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Livros de História

Não Sou Mais a Sua Esposa Conveniente

Não Sou Mais a Sua Esposa Conveniente

5.0

Meu telefone tocou vinte e três vezes. Era o meu marido, Lucas. Eu não atendi nenhuma. Minha irmã, Eva, ao meu lado, olhou para o ecrã a piscar, preocupada que ele estivesse tão exausto com o luto pelo avô. Mas a verdade era que, naquele mesmo hospital, e a apenas um andar de distância, eu estava à beira da morte. Uma gravidez ectópica tinha rompido. Perdi o nosso filho e quase a minha vida numa cirurgia de emergência. Liguei ao Lucas inúmeras vezes antes de desmaiar. Ele nunca atendeu. Mais tarde, descobri porquê: ele estava a consolar a sua ex-namorada, Clara, porque o cão dela tinha sido atropelado. O luto pelo avô? Isso só aconteceu no dia seguinte. Ainda a recuperar da cirurgia, recebi uma mensagem do meu sogro, o Senhor Matias, cheio de fúria: "O Lucas está a tentar ligar-te o dia todo. Podes ser um pouco mais compreensiva?" Respondi que também estava no hospital, depois de uma cirurgia. A sua resposta foi brutal: "Que tipo de cirurgia poderias ter? Uma plástica? Não é altura para as tuas birras." A indiferença e a crueldade daquela família eram um abismo. Voltei para casa para encontrar a Clara sentada na minha sala, a usar o meu robe de seda, "consolando" o meu marido. Eu tinha acabado de perder o nosso filho e quase morrido. E eles achavam que eu estava a causar "birras". Naquele momento, não havia mais esperança. O amor tinha morrido muito antes de eu perder o nosso bebé. Foi então que a minha voz soou, calma e firme, "Vou divorciar-me dele, Eva." Decidi que estava cansada de ser a esposa conveniente e invisível. Eu merecia mais do que mentiras e traição. Era hora de escrever o meu próprio final feliz, sem eles.

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Quando a Morte Revela a Verdade

Quando a Morte Revela a Verdade

5.0

Por três anos, a minha vida foi um campo de batalha. Eu, Juliette Lawrence, a cantora de Fado, vivia uma guerra fria com Hugo Gordon, o meu marido. Éramos o casal mais disfuncional de Lisboa, consumidos por um ódio que nos devorava por dentro. Aquele ódio trivializou-se subitamente quando o médico pronunciou as palavras: "cancro no pâncreas, fase terminal." Seis meses. Era tudo o que me restava. Desesperada por paz, liguei a Hugo, a implorar por uma trégua. Mas a sua voz fria, seguida pela risada sarcástica da minha melhor amiga, Cecilia Perez, a convidá-lo para a cama, reduziu a minha esperança a cinzas. Eles estavam juntos. A minha melhor amiga e o meu marido. A traição esmagou-me, um golpe mais forte que a notícia da morte. Hugo, cego de ódio e manipulado por Cecilia desde o início da nossa união – ela editara uma gravação para fazê-lo crer que eu era uma caça-fortunas, levado depois à falência a adega da minha família – recusava-se a ver a verdade. Ele exibiu Cecilia na nossa mansão, humilhou-me publicamente, e até permitiu que ela, por inveja pura, me destruísse a herança mais preciosa: a guitarra da minha avó. Como ele podia ser tão cruel? Como podia acreditar nas mentiras dela, mesmo quando eu me desfazia à sua frente? A injustiça queimava. Não entendia o propósito de tanto sofrimento. Porque é que eu estava a pagar por uma mentira arquitetada pela minha suposta amiga, e porque ele, que outrora me amava, agora me queria destruir? A dor tornou-se física, quando, num ato de desespero e para o silenciar, cortei a minha própria mão. A apatia tomou conta de mim. Foi nesse abismo que tomei uma decisão radical: fazer o procedimento experimental para apagar Hugo Gordon da minha memória. Eu queria viver os meus últimos dias em paz, mesmo que essa paz fosse uma ilusão. Ele não existiria mais para mim. Para esquecer o homem que me causou tanta dor, para apagar essa parte sombria da minha vida e, quem sabe, encontrar um alívio antes do fim.

