Inevitável - Máfia Corvi
img img Inevitável - Máfia Corvi img Capítulo 5 Oásis
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Capítulo 6 Os Exames img
Capítulo 7 Um Acordo img
Capítulo 8 Feito! img
Capítulo 9 Vamos Conversar img
Capítulo 10 Madrugada Quente 🔥 img
Capítulo 11 Belo Dia img
Capítulo 12 Bela Noite 🔥 img
Capítulo 13 13. Um passeio img
Capítulo 14 Distante img
Capítulo 15 Um velho conhecido img
Capítulo 16 Um quebra-cabeças img
Capítulo 17 Não confie img
Capítulo 18 Memórias confusas img
Capítulo 19 Delegacia img
Capítulo 20 Treino img
Capítulo 21 Iate 1 img
Capítulo 22 Iate 2 img
Capítulo 23 Delegacia img
Capítulo 24 Incertezas img
Capítulo 25 Um Plano img
Capítulo 26 Negocios img
Capítulo 27 Garota img
Capítulo 28 A Carta img
Capítulo 29 Oásis 1 img
Capítulo 30 Oásis 2 img
Capítulo 31 Um Acordo img
Capítulo 32 Visita img
Capítulo 33 Vestido vermelho img
Capítulo 34 Recado Entregue img
Capítulo 35 Em quem confiar img
Capítulo 36 Confiança img
Capítulo 37 Leilão 1 img
Capítulo 38 Leilão 2 img
Capítulo 39 Liberdade img
Capítulo 40 Reunião img
Capítulo 41 Um novo aliado img
Capítulo 42 Assuntos pendentes img
Capítulo 43 Paris 1 img
Capítulo 44 Paris 2 img
Capítulo 45 Problemas img
Capítulo 46 Incertezas img
Capítulo 47 Um Sonho img
Capítulo 48 A Casa img
Capítulo 49 Um Culpado img
Capítulo 50 Os Fracos caem primeiro img
Capítulo 51 Em Busca de Respostas img
Capítulo 52 A Resposta img
Capítulo 53 Isabella Mazzone img
Capítulo 54 Um Erro img
Capítulo 55 Oi, passado img
Capítulo 56 Consequências img
Capítulo 57 Uma lição img
Capítulo 58 Divórcio img
Capítulo 59 Primeira audiência img
Capítulo 60 Manchete img
Capítulo 61 Risco img
Capítulo 62 No Hospital img
Capítulo 63 Leão img
Capítulo 64 Família img
Capítulo 65 Primeiros dias img
Capítulo 66 Reconciliação img
Capítulo 67 Calmaria Preocupante img
Capítulo 68 Telefonema img
Capítulo 69 Resgate 1 img
Capítulo 70 Resgate 2 img
Capítulo 71 Resgate 3 img
Capítulo 72 O Ventania img
Capítulo 73 Em casa img
Capítulo 74 O nome do inimigo img
Capítulo 75 Vendetta 1 img
Capítulo 76 Vendetta 2 img
Capítulo 77 Mantenha a calma img
Capítulo 78 Inevitável img
Capítulo 79 Um novo lar img
Capítulo 80 Epílogo img
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Capítulo 5 Oásis

À noite, Donatello e Carlo subiam as escadas para entrar na Oásis, a boate que era um dos poucos negócios lícitos que Puzzo administrava. O lugar era um ponto de encontro para homens em busca de prazer e mulheres dispostas a oferecer isso em troca de presentes caros, todos sabiam que qualquer mulher que frequentasse a Oásis podia ser comprada.

Ao ver as mesas cheias de homens bêbados, com duas ou três mulheres os acompanhando, Don imediatamente decidiu que Flora jamais colocaria os pés naquele lugar, não era uma simples boate para dançar e se divertir e ele sabia, que até explicar quem era ela, muita coisa ruim poderia acontecer.

- Me surpreende você continuar mantendo sua identidade em segredo. Eu no seu lugar já teria espalhado por todos os lados que sou dom da maior máfia italiana, só para ter todas essas mulheres aos meus pés. - Carlo comentou erguendo os braços.

