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Carina ficou parada em estado de choque. E Maya também. Nenhuma delas conseguiu dizer uma única palavra.
– Mamãe! - Valentina gritou enquanto corria em direção à porta. Ela não havia amarrado os sapatos, então os cadarços estavam soltos, fazendo com que ela caísse de cara no chão enquanto corria. O baque repentino tirou as duas mulheres do transe. O som de gritos altos encheu a sala.
– Oh, querido! Você está bem, você está bem - Maya disse passando por Carina e pegando sua filha tentando acalmá-la. Maya ficou ali por um minuto com a criança nos braços, balançando-a de um lado para o outro balançando o corpo.
Carina havia deixado a duas por um segundo, mas quando os gritos se transformaram em fungadas, ela caminhou até a criança nos braços de Maya, agarrando sua pequena mão. – Ei, você está bem? - Carina perguntou suavemente. Penélope assentiu um pouco com a cabeça e fungou. Ela colocou a cabeça no ombro esquerdo de Maya, Carina em pé do lado direito. Maya passou de olhar para Penélope para Carina e nenhuma delas percebeu o quão próximo seus rostos estavam até que se olharam.
– E-eu... bem... e-então... - Carina tentou dizer alguma coisa, mas não saiu nada. – Lamento por isso - ela finalmente disse.
– Eu também - Maya riu levemente. Eles pararam e apenas se olharam nos olhos por um minuto até que Luca entrou na sala.
– Mamá, o que aconteceu?
– Valentina teve um pequeno autunno bambino, por que você não vai pegar um pouco de leite com chocolate na geladeira para animá-la - O garotinho assentiu e correu para a cozinha.
– Mamá, está pronto - Luca gritou, Carina riu.
– Acho que ele está esperando por nós - Maya seguiu Carina até a cozinha, com Valentina ainda nos braços. Ela a colocou no sofá onde Luca estava sentado com duas caixas de leite com chocolate. A cozinha era bastante grande, com uma grande área para cozinhar e trabalhar em uma metade, completa com uma bancada para café da manhã e bancos, e a outra metade era preenchida com um sofá e duas cadeiras para combinar, junto com outras coisas menores para preencher o espaço.
Maya deixou as duas crianças e caminhou lentamente até Carina, que agora estava sentada em um banquinho. – Isso é... - ela começou, – estranho.
– Bom, estranho? - Carina questionou ao que Maya falou – definitivamente muito estranho.
– Você está bem, Carina. Bem... na verdade você está incrível.
– Você também está bem, Bella - Carina imediatamente se deu um tapa mental por falar "Bella". Mesmo depois de todos esses anos, tudo ainda acontecia tão naturalmente. Embora Carina estivesse em pânico, sem querer ultrapassar os limites, Maya parecia não se incomodar com isso.
– Gostaria de uma taça de vinho? - Carina perguntou.
– Oh sim por favor - Ela abriu uma garrafa de vinho tinto e serviu dois copos. – Ele se parece com você - Maya disse, virando-se para olhar para Luca. – Ele age como você também, todo confiante com a atitude, Estou tão orgulhoso de mim mesmo, veja o que eu fiz - Maya disse rindo apontando para Penélope.
Carina empurrou o ombro de Maya de brincadeira, mas talvez com um pouco de força demais. O empurrão lúdico resultou em Maya jogando todo o copo de vinho tinto em sua camisa branca.
– Oh meu Deus, Bella, sinto muito.
– Está tudo bem, está tudo bem, não se preocupe com isso - ela diz pegando um pano de Carina para limpar isto.
Ela continuou a limpar, mas logo desistiu. – Não sei por que estou tentando, sei que isso nunca vai funcionar - ela riu.
– Eu me sinto péssimo, sinto muito - Maya agarrou a mão de Carina e disse.
– sinceramente, por favor, não se preocupe com isso.
– Pelo menos deixe-me dar uma das minhas camisas para vestir - Maya assentiu e seguiu Carina escada acima.
– Estaremos de volta em um minuto, pessoal - ela gritou para as crianças, que estavam ocupadas demais conversando para se importar.
– Uau, seu quarto é enorme - Maya não pôde deixar de procurar por itens que pudessem não ser de Carina. A loira era casada, feliz no casamento, mas uma pequena parte dela se perguntava se ela estava com alguém.