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A Verdade Que Ninguém Queria

A Verdade Que Ninguém Queria

5.0

A festa de despedida do meu filho, Miguel, enchia a rua com música e cheiro de churrasco, um orgulho que mal cabia em mim. Miguel, meu primogênito, havia conquistado o impossível: uma bolsa de estudos na Europa. Ele era o sol da minha vida, o motivo de cada sacrifício. "Mãe, para de me olhar assim, vou ficar com vergonha" , disse ele, rindo, enquanto abraçava os amigos. Eu sorria, feliz por vê-lo radiante, com um futuro tão brilhante. Mas, de repente, a música parou. Minha vizinha de longa data e amiga, Carmen, apareceu na entrada da rua. Ao lado dela, o marido Zé, com o rosto marcado pelo álcool, e o filho deles, Pedro, encolhido nas sombras. Uma sensação estranha começou a se formar no meu estômago. Carmen deu um passo à frente, um sorriso perverso nos lábios, os olhos cheios de inveja fixos em Miguel. Sua voz, alta e cortante, silenciou a todos. "Aconteceu, sim, Sofia. Aconteceu que eu cansei de mentiras. Eu vim buscar o que é meu" . Um silêncio pesado caiu sobre a festa. Ninguém entendia. Carmen apontou um dedo trêmulo para Miguel, que a olhava confuso. "Ele não é seu filho, Sofia. Miguel é meu filho!" A acusação foi uma bomba. As pessoas ofegaram. Senti o chão sumir sob meus pés, mas me mantive firme. Miguel ficou pálido, seu sorriso desapareceu. "O que você está dizendo, Carmen? Você enlouqueceu?" , gritou um vizinho. "Louca? Eu não estou louca!" , Carmen rebateu, histérica. "Eu dei a ele a melhor vida que ele poderia ter! Com você, Sofia! Uma vida que eu não podia dar. Eu fiz isso por amor! Para que ele não acabasse como…" , ela parou, olhando com desprezo para Pedro. E então, com nojo evidente, ela apontou para Pedro. "E aquele ali… aquele é o seu filho de verdade" . Todos os olhares se voltaram para Pedro. Ele parecia um fantasma, magro, com roupas gastas e uma cicatriz feia no rosto. Tremiam, assustado, agarrando a calça do pai, que nem se moveu. A diferença entre ele e Miguel era brutal. Miguel olhou de Pedro para mim, o pânico crescendo em seus olhos. "Mãe? Mãe, o que ela está falando? É mentira, não é?" Eu olhava para o rosto aterrorizado do filho que criei. Vi o medo, a confusão. Mas dentro de mim, uma calma fria se instalou. Eu estava esperando por esse dia. Meu olhar encontrou o de Carmen, e a falsa amizade de anos se desfez, revelando apenas ódio e rivalidade. Carmen tentou forçar um sorriso maternal. "Miguel, meu filho. Eu sou sua mãe de verdade. Eu sei que é um choque, mas eu estou aqui agora. Eu nunca deixei de te amar" . Suas palavras eram doces, mas seus olhos brilhavam com ganância. "Que mulher sem-vergonha!" , uma vizinha murmurou. Zé, o marido de Carmen, finalmente se moveu, com um sorriso debochado. "O que foi? Estão surpresos? A Carmen só fez o que qualquer mãe faria. Queria o melhor para o filho dela" . Ele olhou para Pedro com desprezo. Carmen continuou: "Ele teve um pequeno acidente quando era criança, só isso. Coisa de menino" , ela minimizou a deficiência de Pedro. "Mas com o Miguel, eu sabia que a Sofia cuidaria bem. E olhem só, eu estava certa! Um jogador de futebol famoso!" Zé soltou uma gargalhada. "Acidente? Eu disciplinei ele, isso sim. Esse moleque era teimoso, precisava aprender a obedecer. Uma boa surra de vez em quando não faz mal a ninguém. Endireita a criança" . A multidão murmurou em choque. A crueldade deles era inacreditável. Então, Clara, a filha de uns dezesseis anos, com a mesma arrogância da mãe, saiu de trás de Zé e olhou para Pedro com um sorriso maldoso. "Ele é um aleijado chorão, isso sim. Vive se escondendo pelos cantos. Dá até vergonha de ser irmã dele" , disse Clara, alto o suficiente para todos ouvirem. A humilhação pública era total. Pedro parecia querer ser engolido pela terra. Seu Antônio, um vizinho que viu Pedro crescer, não aguentou. "Acidente? Disciplina? Aquela cicatriz no rosto dele não foi um acidente, Zé! Nós todos sabemos que foi você quem jogou uma garrafa nele naquele dia em que você chegou bêbado em casa!" A acusação pairou no ar, pesada e horrível. Zé sorriu. "E se fui eu? Ele mereceu. Tentou me impedir de dar uma lição na mãe dele. Tinha que aprender o seu lugar" . Sua naturalidade gelou o sangue de todos. Miguel explodiu. "Cala a boca!" , ele gritou para Zé, avançando. "Seu monstro! Como você tem coragem de falar uma coisa dessas?" Eu segurei o braço de Miguel. "Que tipo de gente são vocês?" , Miguel continuou, tremendo