A virgem e o Mafioso
img img A virgem e o Mafioso img Capítulo 3 Um novo encontro
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Capítulo 6 Você me traiu img
Capítulo 7 A filha inesperada I img
Capítulo 8 A filha inesperada II img
Capítulo 9 A menina apaixonada em mim img
Capítulo 10 Se quer guerra, terá img
Capítulo 11 O que está fazendo, Julia img
Capítulo 12 Pai carinhoso img
Capítulo 13 vou proteger minha família img
Capítulo 14 As rédeas da sua vida img
Capítulo 15 Minha menininha img
Capítulo 16 Elas estão longe img
Capítulo 17 Espero o tempo que for img
Capítulo 18 Saudades dele img
Capítulo 19 Era para ser forte img
Capítulo 20 Me perdoar img
Capítulo 21 Eu te amo img
Capítulo 22 Nunca mais img
Capítulo 23 Exibido e egocêntrico img
Capítulo 24 Paz img
Capítulo 25 Um sonho realizado img
Capítulo 26 Casamento img
Capítulo 27 Não a machuque img
Capítulo 28 Prometo que cuidarei delas img
Capítulo 29 Os perdi img
Capítulo 30 Abri os olhos img
Capítulo 31 Fim img
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Capítulo 3 Um novo encontro

Julia

Dias depois

- Não sei o porquê de tanta reclamação. - Antônia passava os dedos sobre as peças de roupas chiques numa loja de marca. Era sua única amiga e adorava comprar roupas e joias caras. - Tem tudo que deseja. Seu pai não economiza na sua mesada e acredito que Pablo também vai te agradar dessa forma. Só basta você dar uma chance ao cara. Ele até que é gostosinho.

- Você pode se casar no meu lugar - debochou, sentindo raiva do que ela falou. - Pablo é um machista de merda; só quer transar comigo e vai me tratar como um lixo depois do casamento.

- Assim como todos, Julia. Não se esqueça de que não estamos em um conto de fadas. Se eu fosse você, aprenderia a seduzir o homem e fazer com que ele a ame.

- Se dependesse de mim, eu cortaria o pau dele só para não ter que me casar. - Bufou, cruzando os braços e se sentindo frustrada. - E não quero falar sobre isso.

Ela não via o tempo passar. Sua amiga falava sobre sua vida e como Julia deveria agradecer.

Saiu da loja sem nenhuma sacola, só com raiva e chateada por tudo. Pararam em uma cafeteria e ela resolveu tomar um café. Estavam ao lado de fora, aproveitando o ar livre e o pouco sol.

- Vamos sair hoje à noite? - ela sugeriu.

Pelo menos isso a interessava naquele dia chato.

- Meu pai está bem ranzinza nesta semana por conta do meu desgosto em não querer me casar com Pablo, mas sair pode me ajudar e, talvez, ele, querendo me agradar mais, possa concordar com isso.

Seu pai até que estava tolerante ultimamente. O que a deixava com a pulga atrás da orelha. Sempre que ele lhe dava algo, cobrava no futuro. Julia teria que ser mais esperta que ele se quisesse se livrar de todos os compromissos que poderia ter.

***

Ela teve que mentir para ir àquela boate. Se o pai soubesse aonde iriam, obviamente, não a deixaria sair. O seu problema seria quando ela voltasse para casa, pois sabia que ele colocava seus homens atrás dela e que ficava ciente de tudo o que ela fazia.

Era arriscado provocá-lo quando ele estava bem bonzinho, então ela sabia que sua libertinagem lhe renderia punições. Contudo, fazia um tempo que Julia não saía e ia a lugares assim.

Entrou no local, sentindo que deveria se comportar, porém, nem tanto. Se ela iria ficar de "castigo", que fosse por se divertir o bastante.

Antônia era a filha de um burocrata mau-caráter que roubava de todos os lados. Por isso era tão rico. Recentemente, ele era o centro das atenções e sendo acusado pelo óbvio, mas nem isso o deixava tranquilo, pois a sua filha aproveitava o dinheiro como se não houvesse amanhã.

- Fiquei surpresa por seu pai ter sido tão.... bom em deixar você vir comigo - ela falou perto do seu ouvido, pois a música as impedia de conversar normalmente.

- Eu não disse onde seria a festa. - Riu antes de tomar mais um gole da bebida cor-de-rosa, sabor morango, que pediu. - Minha noite não vai acabar bem.

- Vamos para a área VIP. Aqui está muito lotado. - Pegou- a pela mão e a conduziu às escadas da boate, que eram iluminadas com luzes fluorescentes neons.