– Você está procurando algo em particular? - Carina sorriu. Maya olhou para ela sem saber o que dizer. – Se você está procurando algum brinquedo sexual, tem uma caixa no topo do meu guarda-roupa - Maya instantaneamente sentiu um arrepio nas bochechas, a imagem de Carina, deitada naquela cama, nua, com vários brinquedos sexuais. Ela estava tão excitada.
– E-eu não estava - Ela gaguejou.
– Está tudo bem, Bella, só estou brincando com você - Carina riu. – Tire o que quiser do guarda-roupa - Carina disse, obviamente falando em termos de roupas. Maya de repente esqueceu tudo sobre James e respondeu:
– absolutamente alguma coisa? - ela perguntou com um sorriso. Carina balançou a cabeça e saiu do quarto. – Onde você está indo? Olha, me desculpe, isso foi demais, eu não deveria ter dito isso. Isso tudo é tão intenso - Carina riu.
– Estou saindo do quarto para você se trocar.
– Ah, sim, como se você nunca tivesse me visto nua antes - Maya disse sarcasticamente. Carina voltou e sentou-se na ponta da cama. Maya tirou a blusa, deixando-a com um sutiã de renda branca juntando os seios. Carina tentou o seu melhor para desviar os olhos, mas Deus, ela e tão sexy. Elas continuaram conversando sobre coisas sem sentido enquanto Maya se trocava.
– Você sabe que o normal é olhar para alguém quando ele está falando com você - Maya riu, que agora estava vestindo uma blusa preta, mas não abotoada. Carina levantou-se para abotoar a camiseta, o que acabou acelerando o processo, para que ela não tivesse que se concentrar tanto em não olhar para os seios de Maya.
– O que você está fazendo? - Maya perguntou, com seus rostos agora a centímetros de distância.
– Eu só estou... ajudando.
– Senti falta dos seus olhos - Maya disse, travando os olhos dela com os da italiana. Carina olhou para os lábios de Maya por uma fração de segundo antes de sussurrar:
– Não posso fazer isso. Você tem um marido. Você tem uma família.
– Eu sei, sinto muito, mas isso parece tão certo - Carina concordou com a cabeça e recuou para se sentar na ponta da cama. Maya o seguiu e soltou um grande suspiro.
– Você está com alguém? - Maya perguntou.
– Não Maya, só não sou uma destruidora de lares - Carina agora ficando um pouco agitada com a loira.
– Uau, não, não foi isso que eu estava dizendo. Olha, eu sei que isso é um pouco estranho e a tensão está alta agora, mas espero que possamos ser amigas. Além disso, nossos filhos se amam, então estamos meio que presas uma a outra, gostemos ou não - ambos agora rindo.
– Bem, acho que temos muito que colocar em dia - disse Carina.
– Dez anos - acrescentou Maya.
Elas desceram as escadas para verificar as crianças, que estavam bem conversando. Elas retomaram suas posições nos bancos e começaram a conversar.
– Então vai, você fala primeiro Carina - Carina respirou fundo e começou.
- Bem, eu segui meu sonho, concluí a faculdade de medicina, treinei para ser ginecologista e consegui um emprego no Grey 's Sloan Memorial. Quase voltei para a Itália depois da faculdade de medicina, mas estou feliz.
– eu também - ela sorriu, ao que Maya respondeu.
- Eu conheci um cara na faculdade depois que nos separamos, Leonardo, e nós simplesmente nos demos bem. Ele é de Roma, então nós meio que nos unimos por sermos italianos - Maya sorrindo o tempo todo, tentando não deixar transparecer o leve ciúme. Ela continuou – nos casamos anos depois de nos formarmos na faculdade e eu engravidei de Luca. Na nossa lua de mel, na verdade, você sabe como é, muito, muito sexo - Carina riu e tomou um gole de vinho. – Mas depois que Luca nasceu, Leo ficou diferente. Demorei um pouco para perceber que ele estava transando com alguém do escritório dele.
– Carina, sinto muito - Maya disse sinceramente, colocando a mão na perna de Carina para se apoiar.
– Nós nos divorciamos logo, na verdade, e agora ele vê Luca todo fim de semana. Ele é um pouco difícil, especialmente quando sabe que isso vai atrapalhar meus planos. Quando ele o pegou, então ele ligou cerca de uma hora depois que eles saíram para dizer que Luca estava chorando e queria sua mãe. Quando eu trouxe o Luca de volta, ele estava bem.
– Isso é tão horrível que nem consigo imaginar como é para você.
