NÃO SIRVO PARA REINAR
img img NÃO SIRVO PARA REINAR img Capítulo 2 Anellize
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Capítulo 2 Anellize

- Dessa vez não serei pega! - digo disferindo um golpe no Josef.

- Você está ficando muito boa, daria uma ótima soldada.

- Eu serei, Josef. A melhor, aliás! - digo determinada e ele ri da minha forma de falar.

Estamos treinando na floresta, como sempre fazemos no final da tarde. Mas hoje o Josef está muito estranho, pensativo e tenso demais.

- Deveríamos lutar com espadas também - sugiro, torcendo para ele aceitar .

- Muito perigoso! - Josef fala ficando imóvel.

- Perigoso? - me exalto - Perigoso é isso, Josef - o acerto em cheio na cintura e ele cai no chão exagerando na atuação.

- Anie, isso doí - ele grita.

- Então vamos treinar com espadas amanhã? - dou a mão para que ele se levante.

- Onde vamos arrumar espadas? - ele pergunta já ficando em pé.

- Com o chefe do exército, seu querido avô.

O avô do Josef é o chefe do exército há uns 30 anos. Excelente, admiro muito ele, meu objetivo é conseguir o seu cargo.

- Não vamos roubar - ele diz tenso.

O Josef é aquele amigo bonitão que gosta de tudo certinho. Sempre.

Com esse par de olhos verdes, cabelo castanho escuro. Admiro ele está sozinho até hoje. Só que o considero como meu irmão mais velho.

O avô do Josef acha que namoramos, porque vivemos grudados o tempo todo e por mais que repetimos um milhão de vezes para ele que somos só melhores amigos. Nos mudamos para próximo a casa do Josef quando eu tinha 11 anos e desde então vivemos juntos por aí.

- Não é roubar, Josef. É pegar emprestado, pois você sabe que se pedir, ele não vai nos dá, não é?

- Não gosto de fazer isso, já basta treinar você aqui sem ninguém saber - ele diz meio triste.

- Você sempre faz com que eu me sinta culpada, não estou tentando te corromper - digo saindo irritada, indo embora para minha casa, pisando forte.

Ele vem correndo atrás de mim, e eu não quero que ele me alcance, então corro. Corro o mas rápido que posso. Quando me canso, subo em uma árvore, para que ele vá embora e não me siga mais.

Após alguns minutos em cima da árvore, começo a me preocupar, está escurecendo e nada do Josef aparecer - Será que me perdi? Não! Eu estou na trilha certa. Será que ele se machucou? - Resolvo descer e ir atrás dele enquanto não está tudo escuro.

Quando pulo no chão o Josef sai de trás de uma árvore me pegando de surpresa.

- Você é boa, mas não me supera - dou risada.

- Fiquei preocupada com sua demora - digo em defesa.

- Nunca desça até ter certeza, caso esteja sendo perseguida - ele me instrui.

- Vamos logo, está ficando escuro - digo.

Ele me deixa em casa e diz que depois passa aqui para me ver de novo. Ultimamente ele sempre passa as noites aqui na minha casa. Mas isso não é nada estranho, ele sempre passou mais tempo aqui do que em sua própria casa, pois sua mãe trabalha muito e seu avô também e ele acaba ficando muito tempo só em casa.

Entro para casa e subo a escada correndo, mas a minha mãe ao me ver, me chama.

- Anie? - a encaro - Onde estava, filha?

- Estava com o Josef, como sempre, mãe - falo.

- Hoje você demorou bastante, está quase na hora do jantar, vai logo tomar seu banho.

- Já estava indo fazer isso, a senhora que me interrompeu - falo sendo atrevida com ela.

- Espero que não esteja sendo grossa comigo - ela fala isso e sai em direção à cozinha.

Minha mãe é a pessoa mais autoritária que eu conheço, exige muita coisa da gente, e chega ser chato. Quer tudo do jeito dela, não me espanta o fato da Antonielle está ficando que nem ela.

Subo para meu quarto e passo pela minha irmã toda arrumada - Vai ter jantar especial hoje e eu não estou sabendo? Que droga!

- Qual o motivo da sua produção hoje, Antonielle? - olho para ela de cima a baixo.

- Nada demais, só quero está linda. Posso ou devo pedir a sua permissão? - reviro os olhos.

- Grossa! - ela dá de ombros.

- Onde estava? - ela me pergunta.

- Com o Josef - ela olha com indiferença - Mas não é da sua conta onde estávamos e nem o que estávamos fazendo.

Deixo-a no corredor, indo em direção ao meu quarto. Cada dia que passa, e o dia das apresentações chegam, ela vai ficando mais chata.

Entro no meu quarto e vou para o banheiro, tomo meu banho e lavo meu cabelo, ao terminar, me seco e vou procurar uma roupa. Não sou muito fã de vestido, mas minha mãe me obriga usá-los. Visto um longo, rodado e elegante, já que quero sair depois do jantar com o Josef.

Desço para sala de jantar e meus pais já estão se sentando. A campainha toca. Eu sei que é o Josef, mas minha irmã corre para atender. Estranho totalmente seu ato, pois ela não faz isso. Nunca.

O Josef entra e a minha irmã estampa o maior sorriso do mundo - Calma, Anellize! Não vou me precipitar, vou pensar em casualidade dela está feliz assim.

Ele me ver nas escadas parada os observando, mas ele só me dá um sorriso e vai se sentar. E eu vou logo atrás também.

Comemos, até aqui tudo normal, menos o fato da minha irmã não parar de estampar esse sorriso na cara, não que eu seja contra sua felicidade, mas ela não era assim, a não ser umas madrugadas que a encontrava toda sorridente indo para o quarto.