Enquanto ela subia, observava todos os que estavam ali embaixo se esfregando uns nos outros e bebendo álcool como se fosse água. Na área VIP podíamos conversar normalmente. Havia sofás confortáveis de couro, mesas, cadeiras, pufes e um bar exclusivo.

Julia e sua amiga ficaram observando as pessoas no andar inferior enquanto ela contava mais sobre os escândalos do seu pai, como se não fossem nada demais.

Então, por cima dos seus ombros, ela o viu. Estava com dois outros homens. Achou que um deles era seu irmão Pietro. Mas ele, em particular, estava encarando-a com um sorriso de canto.

Entretanto, Julia tentou ignorá-lo resolvendo prestar atenção à sua amiga e tentou não parecer desconfortável, mesmo sabendo que ele ainda a observava.

- Preciso de algo mais forte. - Afastou- se dela e foi em direção ao bar.

Ela sentiu frio na barriga só de pensar que ele estava ali e a encarava. Não fazia ideia do porquê estava desse jeito. Dominic nada queria com a garota, nem ela com ele. Além disso, ele era pior que Pablo. Julia deveria manter distância de mafiosos, um abismo de distância.

- É uma surpresa vê-la aqui - a voz grossa e intimidadora soou ao seu ouvido como um vento gelado que a paralisou.

Aja naturalmente, apesar de sentir como se seu coração estivesse na boca.

- Pelo que conheço de Marcos, ele não permitiria que sua única filha viesse a um lugar como esse.

Ela deu um leve sorriso, sentindo-se motivada a respondê-lo à altura.

- Meu pai é um homem inteligente, senhor Stone: me dá algo e pede outra coisa em troca. - Ficou feliz por seu drink ter chegado rápido. - Além disso, não estou em um bordel. É só uma festa com minha amiga.

- Uma festa regada a muito álcool e drogas. - Levantou uma das sobrancelhas.

Ela não deveria o olhar tão de perto, como no outro dia. Ele possuía traços fortes e um charme que poucos tinham, que chamava a atenção. Todos sempre falavam que Dominic era o mais parecido com o pai. Ela reconhecia que esse homem, apesar de ser mais velho que ela, a atraía e a deixava sem chão.

- Não preciso que cuide de mim. Ele já faz esse trabalho - falou antes de sair sem olhar para trás, ou perderia a mínima coragem que criou para o responder.

Por dentro confessava que estava orgulhosa de si mesma. Poucas mulheres responderiam ele desse jeito.

***

Sua melhor amiga desapareceu com algum carinha e a deixou a ver navios na área VIP. Quando saiu do banheiro feminino, ela já não estava mais ali. Como era hora de Julia ir, sabendo que não deveria provocar seu pai mais do que já havia provocado, decidiu ir embora.

Desceu as escadas, com esperança de encontrá-la em meio à multidão. Todavia, conhecendo Antônia, Julia sabia que ela já deveria estar agarrando alguém em algum lugar daquela balada barulhenta. Seguiu em frente, pronta para sair, quando uma pessoa a pegou pelo braço.

Então olhou para trás e encontrou Dominic, que, sem dizer uma palavra, a conduziu para o lado oposto da saída. Nunca tinha se sentido tão indefesa e amedrontada. Não que ele pudesse fazer algo de ruim com a garota, mas alguma coisa nele a despertava um instinto de fuga. Talvez fosse o seu cérebro tentando a alertar, só que, por ora, seu corpo foi simplesmente manipulado pelas boas vibrações que vinham daquele simples toque na mão.

Ela não sabia o porquê de tudo isso, só o seguiu. Então, em um determinado canto quase sem ninguém e iluminado por algumas luzes neons, ele não disse nada, somente a colocou contra a parede e a beijou. Julia achou estranho no início, entretanto foi inundada por uma sensação boa de calor e prazer. Suas mãos no corpo dela, tocavam nas partes certas para acender de vez.

Ela passou os braços em volta do seu pescoço enquanto uma de suas mãos em sua coxa subia pela saia fina e brilhante que ela escolheu usar. Nada além de "mais e mais" se passava na sua cabeça. Julia tinha até esquecido de onde e com quem estava.

E, de repente, foi um estalo de consciência que a acordou.

- Tenho que ir antes que meu pai venha e me carregue à força - falou, ofegante e bêbada com aquele beijo.

- Um minuto a mais ou a menos não vai fazer diferença. - Abriu em seus belos lábios um meio-sorriso.

- Acredite: a cada segundo, ele fica mais irritado - explicou, não conseguindo parar de fitar a sua boca.

Sem dar espaço, ele a beijou novamente, agora com mais rapidez e urgência, tirando dela o resto de ar que tinha em seus pulmões.

- Você agora é minha, Julia Santini.

            
            

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