Capítulo 5 O primeiro beijo...

Fernanda

Acordo assustada ouvindo um barulho no quarto da minha vó e saio correndo até lá. Quando abro a porta vejo ela caída no chão com a boca branca e fico apavorada. Ajoelho do seu lado, levanto seu corpo no meu colo e sinto ela toda molhada de suor

Nanda- vó fala comigo _ falo com a voz embargada e verifico sua pulsação. Pego o kit dela de diabete do lado da cama e faço a medição de sua glicemia está baixa. Corro na cozinha, pego uma colherzinha de açúcar e levo até ela colocando em sua boca. Ela chupa e engoli e logo começa a reagir tentando abri os olhos, soltando uns ruídos de fala mais não consegue fórmula palavras _ fica calma vó eu vou chama seu João pra te leva num hospital _ garanto puxando o travesseiro e coloco embaixo de sua cabeça

Em seguida saio do quarto e corro até a rua, indo pra casa do seu João meio desnorteada, quase sou atropelada por uma moto que derrapa na minha frente, tampo minha cabeça com os braços assustada sentindo meu coração quase sai pela boca com o susto

Metralha - qual foi maluca, tá querendo morrer?_ vocifera bravo.

Olho pra ele com os olhos cheios de lágrimas tiro meu cabelo do rosto. Vejo mais cinco caras que também estavam no bar com ele logo atrás, armados com fuzil

Nanda- me desculpa. Sai correndo de casa apavorada, minha vó tá passando mal. Eu preciso de ajuda pra leva ela até um hospital ela precisa de cuidados médico _ justifico com a voz embargada ele me encara sério, com cenho franzido

Metralha- o que ela tem? _ respiro fundo e lipo meu rosto com os dedos

Nanda- a glicemia dela caiu. Preciso levar ela urgente pro hospital mais perto, pra ela tomar glicose na veia. Tava indo falar com seu João, vê se ele pode levá-la de carro _ ele aperta os lábios e desce olhar no meu corpo pensativo

Metralha- vai se vestir então doida. Vou buscar meu carro e levo ela no postinho _ olho pra ele sem apertando a testa sem entender

Desço olhar pras minhas pernas e sinto meu rosto esquentar na hora. Sai apavorada e até esqueci que estou com meu pijama minúsculo, santo Deus

Nanda- ai meu Deus nem lembrei que estava de pijama _ falo envergonhada e volto pra calçada enquanto ele olha pro meu corpo com sorriso torto e os outros caras fazem o mesmo me matando de vergonha

Metralha- toma cuidado doida, se fosse outro cara tu poderia ser estuprada, fica esperta! _ avisa com ar de riso enquanto ele ligar sua moto

Só de imaginar meu corpo estremece corro pra dentro sem pensar duas vezes. Ouço o barulho da sua moto subindo acelerado, quando fecho a porta e volto pro quarto dela. Entro vendo ela olhando pro teto com o rosto ainda suando. Vou pro meu quarto, visto uma calça de moletom e uma blusa de frio por cima da blusinha do pijama sem sutiã mesmo e volto pro quarto da minha vó

Nanda- vó a senhora tá me ouvindo?_ ela olha pra mim mas não diz nada _ o neto da sua amiga já está vindo ta? Já que a senhora vai está no médico e vai tomar glicose no sangue, ta? _ seguro sua mão suada e fria e de leve ela movimenta sua cabeça enquanto aperta minha mão. Não demora escuto barulho de carro e a porta da sala abri, ele entra no quarto olhando pra ela deitada

Metralha- bora? _ concordo sentando minha vó com jeito _ deixa que eu pego ela! _ me afasto ele agacha e coloca o braço dela em seu pescoço e pega ela no colo.