Não estou crendo no que eu estou imaginando. Não, não, NÃO. Isso não é possível, minha irmã gostando do Josef?

Minha irmã me tira dos meus devaneios, ela se prepara para anunciar algo.

- Pai, mãe, como vocês já estão sabendo, Anie... - ela sorri olhando para mim e pausa sua fala - eu e o Josef estamos oficialmente namorando - quase engasgo com o suco que estava bebendo.

O QUÊ? MAS COMO? Eu não acredito nisso. Olho para o Josef que desvia o olhar constrangido.

Meus pais aplaudem, eu continuo calada. Não vou fazer nada precipitado. Espero o jantar terminar, meus pais sair e então eu saio logo em seguida para a rua. Ao fechar a porta da minha casa, fico perdida - Para onde eu vou? - Saio sem rumo segurando as lágrimas. Corro tanto que só paro quando dou de cara com um lugar abandonado e caio no chão pelo impacto com a parede. Entro sem pensar duas vezes e me encosto à parede e deslizo nela como nos filmes.

Não consigo controlar e choro, choro até soluçar, de dor por causa da batida na parede e de me sentir traída pela pessoa que mais confiava. Estou tão triste, decepcionada, arrasada, que nem percebo que tem mais alguém aqui.

Percebo que não estou só, fico em alerta - Quem será que está aqui? - Vou à procura de quem quer que seja no escuro, estou com os punhos cerrados, e com medo, muito medo, mas preparada para o pior, quando dou de costa com alguém. Meu coração acelera. É agora o meu fim. Me viro em uma rapidez e o prendo com uma chave de braço. Ele tenta sair e com muito esforço consegue, fazendo com que eu caia e fique embaixo dele. Meu coração dispara mais ainda, vou morrer. A luz da lua que atravessa as janela de vidro quebrada faz com que eu consiga enxergar seu rosto e tronco. Ele é esbelto, forte como o Josef, não dá para perceber detalhes como cor dos olhos, mas esse rosto me é familiar.

Ele se levanta e me estende a mão me ajudando a levantar, aceito e fico em pé. Ele apenas me encara e diz com raiva:

- O que está fazendo aqui?

- Nada! - digo receosa, limpando a minha roupa.

- Você não devia está aqui - ele diz sério, me analisando.

Observo-o também, vejo que suas vestes são sofisticadas, deve ser filho de algum rico por aqui, mas não consigo me lembrar de onde o conheço.

- Você também não deveria está aqui - falo.

- É, não mesmo - diz com uma grosseria saindo.

- Ei, espera - falo e ele olha para trás.

- Fala, senhorita - diz com desdém.

- Quem é você? - pergunto, pois não consigo me lembrar.

- Alguém que você não vai querer saber - grosso! Devia ter batido nele quando tive a chance.

Tento achar a porta por onde entrei, desejando sair logo desse lugar. Depois de uns minutos encontro, saio e ao fechar a porta encontro o rapaz sentado na calçada. Olho para ele, que parece está preocupado com alguma coisa, triste talvez. Resolvo me sentar ao lado dele. Por que fiz isso? Eu não sei.

- Qual o seu problema, garota? - ele pergunta depois de um longo período em silêncio.

- Eu tenho muitos problemas e quais são os seus? - pergunto na inocência.

- Eu não te conheço e não quero ser grosso com você.

- Mais grosso você quer dizer, não é? - digo rindo. De duas ou uma, eu sou muito cara de pau, ou eu sou tapada. Fico com tapada.

- Não me enche, garota - diz sem olhar para mim, ele evita contato visual.

- Sabia que você é um tremendo de um babaca?

- E você é irritante, não ver que eu quero ficar só? - ele diz gritando.

Odeio que gritem comigo, só os meus pais podem. Fico tão brava que dou um soco certeiro no olho dele. Ele cai para trás com o impacto e me bate um arrependimento e vontade de sair correndo. Ele toca o seu olho, parece que está sentindo muita dor - meu Deus, machuquei ele.

- Você é louca? - ele pergunta exaltado.

- Grita comigo de novo, babaca, que eu vou arrebentar a sua cara - digo para manter a pose e saio às pressas, indo em direção para minha casa, antes que ele resolva vim para cima de mim também.

Não costumo ser tão brava assim, a ponto de bater nos outros, mas esse cara me tirou do sério - Que grande babaca esse rapaz - Sei que não devia ter batido nele, mas ele me irritou, eu estou muito brava, e chateada com o Josef, tinha que descontar essa raiva. Creio que nunca mais o verei, e se voltarmos a nos ver, nós nos manteremos longe um do outro para não rolar uma briga novamente ou fingimos que nunca nos vimos antes.

Estou bem próxima de casa, e vejo o Josef se despedindo da minha irmã com beijos. Eles parecem tão íntimos. Isso para mim é como um tiro. Eu nunca os vi com essa intimidade toda.

Depois que eles saem eu entro para casa. Tento entrar sem fazer muito barulho, não quero que meus pais briguem comigo.

- Anellize? - meu pai me chama.

Droga, fui pega. Sou muito azarada. Será que dá para piorar?

- Oi - respondo tímida.

- Última vez que você chega tarde em casa, ok mocinha? Amanhã você vai para loja e sem discussão.

- Mas pai... - ele me ignora.

Dá para piorar sim! Subo com mais raiva ainda para meu quarto. Não gosto de ficar na loja, pois é um tédio, só gente esnobe vai lá.

O meu pai tem uma joalheria no centro, a maioria das joias são confeccionadas por ele, e são lindas. Já a minha mãe trabalha na administração da produção de dinheiro junto com a mãe do Josef. Temos uma boa condição de vida.

            
            

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