A arqueira
img img A arqueira img Capítulo 2 Pagamento
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Capítulo 6 Mão gigante img
Capítulo 7 Surdo img
Capítulo 8 Torneio img
Capítulo 9 Roubaram o corpo img
Capítulo 10 Experiência própria img
Capítulo 11 Metamorfo img
Capítulo 12 Crianças img
Capítulo 13 Te peguei img
Capítulo 14 Floresta img
Capítulo 15 Desculpas img
Capítulo 16 Besta img
Capítulo 17 Titia img
Capítulo 18 Dragão img
Capítulo 19 Servo img
Capítulo 20 Amor img
Capítulo 21 Deixe Morrer img
Capítulo 22 Mercy img
Capítulo 23 Firme img
Capítulo 24 Veneno img
Capítulo 25 Dragão img
Capítulo 26 Astaroth img
Capítulo 27 Piedade img
Capítulo 28 Egoísta img
Capítulo 29 Siga img
Capítulo 30 Ainda existimos img
Capítulo 31 Vagalumes img
Capítulo 32 Deusa img
Capítulo 33 Uniformes vermelhos img
Capítulo 34 Chá img
Capítulo 35 Meu povo img
Capítulo 36 Hora certa img
Capítulo 37 Pare Romeu img
Capítulo 38 Na cabeça img
Capítulo 39 Epílogo img
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Capítulo 2 Pagamento

Ele ouviu ruídos dentro de uma igreja abandonada. Estava procurando a irmã desde a madrugada e até agora não tinha tido nem um sinal que mostrasse que ela estava viva. Seguindo sua intuição, ele caminhou para a entrada do prédio em ruínas, adentrando lentamente e desviando-se dos escombros no chão.

Makva tentava vestir uma de suas roupas na garota loira mas tudo ficava apertado demais ou folgado demais em seu busto. No fim, ela pega uma camisa larga, branca com botões e passa pela cabeça da outra.

- Vai ser isso - decide e pega uma calça. - Se não servir o problema é seu.

A outra tenta passar a calça pelas pernas, choramingando. A diferença de altura das duas era muita, porém mesmo sendo pequena a força física de Makva é surpreendente e ela provou isso ao domar a pantera.

- Por que você quer me ajudar? - indaga, depois de conseguir vestir as calças, contudo ficaram curtas, deixando a maior parte de suas canelas a mostra.

Makva estava olhando para as peças de roupa e jogando dentro do baú.

- Tenho pena de pessoas feias e, preciso do dinheiro para comprar algo para comer, já que você fez eu me distrair e provavelmente outro animal comeu o que seria o meu almoço - responde, tirando sua camisa suja de sangue.

A loira estava de boca aberta, chocada.

- Você me chamou de feia?!

Jogando a camisa de qualquer jeito no chão, Makva pega um vestido justo e preto que ia até metade de suas coxas.

- Não leve para o lado pessoal, eu até gosto de pessoas de aparência crítica, tá?

- Eu era considerada uma beldade no meu antigo vilarejo! - se defende.

- Bom, dá para ver que eles não tinham nenhum senso crítico - deu de ombros.

Antes que a outra pudesse retrucar, um homem de vestes pretas adentra o corredor em que estavam se arrumando.

- Abigail! - se apressa indo em direção a irmã abraçando-a afetivamente.

- Ah, que lindo - fez uma expressão de nojo.

Isso chamou a atenção dele, fixando o olhar flamejante nela.

- Você sequestrou a minha irmã! - acusa. - Por isso que ficou curiosa sobre a foto!

Makva faz uma careta.

- Sou conhecida por salvar muitas criaturas mas com certeza eu não sequestrei a infeliz da sua irmã.

Abigail chama a atenção dele.

- Irmão, você me acha feia?

- Quê?! Claro que não! - se apressa em tranquilizar a outra.

- Ela disse que minha aparência é duvidosa - choraminga.

Ele volta seu olhar para a garota pequena.

- Você disse isso para ela?!

- Acha que ela mentiria? - arquea a sobrancelha. - Sem contar que nem foi necessariamente uma ofensa.

- Então gostaria que alguém a chamasse de feia?

Makva enruga a testa.

- Por que eu me importaria com mentiras?

Ele passa os dedos pela temporã.

- Só... pare de chamar minha irmã de feia, ok?

- Eu só estava sendo sincera - encolhe o ombro.

Abigail choraminga, fazendo seu irmão ir em seu encontro, segurando-a pelos ombros.

- Não leve o julgamento dela a sério. Quando eu a vi mais cedo a vi ela olhar com aversão para todas as mulheres que cruzavam seu caminho.

- Era uma lástima, as aparências delas estava desgastante - suspira.

- Viu como ela é? - consola a irmã que o olhava sem entender nada. - Ela é narcisista - conclui, o rosto de Abigail se iluminando.

