Prisioneira do CEO
img img Prisioneira do CEO img Capítulo 4 Quatro
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Capítulo 18 Dezoito img
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Capítulo 21 Vinte e Um img
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Capítulo 34 Trinta e quatro img
Capítulo 35 Trinta e cinco img
Capítulo 36 Trinta e seis img
Capítulo 37 Trinta e sete img
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Capítulo 39 Trinta e nove img
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Capítulo 4 Quatro

ISABELLA

Emilie surge penteando os cabelos úmidos. A única coisa que as difere é a as roupas, os cabelos loiros lisos, pele branca, os olhos verdes, as feições e o corpo esguio são iguais. Elas são lindas, herdaram todos os traços da nossa mãe. Sou o oposto delas, pele morena, cabelos escuros e olhos de cor indefinida, acho que que herdei um pouco dos traços do meu pai. Somos opostos não só fisicamente, a forma de agir e pensar delas, não se assemelha nem um pouco as minhas.

- O está acontecendo? - pergunto olhando diretamente para mim.

- Adivinha Ali? Isabella defendendo esse pirralho retardado.

- Não fale assim dele! - eleva a voz.

- Eu te disse, já está na hora de irmos ficar com o vovô.

- De que merda vocês estão falando?

Não conhecemos nossos avós. Os paternos morreram quando meu pai era um garoto, e os pais da minha minha mãe são pessoas horríveis. Posso dizer isso com propriedade, eles abandonam a minha mãe porque ela escolheu amar o meu pai. Quando ela foi diagnosticada, ela tentou por diversas vezes falar com eles, buscar o perdão, mas eles se quer se dignaram a falar com ela. Mesmo sendo ricos, não ajudaram com um centavo se quer no seu tratamento. Não sinto a mínima vontade de conhecê-los e me recuso a chamar essas pessoas desconhecidas de avós.

- Estamos falando com o vovô e ele se ofereceu para vir nos buscar - Emilie ergue o queixo.

Eu não podia acreditar no que estava ouvindo.

- Vocês perderam a cabeça? Vocês sabem quem são os nossos avós? Esqueceram do que a mamãe nos contou?

Por um momento esqueço da presença de Tomas , viro, me abaixando para falar com ele.

- Querido, pode comer os biscoitos no nosso quarto está bem. Pode ir - digo e ele assente, com os olhinhos ainda assustados.

- Você mima demais esse pirralho - Emilie cruza os braços me olhando com desdém.

- Cale a boca Emilie! Que história é essa de falar com aquelas pessoas?

- Nossos avós - dizem em uníssono.

- Eles abandonam a mamãe quando ela mais precisou - cerro os punhos.

- A mamãe quem a abandonou eles - Emma fala e me seguro para não avançar nela.

- Nunca mais diga isso! Está me ouvindo? - digo me aproximando delas com dedo em riste.

- Estamos cansadas disso, cansadas de não ter dinheiro, cansadas de ter que aguentar aquele bêbado de merda.

- Já chega Emma. Não diga isso do papai nunca mais! - digo entredentes, sentindo o estômago embrulhar - A quanto tempo isso vem acontecendo? Desde quando falam com eles?

- Isso não é da sua conta.

Como elas podem ser tão cruéis. Como elas podem escolher alguém que elas mal conhecem ao nosso pai.

- Aceite que o nosso pai não passa de um bêbado que não sabe cuidar de si mesmo.

- JÁ CHEGA! - Grito.

Como podem ser tão amargas e cruéis.

Passo por elas, indo para o quarto que divido com Tomas . Entro e ele está sentado na cama agarrado ao pacote de biscoitos. Me pergunto se ele ouviu tudo.

- Eu não gosto quando gritam - diz com os olhos marejados de lágrimas

- Me desculpe amor - peço indo até ele e beijando seus cabelos.

- Por que Emilie e Emma não gostam de mim?

Me dói ter que ouvi-lo perguntar algo assim.

- Elas gostam querido e que elas não sabem bem como mostrar isso - digo, sentindo o nó na garganta me sufocar.

Me perguntava como elas podiam ser tão diferentes. Tão frias. Temos os mesmos pais, recebemos o mesmo amor e carinho sem distinção.

Uma lágrima escapa dos meus olhos.

- Não gosto de lágrimas - colhe-a com os dedinhos.

- Me desculpe querido - limpo o rosto.

Ele entorta a cabeça me olhando, como se quisesse ver além do que estava ali na sua frente.

- Eu posso comer os biscoitos?

Dou uma risada da sua pergunta. Ele só queria comer os biscoitos e eu esperando algo profundo.

- O que acha de esperar o jantar? Ou está com muita fome?

- Espero o jantar - balança a cabeça assentindo.

Olho para o pulso vendo que estou atrasada com o jantar, e também noto que meu pai está demorando. Já que pela manhã ele disse que estaria em casa antes das sete, já que o turno de hoje seria durante o dia. Fiquei tão desorientada com o escândalo de Emma e com as coisas ditas por Ben que me esqueci desse detalhe.

Só espero que ele esteja fazendo hora extra e não entrando em confusão

- Não quero mais o celular - me entrega o aparelho.

- Tem certeza? O que quer fazer? - pego o celular.

Aponta para o quebra cabeça em cima da pequena estante de metal que temos no canto do quarto.

Ele ama quebra cabeças, sempre que posso compro de presente para ele.

Pego o quebra cabeça e espalho as peças pelo tapete.

- Fique aqui enquanto eu faço o jantar está bem?

Ele assente.

Divido o quarto com Tomas desde que minha mãe faleceu. Talvez eu tenha mais dificuldade de dormir longe dele, do ele de mim. E minhas irmãs não estarão dispostas a dividir um quarto e ceder um para Tomas ou para mim.

Nossa casa é modesta, cômodos pequenos, mas aconchegantes, e num bairro seguro, meu pai comprou a casa pouco antes eu nascer, depois de juntar uma boa quantia de dinheiro com seu trabalho. Vivemos com o básico, meu pai acabou vendendo a televisão e outros eletroeletrônicos que tínhamos.

Preparo a comida o mais rápido que consigo. Emilie e Emma me ignoram, permanecendo cada uma em seu quarto. Janto com Tomas , preparo o seu banho e o coloco para dormir.

Mesmo cansada, não consigo pegar no sono. Não consigo falar com meu pai, o seu telefone só cai na caixa postal e fico relendo a sua mensagem dizendo que não trabalharia essa noite. Não consigo não ficar preocupada. Deus queira que ele só esteja fazendo hora extra e não conseguiu avisar.

Ainda preciso digerir as palavras de Ben, dizendo que gosta de mim. E também não deixo de pensar no semblante decepcionado de Eden. Não posso nem cogitar dizer a ela o que Ben falou. Lhe enviei algumas mensagens, mas não obtive resposta. Me resta torcer para que minha amiga não esteja chateada.

Minha vida já é uma bagunça, e quando mais eu rezo, mas problema aparece.

Me levanto da levanto da cama e olho para Tomas , que dorme profundamente. Beijo os seus cabelos, e caminho até e busco na estante o livro que eu estou lendo A paciente silenciosa, a história de suspense vai me distrair e fazer com que eu peque no sono, ou talvez aumente ainda mais a minha ansiedade.

Abro o livro, a luz fraca do meu abajur quebrado e mergulho na história.

            
            

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