Amor, traiçoeiro amor
img img Amor, traiçoeiro amor img Capítulo 5 A conquista
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Capítulo 6 Troca de contatos img
Capítulo 7 Ele não vai ligar... img
Capítulo 8 O convite img
Capítulo 9 Um homem encantador img
Capítulo 10 Um bom sinal img
Capítulo 11 O almoço img
Capítulo 12 Duas opções img
Capítulo 13 Beijos e sorvete img
Capítulo 14 Apaixonada img
Capítulo 15 Foco img
Capítulo 16 Encontro entre casais img
Capítulo 17 Planos img
Capítulo 18 Um anel de presente img
Capítulo 19 Pronta para você img
Capítulo 20 Primeira vez img
Capítulo 21 Café da manhã img
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Capítulo 5 A conquista

_ Uma cerveja, por favor. _ Domenico pediu, assim que se sentaram em frente ao bar.

_ Você vem até uma boate chique dessas e pede uma cerveja? _ Guido zombou, enquanto pedia um martíni para si mesmo.

Domenico o encarou por um momento, antes de responder.

_ Tenho que dirigir depois, esqueceu?

_ Ah, é mesmo... _ Guido murmurou, sem graça. _ Então, posso contar com você para me deixar em casa, caso fique bêbado? Ou tem outros planos para essa noite.

Domenico pensou por um momento, antes de responder:

_ Eu te deixo em casa.

Guido arqueou uma sobrancelha, surpreso.

_ Não vai tentar embebedar a garota e levá-la para casa?

Domenico o encarou novamente.

_ Que tipo de homem acha que eu sou?

Guido desviou o olhar, envergonhado.

_ Foi mal, cara. _ ele falou.

O atendente do bar entregou as bebidas de ambos e Domenico deu um gole da sua bebida, enquanto se virava e olhava em volta.

A boate estava lotada àquela noite e várias pessoas dançavam no meio do salão, segurando suas bebidas, enquanto outras permaneciam sentadas em suas mesas, reservadas apenas para clientes VIP.

Seus olhos procuraram por ela, sem encontrá-la em lugar algum.

Paciente, Domenico bebeu mais um gole de sua cerveja, até que finalmente viu um grupo de garotas dançando a alguns metros de distância do bar.

Uma delas, com mechas loiras no cabelo, segurava a mão de uma loira, tentando convencê-la a dançar.

Domenico observou enquanto ela tentava deixar a vergonha de lado e se remexia, tentando imitar sua melhor amiga.

Domenico não saberia dizer quanto tempo tinha ficado ali, observando a garota dançar, até que Guido chamou sua atenção.

_ Eu vou me sentar lá na mesa. _ ele avisou, fazendo Domenico se voltar para ele. _ Se a amiga dela atrapalhar, você arruma um jeito de me avisar que eu dou um jeito de afastá-la de vocês, por algum tempo. Quanto as outras...

Guido fez um sinal para o lado, chamando a atenção de Domenico para as outras amigas de Carolina, que já estavam ficando bêbadas.

_ Ok. _ Domenico respondeu.

Assim que Guido se afastou, Domenico notou que Carolina falava algo no ouvido da amiga, antes de caminhar até o bar.

Virando-se de costas para ela, Domenico tomou mais um gole de sua cerveja.

_ Oi... Você pode me servir mais uma cerveja, por favor? _ Carolina pediu e o rapaz do bar assentiu, se virando para pegar a sua bebida.

Um minuto depois ele trazia uma garrafa de cerveja e encarou Carolina.

_ Sua identidade, por favor. _ ele pediu e Carolina murmurou alguma coisa antes de mexer em sua bolsa e pegar o seu documento.

_ Aqui está... _ ela disse, claramente constrangida.

_ Está tudo certo. _ o rapaz falou, antes de entregar o seu documento e a bebida. _ Sinto muito, mas são normas da casa.

_ Tudo bem... _ Carolina respondeu, antes de dar um gole em sua bebida.

Domenico permaneceu olhando para frente, tomando a sua cerveja com calma, até Carolina olhar em sua direção e franzir o cenho.

_ Você... _ ela falou, fazendo com que Domenico se voltasse para ela. _ Você é o garçom do restaurante Don Salvatore, não é mesmo?

Domenico franziu o cenho, fingindo que não a estava reconhecendo por um momento, antes de assentir.

_ Sim. _ ele respondeu.

_ O que faz aqui? _ ela perguntou, com um pequeno sorriso. _ Por acaso está me seguindo?

_ Ah... não. _ Domenico respondeu. _ Sempre venho aqui depois do trabalho, para relaxar.

Então ele tirou um cartão de membro VIP do bolso e mostrou para Carolina, deixando-a sem graça.

_ Ahh... _ ela murmurou, corando. _ Me desculpe. Fiz uma pergunta tão idiota...