de raiva e nojo. Ele olhou de Carmen para Zé, e depois para Clara. "Vocês são doentes! Como podem tratar alguém assim? Ainda mais o... o filho de vocês?" Os vizinhos começaram a gritar: "Assassinos!" , "Covardes!" , "Chamem a polícia!" Carmen, perdendo o controle, tentou se defender. Seu rosto se contorceu em ódio e inveja, direcionados a mim. "Vocês não entendem! Era para ser eu! Eu que deveria ter a vida boa! Mas a Sofia… ela sempre teve tudo! Sempre com esse ar de santa, de boazinha! Eu só peguei o que era meu por direito! O direito de ter um filho de sucesso!" Ela olhou para Miguel, os olhos brilhando com uma loucura triunfante. "E funcionou! Olhem para ele! Meu plano funcionou! Ele é perfeito! E tudo graças à idiota da Sofia, que o criou para mim!" , ela soltou uma gargalhada alta, estridente, que ecoou pela rua silenciosa, o som da maldade. "Isso é crime, Carmen! O que você fez dá cadeia!" , gritou uma mulher. Carmen riu, desdenhosa. "Cadeia? Que cadeia? Eu fiz isso há dezoito anos. Já prescreveu. E além disso, eu fiz por amor ao meu filho. Nenhum juiz me condenaria" . Ela parecia ter ensaiado. Então, Sofia falou, sua voz baixa, mas firme, cortando o barulho. "E qual é a prova que você tem, Carmen? Depois de dezoito anos, você aparece aqui com essa história. Por que agora?" Carmen hesitou. A máscara de mãe sofredora caiu. "Nós… nós estamos com umas dívidas" , ela admitiu. "O Zé perdeu o emprego de novo, e as contas estão se acumulando" . Ela se virou para Miguel, com a voz melosa. "Miguel, meu filho, agora que você vai ganhar tanto dinheiro, você precisa ajudar sua mãe de verdade. Nós precisamos de quinhentos mil reais para pagar o que devemos. Para você, isso não é nada, não é?" A audácia do pedido chocou a todos. Clara, a filha, já sonhava acordada. "Quinhentos mil? Mãe, com esse dinheiro a gente pode comprar um carro novo! E eu posso comprar aquele celular que eu queria! E roupas de marca! Vamos ficar ricos!" A ganância deles era palpável, nojenta. Eu soltei uma risada curta e sem humor. "Quinhentos mil reais baseados na sua palavra? Você não tem nenhuma prova, Carmen. Nenhuma" . O desafio estava lançado. Carmen gaguejou. "Prova? Prova? A gente faz um teste de DNA! É isso! Eu exijo um teste de DNA! Aí todo mundo vai ver que eu estou falando a verdade!" "Ótimo" , eu disse, sem hesitar. "Eu concordo. Vamos fazer o teste de DNA" . Minha resposta rápida chocou a todos, inclusive Carmen e Miguel. Ela esperava resistência. Minha aceitação imediata a deixou desarmada. Enquanto a multidão murmurava, minha mente viajou no tempo. Dezoito anos atrás, na maternidade. A lembrança era nítida. Eu estava exausta após o parto, mas uma inquietação não me deixava descansar. Carmen, que deu à luz no mesmo dia, no quarto ao lado, agia de forma estranha. Ela insistia em ver meu bebê, fazia perguntas demais, seus olhos brilhavam com uma cobiça que eu não soube interpretar na época. Naquela noite, uma enfermeira nova e atrapalhada trocou sem querer os berços por alguns minutos. Quando percebi, meu coração gelou. O bebê no berço ao meu lado não parecia o meu. Havia algo diferente. Foi quando vi Carmen no corredor, voltando para seu quarto, com um sorriso satisfeito. Naquele instante, eu entendi. Meu instinto de mãe gritou. Com o coração na boca, esperei a enfermeira se distrair e, num ato de desespero e certeza, eu destrocá-los. Peguei meu filho de volta. Eu nunca tive cem por cento de certeza, a dúvida me corroeu por anos. Queria ter contado ao marido, mas ele morreu num acidente de trabalho poucos meses depois. Sozinha, decidi guardar o segredo. Contar para quê? Para criar um escândalo? Para arriscar perder meu filho de novo? Decidi observar. Esperar. E a forma como Carmen e Zé tratavam Pedro ao longo dos anos só confirmou minhas piores suspeitas. Aquele menino doce e assustado não podia ser filho daqueles dois monstros. Anos mais tarde, quando Miguel tinha dez anos, juntei o pouco dinheiro que tinha e fiz o impossível. Consegui uma amostra de cabelo de Miguel enquanto ele dormia e uma minha. Levei para um laboratório em outra cidade e paguei por um teste de DNA. O resultado, que eu guardava em uma caixa de metal velha, confirmou o que meu coração de mãe já sabia. Miguel era meu filho. Biologicamente, meu. Agora, dezoito anos depois, Carmen vinha cobrar uma dívida que não existia, baseada em um crime que ela mesma pensou ter cometido, sem saber que eu, em minha coragem silenciosa, a havia derrotado no mesmo instante.

