Capítulo 6 Esperando

"Ela não estava menstruada. Ela estava atrasada. Duas semanas atrasado. Duas semanas desde que ela fez sexo com James"

Maya ficou com uma cor cinza claro enquanto Carina olhava para ela com a boca aberta, incapaz de pensar em algo para dizer. James parecia completamente alheio à situação e foi até o banheiro.

Assim que ouviram James trancar a porta do banheiro, Carina correu até Maya, agarrando suas duas mãos. Os olhos de Maya se encheram de lágrimas:

– Maya, bambina, vai ficar tudo bem. Estou trabalhando amanhã a partir das 8h, entro no hospital às 10h e vou fazer exames de sangue para você fazer um exame preciso.

– Carina, eu não posso estar grávida, ia deixá-lo. Preciso deixá-lo. E agora posso estar amarrada a ele por um bebê.

Carina ficou tão chocada. Sendo obstetra, ela achava que era boa em detectar sinais de gravidez, mas obviamente estava errada.

Carina puxou Maya para um abraço pela cintura, beijando-a na bochecha. Ela sussurrou em seu ouvido:

– Estarei aqui para ajudá-la em cada passo do caminho. Não importa o resultado. Não vou deixar você. Nunca mais.

Maya sussurrou de volta, – obrigada, baby. - Como estavam abraçados, Maya não conseguia ver o rosto de Carina. Sem que Maya soubesse, Carina agora exibia o maior sorriso. Ela ligou para seu bebê. De novo.

O som da porta do banheiro sendo destrancada separou as duas Jack entrou na cozinha.

– Maya, acho que já dissemos tudo, exceto o óbvio. Esse casamento, nós, acabou. Já faz um tempo.

– Eu concordo - Maya disse sem emoção.

Houve um momento de silêncio enquanto eles se entreolhavam. Maya então falou: – você está tendo um caso?

Jack olhou para ela, completamente chocado, "não, Deus, não, eu só... é só... eu sinto... eu não...". Maya interrompe.

– você não me ama mais. - Para surpresa de todos, os olhos de James se encheram de lágrimas.

– Eu sou um idiota, Maya. Eu deveria ter contado a você há muito tempo como me sentia, em vez de pedir sua atenção e não retribuir nada, exceto tristeza e comentários horríveis.

Maya não disse nada, apenas olhou para ele e assentiu. – Entrarei em contato com meu advogado pela manhã para obter os papéis do divórcio - James continuou.

Maya acrescentou com um sorriso, – obrigada. - Ela ficou estranhamente aliviada. Ela deveria ter feito isso há muito tempo.

James se levantou e caminhou em direção à porta, – Eu sei que isso não significará nada, considerando tudo o que eu disse esta noite, mas eu realmente espero que você encontre alguém que te adore até o coração doer, porque isso é o mínimo que você merece.

– Obrigado, James. - James continuou e olhou entre Maya e Carina.

– e tenho a sensação de que você não precisará procurar longe demais por esse alguém - Ele sorriu, acenou com a cabeça e saiu pela porta.

– Maya, você quer conversar sobre-.

Maya interrompeu: – amor, agora não. Só quero esquecer isso e fazer o teste amanhã no hospital - Carina assentiu e Maya caminhou em direção à porta.

– onde você vai, bambina? Você pode ficar aqui esta noite - Maya pegou a mão de Carina.

– Preciso voltar para o meu bebê - ela sorriu. Carina assentiu e então um sorriso apareceu em seu rosto.

– Pensei que era seu bebê? - Maya suspirou um pouco, sorrindo.

– Estou indo para casa agora. Para Valentina. Acho que você deveria ligar para Gabriel para ver se ele está bem.

O rosto de Carina caiu. Por que Maya estava agindo assim? Ela está solteira agora. Oh merda, e o Gabriel?

