Casados Por Contrato - livro 1
img img Casados Por Contrato - livro 1 img Capítulo 4 ♡
4
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Capítulo 4 ♡

Capítulo Dois ♡

Meg Miller ♡

Meia hora depois chego na faculdade, e encontro o campus praticamente vazio, cheguei atrasada novamente. Porém, hoje não estou com um pingo de vontade de assistir à nenhuma aula. Para falar a verdade, eu não queria nem ter saído da minha cama. Hoje não é um bom dia e eu não tenho vontade de fazer nada. Logo penso no amigo que fiz aqui, quero saber se ele já chegou, mas conhecendo ele do jeito que conheço, provavelmente ainda está vindo. Abro o bolso da minha mochila pegando o meu celular de dentro e logo mando uma mensagem e não demoro receber a resposta:

"Bryan, você já chegou?"

"Não Meg, estou quase chegando.

Acabei dormindo demais."

"Eu não estou bem,

Topa ir para o nosso lugar de sempre? Preciso conversar..."

"Claro Meg, tô precisando

Conversar tbm."

"Okay, te espero lá,

Não demora."

"Calma gata, já tô chegando."

Desligo o meu celular e o guardo no meu bolso de trás da minha calça, caminho entre as enormes árvores que ocupam o gramado do campus e vou até uma que está bem mais afastada. Sento perto da árvore e me encosto nela, e espero o Bryan chegar, fecho os meus e sinto os raios solares que a essa hora estão fracos tocarem minha pele e também sinto uma suave brisa passar por mim. Logo uma memória invade minha mente.

" - Eu não acredito que você entrou naquela briga por minha causa - digo ajeitando o cabelo da Mandy que ficou uma bagunça depois da briga.

- Claro que eu iria entrar, você e a minha irmã e só eu posso te zoar. Eu não aceito ver outras garotas zombando de você - brincou enquanto a enfermeira da escola colocava gelo na sua mão.

- Nem você pode me zoar querida - retruco de forma brincalhona também.

- Posso sim, só eu posso. Sabe porquê? - Ela pergunta olhando para mim me fazendo parar de mexer no seu cabelo.

- Não sei, porquê? - Questiono olhando curiosamente para ela.

- Porque você é a minha irmãzinha que eu amo tanto - Mandy responde sorrindo para mim me deixando sem graça, e apenas sorrio de volta. Ela pega na minha mão e aperta docemente, e depois me mostra seu dedo mindinho.

- Eu te amo, juntas até a eternidade.

- Eu também te amo, juntas até a eternidade - murmuro e entrelaço meu dedo mindinho no seu a fazendo sorrir ainda mais fazendo até seus olhos brilharem."

Abro os olhos quando ouço passos vindo em minha direção. Com dificuldade afasto essa memória que tanto me machuca e engoli o choro que apareceu de repente, e seco com a mão algumas lágrimas que escorreram pelas minhas bochechas. Noto Bryan já na minha frente, e ele se senta ao meu lado e passa a olhar o céu cheio de nuvens que se movem lentamente, desvio meus olhos para o mesmo lugar que ele está olhando.

- Como você tá? - Pergunta sem me olhar.

- Mal. Bem mal, porém ainda estou respirando. Isso é bom né? - respondo notando que uma nuvem tem um formato de coelho, ou é coisa da minha cabeça.

- Eu não sei como é perder um irmão que você tanto ama, porém posso imaginar tamanha dor - murmurou do meu lado com a voz tristonha. - Sinto muito Meg, de verdade - sussurrou e pegou na minha mão a apertando de leve, e eu apenas balanço minha cabeça confirmando.

- Como estão as coisas na sua casa? - Pergunto baixinho olhando para ele que continua olhando o céu, mas logo suspira e olha para mim.

- Eu não consegui Meg, não consegui me assumir para os meus pais - murmurou, e eu pude notar que ele está frustrado, e eu diria que até envergonhado.

Bryan é gay e não consegue se assumir para pais por medo da reação deles, pois os pais são conservadores demais. Provavelmente vão surtar quando descobrirem e expulsaram ele de casa, o que é horrível e injusto. Se eles soubessem o filho incrível e forte que eles têm, que passou por tanta coisa por ser negro e principalmente por ser homossexual, e contínua de pé, sentiriam orgulho.

- Você ficou com medo? - Sussurro olhando atentamente para ele.

Ele suspira pesado e responde: - Fiquei Meg. Você me acha fraco por conta disso? - Sua voz soa triste e percebo que ele está aflito.

- De jeito nenhum, você é o cara mais forte que já conheci. Você tem uma força gigantesca aí dentro que me inspira a ser forte. Nunca duvide dá sua força - respondo sincera, suavemente e sorrio para ele.

- Obrigado - agradece e abre um pequeno sorriso mesmo com uma expressão ainda triste no rosto.

- Não precisa agradecer, amigos são para isso. Você pode contar comigo nos momentos bons e ruins. Você pode contar comigo sempre - comento passando a mão com delicadeza pela pele macia do rosto que vai suavizando a expressão de tristeza dando lugar a uma expressão de carinho. - Se precisar bater em alguém, me chama que eu te ajudo - acrescento brincando o fazendo rir.

- Você não existe Meg - falou em meio as risadas.

- Existo sim, ou você acha que sou um fantasma? - questiono fazendo uma cara séria levantando uma sobrancelha.

- Só pode, fantasmas são incríveis - ele afirma me fazendo revirar os olhos, mas volto a rir logo depois.

- Você tá mesmo me comparando com o fantasminha camarada?

- Estou, ele é incrível assim como você - responde me fazendo rir mais ainda.

