O cheiro de fumaça e cinzas, que um dia foi celebração, agora era o fedor da perda de tudo que amei.
Eu, Maria, a Rainha do Samba que salvou o Carnaval, vi o homem que coloquei no trono, João, me cuspir na cara e me chamar de bruxa.
Ele, seduzido pela inveja venenosa de Sofia, não só destruiu minha reputação, mas ordenou a queima de cada fantasia que eu havia criado, o berço do meu filho ainda não nascido, a essência do samba que corria em minhas veias.
Com as cinzas da minha arte e a dor da comunidade no ar, João, cego por sua loucura, ainda arrancou meu coração, matando-me.