A manhã seguinte chegou muito lentamente. Nenhuma das mulheres dormiu na noite passada, preocupada com o resultado de hoje. Carina decidiu terminar com Gabriel, o que ela não achava que seria um problema. O relacionamento deles não era nada sério e nunca seria. Ela queria estar com Maya. Ela a adorava

Ontem à noite, acordada, Carina começou a imaginar o seu futuro. Ela, Maya, Luca e Valentina, e a possibilidade de um recém-nascido. Ela não se importava se Maya estava grávida ou não, ela a adorava demais para deixá-la ir novamente. Ela decidiu não contar a Maya ainda que estava se separando de Gabriel, ela não queria aumentar seu drama agora. Ela deveria terminar seu turno às 18h de hoje, então ela iria encontrar Gabriel no hospital se não o visse durante seu turno.

Já eram 10h e Carina esperava ansiosamente a chegada de Maya. Segundos depois, houve algumas batidas suaves na porta.

– Entre - Carina disse.

Maya entrou com os olhos inchados e visivelmente nervosa.

– Sente-se, Bella - Carina ofereceu um sorriso amigável.

– Não posso mentir, estou muito nervosa - Maya disse timidamente.

– Entendi, mas fui sincero no que disse ontem à noite. Estou ao seu lado, sempre. - Maya murmurou um agradecimento.

Carina pegou o equipamento para fazer o exame de sangue e fez sinal para Maya se deitar na cama.

– Tudo bem, você vai sentir um pequeno arranhão - Feito o exame, Carina colocou um band aid no braço.

Ela aplicou com cuidado, e lentamente passou os dedos pelo braço da loira, alcançando sua mão. Eles entrelaçaram os dedos e travaram os olhos. Carina ergueu a mão para dar um beijo nas costas.

– Vou chamar meu estagiário para cuidar disso, já volto. - Carina voltou a entrar na sala um momento depois.

Maya estava olhando para ela, com um sorriso no rosto. Carina riu.

– o quê?

– É uma loucura para mim que mesmo no auge da crise você ainda consiga me deixar feliz e calmo.

Cerca de cinco minutos depois, um jovem médico entrou com um pedaço de papel. Carina agradeceu e aceitou. Assim que a estagiária saiu, Carina abriu para ler o resultado.

Maya tentou ler as expressões faciais de Carina pelo que pareceu uma eternidade. Ela não sabia dizer se eram boas ou más notícias. Claro, não seria uma má notícia se ela estivesse grávida, ela amaria esta criança tanto quanto Valentina, mas isso apenas tornaria sua situação um pouco mais complicada. Ela se levantou da cama e foi até Carina.

– Carina? - ela solicitou.

– Desculpe, sim. Bambina, você não está grávida - Carina confirmou.

Maya engasgou feliz e antes que ela percebesse, suas mãos estavam nas bochechas de Carina, puxando-a para perto e conectando seus lábios aos italianos. Ambos entraram instantaneamente no ritmo, como quando eram jovens.

Maya entrou em pânico por um segundo e se afastou, recuando, – Carina, sinto muito, acho que é só o choque ou algo assim-.

Carina a interrompeu, esmagando seus lábios contra os de Maya. Ela apoiou Maya contra a parede, trancando a porta no processo.

– Nunca se desculpe por me beijar, bambina. - Maya suspirou feliz e a descansou. testa na de Carina

– Estou querendo fazer isso desde que coloquei os olhos em você na sua porta – disse Maya.

Carina se recostou, mas a loira colocou a mão no peito de Carina, tentando impedir seus movimentos.

– espera, e o Gabriel. Você tem o Gabriel. - Carina balançou a cabeça.

– bambina não, falei com ele esta manhã. Eu disse a ele que realmente não via isso indo a lugar nenhum e ele concordou. Decidimos ser apenas amigos. Além disso, tenho sentimentos por outra pessoa - ela sorriu.

Carina uniu os lábios novamente, deslizando as mãos pelo corpo de Maya para apertar um pouco sua bunda.

– hmm, senti falta disso.

– Ah, porra, eu também - Maya riu.

Depois do pequeno beijo deles, Carina se afastou.

– venha na minha casa hoje à noite. Traga a Valentina. Podemos jantar juntos e depois ficaremos sozinhos enquanto os bambinos brincam juntos. - Maya sorriu, completamente sonhadora. Carina bicou os lábios – isso é um sim? - Maya passou os braços em volta do torso de Carina por baixo do jaleco branco.

