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O ardor do sol de Roraima encontrou um paralelo no calor crescente entre Maristela e Ravi. Três meses de namoro e decidimos selar nosso compromisso no matrimônio. Embora jovem, minha ingenuidade encarava o casamento.
Ainda inocente e inexperiente, eu estava ansiosa e nervosa para a nossa noite de núpcias. Foi uma noite de descobertas e emoções intensas, marcada pela ternura e pelo carinho de Ravi. No entanto, a felicidade inicial logo deu lugar a uma realidade mais sombria.
Na primeira semana de casamento, Ravi começou a mostrar seu verdadeiro caráter - explosivo e machista. Ele se tornou agressivo e autoritário, transformando a nossa vida conjugal em um campo de batalha constante.
Após uma semana, me encontrei diante da verdade amarga do caráter explosivo e machista de Ravi. Sua violência surpreendente deixou marcas físicas e emocionais. Era um paradoxo, pois o mesmo homem por quem me apaixonei revelava uma faceta cruel. A esperança desmoronava enquanto eu lutava para reconciliar meus sentimentos com o comportamento perturbador de Ravi.
Não demorou muito para que a confiança se transformasse em medo, e a promessa de amor eterno parecia mais uma prisão do que uma celebração. Em meio a esse turbilhão emocional, uma notícia inesperada chegou: eu estava grávida. Em um misto de alegria e temor, carregava a vida que florescia em meu ventre, mas também a incerteza sobre o tipo de ambiente em que minha filha viria ao mundo.
A noite de núpcias foi uma sombra do que eu imaginava. Ravi, ao invés de ser o parceiro gentil e amoroso, revelou uma agressividade que me deixou atônita. A ilusão do romance perfeito desapareceu, e, naquele quarto que deveria ser um refúgio, tornei-me refém do meu próprio matrimônio.