A Propriedade Do Alfa - Série A Ascensão Da Lua
img img A Propriedade Do Alfa - Série A Ascensão Da Lua img Capítulo 5 Correndo Pela Sobrevivência
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Capítulo 19 Mestiça img
Capítulo 20 Todos, Saúdem O Rei Vampiro img
Capítulo 21 Ítens Mágicos img
Capítulo 22 Convidada Especial img
Capítulo 23 É você mesmo img
Capítulo 24 Case comigo, Violet img
Capítulo 25 Masmorra img
Capítulo 26 Não tenho escolha img
Capítulo 27 Poção img
Capítulo 28 Instintos Suicidas img
Capítulo 29 Hora De Jogar img
Capítulo 30 Sem Saída img
Capítulo 31 Biblioteca img
Capítulo 32 Segredos img
Capítulo 33 Livro De Sangue img
Capítulo 34 A Origem Do Mundo img
Capítulo 35 Ele Vive img
Capítulo 36 Vamos Fugir img
Capítulo 37 Poder img
Capítulo 38 De volta ao lar img
Capítulo 39 Nossa primeira noite de amor img
Capítulo 40 Lembranças na tempestade img
Capítulo 41 Tire suas patas de mim img
Capítulo 42 Criatura Insuportável img
Capítulo 43 Preparando O Ritual img
Capítulo 44 Matando a saudade img
Capítulo 45 O Primeiro Da Espécie img
Capítulo 46 Princesa Prometida img
Capítulo 47 Estou Aqui Por Você img
Capítulo 48 A Propriedade Do Alfa img
Capítulo 49 O Grande Lobo Preto img
Capítulo 50 O Uivo Do Alfa img
Capítulo 51 Desejos Da Lua img
Capítulo 52 Sedução e loucura img
Capítulo 53 Cedendo a tentação img
Capítulo 54 Pânico img
Capítulo 55 Preocupações img
Capítulo 56 Dança Tribal img
Capítulo 57 Explosão Violeta img
Capítulo 58 Ameaças e Sangue img
Capítulo 59 O Despertar Do Lobo Interior img
Capítulo 60 De Volta Ao Mundo Dos Humanos img
Capítulo 61 Preciso Seguir Em Frente img
Capítulo 62 Um Recomeço img
Capítulo 63 Manipulação img
Capítulo 64 Nova Casa, Novo Nome img
Capítulo 65 Delegacia img
Capítulo 66 Coração Escuro img
Capítulo 67 Você Nunca Esteve Só img
Capítulo 68 Siga O Seu Coração img
Capítulo 69 O Desejo Do Alfa img
Capítulo 70 Rosnados e Sangue img
Capítulo 71 Invasão img
Capítulo 72 Provocações Estratégicas img
Capítulo 73 Verdade img
Capítulo 74 Você não tem chance img
Capítulo 75 O Alfa E O Rei Vampiro img
Capítulo 76 Lei img
Capítulo 77 Você precisa fugir img
Capítulo 78 Não posso deixá-lo img
Capítulo 79 A Bruxa E O Rei Vampiro img
Capítulo 80 Ratinha Assustada img
Capítulo 81 Oração De Proteção img
Capítulo 82 Exército Na Floresta img
Capítulo 83 O Ataque Da Bruxa Ravenwood img
Capítulo 84 Criatura Sem Alma img
Capítulo 85 Ela Já Não É A Mesma img
Capítulo 86 Sinopse livro 2 img
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Capítulo 5 Correndo Pela Sobrevivência

Avisto o par de coturnos pretos se aproximando lentamente de mim. Queria me mover, mas o medo me paralisava. Sou puxada pelo cabelo e grito de dor.

Olho em direção ao rosto do meu agressor e me assusto ao ver olhos totalmente pretos e um rosto coberto de sangue. Ele não parecia humano; sua pele era extremamente pálida, como se não houvesse sangue em seu corpo.

Meu corpo se enche de desespero ao perceber que reconhecia aquele rosto. Era o mesmo homem misterioso da festa. Me debato em seus braços, e ele sorri satisfeito. Sua mão toca meu pescoço, mas rapidamente recua ao tocar a corrente em meu pescoço, como se ela o machucasse. Ele rosna para mim, como se fosse um gato prestes a atacar o outro.

Vejo papai se arrastar pelo corredor, seu corpo estava repleto de cortes. Papai enfia no tornozelo da criatura uma de suas facas de caça, e escuto seu grito gutural.