Pego uma blusa de frio dela e saio junto com ele até seu carro, colocamos ela atrás comigo e ele nos leva até a UPA. Do lado de fora vejo seus seguranças do outro lado da rua fazendo olhando a gente sai. Ele me ajuda tirar ela do carro, enquanto eu fui correndo pedir pra eles trazerem uma maca e leva ela pra dentro

Metralha- vou fica esperando vocês no carro, qualquer coisa tu me avisa _ sorri agradecida concordando e entro junto com a minha avó e os enfermeiros

Ela recebe os cuidados do médico enquanto eu fico sentada do lado esperando ela melhorar. Respiro mais aliviada acalmando meu coração do susto que levei. Ela é tudo que eu tenho agora nem sei o que vai ser de mim se perder ela também. Uma hora depois o médico muito simpático chamado Wallace dá alta e saímos do quarto com ela sentada na cadeira de rodas pois ela ainda está meio zonza. Empurro a cadeira até a saída da porta UPA e o carro dele está no mesmo lugar e seus homens de moto mais na frente. Volto a empurrar a cadeira descendo a rampa até a porta do carro, ele sai e me ajuda a colocar ela no banco de trás. Levo a cadeira de volta na recepção e volto as pressas pro carro, entro no carro no banco de trás abraçada com ela sonolenta. Ficamos em silêncio durante o caminho, percebia que ele sempre dava uma olhadinha pelo retrovisor e sentia frio na barriga que nunca senti antes. Ele para em frente de casa e sai abrindo a porta de trás, me ajuda a sair com ela, pegando-a no colo levando para dentro. Confesso que estou surpresa com seu modo de agir, ele não aparenta ser esse tipo de homem prestativo muito menos cavaleiro. Entramos em casa ele leva ela direto pra cama

Dorinha- Muito obrigado filho, Deus abençoe por ter nos ajudado! _ agradece sorrindo pra ele enquanto eu ajudo ela a se ajustar na cama e cubro com a coberta

Metralha- e nois tia _ ele faz o dois com os dedos, encosta no batente da porta colocando as mãos no bolso

Nanda- a senhora tá se sentindo melhor vó?_ ela balança a cabeça concordando

Dorinha- só estou com sono. Pode fica tranquila que agora tô me sentindo bem_ ela fala bocejando

Nanda- Vou deixar a senhora descansar, qualquer coisa a senhora me chama, tá ?_ ela maneja cabeça concordando, cubro seus ombros com sua manta e passo a mão no seus cabelos sorrindo.

Saio do seu quarto apagando a luz e deixo a porta encostada. Olho pro metralha que está olhando pra mim encostado na parede com as mãos no bolso. Enrolo meu cabelo jogo pra trás me sentindo sem graça, olho no relógio de parede marcando duas da manhã

Nanda- nossa já ta tarde. Espero não ter te atrapalhado em nada? _ pergunto sorrindo, sentindo meu rosto esquentar cada vez mais quando paro perto dele

Metralha- ta dois gata! Não tinha nada pra fazer não _ diz tranquilo encara meus olhos de jeito intenso, intimidante que faz o frio na barriga aumenta ainda mais

Nanda- quer toma alguma coisa? Só não tem nada com álcool mais suco e água tem?_ pergunto na intenção de quebra o clima tenso, sentindo minhas bochechas esquentes ele continua me encarando

Metralha- pode ser água mermo_ o grave de sua voz e a forma que ele me olha me deixa nervosa

Vou até a cozinha sentindo borboletas na barriga e meu corpo todo aquecido. Tento controlar meus sentidos firmando as pernas, não entendendo o motivo que meu corpo reagir assim por ele. Paro de frente a pia, estendo o braço para pegar um copo de vidro no armárinho de cima quando sinto a presença dele atrás de mim

Metralha- deixa que eu pego _ ele fala próximo ao meu ouvido deixando meus pelos da nuca braços e costas todo arrepiado e pega o copo.

