O DELEGADO E A TRAFICANTE
img img O DELEGADO E A TRAFICANTE img Capítulo 2 Chapter 1
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Capítulo 2 Chapter 1

Romero,

Sou um delegado de polícia que busca ser correto e cumprir leis, entrei para fazer a diferença e eu vou fazer, meu nome será lembrado em cada morro dessa cidade.

Fui transferido para o Norte, como uma punição por ter confrontado o próprio sistema, no entanto não vou me render, e para mim quem é conivente com o crime é criminoso também.

Não quero saber se o bacana usa farda, ou se ele anda por aí sem camisa portando fuzil no meio da rua, se cruzar as linhas da lei, certamente entrará na minha mira e modéstia à parte eu nunca erro um alvo.

- Essa é a sua nova sala, senhor Romero, espero que se adapte e que possa ficar conosco. - Amadeu fala mostrando o último ponto da delegacia.

- Obrigado Amadeu, eu também espero muito continuar por aqui! - Agradeço e ele me deixa só.

Hoje é meu primeiro dia na delegacia, a cerimônia de apresentação parecia infindável, embora o relógio marcasse pouquíssimo tempo, folheei algumas pastas que estavam sob a mesa, ouço batidas na porta e é o Rafael, meu melhor amigo e um dos investigadores desta unidade.

- Bom dia meu amigo, o que precisa? - Pergunto indicando que ele se sente.

- Chegou uma denúncia de que um carro está em rota com carregamento de drogas e armas - Ele fala e aguarda que eu diga algo, mas apenas indico que continue - meia tonelada e duas pistolas, o que me diz?

- Vamos buscar! Inaugurar meu novo posto com chave de ouro. - Respondo feliz.

A maioria dos delegados evitam o trabalho de campo, eu por outro lado, gosto bastante. Saímos para aguardar esse carro na estrada, tudo bem que foge um pouco a normalidade, contudo é uma investigação.

- O senhor está de saída, senhor? - Amadeu pergunta assim que pego a chave na recepção.

-Sim, vou averiguar uma denúncia, fique atento, qualquer coisa solicito o reforço. -Respondo e simulo uma continência saindo.

Entro no carro e Rafael é quem dirige, abro algumas mensagens no telefone, meus pensamentos estão longes.

- A droga é da Naty, você já começou a verificar as investigações que foram abertas sobre ela? - Rafael pergunta, me trazendo de volta a realidade.

- É, eu olhei por cima, a mulher é fera! Ao que vi ainda não conseguiram nenhuma foto que mostre o rosto dela, ou ela é esperta ou a inteligência não está fazendo o seu trabalho - Falo e volto meus pensamentos para as pilhas de arquivos que li.

- Ela é boa, mas você é muito melhor! Aposto que na primeira operação você vai derrubar a casinha dessa vagabunda. - Rafael fala animado.

Eu vim para mostrar que não é uma transferência que vai me parar e eu vou pegar essa mulher ou eu não me chamo Romero de Albuquerque.

- Calma, eu ainda nem puxei a "capivara" dela, tenho que conseguir imagens, nome verdadeiro, espero que esse fudido que vamos segurar hoje tenha muitas informações. - Falo olhando fixamente para o asfalto.

- Eu também! - Ele fala parando em um ponto estratégico.

Nem conheço essa mulher e já tenho sede de pôr as mãos nela, vou fazê-la se arrepender do dia que em que decidiu se tornar uma criminosa.

Pelos dados que possuímos dela, nunca foi presa, não há nenhuma imagem que mostre ela de frente, para falar a verdade a única identificação que tenho é um vulgo e uma foto da mão dela, onde há uma tatuagem de uma cruz na lateral do dedo mindinho.

Não posso sair enquadrando todo mundo que tenha uma tatuagem igual, porém na operação que estamos organizando, se eu encontrar qualquer mulher dentro daquele morro que tenha uma cruz na mão eu vou tratar como culpada.

- O informante disse que o carro já está próximo, 10 km e já é nosso- Rafael fala e eu me coloco em posição.

- Positivo! Estou no aguardo. - Respondo e fixo meu olhar na estrada que está relativamente movimentada.

Começo a colocar alguns cones na pista e filtrar a passagem dos carros, tudo para simular uma abordagem normal visando garantir a segurança do nosso informe.

- Vai prender? Passar? Ou liberar? - Rafael pergunta para saber como vamos abordar.

- Esse não dá para "pular", quero ter uma conversa mais intensa, depois a gente solta... deixa que eles mesmo fazem essa limpeza. - Respondo indiferente.

Eu sei todo discurso de ódio que minha atitude poderia gerar, mas é só lavrar um boletim de ocorrência conciso que ninguém vai questionar, a realidade é que a população super apoia quando matamos um vagabundo desses, o problema são os outros vagabundos que vem atrapalhar nosso trabalho.

Hoje em dia eu evito eliminar, é só colher todas as informações e depois devolver para a comunidade, o próprio crime limpa... solta uma reportagem narrando uma colaboração e pronto, está feito.

- Está se aproximando! -Alerto Rafael.

- Em posição! - Ele responde e segura sua arma em punho.

Dou sinal de para ao suspeito que reduz a velocidade e faz menção de estacionar conforme indicado, porém o filho de uma mãe me mostra dedo engata a marcha e sai em disparada.

Ah seu desgraçado, se suas chances já não eram boas, você acabou de ferrar com tudo. Eu vou foder o seu lado de uma forma tão fudida que de forma alguma você sairá vivo disso.

            
            

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