado para a pessoa com quem escolheres ficar... ou essa adrenalina atrapalhar a convivência com uma mulher normal...

− Eu sei, que no fundo ou noutra vida tu és minha irmã. Essa conversa de novo... eu não quero assentar. Sou homem do mundo...

Mark cortava sempre esse tipo de diálogo sobre família que Linda procurava ter com ele. Ato contínuo levantou colocando o casaco de cabedal que estava na poltrona, fez sinal com a mão para que linda o seguisse e foram ao encontro da banda para os ensaios.

#

Depois do almoço, Mark tinha a entrevista para a revista Weekly que há muito ele adiava. Mas com a tour no hotel o manager achou oportuno que se realizasse esta entrevista. O hotel reservou um espaço na sua lounge no terraço.

Enquanto esperavam o repórter Mark inquiria Linda sobre o mesmo:

− Será que uma boazuda como a última que entrevistou, Linda?

− Oh! Não te disse? É um jornalista freelancer. A Weekly não tinha nenhuma disponível por estas bandas e arranjaram um correspondente "homem" – Linda ressaltou quase as gargalhadas

− O quê? Eu prefiro falar com mulheres... São menos contundentes...Isso é vingança Linda. Sei que poderias ter feito melhor e mandar uma louraça ou uma linda morena sabes...

Mal terminou de falar juntou-se a eles Robert e o jornalista. Este era um homem de meia idade, com semblante de pouco amigo e que seria implacável com Mark. Enquanto se aproximavam Mark abanava a cabeça negativamente e Linda sorria.

− Ok, estão aí? Mark, este é o Tom Bailey o jornalista do Weekly. Tom este é a tua estrela Mark Dune e a sua assistente Linda. Estamos a trabalhar com o tempo...− apresentou Robert e retirou-se logo.

¬−Prazer Sr Bailey. Eu ficarei ali para qualquer coisa que precisarem. Ele é todo seu.¬− adiantou-se Linda, sentando-se numa mesa ao lado mas podia ouvir tudo que dissessem.

− Sr. Mark Dune. É um prazer conhecê-lo pessoalmente! Embora não seja apreciador do seu estilo, continua a ser uma estrela popular, principalmente do público feminino.

− É o que se diz de mim, não é? Já começamos?

Bailey sentou-se tirou o gravador, ligou e pôs sobre a mesa em seguida tirou um bloco, e começou meticulosamente:

− Como se descreve diante do título de solteirão incorrigível?

− Uau!!! Eu tenho esse título? Bem...eu... − Mark precisou de dar um gole na água para continuar. Linda ria da desconcentração do seu chefe que fugia de toda abordagem sobre sua vida

- O seu estilo de vida está na contramão com aquilo que canta nas músicas que também compõe sobre o amor, família e estar em paz consigo mesmo.

– Eu realmente canto sobre o amor, paz de espirito e família porque são essas coisas que movem o mundo... sabes há várias formas de viver o amor. Eu canto isso, não tenho necessariamente que vivê-lo como canto...

− Mas tem pensado nos resultados dos seus relacionamentos efêmeros, ontem ouviu-se que se ofereceu em leilão e esteve a se relacionar com várias mulheres. Não considera esse comportamento promíscuo e que lhe possam prejudicar a sua carreira?

− Oh...bem eu fi-lo por uma causa social... o dinheiro vai para uma associação de luta contra o câncer... E simplesmente passei bons momentos com mulheres adultas que agiram de sua livre e espontânea vontade...É sobre isso que a sua revista quer saber?

− Na realidade queremos conhecer o verdadeiro Mark Dune... Conhece-se um Mark Dune a partir dos 18 anos, pouco se ouve da sua origem...Quem era Mark antes do estrelato?

O desconforto de Mark estava instalado. Falar da sua vida antes do estrelato era abertura de feridas que não estavam saradas, por isso usava as suas máscaras que todos conheciam da vida glamourosa do rock star, solteirão incorrigível. Parecia que era impossível descrevê-lo porque ele próprio havia fechado a sete chaves esse Mark antes do 18 anos.

- Bailey, não é? Bem Mark... Sou um bom rapaz...hum minha vida começou com a minha primeira canção gravada e já lá vão vinte anos, meu... Tenho vinte anos de história pra contar meu... porque tens que procurar assuntos que nem estão ligados a minha música...

Linda notou irritação do chefe e pegou seu telefone e mandou mensagem ao Robert. Estava a prever alguma loucura de Mark. Mas Bailey não se intimidou e continuou:

− Sim Mark, a história de um homem não deve ser apagada, seja ela boa ou má. Já deu muitas entrevista e nenhuma fala do Mark antes da fama... Que histórias tem para me contar?

− Se quiser falar sobre a minha tourné por cá, como está o meu próximo álbum, com quem vou trabalhar... eu respondo. Sobre o resto esquece, velho! – levantou-se e saiu andando chutando as cadeiras a sua frente...

Linda desculpou-se ao jornalista e correu atrás dele... Robert cruzou com ela e de seguida foi ter com Bailey:

− O que se passa Linda? Ele não fez besteiras, pois não?

− Ele parou de falar e foi-se embora...parecia agitado eu vou ter com ele.

#

Bateu a porta da suíte e Mark abriu. Estava de facto transtornado com a entrevista, não tinha planeado assim...A postura de Bailey fez-lhe recordar a sua relação com seu pai. Algo que preferia enterrar... mas aquela entrevista abriu essas feridas...

− Está tudo bem, Mark? Precisas de alguma coisa?

− Não me trouxeste uma loira... − brincou tentando esconder o seu mal estar – quero ficar um pouco sozinho, miúda.

− Ok. Mas se quiseres desabafar estou aqui para te ouvir...Realmente sinto que estás chateado com alguma coisa. Isso não é bom!

- Só mais um dia, não é miúda. Depois disso vamos tirar férias. Acho quero desaparecer um pouco...dedicar-me ao álbum.

− Boa! Não sei o quanto isso te afetou, mas está a te fazer pensar direito. Mereces uma pausa.

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