- E é por isso que você não é o dom. A polícia e o governo estão de olho em tudo, não dá para confiar nas pessoas. - ponderou, tentando manter-se tranquilo com o primo, não queria que ele o visse como inimigo. Não naquele momento. Os dois subiram para a área VIP, de onde podiam assistir tudo que acontecia na boate e ter um visão privilegiada do palco, onde aos fins de semana aconteciam apresentações de dança. - Falando em negócios, aceitei vir aqui porque...

- Aspetta un attimo, primo. Espera. -Carlo o cortou, afinando a voz e abrindo um sorrindo. - Não podemos falar de negócios sem nem mesmo tomar um drink. - vendo que Don iria se opor ele continuou. - Eu sei do seu código de não beber ao falar de negócios, mas sou seu primo, não há com o que se preocupar. - Carlo sorria mostrando todos os dentes amarelados.

Donatello não confiava nele e sua repentina visita o deixou em alerta, Carlo era membro de uma máfia rival, os dois líderes viviam um momento tenso, mesmo estando supostamente em paz e fuga do primo em se explicar, o levou a especular alguns motivos para a visita. Por isso preferiu seguir o jogo do primo e tratá-lo bem para ver onde iriam chegar, pediu duas doses de Whisky e esperou o primo tomar antes de iniciar o assunto.

- Então, primo, o que o trouxe tão repentinamente para cá? Esperava te ver só daqui dois meses.

- Olha, primo, isso era para ser sigilo, mas somos parentes e em nome da memória de sua mãe, irei te dizer. Santini me pediu para verificar o território, sabe? Descobrir se você tem algum plano em mente. - Carlo esperava uma reação, mas Don permaneceu inexpressivo. - Ele não confia que você cumprirá sua parte, já que você acredita na inocência do Marconi.

- De fato acredito e tenho meus motivos, mas nem por isso deixarei de fazer o necessário para manter a paz. - Donatello se levantou e pôs as mãos nos bolsos. - Não darei a Santini um motivo para pedir por vendetta.

- E está corretíssimo, primo, mas temo que seu desejo por paz está longe de ser realidade agora que desprezou LeBlanc. - Carlo segurava o copo com um pequeno sorriso, era um homem sem lealdade, que corria para o lado mais forte e achava que Donatello em breve perderia seu posto.

- Estou dentro do código, LeBlanc não cumpriu um acordo, eu poderia tê-lo matado, mas não fiz isso para não dar mais motivos à Santini. Se ele não concorda com isso, então diga a ele para convocar uma reunião com todas as famílias para revermos o código. - Donatello falou com a voz baixa e grave, que soou assustadora o bastante para calar seu primo.

Convocar todas as famílias era um evento único e significativo. Angelo Santini não se atreveria a propor algo assim sabendo da popularidade de Puzzo entre as famílias. Donatello não teria se tornado o maior chefe da máfia italiana se não tivesse apoio e aliados, homems mais velhos sentavam para ouvir seus conselhos, pedir favores e fazer negócios. Santini não tinha o poder necessário para derrubá-lo e ambos sabiam disso.

- Bom, eu não vim aqui apenas para falar de negócios, também quero me divertir.

Donatello dispensou o primo e ficou, assistia a apresentação de pole dance no palco principal, mas sua mente pensava em outras coisas, planejava seus próximos passos. Carlo estava certo, Ângelo Santini e George eram amigos, LeBlanc era o elo que mantinha a paz entre eles e Puzzo precisava se preocupar com a repercussão de sua decisão.

Decidiu que iria aproveitar sua viagem à capital para fortalecer os laços com Ferdinando Savoia, o dom da máfia romana. Também achou que seria bom adiatar seu casamento com Flora, cabia a ele manter a única Callegari sobrevivente viva, ela era sua melhor chance de conseguir respostas sobre o que aconteceu no passado.