– Eu adoraria. Tenho que ir agora, mas te vejo mais tarde.

– Vou sentir sua falta mais do que nunca entre agora e então - Carina fez beicinho.

– Sinto sua falta há dez anos, linda, mas algumas horas não vão doer. - Maya a beijou mais uma vez apaixonadamente antes de se afastar e caminhar em direção à porta.

Carina deu um tapa na bunda enquanto se afastava, Maya se virando enquanto piscava para ela.

De noite.

– Ok bambino, precisamos pôr a mesa. - Carina disse, agora, várias horas depois.

Ela estava correndo como uma galinha sem cabeça tentando se preparar para a chegada de Maya. Ela queria que tudo fosse perfeito.

– Quem vem mamãe?

– Valentina e Maya vão jantar conosco.

– Simmm! - o garotinho aplaudiu.

Carina preparou lasanha para o jantar, a comida favorita de Maya. Ela tinha uma garrafa de vinho tinto aberta, pronta para sua chegada. Faltando 15 minutos, Carina subiu para se trocar. "O que eu visto?" Carina diz para si mesma. Ela decidiu usar jeans e um suéter creme, enrolando o cabelo frouxamente. Ela sabia que provavelmente nada aconteceria esta noite entre as duas, considerando que elas só resolveram as coisas hoje e as crianças estavam lá. No entanto, por precaução, ela colocou um conjunto de renda branca por baixo das roupas.

Enquanto isso, na casa de Maya, meia hora antes, o quarto de Maya estava destruído. Ela não conseguia decidir o que vestir. James foi morar com o irmão enquanto procurava uma casa para sair do caminho de Maya.

– Mamãe? Você está bem? - a garotinha entrou.

– Sim, querida, estou bem. Você está adorável nesse vestido!

– Mamãe, você precisa colocar um vestido! Você não pode ir nua na casa da Carina. Acho que ela não iria gostar disso.

Maya riu e murmurou baixinho, "ah, acho que ela gostaria".

Maya finalmente decidiu pôr um vestido verde escuro com pequenas flores brancas. As duas garotas entraram no carro, Maya prendeu Tina no banco.

Assim que Maya começou a dirigir, a menina gritou:

– já chegamos, mamãe? - Maya riu.

– ainda não, é bem sol, vamos parar na loja antes de chegar lá.

Alguns minutos depois, Maya parou em frente à loja. Ela entrou de mãos dadas com Tina. Ela pegou algumas garrafas de vinho, branco e tinto, e alguns doces e chocolates para as crianças.

Valentina insistiu em comprar dois ursinhos de pelúcia. A prateleira inteira estava cheia de ursinhos, e cada um tinha uma grande letra impressa na camiseta. Ela queria tirar um 'V' e um 'L', obviamente. Maya aceitou e levou os itens para o caixa.

Pouco depois eles estavam indo para a casa de Carina. Parando do lado de fora, as mãos de Maya de repente ficaram suadas. Ela estava nervosa. Ela estava verificando mentalmente se não havia esquecido nada em pânico. Ela tinha feito toda a maquiagem, cabelo, perfume. Ela até colocou uma lingerie sexy, que ela não usava há muito, muito tempo.

– Mamãe, olá! Vamos - A menina cantou, tirando-a do transe, e ela acenou com a cabeça.

Eles bateram na porta e Maya ficou ali brincando com os dedos de Tina. Assim que a porta se abriu, a loirinha gritou:

– oi tia Carina! - antes de correr para encontrar Luca.

Maya não se mexeu e Carina também não.

Carina sorriu e olhou para as crianças, que estavam felizes brincando na outra sala. Ela saiu ao lado de Maya, fechando a porta atrás dela. Ela passou os braços em volta da cintura de Maya.

– Oi bella - Eles se aproximaram e se encontraram no meio, batendo os lábios. Maya gemeu inconscientemente, fazendo Carina sorrir e interromper o beijo.

Maya sussurrou: – Senti falta de beijar você na porta.

                         

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