Capítulo 1 PRÓLOGO

Naomi Marck

Tinha acabado de explicar ao meu melhor amigo a ideia maravilhosa que tive para fugir fosse meus problemas, e ele por ser meu melhor amigo poderia me ajudar.

- Isso é loucura, não podemos. - Peter, meu melhor amigo nesse mudo todinho me nega assim, na cara dura.

Sub: Não o culpe. Sua ideia é tola igual esse sentimento que diz sentir.

- Peter, por favor, você é a única pessoa que confio.

- Somos melhores amigos desde pequenos, Naomi. - Ele levanta da minha cama. - Não podemos fingir um namoro.

- Por favor, não posso continuar olhando para o noivo de minha irmã igual uma tonta apaixonada. - Suspiro. - Aubrey vai perceber, ela me conhece muito bem. Ela iria acabar descobrindo sobre nosso "namoro", eu iria dizer que é segredo, que ninguém poderia saber e ela iria tratar de falar para todos, eu conheço ela sei como gosta de contar uma boa novidade para a família.

- Não seria melhor você se abrir com ela? Dizer que foi sem querer, ou melhor, que desde a época da escola era apaixonada por ele, mas que ele escolheu sua irmã ao invés de você.

- NÃO! Por nenhuma hipótese desse mundo, ela tá feliz e quero que ela continue feliz. E outra, Deivd nunca olhou para mim, eu era um pirralha cheia de acnes.

- Você é impossível, Naomi.

- Você concorda?

- Sim! - Peter diz a contra gosto.

- Aahhh! - Pulo nos braços dele e caímos na cama. - Te amo muito, Peter.

- Você é louca!

- Não tenho culpa de ter me paixonado pelo noivo da minha irmã, ou talvez tenha.

- E eu sou sua salvação. - Ele diz revirando os olhos.

A porta é aberta bruscamente e Aubrey entra na mesma sorrindo. Deposito um selinho nos lábios de Peter, peguei ele de surpresa, mas ele tratou de disfarçar.

- Uou! O que foi isso? - Aubrey pergunta visivelmente espantada.

- Nada! - Digo me afastando de Peter.

-- Eu vi muito bem o que aconteceu, Naomi. - Ela senta na minha cama. - Tratem de me contar, vocês estão tendo um caso?

- Acho melhor contar para ela não é? - Que ator é esse que eu tenho como melhor amigo, barra namorado de mentirinha?

- Tá bom! - Suspiro, para da um drama a mais. - Peter me pediu em namoro, e eu aceitei, por que eu descobri está apaixonada pelo meu melhor amigo e ele por mim.

- E quando vocês iriam me contar isso?

- Na verdade, não pretendemos contar para ninguém.

- Exatamente, é apenas um segredo nosso.

- Nem pensar. - Ela se levanta da cama. - Vou ligar para mamãe e papai agora, eles precisam voltar para o Brasil urgente, precisamos fazer a tradição da família.

- Você tá louca?! - Pergunto não imaginando que isso poderia acontecer tão rápido.

- Precisamos avisar a escola também, colocar nas redes sociais. - Peter entra no jogo dela.

- Isso mesmo cunhadinho, entendeu direitinho. - Ela sorrir vitoriosa.

- Poxa! Vocês dois juntos não prestam.

- Sonho de consumo ter Peter como cunhado, papai e mamãe vão adorar. - Ela sai de meu quarto saltitante.

- Pronto! Agora é só esperar e amanhã os populares da universidade, conhecidos por serem melhores amigos vão entrar de mãos dadas. - Peter diz sorridente.

- Você não presta. - Digo me deitando na cama. Pensando em como vamos acabar com isso antes que minha família faça a tradição.

- Você que me propõe uma loura dessas e eu que não presto? - Ele diz cruzando os braços. Ficamos um pouco mais juntos e depois Peter foi embora, e eu fiquei pensando se essa seria a decisão certa a se tomar, dormi em meio à pensamentos confusos.

Como foi dito na noite anterior, não entramos na faculdade como o de costume, com o braço de Peter em volta de meu pescoço, e sim de mãos dadas. Os olhares se direcionaram a nós, todos os universitários cochichando e com caras de surpresa, e até mesmo expreções de "eu sabia". Isso vai ser difícil de esconder, quando Peter chegou no grupo das meninas que fico no campus, ele me deu um selinho demorado e foi até seus amigos.

- Como assim Naomi? Você e Peter Darcyk ficando? - As meninas perguntam em unissono.

- Vocês são amigos. - Giulia surpresa.

- Melhores amigos. - Zyra diz debochada.

- Não estamos ficando, estamos namorado. - Sorrio de lado ao ver a cara de espanto delas. - E ainda somos melhores amigos, mas com uma paixão de infância que só foi libertada agora.

- Poxa! E eu achando que ainda iria dar uns pegas nele. - Zyra fala tristonha.

- Você nada, Peter era pra ser meu. - Giulia diz

- Nem vem, ele... - Fagnar começa mas eu nem a deixo terminar.

- Sei que Peter Darcyk é o sonho de qualquer garota, mas agora ele é meu, só meu, e de mais ninguém. E se alguma de vocês se atrever a da em cima dele, acabo com a vida social de vocês em um piscar de olhos. - Elas me olham assustadas e confirmam com a cabeça.

Tenho que fazer por merecer meu teatro né?! Tenho que fazer a namorada louca e ciumenta.

...

Peter Darcyk

Deixei Naomi no seu grupo de amigas e fui para o meu, os rapazes já foram me enchendo de perguntas do tipo muito babacas.

- A quanto tempo tá pegando? - Douglas pergunta.

- Já levou pra cama né? - Agora foi a vez do escroto do Ryan.

- Naomi é gostosinha mesmo. - Simon diz. Olho para ele mortalmente.

- Tudo que aconteceu ou acontecer no meu relacionamento com Naomi, fica apenas entre eu e ela, e se você chamar minha namorada de gostosinha de novo eu quebro sua fuça.

- Calma aí mano, não falei por mal. - Simon diz levantando as mãos em rendição.

- Estão avisados.

O sinal tocou e seguimos todos para a sala de aula. Eu estava me mordendo de ciúmes e raiva por essas palavras escrotas desses malditos, mas meu aviso eu já dei, espero que eles não repitam nem para mim, e muito menos para outra pessoa, se não eu mato eles, acabo com a raça deles sem nem olhar para trás.

Isso tudo só me faz pensar que no começo eu não queria nada disso, mas eu cedi porque vi na minha frente a chance de fazer Naomi se apaixonar por mim, afinal eu sou louco por ela desde que me entendo por gente. Sou completamente apaixonado desde quando nos conhecemos quando crianças.

Eu espero conseguir que ela se apaixone por mim, nem que seja um pouquinho para que esqueça de uma vez por todas o Deivd, e i veja apenas como o cunhado hétero top de sua irmã muito doce e ingênua.

{...}