Viro de frente pra ele, que pega a água no filtro sobre a pia atrás de mim sem se afastar. Encosto minhas mãos na borda da pia engulo saliva esquadrinhando seu rosto. Seu perfume me deixa embriagada me fazendo suspirar estremecida olhando sua boca molhada sentindo a minha seca. Ele bebe a água olhando pra mim em silêncio e coloca o copo na pia

Nanda- obrigada por ter ajudado minha vó_ a falta de ar e nervosismo deixa minha voz estremecida, ele sorri de lado e coloca uma mecha de cabelo atrás da minha orelha

Metralha- tu é gata pra caralho, papo reto, linda pra caralho _ diz esquadrinhando meu rosto corado, fico perdida olhando em seus olhos e não respondo

Ele olha pra minha boca e passa seu dedão no meu lábio inferior, continuo olhando pra ele com meus lábios secos, minha boca saliva cheia de desejos que eu nunca senti e acabo ficando sem saber como reagir. Umedeço meus lábios prendendo a respiração, ele segura minha cintura com uma má e minha nuca com a outra de forma possessiva que me arrepia todo. Fecho meus olhos extasiados apertando minhas mãos na borda da pia, sentindo seus lábios quentes tocarem no meu saciando meu desejo. Sua língua invade minha boca com gosto de menta que me faz suspirar, levo minhas mãos até seu rosto correspondendo o beijo com vontade, chupando seus lábios e sua língua com intensidade, sentindo meu corpo num calor que nunca senti antes. Nossas línguas intercalam numa sincronia gostosa e excitante, deixando meu corpo arrepiado, coração acelerado e minhas pernas mais bambas. Abraço seu pescoço ele chupa meus lábios e mordisca inferior buscando fôlego sem descolar da minha boca, seguro gemido que arde na garganta quando ele aperta mais meu cabelo possessivo e grava mais os dedos na minha cintura. Ele aperta mais seu corpo no meu e volta a devorar meus lábios com voracidade, me deixando cada vez mais rendida de olhos fechados. Busco fôlego quando ele me levanta pela cintura e me colocando sentada na pia, automaticamente enlaço minhas pernas na sua cintura, apertando seus lábios ainda mais contra os meus. Ele passa suas mãos grandes nas minhas coxas e aperta cravando os dedos na carne, aprofundando ainda mais o beijo. Me deixando cada vez mais extasiada, quente e sedenta, com os pêlos do meu corpo todo eriçado, assim como o frio gostoso na barriga que faz meu útero contrai deixando minha intimidade mordendo excitada, toda molhada de modo que posso sentir o tecido da minha calcinha úmido. Passo minhas unhas na sua nuca subindo as pontas dos meus dedos próximo ao seu boné, quando sua boca desliza sobre meu pescoço, me deixando mais inebriada ofegante com meus olhos ainda fechados. Ele põe sua mão por baixo da minha blusa apertando minha pele pela cintura e meu corpo estremece me fazendo cair na real, afasto ele ofegante e ele me olha confuso

Nanda- acho melhor a gente parar por aqui. Isso não podia ter acontecido, você.. você tem namorada ela não vai gosta de sabe que você está aqui essas horas _ tento disfarça mais o nervosismo me entrega na voz embargada ainda excitada, com meus hormônios vibrando por dentro

Metralha- não tenho mais nada com ela não pô, terminei agora a noite. _ diz sério mas ofegante com seus lábios vermelho e inchado pelo beijo entre abertos, encaro seus olhos surpresa

Nanda- mesmo assim, é melhor você ir. Já está tarde e eu tenho que levantar amanhã cedo pra ajeitar as coisas antes de ir trabalhar. Minha vó pode querer levantar também e me pega desse jeito fica chato, então vamos parar por aqui_ desço da pia de cabeça baixa um pouco nervosa, caminho até a sala enrolado meus cabelos fazendo um coque mal feito pra desfaça

Metralha- já é então. _ diz contragosto e vem atrás de mim até a porta da sala. Abro a mesma dando espaço pra ele passa indo até o portão

Nanda- obrigada mais uma vez por ter nos ajudado. Se não fosse você, não sei como seria. Muito obrigada mesmo de coração _ agradeço sorrindo com os olhos, encarando os seus olhos sentindo meu corpo ainda abalado pelo beijo recente

