Ter visto aquele grupo de homens havia apertado um gatilho dentro dela que pensou que tivesse superado, contudo estava mais vivo do que nunca e certamente não passaria de forma calma como da última vez. Toda as suas células gritava por vingança de repente como se este tivesse se tornando seu objetivo de vida. Seu estômago retorceu e o bile subiu por sua garganta, porém ela o fez retornar. Não podia se dar ao luxo de passar mal agora.
Estava pensando em o que pediria como recompensa. Admitia que antes havia feito o serviço por dinheiro mas agora estava pensando em algo mais brutal. Adoraria ter a notícia de que aquele povo foi eliminado do mapa e adoraria ainda mais se ela fosse a causa da destruição deles o que com certeza seria, mas precisava descobrir mais já que a única coisa que sabia sobre eles é que era os únicos dos continentes que usava vermelho e adoravam guerras.
Romeu adentra os aposentos, radiante.
- Obrigado, você foi ótima em encontra-los.
- Não me agradeça, eu não fiz isso de graça - o lembra. - Inclusive, não quero mais o dinheiro.
Ele a olhou confuso.
- Mas você disse que...
- Eu quero matar o resto dos desgraçados que estavam lá e eu sei que o seu pai vai revidar - anuncia, rápido. - Quero fazer parte dos soldados que vai está designados pra essa missão.
Romeu estava perplexo.
- Você quer ajudar o meu pai?!
Ela faz expressão de nojo.
- Claro que não quero ajudar ele, eu quero me ajudar.
- Isso é algum tipo de vingança?
- Talvez, mas não é da sua conta - responde, pegando o manto que havia jogado no chão antes.
- Vingança não vai trazer não-sei-quem-você-tenha-perdido de volta - garante.
Ela joga o manto sob os ombros.
- Não quero trazer ninguém de volta dos mortos, bobinho - ela pisca um olho, retirando-se. - Eu volto amanhã para saber as novidades e fique de olho na sonâmbula da sua irmã! - grita no corredor.
- Esteja aqui cedo ou iremos te buscar! - grita de volta, ouvindo a risada dela do outro lado.
(...)
Hoje é dia de festival e embora Makva prefira ficar na floresta, ela sempre tirava um tempo para dançar no meio de outras pessoas. Sempre a ajudava esquecer seus problemas e focar em coisas mais importantes, como o agora. Havia crescido em um vilarejo distante da cidade em que morava agora e, graças aos Favks ela teve uma infância feliz, mas o fim que teve havia sido traumático.
Seu pai a ensinou atirar assim como a lutar, e embora sua força física fosse excepcional, nunca gostou de combates corpo à corpo e é por isso que preferia o arco e flecha. Sua família é de uma grande linhagem de metamorfos, porém ela nunca gostou de usar suas habilidades para se transformar em nada. Era sempre uma troca dolorida e para voltar ao normal deixava-a ainda mais doente.
Ela abriu seu baú de roupas usadas por outras garotas. Depois que perdeu sua família teve que aprender a se cuidar e isso envolvia fazer trabalhos com o quais não gostava e de dormir em lugares super desconfortáveis. Mas hoje não queria pensar em sua situação deplorável, é festa e isto merecia um vestido bonito. Ela pegou um branco que deixava suas suas pernas expostas e escondia a tatuagem de aranha em seu pescoço.
Calçou suas botas marrons que iam até acima do joelho e colocou suas luvas, deixando em seguida que seus cabelos caísse em cascadas em suas costas.
- Incrível como a cada dia eu fico ainda mais linda - beijou seu reflexo no espelho quebrado e se retirou.
As pessoas estavam aglomeradas perto da floresta, o som da flauta com o leve bater de tambor foi se espalhando aos arredores em uma melodia viciante incentivando todos a entrarem na roda para dançar. Mesmo que estivesse ansiosa para isto, Makva foi direto na mesa de bebidas se servindo de vinho em um cálice. Adorava estas festas inclusivamente por causa da bebida de graça e da comida deliciosa servida pelos aldeões.
Depois de vários goles, alguém se aproxima.
- É uma bela noite - elogia, tranquilo. - Aliás, eu sou Remold.
Estava tentada a dizer que não havia perguntado, mas hoje é dia de festa portanto tentaria ser uma versão melhor de si mesma. Ela se virou para ele com sua taça em mãos, um sorrisinho brilhando em seus lábios vermelhos. Estava idêntica a uma meretriz, contudo meio que ela se identificava como uma no momento que o vinho desceu por sua garganta.
- Olá, Remold. Me chamo Makva - estende a mão para que ele aperte. - E não sou muito ligada a astronomia o que significa que para mim todas as noites são iguais.
Ele sorriu, entendendo imediatamente o jogo para que se afaste.
- É sempre tão má com quem tenta se aproximar?
Ela bebe o conteúdo da taça, lentamente. Remold não é um homem feio, sua pele é escura e não havia nenhum rastro de que algum dia já tivesse tido cabelos, seu corpo é alto e absurdamente forte. Se fosse levar em conta as diferenças, ele com certeza a partiria no meio se quisesse.
Hmmm
- Acho que tenho uma aproximação melhor para você - direcionou-lhe um sorriso ardiloso. - Que tal me levar para conhecer o seus aposentos?
Ele não reclamou das intenções dela e mesmo se reclamasse não teve tempo de abrir a boca para retrucar já que a mesma estava ocupada, enquanto Makva o alimentava com sua carne ao redor de seu membro a noite inteira. E embora ele não tenha de fato a quebrado foi bom o suficiente para que ambos caísse por cima do corpo um do outro apenas quando os primeiros raios de sol se distinguiu pelas fresta de madeira.
(...)
Makva foi despertada de seu sono pesado quando ouviu um som alto atingindo a porta, quando deu-se por si estava cobrindo seu corpo nu com os lençóis finos da cama do desconhecido que dormiu na noite passada. Havia baixado a guarda porque era a primeira vez em anos que dormia em uma cama, mesmo sendo de palha.
Em sua frente estava Romeu com suas sobrancelhas erguidas.
- Estou surpreso de a ver nessas... condições.
Remold fez menção de se levantar, mas notou que estava nu então permaneceu sentado.
- O que está fazendo aqui?
- Nada contra você, senhor. Apenas vir buscar a nossa soldada - se curva.
Makva olha para o lado como se percebesse Remold agora, sua expressão instantaneamente se tornou uma careta.
- Eu dormir com isso?
O homem careca sente-se ofendido, sua expressão incrédula. Por algum motivo ele não parecia mais tão atraente quanto a noite passada.
- Não se sinta ofendido, cavaleiro - Romeu tenta o acalmar. - Na verdade, estou até surpreendido com o fato que ela possa se envolver com alguém que não seja o seu próprio reflexo refletido no espelho.
- Bem, isso não seria uma péssima ideia - processa a informação, levantando-se e deixando que o lençol descesse por suas pernas.
Romeu assim como os outros homens presentes estavam com a boca escancarada, completamente pasmo com a atitude dela.
- E ainda dizem que não tenho motivos para me admirar.