_ Não se preocupe com isso. _ Domenico respondeu. _ Eu pensaria a mesma coisa, se estivesse em seu lugar. É muita coincidência, não é mesmo?

_ É sim... _ Carolina respondeu. _ Então, acho que já disse o meu nome lá no restaurante..., mas não sei o seu.

_ Domenico. _ Domenico respondeu. _ Mas, pode me chamar de Dom.

Carolina corou diante do seu olhar intenso e desviou os olhos por um instante.

_ Então, Dom... Há quanto tempo trabalha naquele restaurante?

_ Faz pouco tempo. _ Domenico respondeu. _ Na verdade, estive fora do país por um tempo e acabei de voltar.

_ Então, deve vir muito aqui, para conseguir um cartão de membro assim, tão rápido. _ Carolina falou e Domenico se xingou internamente.

Carolina parecia ser muito inteligente, então ele teria que tomar cuidado quando estivessem juntos.

_ Você tem razão... _ ele respondeu apenas, dando de ombros. _ Digamos que não tenho muito o que fazer em casa, então prefiro passar aqui e me distrair um pouco.

_ Não tem família aqui na cidade? _ ela quis saber, curiosa.

_ Não. _ ele respondeu, bebendo mais um gole de sua cerveja.

_ Eu tenho apenas o meu pai. _ Carolina contou, com um sorriso triste. _ Minha mãe morreu ano passado e...

Carolina parou, encarando Domenico por um momento.

_ O que foi? _ ele quis saber.

_ Desculpe. _ ela se desculpou mais uma vez. _ Nós acabamos de nos conhecer e eu já estou falando sobre a minha vida triste...

_ Como ela morreu? _ Domenico perguntou, ignorando suas últimas palavras e pegando Carolina de surpresa.

Ela hesitou por um momento, antes de responder:

_ Um acidente de carro. _ ela contou, girando a garrafa de um lado para o outro, antes de beber mais um gole.

_ Sinto muito. _ Domenico falou. _ A minha morreu de câncer, muitos anos atrás. Sei como você se sente...

_ Sinto muito... _ Foi a vez de Carolina dizer.

_ Quer mais uma cerveja? _ Domenico ofereceu e Carolina olhou para a sua garrafa praticamente vazia.

Estava tão concentrada na conversa de ambos, que ela nem percebeu que tinha praticamente esvaziado a garrafa.

_ É por minha conta. _ Domenico ofereceu mais uma vez, fazendo sinal para que o rapaz do bar trouxesse mais duas cervejas.

_ Não precisa... _ Carolina tentou negar, mas Domenico não lhe deu ouvidos.

_ Considere como um presente de aniversário. _ ele falou, oferecendo-lhe a garrafa de cerveja.

Carolina a pegou e Domenico ergueu a dele no ar, deixando-a confusa.

_ Um brinde ao seu aniversário. _ ele falou e Carolina ergueu sua garrafa, batendo-a suavemente na dele, antes de sorrir.

_ Obrigada. _ ela agradeceu, tímida, antes de beber.

_ Carolina, nós estamos indo ao banheiro! _ Alice se aproximou dela, avisando, antes de olhar para o homem ao seu lado e reconhecê-lo no mesmo instante. _ Oh... Bem, já estamos indo!

Alice piscou para Carolina, antes de se afastar com um sorriso repleto de malícia em seus lábios.

Carolina corou, torcendo para que Domenico não tivesse percebido isso.

_ Porque não estava lá dançando, com as suas amigas? _ Domenico quis saber, curioso.

Carolina suspirou, dando de ombros.

_ Digamos que eu adore as minhas amigas, mas não consiga ser como elas. _ ela respondeu. _ Não estou acostumada a tudo isso e... não sei se poderia me acostumar algum dia.

_ O que gosta de fazer, então? _ Domenico quis saber e Carolina sorriu.

_ Cozinhar. _ ela respondeu, corrigindo-se logo em seguida: _ Quer dizer, eu gosto de fazer bolos, pães, doces... essas coisas. Pretendo fazer um curso de confeitaria, mas meu pai quer que eu vá para a faculdade e, depois, assuma os negócios da família. Mas, eu acho que não nasci para administrar um hotel. Não consigo me ver rodeada de papéis e sendo obrigada a tomar decisões importantes.

_ Não há nada melhor do que fazer aquilo que gostamos. _ Domenico disse, brincando com a garrafa em suas mãos.

_ Então, você gosta de ser um garçom? _ Carolina quis saber, curiosa a seu respeito.

_ Não é sobre ser um garçom... _ Domenico respondeu. _ Mas eu também gosto de trabalhar na área de alimentação.

_ Entendo... _ Carolina murmurou, ficando em silêncio logo em seguida.

_ Bem, eu acho que vou lá procurar as minhas amigas. _ ela falou.

_ Não sei se estou sendo precipitado... _ Domenico falou, chamando a atenção de Carolina para ele, novamente. _ Mas, o que acha de nos encontrarmos novamente?

                         

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