Capítulo 3 Salvem ela de qualquer jeito

Ximena zombou: "Ah, Caroline, não me acuse. Eu não tenho nada a ver com a morte dos seus bebês."

"Isso é simplesmente impossível!"

"Olhe só para você! Você está toda amargurada agora. Quem diria que a antiga estrela do campus da Universidade Adephia acabaria assim? Lembra quando você jurava que ia ganhar o Concurso Internacional de Piano? Mas agora, como é que você consegue competir comigo? Ah, para sua informação, eu me mudei para a casa do Damian. Ele e sua mãe me tratam super bem. Em breve, vamos ficar noivos, sabe?"

Caroline olhou para Ximena, sem acreditar: "Sério mesmo? Isso é porque o Damian não percebeu o tipo de pessoa que você é, né? Não importa o que aconteça, eu vou descobrir o que realmente aconteceu no acidente de carro e com meus bebês. E pode ficar tranquila, não vou desistir do piano. Você não vai sair impune, Ximena. Eu vou me vingar de você por tudo."

Ximena ficou furiosa. Ela olhou para a Caroline no chão, que estava com o rosto pálido, e instantaneamente se lembrou dos dias em que perdeu para Caroline na faculdade.

Ela ficou ainda mais irritada ao se lembrar disso, pois sempre se achava melhor que Caroline.

A raiva tomou conta dela a ponto de ela pisar com força na mão de Caroline com seus saltos altos.

A dor fez o rosto de Caroline ficar ainda mais pálido.

"Caroline, não existe 'verdade'. Não ouse pensar em tocar piano de novo. Você está destinada a ser humilhada por mim pro resto da vida."

Enquanto Ximena falava, Caroline desmaiou. Quando uma enfermeira entrou, ela disse às pressas: "Isso é grave. A paciente está perdendo muito sangue."

Caroline foi levada correndo para a sala de emergência, sentindo que estava prestes a morrer. De repente, ouviu vagamente alguém entrar e dizer com uma voz masculina, baixa e estranha: "Salvem ela de qualquer jeito. Se ela morrer, vocês vão pagar por isso."

Confusa, ela se perguntou quem era aquele cara.

Dentro do escritório espaçoso do Grupo Mayson, Damian estava lá, imponente em seu terno preto, olhando para a chuva torrencial lá fora, sem expressão alguma. Ele franziu a testa um pouco, sentindo uma pontada de dor no peito. Por alguma razão, uma sensação ruim pairava sobre ele.

Cinco anos voaram.

Caroline saiu do Aeroporto Adephia, vestida com um terno branco elegante. Seus cachos dançavam soltos sobre a nuca. Cada movimento era elegante e refinado. Ela tirou os óculos escuros, revelando seu rosto delicado e encantador.

As pessoas na rua olharam para ela mais de uma vez. Se não a conheciam, poderiam jurar que ela era uma celebridade.

Ao observar a cidade movimentada, Caroline sentiu uma mistura de emoções. Perdida em seus pensamentos, ela foi em direção ao banheiro. Ao sair, esbarrou numa criança.

"Ai!"

Caroline se assustou com o grito.

Então, ela pediu desculpas rapidamente: "Me desculpe, não foi de propósito."

A criança olhou para cima e ficou encantada. "Nossa, você é linda! Você é famosa?"

Ouvindo isso, Caroline sorriu ao olhar para o rosto adorável da menina. "Não, não sou famosa."

"Sério? Mas você é tão bonita. E tem uma voz tão legal. Eu gosto muito de você. Eu trouxe um doce da Itália. Vou te dar."

A menina tirou um pedaço de chocolate da bolsa e deu para Caroline.

E então, disse: "Tchau!"