Esposa por acidente
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Capítulo 4 4

- O quê? Que absurdo é esse? - A coitada não acreditava no que acabava de ouvir.

- É isso mesmo que acabou de escutar. Se quiser salvar a vida de sua filha, apenas, case-se comigo.

- Isso é alguma piada de mau gosto? Por que estão brincando comigo?

- Não é nenhuma brincadeira, senhora Maia. - Fábio começou a falar, vendo que Théo poderia assustar mais a mulher. - O senhor Théo precisa de uma esposa, mas é apenas no papel, entendeu? Não será um casamento real e terá um tempo estipulado para acabar. Será apenas um acordo, assinado entre ambos. Se a senhora aceitar, o Théo se compromete a arcar com os custos da operação de sua filha e de todos os gastos pós-operatórios.

- Isso não me parece nada bom, por que eu?

- Porque você me deve! - Théo respondeu, curto e grosso.

- Mas eu disse que irei pagar o senhor pelos danos do seu carro, eu só não estou podendo conversar sobre isso no momento, por isso, te peço um pouco de paciência.

- Eu não tenho tempo. Meu carro é novo e importado, acha que o comprei para deixá-lo encostado numa oficina? Aceite esse acordo, ou me pague agora mesmo, o que me deve!

- E quanto é que devo para o senhor? - Perguntou, atordoada, não sabia como arranjaria o dinheiro, mas devia ter noção de quanto deveria arrumar.

- Aqui está. - Fábio entregou um papel com o orçamento do conserto do carro.

Quando Maia viu aquele tanto de zeros à direita, quase caiu de costas. Ela até levou a mão à boca, para não ter um ataque de pânico.

- Isso é impossível, foi apenas um farol quebrado.

- Senhora, o carro do meu cliente não é um carro comum. No nosso país, esse modelo custa mais de seis milhões de reais. Tem noção de quanto custa uma peça original? Além disso, mesmo que tenha sido apenas um farol, eles só vendem o par.

- Eu não tenho condições de pagar um valor desses, nem se eu trabalhasse minha vida inteira, eu conseguiria arcar com este custo.

- Olha. - Théo falou pacientemente. - Se fosse apenas o farol, eu até poderia deixar passar, por entender a sua situação, mas meu carro ficou um pouco amassado e com a pintura danificada, terei que pintá-lo outra vez. - Fingia estar se solidarizando com a mulher, mas, na verdade, só queria manipulá-la.

- Eu não acredito. - Maia sussurrava.

- Estou te dando uma oportunidade de quitar sua dívida. Preciso de uma esposa de mentira, por alguns meses. Você só precisará entrar no personagem e me ajudar. Se olhar bem, quem mais ganha com tudo isso é você. Sua filha estará fora de perigo, terá um lugar decente para morar, e se, se sair bem, quando isso terminar, posso até te dar uma quantia considerável para recomeçar sua vida.

Maia parecia tentada com a proposta. Sabia que poderia estar entrando na pior roubada de sua vida, mas o que estava em jogo ali era a saúde da filha. Jamais conseguiria, por conta própria, o dinheiro para a operação, e se fosse esperar por ajuda do governo, sua filha poderia morrer. Ainda mais, havia a dívida que acabou fazendo, sem querer. Seria impossível arrecadar o valor do conserto do carro, nem que trabalhasse simultaneamente em três empregos, ainda por cima, estava desempregada.

- O que tenho que fazer? - Olhou para os dois homens, decidida a se sacrificar pela vida da filha.

Théo sorriu, vendo que conseguiria o que queria.

- Primeira coisa, deve assinar esses papéis que estão aqui. - Disse Fábio. - Iremos transferir sua filha imediatamente para um bom hospital, para ter todo o suporte médico.

Ela pegou os papéis que o homem mostrou e leu cuidadosamente. Estava muito assustada por ver que eles tinham todos os seus dados pessoais.

- Como vocês conseguiram saber disso tudo, em tão pouco tempo? - Perguntou incrédula.

- Ao ter dinheiro, é fácil conseguir o que quer. - Théo respondeu convencido.

Ela engoliu em seco. Sabia que estava sendo comprada por aquele homem, mas não via outra alternativa. Cada segundo contava para salvar a vida de Lis, então assinou cada página, sentindo como se estivesse vendendo sua alma.

- Pronto, e agora? - Perguntava com medo do que viria em seguida.

- É o seguinte, a partir de agora, sua filha irá ser cuidada por pessoas altamente qualificadas. Agora, preciso que assine esses dois papéis aqui. - Fábio tirou duas folhas de um segundo envelope.

- E do que se trata esses papéis? - Perguntou desconfiada.

- O primeiro é o registro de casamento, o segundo é um acordo pré-nupcial.

- Acordo pré-nupcial? - Engoliu seco.

- Vou te explicar detalhadamente. Você e o Théo estarão oficialmente casados, mas você deve manter sigilo para todas as pessoas que conheça. Apenas o avô dele, e as pessoas interessadas, saberão disso. Segundo, enquanto estiverem casados, você terá que se mudar para a casa dele, mas irão dormir em quartos separados. Não haverá nenhum tipo de contato físico e íntimo entre vocês, não precisa se preocupar, mas na frente do avô dele, deverá agir como se vocês fossem bem próximos. Farei uma lista de coisas que você deverá saber sobre ele, para ser o mais realista possível, na frente das partes interessadas. Faça uma lista de coisas que você também quer que ele saiba sobre você.

- Terei que me mudar para a casa dele? - Perguntou assustada.

- Você não pode continuar naquele bairro periférico, onde mora atualmente. Deve sair de lá imediatamente. Quando sua filha sair do hospital, ela irá ficar com você também.

- Mas demorei tanto para conseguir alugar a casa onde moro, o valor do aluguel é muito acessível, não posso sair de lá.

- Senhora Maia, há algumas coisas que deverá deixar para trás. É melhor pensar apenas no agora.

- E quanto tempo tudo isso irá durar?

- Até quando meu avô desistir de querer me casar com alguém. - Théo respondeu.

- E isso vai demorar muito?

- Pode ser que sim, pode ser que não. Dependerá do quanto você for convincente.

- Preciso de tempo para conseguir assimilar isso tudo, primeiro devo focar na cirurgia da minha filha. - Se explicou.

- Não temos tempo, assine logo isso, e vou mandar alguém vir buscar você.

- Como assim me buscar? Não posso abandonar minha filha! - Disse nervosa.

- Vou arranjar uma enfermeira que cuide e fique unicamente com ela. Você terá apenas dois dias para se transformar na esposa perfeita para mim. Esse será o preço que terá que pagar para ver sua filha bem e saudável de novo. Está disposta a aceitar?

Ela olhou para os dois homens à sua frente, depois para os papéis em suas mãos. Pensou no que poderia acontecer se aceitasse, e no que aconteceria se dissesse não. Então, decidiu focar apenas em Lis.

- Eu aceito, farei tudo isso, por ela!

            
            

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