Metralha- pode pá gata! Se precisar de alguma coisa é só acionar já é?_ concordo sorrindo encostando minhas costas contra a coluna do portão, quando ele avança mais uma vez contra minha boca segura na minha cintura e me puxa pra mais um beijo. Dessa vez suas mãos descem na minha cintura ele aperta intensificando o beijo, apertando mais contra seu corpo contra o meu num beijo alucinante de tirar o fôlego que logo ele para com selinhos _ boa noite pequena, fé pra tu ai _ sussurra contra minha boca de um jeito sexy puxando o cantinho da boca num meio sorriso, fico hipnotizada por alguns segundos encarando seu rosto bonito

Ele me dá o último selinho esmagando meus lábios inchados, enquanto abre o portão e se afasta me deixando ofegante e perdida, caminha tranquilamente até seu carro com seu jeito malandro todo despojado. Sentindo a adrenalina percorrendo meu corpo e meus lábios quentes, paro no portão e aceno com a mão direita encarando seus olhos, ele pisca pra mim com olhar safado e entra no carro em seguida. Respiro fundo e fecho o portão, entro em casa ainda perdida com meu coração acelerado. Que beijo foi esse meu Deus, ele tem uma pega um jeito dominante que me deixou fraca mas muito viva por dentro. Respiro fundo indo até a cozinha beber água sentindo meus lábios um pouco inchada e o gosto do seu beijo na boca. Isso não podia ter acontecido eu nunca imaginei que um dia ficaria com um cara assim, ainda mais traficante e dono do morro e do comando vermelho. Se o Edgar descobri é capaz dele me mata ou até mesmo fazer alguma coisa pior comigo ou até mesmo com metralha. Não quero prejudicar a vida de mais ninguém, já não basta ter perdido minha mãe por causa desse disgraçado. Não posso arriscar envolver mais ninguém nessa história, ainda mais ele sendo chefe da maior facção e mais perigosa do Rio de Janeiro seria uma briga das grandes e eu não quero que isso aconteça. Duvido que ele vai deixar barato tudo o que aconteceu, ele é um psicopata, uma hora ele vai vir atrás de mim e por enquanto não posso nem pensar em sair do morro, muito menos me envolver com ninguém.

Bebo água sentindo a tensão passar, lavo o copo e coloco no escorredor e saio da cozinha indo até o quarto da minha vó conferir como ela está. Vejo ela dormindo tranquila sorrio me tranquilizando e vou pro meu quarto. Volto a vestir meu pijama, deito na cama lembrando do beijo, aperto meus lábios sentindo seu gosto. Que pegada ele tem, senhor! Agora entendo o porquê dessas meninas serem loucas por ele, até o cheiro do seu perfume está no meu corpo impregnado no meu nariz, seu olhar não sai da minha mente como um feitiço. Viro pro canto tentando dormir mas não consigo esquecer seu beijo, sua boca deslizando no meu pescoço. Por mais que eu tente esquece esse foi o melhor beijo de todos. Não era de ficar com muitos mais de todos que fiquei, ele foi o melhor sem sombra de dúvida. Afasto esses pensamentos me repreendendo mentalmente por pensar assim, isso não pode tá acontecendo eu não posso deixar esse cara entrar na minha mente preciso me afastar dele. Ele é muito perigoso e eu vou acabar me arrependendo disso mais tarde, melhor me contentar com a lembrança e não deixar acontecer de novo, já tenho problemas demais pra entrar em outro ainda pior. Fecho os olhos tentando pensar em outra coisa e logo pego no sono...