- Verme maldito!– ele grita antes de me arremessar escada abaixo. Sinto meu corpo doer ao bater em cada degrau.– Como ousa tentar me machucar, seu verme insolente?"

- Fuja, Violet!– papai grita ao me ver levantar com dificuldade. Seus olhos focam nos meus, e vejo a determinação em seu rosto. – Não olhe para trás, minha filha.

Sem fazer força, o homem chuta o corpo do meu pai, fazendo-o atravessar uma parede. Aquilo não era humano, isso não era uma pessoa!

Escuto o gemido de dor do meu pai. A criatura se vira em minha direção, mas antes que me alcance, meu pai pula em suas costas e morde fortemente seu pescoço, fazendo-o jorrar sangue. Nunca vi tanta força em meu pai antes, era como ver outro homem.

Desço a escada correndo e tropeço caindo no último degrau, me levanto e olho para a porta de entrada. Precisava ser rápida.

Percebo que não adiantaria tentar sair pela porta principal. Nossa casa ficava em um local isolado, e a floresta parecia ser a melhor opção para alcançar a estrada. Tentava recordar todas as orientações que mamãe me deu quando eu era criança e acampávamos, sobre como me orientar na floresta.

Escuto seus passos se aproximando. Aquilo não podia ser humano. Que pessoa seria capaz de fazer as coisas que ele fez?

Mesmo com uma faca atravessada em seu tornozelo, ele ainda corria rapidamente. Era algo assustador. Mentalmente, fazia uma oração, implorando para que tudo aquilo não passasse de um pesadelo.

Sentia que a qualquer momento eu acordaria e papai me abraçaria, dizendo que tudo não passou de um terrível pesadelo.

Ando em direção ao quintal sem olhar para trás. Minhas lágrimas embaçam minha visão, dificultando o processo. Com a ajuda de uma cadeira, pulo o muro e corro em direção à floresta.

Será esse meu destino? Meu pai teria dado sua vida em vão?

Corro desesperada, consigo ouvir os passos e o som de galhos quebrando. É assustador fugir de algo que não se sabe o que é. Aquela coisa com certeza não era humana, mesmo tendo sua aparência como a de um homem, eu o vi atacar pessoas inocentes, vi suas enormes presas e unhas.

- Deus, me ajude. – Minha voz sai ofegante e chorosa. Com pouco ar e coragem que haviam me sobrado, grito. – Se afaste de mim, besta!

Sua gargalhada demoníaca ecoa por toda a floresta, me causando arrepios por todo o meu corpo. Parece que a sorte não estava mesmo do meu lado, nem mesmo o mais forte dos deuses poderia me salvar agora.

Um grito assustado escapa da minha garganta quando tropeço em uma raiz grossa e acabo perdendo o equilíbrio. Minha cabeça bate com força assim que chego ao chão. Não consigo enxergar devido às lágrimas, a queda bagunçou os meus sentidos. Estou tonta, mal consigo ver um palmo de distância. Tento me levantar, mas meu pé está preso na raiz.

Solto um grunhido de dor ao sentir um peso sobre meu corpo e uma respiração ofegante em meu pescoço. O cheiro de sangue em seu corpo me deixa enjoada. Escuto uma risada maligna perto do meu ouvido, e isso me faz entrar em pânico. Eu iria morrer, sinto isso em cada célula do meu corpo. Sei que esse será meu último momento de vida, esse é o meu destino.

- Perdão, papai. – Minha voz sai rouca e trêmula. – Deveria ter te ouvido.

Sinto as lágrimas caírem pelo meu rosto. Seus dentes entram em meu pescoço, e isso me faz gritar de dor. As lágrimas continuam a cair pelo meu rosto, e a imagem do rosto de papai vem à minha mente. Em breve, eu me juntaria à minha família.

Meu corpo está fraco; sinto meu sangue ser drenado pelo meu pescoço. Não consigo lutar; estou presa pelo peso do corpo dessa maldita criatura.

Um filme da minha vida passa diante dos meus olhos. Vejo Simon correndo comigo na praia, nossos pais rindo enquanto nos filmavam. Meu primeiro baile, Simon me acompanhando; ele estava tão feliz por poder fazer parte dessa fase da minha vida. O nascimento de Anna, a saída de Sarah de casa e nossa última noite juntas em uma festa do pijama. A carta de aceitação de Simon para a faculdade. Nossa noite de loucura na cidade, onde trocamos nossos colares de melhores amigos.

