Inevitável - Máfia Corvi
img img Inevitável - Máfia Corvi img Capítulo 4 4. Primo
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Capítulo 6 Os Exames img
Capítulo 7 Um Acordo img
Capítulo 8 Feito! img
Capítulo 9 Vamos Conversar img
Capítulo 10 Madrugada Quente 🔥 img
Capítulo 11 Belo Dia img
Capítulo 12 Bela Noite 🔥 img
Capítulo 13 13. Um passeio img
Capítulo 14 Distante img
Capítulo 15 Um velho conhecido img
Capítulo 16 Um quebra-cabeças img
Capítulo 17 Não confie img
Capítulo 18 Memórias confusas img
Capítulo 19 Delegacia img
Capítulo 20 Treino img
Capítulo 21 Iate 1 img
Capítulo 22 Iate 2 img
Capítulo 23 Delegacia img
Capítulo 24 Incertezas img
Capítulo 25 Um Plano img
Capítulo 26 Negocios img
Capítulo 27 Garota img
Capítulo 28 A Carta img
Capítulo 29 Oásis 1 img
Capítulo 30 Oásis 2 img
Capítulo 31 Um Acordo img
Capítulo 32 Visita img
Capítulo 33 Vestido vermelho img
Capítulo 34 Recado Entregue img
Capítulo 35 Em quem confiar img
Capítulo 36 Confiança img
Capítulo 37 Leilão 1 img
Capítulo 38 Leilão 2 img
Capítulo 39 Liberdade img
Capítulo 40 Reunião img
Capítulo 41 Um novo aliado img
Capítulo 42 Assuntos pendentes img
Capítulo 43 Paris 1 img
Capítulo 44 Paris 2 img
Capítulo 45 Problemas img
Capítulo 46 Incertezas img
Capítulo 47 Um Sonho img
Capítulo 48 A Casa img
Capítulo 49 Um Culpado img
Capítulo 50 Os Fracos caem primeiro img
Capítulo 51 Em Busca de Respostas img
Capítulo 52 A Resposta img
Capítulo 53 Isabella Mazzone img
Capítulo 54 Um Erro img
Capítulo 55 Oi, passado img
Capítulo 56 Consequências img
Capítulo 57 Uma lição img
Capítulo 58 Divórcio img
Capítulo 59 Primeira audiência img
Capítulo 60 Manchete img
Capítulo 61 Risco img
Capítulo 62 No Hospital img
Capítulo 63 Leão img
Capítulo 64 Família img
Capítulo 65 Primeiros dias img
Capítulo 66 Reconciliação img
Capítulo 67 Calmaria Preocupante img
Capítulo 68 Telefonema img
Capítulo 69 Resgate 1 img
Capítulo 70 Resgate 2 img
Capítulo 71 Resgate 3 img
Capítulo 72 O Ventania img
Capítulo 73 Em casa img
Capítulo 74 O nome do inimigo img
Capítulo 75 Vendetta 1 img
Capítulo 76 Vendetta 2 img
Capítulo 77 Mantenha a calma img
Capítulo 78 Inevitável img
Capítulo 79 Um novo lar img
Capítulo 80 Epílogo img
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Capítulo 4 4. Primo

Flora não sabia até onde ia sua liberdade, mas estava genuinamente feliz. Seu quarto era grande o suficiente até para dar uma festa, a cama de casal era macia e confortável, os lençóis limpos cheiravam amaciante de roupas. Tinha um banheiro com chuveiro e banheira e um closet vazio. As roupas que trouxe jamais seriam o suficiente para encher o closet e ao se lembrar disso, encontrou sua sacola próxima à cama.

Ela retirou os documentos e guardou as roupas no closet, aproveitou para tirar o vestido vermelho que em nada combinava com ela e colocar uma de suas roupas usuais. Vestiu calça jeans e camiseta rosa, ambas peças que eram de Amanda e ficavam um pouco largas em seu corpo, colocou tenis All Star e desceu novamente. Se sentia estranha, não sabia o que fazer ou como se comportar. Não conhecia ninguém, não sabia onde ficavam as coisas e nem o que lhe era permitido fazer. Esperava que Branca pudesse lhe dizer.