(Breno)

Chego em casa sem parar de pensar no beijo dela. Que boquinha gostosa mano, macia e beija bem pra caralho. Seu cheiro gostoso, pele macia me deixam alucinado mermão, papo reto, nunca senti uma parada dessas antes papo reto. Só fiquei marolando com o que aconteceu quando apertei sua cintura, ela se tremeu toda como se aquilo tivesse machucado tá ligado?! Ficou nervosa tentando disfarçar mas não passou batido. O beijo tava tão quente que eu já tava galudão pra fude ela ali mermo, papo reto mina gostosa demais. Ela tem um olhar penetrante cheia de mistério, isso instiga vagabundo. Eu ainda vou descobrir o que essa mina tem atrás desse mistério todo, ela esconde alguma parada que eu vou descobrir coé do bagulho. Subo pro meu quarto, tomo uma ducha pensando nela e logo meu pau se anima outra vez. Termino meu banho depois de me aliviar com as mãos, sentindo um tesão da porra por essa mina. Deito na cama lembrando dela e seu beijo gostoso, seus olhos verdes brilhantes, meio misturados com mel me hipnotizou, parecem duas bolinhas de esmeralda cheia de segredos. Fico imaginando ela me chupando e eu fudendo ela de todos os jeitos. Só de imaginar seu corpo quando ela tava no bar, imagino ela sem roupa ja fico galudo outra vez. Ligo o ar-condicionado virando pro canto e tentando esquecer essa mina que me abalou desse jeito. Não sou de me emocionar, mas essa mina me deixou intrigado e instigado ao mermo tempo. Não vou me deixar leva, mas vou querer mais mermo se ela for alemã e eu tiver que matar ela depois....

(Fernanda)

Acordo assustada depois de sonhar com Edgar me encurralando na parede cobrando o beijo de ontem. Como ele sabia? Coloco a mão no peito ofegante sentindo meu coração acelerado e meu corpo suado. Respiro fundo olhando a janela onde o sol já está brilhando deixando meu quarto iluminado. Não sei quando vou conseguir me sentir segura outra vez, saber que ele com certeza está vivo e vai vir atrás de mim me atormenta demais. Levanto e saio do quarto sentindo cheiro de café e vou direto pra cozinha ver o que minha vó ta fazendo

Nanda- bom dia vó _ ela vira e me olha sorrindo

Dorinha- bom dia filha _ beijo sua bochecha segurando seus ombros

Nanda- como a senhora tá?_ esquadrinho seu rosto alegre

Dorinha- já estou melhor graças a Deus. Ontem não senti sintomas nenhum durante o dia, me assustei quando percebi que estava no hospital, essa é a primeira vez que isso acontece _ diz pensativa

Nanda- Talvez seja por causa do emocional a senhora ficou muito abalada nesses últimos dias. Tá tomando as medicações e comendo direitinho? _ ela concorda

Dorinha- estou sim, eu andava sentindo uma fraqueza ultimamente mais pensei que fosse uma coisa boba, não imaginava que podia ser por causa da diabete _ sentamos à mesa, ela enche sua xícara de café

Nanda- tem que tomar cuidado. Medir a glicemia todo os dias em jejum pra ver se tá tudo bem, se tiver alterado tem que ir no médico pra ele avaliar. Não toma café ainda não, deixa eu avaliar a senhora em jejum primeiro _ levanto e ela assentiu sorrindo. Vou pro meu quarto pegar meu kit médico na gaveta. Ainda bem que eu consegui lembrar de trazer ele em meio aquela confusão, vai ser de grande ajuda pra avaliar ela todos os dias. Saio do meu quarto, entro no dela, pego o kit de diabete dela e um caderninho e volto pra cozinha, vendo ela sentada me esperando. Meço sua pressão, respiração e diabete e deixo tudo escrito no papel _ está tudo normalizado, mais qualquer sintomas diferente a senhora me avisa tá? _ ela sorri concordando _ a senhora não quer que eu fique em casa hoje, eu falo pro seu Jairo o que aconteceu ..._ ela balança a cabeça negando

Dorinha- não filha não vai perde o emprego por causa disso. Eu estou bem pode fica tranquila que se alguma coisa acontece eu te aviso_ avalio sua expressão com dúvida

Nanda- tem certeza vó? A saúde da senhora é mais importante, emprego eu arrumo outro depois! _ ela balança a cabeça negando

Dorinha - pode ir para o trabalho sossegada que eu estou bem diz convicta e leva a borda xícara na boca

Nanda-Então vou confiar na senhora. Espero que não esteja me escondendo nada em dona dorinha? _ repreendo cerrando os olhos brincando e ela sorri negando