- Donatello Puzzo... como pôde vir nos visitar sem avisar? Eu teria no mínimo separado uma boa garrafa de champanhe. - Keila Lombardi se aproximou, a mulher era a gerente do estabelecimento de Puzzo, vestia-se com roupas curtas e de marca, mas colocou um casaco de pele para se encontrar com seu chefe. A loira abusava da maquiagem que de fato lhe dava alguns anos a menos. Sentou-se na cadeira antes ocupada por Carlo e acendeu um cigarro.

- Não vim para me divertir, Keila e estou noivo. - respondeu após alguns segundos observando a mulher.

- E esse não deveria ser um motivo para comemorar? Esse lugar é procurado justamente pelo sigilo absoluto. - falou com um meio sorriso em seu lábios tingidos de vermelho. - Eu sei que não foi por isso que veio, vi Carlo saindo com três mulheres e espero que no mínimo ele pague a conta dessa vez.

- Hoje ele está por conta da casa, Keila. Veio a mando do Ângelo.

- E você o trata bem? Se eu não te conhecesse, diria que está sendo bobo, mas algo me diz que você tinha um plano em mente.

Donatello demorou a responder, gostava de ser cauteloso com as palavras, principalmente com pessoas ambiciosas e Keila o trairia se seu cargo na Oásis fosse ameaçado. Disso ele não tinha dúvidas.

- Só estou evitando uma guerra, um líder precisa saber quando é hora de manter a paz. - respondeu. Keila apagou o cigarro, se levantou e fechou a janela que dava para o palco, seu olhar estava sério e ela se aproximou por trás da poltrona de Puzzo, se inclinando e apoiando as mãos no encosto de camurça para falar próximo ao ouvido do homem.

- Você não tem por onde fugir, Don. Entram muitas pessoas por aqui e eu ouço muita coisa, estão falando que Santini trabalha para alguém maior, alguém que quer te destruir. Estou te dando um conselho de amiga, não brinque com o Ângelo e não confie em ninguém.

- Obrigado pela dica, Keila, mas você não disse nada que eu já não saiba. Então se souber de algo mais, é melhor dizer logo. - ela se afastou, se sentando na poltrona vazia novamente.

- Dizem que é o homem que matou seus pais.

- Meus pais? Está sugerindo que foi um único mandante? - aquela sim era uma informação nova e Donatello lamentou não ter pensado nisso antes, também percebeu que não devia ter se alterado, não devia demonstrar que foi pego desprevenido.

- Não estou sugerindo nada, estou repassando o que ouvi. Você tem a única Callegari viva em suas mãos, por que não pergunta a ela sobre o homem com uma cicatriz? - Keila se levantou para sair, mas Donatello segurou seu pulso.

- Não use meias palavras comigo, Keila. Diga logo! - a mulher se assustou com a violenta e repentina aproximação do homem, ela considerou o que sabia e precisava decidir de que lado ficaria naquela disputa. Lembrou-se do pai de Donatello e percebeu que devia isso ao herdeiro.

- Seu pai disse certa vez, que antes de desmaiar no ataque, viu um homem, vestindo roupas elegantes, pegar a menina debaixo da mesa, ele disse que a garota o reconheceu e foi até ele sem medo. Quando se virou, viu que o homem tinha uma imensa cicatriz no rosto. Seu pai acreditava que ele era o mandante, mas nunca conseguiu encontrá-lo. Pensava que só a garota podia dizer.

Flora cada dia mais se tornava peça importante naquele quebra-cabeça. Restava saber de que lado ela estava.

- Como sabe disso? E como sabe sobre a Callegari. - ele questionou, mas já tinha uma ideia.

- Você sabe bem como eu cheguei na posição que estou. E quanto a garota, sou amiga da Branca, ela me contou. - ela olhou para a mão de Donatello ainda segurando seu braço e ele a soltou. - Mandarei a Nice vir, você está precisando relaxar.

A mulher saiu, deixando Donatello com uma nuvem de pensamentos tumultuosos. Sentia que estava chegando num grande impasse, que sua união com Flora traria à tona antigas questões. Era hora de resolver as pontas soltas que seu pai deixou e como sempre ele precisava estar um passo à frente de seus inimigos, então trancou a porta para que ninguém entrasse e fez uma rápida ligação.

                         

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