- Que roupas são essas? - ouviu a voz de Donatello atrás de si e parou de caminhar. Se virou lentamente para encarar o homem.

- São as únicas que tenho.

- Vieram direto da caridade? - ele brincou e Flora olhou para as peças, a calça jeans estava desbotada e a camiseta rosa tinha uma mancha, de fato era fácil dizer que vieram da caridade. - Branca!- a mulher mais velha veio à passos largos ao encontro dos dois. - Acompanhe Flora até o shopping, compre tudo o que ela precisar, vista-a como uma verdadeira senhora Puzzo. Agora mesmo.

- Sim senhor. - respondeu ao chefe e sorriu para a moça. - Vamos, querida?

Branca e um dos seguranças acompanharam Flora até o shopping, a garota se impressionou com a variedade de lojas e principalmente de pessoas no local, elas entraram numa loja de grife, as vendedoras olharam com certa discriminação para a garota, mas a presença da mais velha lhes convenceu a fazer um ótimo atendimento.

Branca separava as peças enquanto a jovem experimentava e escolhia as que mais gostava. Entraram em várias lojas, compraram roupas, sapatos, cosméticos, perfumes, Flora ganhou algumas dicas de como se maquiar e enfim foram ao salão de beleza.

O cabeleireiro lhe disse que seu cabelo era ondulado e que definido e bem cuidado, ficaria mais bonito do que se o alisasse com química, ele foi lhe ensinando a cuidar do cabelo enquanto tratava, depois ganhou um corte em camadas e uma franja, que segundo ele combinava com seu rosto. Saiu com seu cabelo caindo em suas costas em ondas definidas, tinha um certo volume e permanecia comprido. Branca se assustou ao vê-la tão diferente.

- Agora sim parece gente. Está bonita, garota. - comentou a mulher. Flora estava feliz, se sentia realmente bonita pela primeira vez em sua vida e não se importou com o comentário de Branca.

Usando suas roupas novas e com o visual novo, Flora se sentia mais confiante em sua nova vida, mas de certa forma, isso não dizia muito sobre o futuro.

***

Enquanto as duas faziam compras, Donatello foi até o aeroporto receber Carlo Piazzi, seu primo, que avisou horas antes que estava chegando, alegando ir à negócios, mas Donatello sabia o que ele pretendia.

- Primo! - cumprimentou Carlo ao ver Donatello, ele era ruivo e alguns centímetros mais baixo, o calor deixava seu rosto vermelho e o rosto com sardas e um pouco infantil escondia que era dois anos mais velho que Donatello. - Não precisava ter vindo até aqui, não sou tão burro a ponto de não saber o caminho até sua casa. - brincou ele.

- Claro que não, mas preferi garantir que não ia se perder. - respondeu, não vendo graça no comentário do primo.

Os dois homens seguiram para o carro, conversando sobre seus negócios. Donatello gostava do primo, apesar de o considerar imaturo e devasso. Sendo quem era, Don não tinha amigos, apenas alguns aliados, Carlo não era seu aliado, mas ser seu primo por parte de mãe bastava para que o respeitasse.

- Vou me casar, primo. - comentou, sorrindo ao se lembrar que certa vez disse a Carlo que nunca se casaria.

- Casamento pode ser bom, desde que ela não descubra as amantes. - Carlo soltou uma risada alta para sua própria piada, mas Donatello não viu graça. Já havia passado pela traição e não achava certo trair alguém a quem jurou lealdade. - Quem será a sortuda?

- Flora Callegari.

- Callegari? Ela não estava morta?

Donatello confirmou com um aceno.

- Era isso que pensávamos, mas os LeBlanc a mantiveram bem escondida... ou quase.

- Ela sabe de alguma coisa? - a pergunta de Carlo ia além de mera curiosidade, a resposta era importante para ele.

- Era muito nova para se lembrar. - respondeu Don, não notou o desejo implícito na pergunta, mas sua resposta era uma mentira, pois não conversou com ela sobre isso.

- No fim é só mais uma vítima. - concluiu Carlo. - Você a ama? Ou isso é mera formalidade? - Ele não respondeu, deixou que o silêncio falasse por si. Estava acostumado a não dar respostas diretas e aquela pergunta exigia uma. - O amor é uma fraqueza Don, não esquece disso.