Dorinha- pode fica tranquila filha que eu estou bem. Obrigada por cuidar de mim! _ diz com gratidão e levanta e me abraçando

Nanda- que isso vó a senhora e minha única família, sempre vou cuida da senhora _ passo a mão em seus cabelos brancos e ela nas minhas costa

Dorinha- obrigada _ sorrio e beijo seu rosto e olho pra ela

Nanda- eu te amo vó _ falo acariciando seu rosto ela sorri emocionada

Dorinha- eu também amo você minha neta. Agora vamos tomar café? _ concordo sorrindo

Guardo minhas coisas e as delas e vou lavar minhas mãos no banheiro, volto e me junto a ela na mesa, faço meu toddy e comemos bolo conversando. Tempos depois alguém chama ela no portão, ela vai atender e quando abre a porta dona Nena entra sorrindo

Nena- oi querida. Bom dia, tudo bem?_ sorrio concordando ela vem me cumprimenta com beijo no rosto

Nanda- estou bem e a senhora?_ ela sorri simpática

Nena- Estou ótima. Breno me contou agora cedo que sua avó passou mal ontem, fiquei preocupada e tive que vir saber como ela ta! _ diz olhando pra minha avó, arqueio uma sobrancelha sem entender

Nanda- Quem é Breno?

Nena- o metralha meu neto que levou vocês ontem. Não sei porque de tanta frescura em mudar de nome se tem um já tão bonito, fica inventando esses nomes estranhos _ dou risada envergonhada nem sabia o nome dele.

As duas começaram a conversar sobre o que aconteceu, conto a minha versão também e ela olhava preocupada pra minha vó, achei muito fofo o carinho e a amizade que as duas têm uma pela outra. Espero que um dia eu conheça uma pessoa assim também. Lá em Nilópolis eu quase não tinha amizades, tinha a Carol que era minha melhor amiga desde criança, mas ela se mudou logo depois que formamos o 3° ano e não tivemos mais contato nenhum, nem sei onde ela mora. Logo depois dona Nena muda de assunto, contando o que Metralha fez pra ex namorada ontem que deixou ela muito triste. Ela disse que a garota era muito acomodada e não fazia nada o dia todo, só ficava gastando o dinheiro dele e vivia brigando com a Tayla por implicância. Ela não é a garota que ela sonha pra vida dele mas disse que ficou com pena dela, porque ela não tem ninguém por aqui já que os pais foram embora quando descobriram o envolvimento dos dois. Até eu fiquei com pena da garota, deve ser difícil passar por isso. Ainda bem que minha mãe me ensinou a dar meus pulo e nunca depende de ninguém pra me sustentar. Se eu não for ser médica, pelo menos posso vender bolo, doces e salgados e ter minha renda sem depender de ninguém. Dona Nena disse que apesar das coisas horríveis que o neto faz ele é um bom menino. Ela acredita que um dia ele vai acha alguém que mude ele é traga o sorriso lindo que ele perdeu desde a morte de sua mãe no passado quando ela se suicidou na frente de um caminhão. Ela dizia com lágrimas nos olhos e eu como sou muito emotiva acabei chorando junto, sentindo seus sentimentos.

Dando minha hora deixo as duas conversando e vou tomar meu banho e me arrumar pro trabalho. Como de costume escolhi o creme bem beijinho e passo no corpo todo. Como ta calor descido ir de short jeans cintura alta, blusinha ciganinha rosa e o mesmo tênis de ontem. Passo uma maquiagem básica com rímel, delineado de gatinho. Faço um coque frouxo com alguns fios soltos, borrifo meu perfume olhando no espelho vendo meu rosto um pouquinho corado por conta do calor. Coloco meu brinco de argola quadrado e algumas pulseirinhas simples e saio do quarto pra almoçar com as duas. Dona Nena é muito simpática e extrovertida, gostei muito de conversar com ela. Deixei as duas na mesa e fui no banheiro escovar meus dentes, passar um gloss nude que amo nos lábios, pego minha bolsinha pra coloca meu celular e as chaves do portão, coloco meu óculos da Oakley preto e vou me despedir das duas

Nanda- tchau vó, tchau dona Nena, gostei muito de conversa com a senhora _ digo sorrindo e dou um beijo no rosto das duas

Nena- eu também linda, quero que você vá lá em casa qualquer hora pra gente conversar também, tá bom?