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Renascida para Amar e Destruir

Renascida para Amar e Destruir

5.0

Na minha vida passada, a notícia da morte de João Pedro chegou enquanto eu estava na delegacia. "Ele se foi", disseram, "em um acidente terrível." Mas eu sabia que era mentira. Eu ri. Ri tanto que acharam que eu tinha enlouquecido de dor. Ele não estava morto; ele tinha roubado a identidade do irmão gêmeo, Pedro João, e se preparava para se casar com minha cunhada, Ana Lúcia. Tentei gritar a verdade, mas ninguém acreditou. Eles me chamaram de louca, de promíscua. João Pedro, agora vivendo como Pedro João, usou seu poder e influência para me destruir. Perdi meu negócio, minha confeitaria construída com tanto suor. O pior de tudo: ele tirou Sofia, nossa filha, de mim. Fui jogada na rua, sem nada, enquanto minha filha era criada por ele e Ana Lúcia. No fim, me espancaram até a morte em um beco escuro, e meu corpo foi abandonado. Mas eu acordei. De volta ao hospital, no dia em que recebi a "notícia" da sua morte. Ele estava ali, à minha frente, fingindo pesar. "Luz", disse ele, a voz embargada, "o João Pedro… ele se foi." As lágrimas rolaram pelo meu rosto. Não mais de dor, mas de uma raiva fria e calculista. "Não... não pode ser", eu solucei, agarrando a mão dele. "João... meu João..." Por trás da minha dor falsa, eu planejaria minha vingança. Ele não notou o pequeno detalhe: a pinta no lóbulo da orelha esquerda que seu irmão, Pedro João, não tinha. E o homem que me abraçava não tinha. O jogo havia começado. E desta vez, eu não perderia.