Puxo minha mochila que estava ao meu lado para o meu colo, abrindo logo depois. Pego uma garrafa de uísque Burbom que peguei no armário de bebidas do meu pai. Ele tem mania de colecionar bebidas e quando souber que peguei mais uma garrafa dele, com certeza ele ficará uma fera. Jogo minha mochila na grama e abro a bebida bebendo um gole que desce queimando pela minha garganta.

- Eu não acredito que você trouxe bebida para a faculdade - Bryan comenta pasmo do meu lado.

- Hoje é um dia que não conseguirei passá-lo sobre-a. Preciso manter minha mente em silêncio, e essa é a maneira mais fácil - confesso deprimida. - Desde o momento que acordei, só o acidente e a morte da minha irmã me vem a cabeça, por hoje está completando cinco anos. Eu tô tentando ser forte e viver, mas não tem sido fácil. Eu tento não me sentir culpada, mas é inevitável. Então prefiro encher a cara e nem me lembrar desse dia depois - acrescento sussurrando num misto de aflição e melancolia, sinto vontade de chorar novamente, mas seguro a vontade e bebo outro gole que dessa vez queimou menos minha garganta.

- Entendo, por isso não te julgo, mas Meg, você não teve culpa foi um acidente - ele tenta me consolar, por isso apenas balanço a cabeça sem olhá-lo, pois sei que sou culpada e nada me faz tirar essa ideia da cabeça. - Acho que preciso de um pouco também - confessou me fazendo entregá-lo a garrafa enquanto aprecio o céu cheio de nuvens.

- Viver não é nada fácil - reflito.

- Nem um pouco, porém acredito que depois da tempestade sempre irá aparecer o sol. Então, por mais que esteja tudo um caos agora, tudo irá melhorar em algum momento. Dias melhor virão. Acredito também que nosso sofrimento não é em vão, tudo isso acontece para aprendemos a sermos fortes e crescermos internamente - meu amigo comenta, me fazendo olha-ló. Seus olhos castanhos escuros estão olhando as árvores que balançam lentamente devido ao vento fraco que passou por nós, que seu cabelo cacheado balançar. Observo meu amigo, seu queixo e quadrado, e pequenas covinhas aparece quando ele sorri. Sua barba que ele mantém aparada, já está crescendo. Seus olhos são luz, de tanto que brilham e tem vida, diferente da sua vida. Bryan é lindo, seu corpo é magro, mas nem isso o deixa mais atraente.

- Você realmente acredita nisso? - Questiono baixinho.

- Sim, eu acredito - responde desviando o seu olhar para mim. - Faz bem acreditar em algo, e eu acredito que tudo irá ficar bem no final. - Mesmos seus olhos tendo uma expressão triste, noto um brilho de esperança neles, então sorri abertamente para mim. Um sorriso verdadeiro, que em contraste a sua pele morena o deixa extremamente lindo.

- Eu não consigo acreditar que tudo ficará bem - sussurro num fio de voz e uma lágrima teimosa que eu tanto estava segurando rola pela minha bochecha.

- Você não precisa acreditar agora - ele diz com suavidade e pega na minha mão. - Tem uma cicatriz enorme aí dentro de você, foque em cicatrizá-la. Com o tempo você verá que tudo irá ficar bem e que nenhum sofrimento é para sempre. Apenas dê um tempo para você mesma. - Bryan aperta de leve minha mão e beija o dorso dela com delicadeza.

- Tá bom - murmuro uma resposta e limpo a lágrima dá minha bochecha.

- Lembre-se Meg, um passo de cada vez - falou me fazendo concordar com a cabeça, em seguida leva a garrafa até a boca bebendo um gole.

Um passo de cada vez... Um passo de cada vez... E no momento que eu estiver sem forças para dá um passo, o que faço?

Mantenho essa pergunta em minha cabeça, pois o Bryan já tem muitos problemas na vida dele e eu não quero ser mais um. Meus problemas são minha responsabilidade. Esse é o meu fardo e irei carregá-lo sozinha, só eu que tenho que sofrer por eles e não colocar nas costas de outra pessoa. Ainda mais se essa pessoa é o Bryan, um garoto cheio de vida e repleto de esperança mesmo tendo que enfrentar sua família e a sociedade pela sua sexualidade.

Acho tão injusto as pessoas sofrerem pelo seu jeito de amar. Ninguém deveria sofrer por sua orientação sexual.

- Eu te admiro muito - confesso olhando para o meu amigo que sorri para mim.

- Sou incrível, eu sei disso - afirmou piscando para mim me fazendo abrir um pequeno sorriso.

- Convencido - respondo empurrando de leve seu ombro e ele ri.

- Convencido não, apenas tenho amor-próprio - argumenta convicto, acabo rindo da careta que ele faz e finge jogar o seu cabelo imaginário para trás, pego a garrafa da sua mão levanto até minha boca e bebo outro gole em seguida.

- Assim é bem melhor - comenta chamando minha atenção. - Gosto de te ver assim, sorrindo.

- Eu também, porém faz tempo que não sorrio de verdade - digo sincera olhando em seus olhos castanhos que me estudam. - Você é uma das únicas pessoas que me fizeram rir de verdade em anos. - Ele sorri abertamente para mim enquanto me olha com carinho.

- Estou me sentindo privilegiado - afirmou e pisca para mim.

- Na verdade, a privilegiada sou eu por ter você como amigo. - Bryan sorri de forma amigável para mim, e vejo seus olhos brilhando de felicidade.

- Okay, okay. Chega desse papo melancólico antes que eu comece a chorar. - Abro um sorriso quando noto que ele está envergonhado. - Para de me olhar assim! - Ele afirma rapidamente se levantando e olha o relógio no pulso. - Vamos, vai começa a próxima aula. - Estende a mão para mim e eu a pego fazendo ele me puxar para ficar de pé.

Espero que esse dia, seja diferente...

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