Nanda- Tá bom, pode deixar, fiquem com Deus até mais! _ mando beijo pras duas abrindo a porta saindo.

Caminho pela rua descendo o morro até o bar com meus fone de ouvido, sendo observada por alguns moradores que me olham sorrindo e eu retribuo e outros que não, nem faço questão de cumprimenta. Distraída com a música Henrique e Juliano, acabo tomando um susto quando ouço barulho de motos se aproximando e uma delas para do meu lado, e o rosto que não saio da minha cabeça desde ontem se materializa do meu lado

Metralha- fala tu pequena, como tá sua vó?_ pergunta com sua voz grossa fazendo meu coração acelera

Nanda- ta bem obrigada. Sua vó tá lá conversando e fazendo companhia pra ela _ respondo sorrindo olhando seu rosto suado que também está de óculos escuros sem camisa

Metralha- ela falou mermo que ia lá ver ela._ diz e umedece os lábios de forma sexy, me fazendo Sentir um formigamento entre as pernas _ tá indo pro bar?_ aperto meus lábios confirmando ele inclina seu rosto até meu pescoço, fecho meus olhos sentindo arrepio e me afasto sem graça vendo ele sorri pervertido _ tá cheirosa, gostosa pra caralho pô, assim tu mata vagabundo _ diz de forma safada, sorrio tímida negando, sentindo meu rosto queimado e não é pelo sol

Nanda- abusadinho você em? _ repreendo com ar de riso, ele passa a língua entre os lábios do mesmo jeito _ Me deixa ir se não eu chego atrasada e esse sol tá me queimando _ justifico dando um passo pra seguir, mas ele segura meu pulso impedindo

Metralha- sobe aí que eu te levo? _ balanço a cabeça negando

Nanda- não precisa obrigada, é aqui pertinho mesmo, ainda dá tempo de chega na hora_ olho pro meu celular vendo que falta cinco minutos pra uma

Metralha- de boa então gata depois nois vê _ sorrio concordando ele olha pro meu corpo com descaramento mais uma vez, liga a moto e sai em seguida com seus seguranças atrás

Respiro fundo e continuo a descer tentando acalmar meus hormônios aflorados vendo algumas pessoas me encarando. Não sei o que esse cara tem pra mexer comigo assim, pareço uma adolescente emocionada quando ganha a primeira cantada de um homem bonito. Não posso me sentir assim, preciso me afastar e não cria mais problemas. Minutos depois já estou entrando no bar, vendo seu Jairo e a Isa atrás do balcão conversando

Isa- fala ai gata, gostei do luke, sua cara! _ aponta meu corpo com sorriso satisfeita

Nanda -obrigada _ sorri agradecida, sentado na banqueta, levanto meu óculos deixando no topo da cabeça

Jairo- comprei os ingredientes que você me mandou ontem a noite. Você não quer começar a fazer alguns agora pra gente experimentar?

Nanda- faço sim _ concordo limpando meu rosto suado com as mãos

Jairo- então vamos lá na cozinha que eu te mostro o que eu comprei, se precisa de algo mais eu vou busca _ concordo me levantando. Entro na cozinha vejo vários ingredientes em cima da mesa e vou conferindo.

Nanda- pelo que eu vejo está tudo aqui. O senhor tem avental e touca? Ele abre uma gaveta pegando um avental branco e uma toquinha.

Pego eles e visto, lavo minhas mãos na pia e começo a fazer as massas da coxinha, bolinha, esfirra e pastel enquanto converso com os dois que atendiam o balcão e voltavam pra conversa comigo e olhar o que eu estava fazendo...

            
            

COPYRIGHT(©) 2022