Dom, sendo um homem importante, influente, que tinha todos na palma da mão, só precisava dar um sorriso para que as mulheres caíssem sobre ele.
Sua beleza era o que tornava as coisas mais fáceis, só que diferente de seu irmão, Pietro, ele era o mais reservado, calado, fazia seu trabalho. Quando queria diversão, era só ir a uma das inúmeras boates que havia em NY, piscar ou acenar, para que uma bela mulher se aproximasse.
Dominic não era homem de dizer belas palavras, ser delicado. Era um homem gentil e educado, porém, nada de dar flores ou cortejar. As relações com ele eram mais distantes e nunca achou ninguém que o fizesse mudar, até aquele maldito evento.
Ele tinha ciência de quem era aquela jovem de olhos azuis e corpo violão que quase caiu no chão naquele dia. Ficou irritado, achou a garota uma desastrada, no entanto, não conseguiu tirar os olhos dela desde então.
Os Santini eram seus rivais, naquela cidade. Quem não queria o domínio da venda de drogas em uma das maiores cidades do país?
Pior, Marcos era um idiota que já arranjava encrencas com eles há muito tempo. Seu pai cresceu aquele negócio aos poucos.
Enquanto o Santini barganhava com os policiais locais, para fechar os olhos em algumas situações, seu pai se aliava aos políticos, influentes na cidade, que desejavam patrocínio para as suas campanhas.
Dessa forma, hoje eram rivais e Dominic desejava alcançar o mesmo nível de excelência que eles, levando o nome de sua família para o topo.
Isso era arriscado, traria disputas e isso seria ruim. Seu pai, apesar de achar uma boa ideia, não queria chamar tanta atenção do FBI, então segurava as rédeas para que seu sucessor não acabasse tomando decisões que prejudicasse o negócio todo.
Então, sendo o principal rival de Marcos, ter sua filha, de dezenove anos, como obsessão era perigoso, mas não conseguiu se segurar, ao ver naquele vestido justo, com aquela petulância.
Se descobrissem sobre eles, Dominic seria o alvo de Marcos e a jovem Julia seria punida severamente pelo pai, mas a chama que havia em seus corpos não parava de pedir que se encontrassem, mesmo sabendo dos riscos.
Dom não estava perto do seu território, queria aproveitar a presença de Julia o máximo possível. Ele sentia esse desejo aumentar cada vez que se encontrava. Sentia-se um jovem idiota, escondido, tendo que manter segredo sobre seu real desejo.
No quarto escuro, Julia estava linda em um vestido vermelho, com os cabelos loiros soltos, sorrindo como nunca. Ela era quente, cheia de truques que o instigava a continuar com aquela loucura.
- Não podemos nos encontrar com tanta frequência. - ela disse, pensando no que ouviu atrás da porta do escritório do seu pai. Julia podia ter sua cabeça cortada se ele desconfiasse que ela se encontrava, pior, que se apaixonava pelo rival que tanto o prejudicava. Julia se martirizava, temia por si própria, entretanto, não conseguia parar de fugir, inventar desculpas e usar sua amiga para corroborar com essa maluquice. Dom sabia dos porquês, ele não era bobo e só de ouvir isso, sentia-se desconfortável. - O casamento se aproxima e....
- Não vai se casar com aquele verme. - disse irritado, a interrompendo. Já fazia um tempo que eles tinham encontros esporádicos. Nunca passou dos beijos acalorados, porém, não ficava só nisso. - Já disse que irei resolver isso.
- Como? - ela franziu o cenho. - Sabe que não vão aceitar nossa união. Meu pai odeia você.
- Não tenho interesse em pedir nada a Marcos. - Novamente a cortou. Na verdade, Dom não sabia o que queria exatamente. Ele não era mais o mesmo de antes. Não era de se esconder, apesar de apreciar a escuridão. Dominic não pedia permissão, tomava o que desejava e era só o que lhe faltava agora.
- Em dois meses, me caso, e isso significa que...
- Vou cuidar disso. - pegou em seu rosto a impedindo de falar. Passou seus dedos sobre seus lábios e sentiu a vontade de beijar sua boca e foi o que fez, a puxando para perto de si. Ali, naquele momento, tudo o que ele mais queria era ela. - seja minha essa noite. - pediu, afastando seus rostos. - Julia sentiu seu coração na boca. Ela estava nervosa. Já pensou nessa possibilidade diversas vezes em seu quarto. Seu corpo esquentou, o toque dele em sua carne fez acender um desejo descontrolável. Dominic era mais velho, um sedutor voraz, sabia que em dois minutos Julia seria dele. - irei resolver tudo isso. Você será minha. Longe daqui, não precisamos de nada disso.
- Faria isso por mim? - ela sentiu seu coração na boca. - será o sucessor. Deixaria tudo isso por mim?
- Você não é como as outras. - riu, beijando seu pescoço, sentindo o seu cheiro. Tudo para seduzi-la. - Somos bem maiores que Marcos. Em dois tempos podemos acabar com ele.
- Ele ainda é meu pai. - pensou. Apesar de tudo, era seu sangue.
- Não devemos nos preocupar com isso agora. - Dominic tomou seus lábios novamente, a pegando pelo colo e levando consigo até o quarto.
Hoje você será só minha, Julia Santini.