- Ei! Eu não sei o que significa isso mas com certeza não é algo bom já que ela ficou feliz - resmunga.

- Está vendo? Narcisista e estulta.

Makva semicerra os olhos.

- Muitas palavras difíceis meu cérebro bugou - diz. - Enfim, vamos acabar com isto. Quero meu pagamento.

- Pagamento?!

- Sim. Sua irmã quase foi morta e eu a salvei - responde o óbvio.

- Você não poderia ao menos ter feito isso apenas porque é uma pessoa boa?

Makva o encara, entediada.

- Eu tenho cara de quem faz boas ações? Eu faço negócios e se você não me der o que quero irei levá-la de volta comigo e deixar que a pantera termine o que começou - ameaça.

Ele cruza os braços em frente ao corpo.

- Você não faria isso.

Makva pega a mão de Abigail que ficou assustada, arrastando-a para longe. Antes que atravessasse o corredor o irmão da outra a chama.

- Eu vou dar o dinheiro - resmunga. - Vamos até a minha casa.

Ele caminha até elas, seguindo para fora. Contudo, Abigail para no meio do caminho.

- Só pra ter certeza... - começa. - Qual é o seu padrão de beleza? - indaga para Makva.

- O meu, por quê? - responde sem hesitar.

Abigail assente com a cabeça e encara o irmão.

- É, você estava certo.

{...}

Estavam agora em território do rei. As ruas de ouro que dava caminho para o Palácio brilhavam enquanto a grande torre se estendia por metade das ruas.

Mas havia algo errado.

Makva encarou os soldados que embora estejam de pé, parecia apenas ser armaduras vazias, contudo permaneceu calada, observando ao redor e tomando cuidado para não entrar em uma emboscada. Havia trago seu arco consigo porém ainda sim teria que tomar cuidado, subestimar seus inimigos é o pior erro de um principiante.

Dentro do Palácio tudo parecia ser feito de outro, embora as paredes sejam brancas assim como o teto, os as adornos e escadas em espiral estavam todos banhados com o dourado mais cintilantes que já havia visto. Ela se aproximou de um dos jarros, tocando sua superfície fria.

- Se vocês tem todo esse dinheiro em benefício próprio por que diabos não mandaram uma patrulha atrás dela? - perguntou, afastando-se do jarro.

- Meu pai não sabe, eu mesmo cuidei do assunto - responde, abrindo uma das diversas portas.

- Quero nem imaginar o que aconteceria com a sua cabeça se não a achasse - rir, tocando em outro jarro.

- Não toque em nada, por favor.

- Ora se eu não toco, quem me trouxeram foi vocês.

Ele suspira, derrotado.

- Falar com você é como se eu estivesse falando com uma das crianças pobres do reino.

Ela se afasta do jarro, jogando os cabelos para trás.

- Pois espero que essas crianças cresçam e o matem, apenas por essa frase idiota - diz, irritada. - Sua sorte que eu só vir pegar o dinheiro, senão já teria dado meia volta daqui.

Passos apressados podem ser distinguidos, automaticamente ela posiciona seu arco, apontando para o homem assustado que estava vindo em sua direção, vestido como um idiota de calças cheias e camisa branca, sem nada especial para chamar a atenção. Ele tinha uma expressão cansada e parecia desesperado para entregar informações. Abigail e seu irmão a encararam admirados por sua rapidez.

- Não me olha assim, fale logo o que quer antes que eu o acerte com uma flecha na testa - ordena.

- Senhora eu... - se embaralha com as palavras.

- O que se trata isso, senhorita? - o filho do rei pergunta.

- Senhorita uma ova! Eu vi como estar os guardas e não vou abaixar minha guarda e, se você tiver me trago pra uma armadilha os próximos que eu vou matar vai ser você e sua irmã! - ainda está olhando fixamente para o mensageiro.

- Do que você está falando?!

- Ela está certa, senhor - as mãos do outro estão tremendo. - Alguém botou nossos soldados para dormir e agora estamos sendo atacados - engoliu em seco.

Makva abaixa o arco.

- Quero meu dinheiro logo para vazar daqui.

- Você não pode ir embora! - desta vez é Abigail que fala.

- Claro que posso.

- Ele está dando ainda mais dinheiro para quem se ajuntar aos outros para proteger o reino - o mensageiro informa.

- Não ligo, minha vida vale mais que isso -retruca.

- Se você ajudar, eu pago mais do que eu pretendia oferecer a você - o irmão de Abigail entra nos negócios.

Ela olha pare ele, desconfiada.

- Eu tenho certeza absoluta que você tem força o suficiente para lutar.

- E eu vou, mas precisam de mais gente.

Todos a encaram em expectativa.

- Só podem tá de brincadeira com a minha cara.

            
            

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