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Traição e Dor Infindável

Traição e Dor Infindável

5.0

O barulho do carnaval abafava a bolha de ansiedade que crescia em mim, pois Clara, minha filha, ainda não havia voltado para casa. Minha cunhada, Sofia, prometeu devolvê-la antes de anoitecer, mas o sol já havia se posto e o silêncio do celular dela me mergulhou em pânico e milhares de cenários terríveis. Quando finalmente atendeu, a voz de Sofia era estranhamente calma, alegando que se empolgaram e foram para a casa de praia, onde as crianças já dormiam como anjinhos. Mal sabia eu que essa calma era o prenúncio de uma traição que viria à tona quando João, meu marido, chegou, defendendo cegamente Sofia, chamando-me de neurótica, e devorando doces feitos por ela. A negação dele, o carinho incomum pela cunhada e minhas próprias memórias de suas "reuniões de trabalho" revelaram uma verdade chocante: ele estava com ela, enquanto minha filha estava sabe-se lá onde. Não, eu não dormiria. O sol nem havia nascido quando peguei as chaves do carro, decidida a ir buscar minha filha, custasse o que custasse. Mas João me barrou, os olhos inchados de raiva, acusando-me de loucura: "Você está insultando a memória do meu irmão com essa sua desconfiança doentia!". A raiva dele, a defesa cega da mulher com quem ele me traía, atiçaram meu desespero: "A sua família sou eu! E a Clara!". No entanto, o pior ainda estava por vir: o som abafado de intimidade vindo do telefone de João, ao ligarmos um para o outro, revelou a cruel verdade – ele estava com Sofia naquela maldita casa de praia. A dor da traição me rasgou, mas o terror pela minha filha, usada como peão no jogo doentio deles, me impulsionou: "Polícia, quero reportar o desaparecimento da minha filha!". O atendente disse que eu era apenas uma "esposa neurótica". João, então, teve a audácia de me ligar, avisando-me que soube da queixa e a retirou, dizendo ser seu "direito de pai" e que não o envergonhasse. "Você vai se arrepender disso, João. Eu juro que você vai." A polícia e meu marido haviam me abandonado, mas um fato se impôs em mim: eu faria isso sozinha. Corri para o apartamento de Sofia, a raiva fervendo, mas não encontrei Clara, apenas a visão sórdida da minha cunhada em um roupão de seda e de João sem camisa: "Eu quero o divórcio!". Ele me empurrou, me jogou para fora do apartamento, e me deixou ouvir, do lado de fora, Sofia rindo e a voz dele murmurando para ela: "Onde a gente parou?". Foi quando meu celular tocou, e uma voz grave e oficial do outro lado mudou para sempre minha vida: "Sargento Almeida. A criança que bate com a descrição da sua filha... foi vítima de um acidente de trânsito. Ela não resistiu." Eu me recusei a acreditar que minha Clara estava morta, mesmo com a confirmação no IML. Mas quando a mãe de Sofia, em um interrogatório, confessou com um sorriso doentio que atropelara minha filha, para "tirar do caminho" e depois contara a Sofia que misturara as cinzas de Clara nas cocadas que João comia com prazer, o mundo ruiu. Meu marido vomitando a filha que ele, sem saber, devorara com tanto prazer. A justiça, no entanto, parecia ser uma piada de mau gosto, pois a mãe de Sofia foi considerada insana e Sofia sumiu do mapa. Eu peguei todos os remédios para dormir. Foi então que descobri que Pedro, o filho de Sofia, era também filho de João, e que Sofia não havia fugido sozinha com ele, mas sim com um amante adolescente chamado Lin, deixando Pedro para trás. Usei o conhecimento que João me dera contra ele e o forcei a me levar até a fábrica abandonada onde os dois se escondiam. A polícia entrou e os prendeu. Meses depois, João se entregou à polícia por ter matado o irmão de Sofia, que a ajudava a forjar documentos. No memorial de Clara, eu, Maria, decidi que, embora a dor fosse imensa, não me deixaria consumir. Eu seguiria em frente, viveria por nós duas, carregando a memória de Clara no coração e a dor como uma companheira silenciosa.

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