- Jante conosco está noite. Dessa forma poderá descansar mais cedo. - Donatello não gostava de receber visitas, menos ainda tendo Flora, mas abriria uma exceção ao primo, pois precisava conversar com ele em particular. Carlo o encarou e abriu um sorriso.

- Grazie, primo. Amanhã podemos ir naquele seu clube... estou com saudade das putas que mantém lá.

Donatello travou a mandíbula ao ouvir o primo falando daquela maneira sobre as dançarinas de sua boate, a maioria estava lá por não ter melhores opções ou para pagar dívidas de seus maridos ou pais. Mas a verdade é que Don odiava a maneira que seu primo tratava as mulheres, Carlo maltratava sua esposa e a humilhava na frente de todos, fora as traições frequentes. Donatello não pensava em seu casamento com amor, ele não tinha esse sentimento para oferecer e não passava de interesse de sua parte e possivelmente da dela, mas esperava uma convivência pacífica e agradável para os dois.

Ele abriu a boca para dizer algo, mas mudou de ideia, não valia a pena argumentar com seu primo.

- Irei para a capital amanhã a tarde, não poderia te acompanhar.

- Ora, então vamos hoje! Melhor ainda! - Donatello queria descobrir o verdadeiro motivo da vinda do primo e se livrar dele o mais rápido possível, então decidiu mudar os planos e ir para a boate naquela noite. Mas antes precisava ir para casa, tomar um banho e verificar se Branca conseguiu transformar sua noiva em alguém apresentável.

Flora, Branca e o segurança chegaram cheios de sacolas e as colocaram no quarto de Flora, a jovem queria olhar cada peça novamente, para ter certeza de que não era um sonho. Só ganhava roupas novas no natal e era apenas uma ou duas peças, aquilo até lhe parecia irreal. Eram tantas coisas que nem mesmo tinha certeza se saberia usar. Antes que pudesse guardar tudo no closet, Branca foi até seu quarto.

- Seu noivo está chegando e deseja vê-la.

- Tudo bem, obrigada. - se levantou deixando tudo ali. - Por favor, peça para não mexerem, quero ver tudo de novo.

- Claro querida. - Branca a olhou com certa pena e rapidamente disfarçou.

Flora escolheu um vestido e trocou sua roupa, depois, ambas desceram as escadas e em poucos minutos os homens entraram. Aos olhos de Flora, Donatello estava ainda mais bonito sem o terno e com as bochechas vermelhas graças ao calor, queria estar tão visualmente bonita quanto ele, esperava agrada-lo com sua nova aparência. Ele por sua vez, gostou de como ela estava, achou que o cabelo combinou com seu rosto, mas ainda era notório que a garota estava magra demais.

- Flora, este é Carlo Piazzi, meu primo. Carlo, esta é Flora Callegari, minha noiva. - Flora estendeu a mão ao primo de seu noivo e sorriu, Carlo tomou sua mão e depositou um beijo no dorso. Donatello ficou incomodado com o gesto, mas se conteve.

- É belíssima, prima, se parece muito com sua mãe Catarina, lembra-se dela? - a moça negou e ele continuou. - Muitos diziam que a união dos seus pais se tratava de um casamento arranjado, pois além de mais jovem, Catarina era muito bonita para um homem como Leonel. É como se a história se repetisse.

Flora entendeu o que o homem queria dizer e olhou rapidamente para Donatello antes de responder algo.

- Isso não é um casamento arranjado, se é isso que está supondo. - ela respondeu.

- Não... isso me parece mais interesse mútuo. - o ruivo sorriu. - Cuide-se senhorita Callegari.

Carlo a olhava com interesse, afinal, eram poucos os que sabiam da existência da jovem e era essencial saber de que lado ela estava. Estaria Flora enganando Donatello? Carlo pensava. Se fosse isso, então o jogo estava finalmente começando.

Os homens subiram as escadas para o segundo andar e Flora esperou que eles sumissem de sua vista antes de subir também e terminar o que tinha começado.

            
            

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