Seu rosto está tão nítido à minha frente, é como se ele estivesse realmente aqui.

- Não é hora de desistir, flor de lótus. - Sua voz é calma e bela. Uma lágrima escorre pelo meu rosto e ele sorri antes de limpá-la. - Seja forte.

- Eu não consigo. - Minha voz sai fraca, tão baixa como um sussurro. - Já perdi coisas demais. Não existem mais motivos para continuar. Ao menos se eu me for, poderemos ficar juntos.

Simon sorri, um sorriso belo e sincero. Seus olhos brilham, e ele acaricia meu rosto antes de aproximar seus lábios da minha orelha.

- Ainda não é a hora. - Ele beija minha bochecha. - Estarei sempre cuidando de você. Se acalme, a ajuda está chegando.

Seu rosto desaparece como uma névoa no ar, e a adrenalina me tira do transe. Volto a sentir meus instintos de sobrevivência.

Um uivo alto faz a criatura desviar sua atenção do meu corpo e farejar o ar. Seu corpo parece ter entrado em estado de alerta, a criatura olha ao redor assustada. Os rosnados em meio aos arbustos me dão arrepios. Eles estão bem próximos, um uivo a alguns metros de distância me faz tremer de medo. A criatura sai de cima de mim e corre em direção oposta ao som, como se temesse por sua segurança. Um alívio se instala em meu corpo, e suspiro, mas um pensamento me faz congelar: a besta estava com medo, então há algo pior do que essa criatura que estava me caçando?

Minha visão está turva por causa das lágrimas, e a lembrança de toda a minha família sendo assassinada não sai da minha cabeça. Tudo isso é minha culpa, eu deveria ter escutado os conselhos dos meus pais, não deveria ter sido tão cética. Agora todos estão mortos, e isso é apenas culpa minha. Eu convidei a desgraça para nossa casa, fui eu que trouxe essa criatura demoníaca para nossa família. E o que me resta é apenas chorar e aceitar meu destino. Pelo menos em breve eu estarei junto novamente com minha família.

As palavras de Simon voltam a minha mente e uma descarga de adrenalina invade meu corpo, bloqueando meus pensamentos. Tudo que consigo fazer é me levantar e correr. Nunca havia corrido tão rápido em toda minha vida, era como se minhas pernas estivessem me guiando, como se elas soubessem para onde deviam ir. Entro em uma parte desconhecida da floresta, mas consigo ouvir o som de carros passando na pista. Tento correr mais alguns metros, mas perco o equilíbrio e sinto uma forte pressão em meu tornozelo. Olho para minha perna e grito de horror, havia pisado em uma maldita armadilha de urso! A forte adrenalina em meu sangue me faz agir sem pensar, e quando dou por mim, havia me livrado da velha armadilha.

Escuto sons de algo se aproximando, e sou tirada do chão por um enorme lobo. Grito de horror, começo a me debater, e meu casaco rasga. Aproveito a chance e saio correndo em direção a uma enorme árvore. Subo com dificuldades devido à fraqueza causada pelos meus múltiplos ferimentos. Me sinto tão frágil e indefesa como nunca antes.

Tenho que ser rápida, mas meu corpo dói, e isso dificulta a subida na árvore.

- Droga! – resmungo ao perceber que estava sangrando. Escuto sons de algo rodear a árvore, e meu grito desesperado ecoa pela floresta. – Saia daqui, monstro!

Os barulhos ao redor da árvore são assustadores. O animal me rodeia, meus joelhos tremem. Não consigo ficar agachada para sempre, e o lobo parece saber disso. Minhas mãos suam, não vou conseguir me segurar por muito tempo. Um barulho me faz gritar, o galho em que estou cai e me leva ao chão. Outro enorme galho atinge minha perna, e o som de ossos quebrando ecoa pela floresta, me fazendo gritar de agonia e dor. Meus soluços de dor são altos, e escuto a criatura se aproximando cada vez mais. Tento me movimentar, mas a dor de ter o fêmur quebrado faz minha cabeça girar.

- Papai, em breve estarei com você.

Sei que esse é o meu fim, não terei mais chances. Minhas escolhas tolas me trouxeram até aqui. Me sinto sozinha como nunca antes em minha vida, e a solidão dói ainda mais ao saber que sou a culpada por tudo isso.

Sinto minha cabeça girar ao tentar mover o galho. Minha visão fica turva, minha respiração fraca. Apenas ouço os passos se aproximando e o som de seu rosnado.

            
            

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