– Então, você está namorando? - Maya perguntou curiosamente.
– Por que você quer ir a um encontro comigo, Bishop?.
Maya respondeu um pouco também rapidamente, – sim. Quero dizer... ahaha.
– Nossa você me pegou haha - ela disse rindo de vergonha.
– Ah, e agora é Gibson, não Bishop
– Maya Gibson hmm, soa bem".
– Eu mudei meu nome em todas as situações, exceto para o trabalho - disse ela.
– Oh sim me diga, como vai a vida como advogada?.
Maya fez uma pausa pra falar – Eu provavelmente deveria contar um pouco sobre minha vida. Eu desisti de todo história de ser advogada e essas coisas. Depois que nos separamos, eu não queria isso, e eu desisti porque na verdade, minha visão de ser advogado era por conta da família, e está com você - Maya continuou para não colocar muita ênfase sobre o que ela acabou de dizer – deixei a faculdade e ingressei na academia de bombeiros. Eu absolutamente amo ser bombeira e, na verdade, sou o capitã da Estação 19!.
– De jeito nenhum, meu Deus, parabéns!" Carina gritou.
– Obrigada - Maya sorriu. – então basicamente coloquei meu coração e alma no meu trabalho , na minha filha e no meu casamento... embora isso seja uma luta - ela disse abaixando um pouco a voz. Ela começou a chorar um pouco, olhando para o teto para que as lágrimas não escapassem.
– Sinto muito, eu só... E que isso tudo que eu disse acabou me atingindo um pouco perto de casa, só isso.
– O que você quer dizer? Carina perguntou.
– Jack não volta para casa tão cedo como costumava, e quando volta, corre para Valentina e às vezes nem reconhece que estou lá. Se eu falo com ele, ele me dá um simples 'olá' ou um leve sorriso. Há dois dias ele chegou em casa, eu estava cozinhando na cozinha e Valentina estava ao meu lado. Ele a pegou no colo e eu fui beijá-lo, e ele recuou um pouco e disse, 'não na frente dela. Não posso mentir, suspeitei que ele estava dormindo com outra pessoa. Nem me lembro da última vez que fizemos sexo direito. E mesmo que o fizéssemos, seria rápido - acabou com a voz de Maya embargada enquanto ela falava.
Ela notou o clima triste que criou quando Carina olhou para ela com os olhos mais amorosos, então ela falou mais uma vez, – então aqui estou basicamente confessando para você é que realmente não consigo me lembrar da última vez que alguém me fez ter orgasmo - ela riu levemente.
– Bella, sinto muito - ela disse levantando-se e puxando Maya para um abraço.
– Ugh, senti falta dos seus abraços Carina, você me faz sentir tão segura - Carina beijou gentilmente Maya na testa e a abraçou.
– Mamá, mamá! - Luca gritou e Valentina repetiu bem devagar: – Mamãe - Maya e Carina se entreolharam e riram.
– Acho que é melhor irmos, baby - disse Maya.
– Ah nãooooo, Luca me prometeu uma festa do pijama.
– Esta noite não querida, mas o Luca pode fazer outro dia - Valentina fez beicinho enquanto calçava os sapatos.
– Ela definitivamente puxou você com seu temperamento - Carina sussurrou e riu.
Maya e Carina saíram para o corredor. Maya agarrou a mão de Carina para que ela parasse de andar.
– Escute, eu quis dizer o que disse, eu realmente adoraria se pudéssemos ser amigas.
– Eu também, Bella - ela disse apertando sua mão.
–Seria estranho se quando as crianças tivessem uma festa do pijama aqui, você viesse e ficasse também? Eu sinto que tenho muito para te contar e passar uma noite conversando e bebendo vinho com você parece incrível, para nós duas, pelo que parece.
– Concordo, Carina.
– Foi adorável ver você de novo, bambina - Carina sorriu ao soltar a mão de Maya.
As duas pularam quando ouvi Luca falar: – Mamãe, o que você quer dizer com ver você de novo? E por que você está chamando a mamãe da Penélope de bambina?.
– Bem, meu bambino mais fofo, Maya e eu nos conhecemos há muito tempo atrás - Maya e Carina sorrindo uma para a outra.
– Então, você e Maya eram amigas? - Luca perguntou.
– Éramos melhores amigos - Carina respondeu, segurando a mão de Maya mais uma vez atrás das costas e apertando-a.