Seja Minha
img img Seja Minha img Capítulo 4 Contrato
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Capítulo 6 Bombom img
Capítulo 7 Motivos img
Capítulo 8 Vergonha img
Capítulo 9 Estranhos img
Capítulo 10 Paixão e Luxúria img
Capítulo 11 Tensão img
Capítulo 12 Você ainda vai está aqui img
Capítulo 13 Ninguém img
Capítulo 14 Bomba Relógio img
Capítulo 15 Tudo ou Nada img
Capítulo 16 Karma img
Capítulo 17 Boa Menina img
Capítulo 18 Fome img
Capítulo 19 Acabou img
Capítulo 20 Não me ignore img
Capítulo 21 Rede social img
Capítulo 22 Lya img
Capítulo 23 De volta ao trabalho img
Capítulo 24 Química img
Capítulo 25 Esperança img
Capítulo 26 Bonequinha de Pano img
Capítulo 27 Positivo img
Capítulo 28 Travesseiro de Gato img
Capítulo 29 Dandelions img
Capítulo 30 Outra Pessoa img
Capítulo 31 Epílogo img
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Capítulo 4 Contrato

Os dois estavam sentados com o pé a cada lado do parapeito a dez andares abaixo com a maior parte do corpo apoiada no telhado. Mor fumava um cigarro enquanto observava a cidade movimentada e barulhenta. Nein esperava que ela falasse algo, já que ela mesma o havia arrastado pra isso.

- Desculpa, acabei agindo por impulso - ela da sua ultima tragada, jogando o cigarro do alto, vendo-o cair até sumir de vista.

- Admito que fiquei surpreso - confessa, sorrindo minimamente. - Sua relação com sua irmã não parece a das melhores.

Mor revira os olhos.

- Leu sempre tenta esfregar algo na minha cara, tentando ser superior de alguma forma, mesmo eu ignorando todas as investidas dela - abana as mãos com desprezo.

- Ela te ama, mas sente inveja - ele fala mais para si mesmo que para ela. - Também não tenho uma relação boa com os meus pais.

- O que eles querem pra você que você não quer? - ela pergunta, roendo a unha da mão.

- Como sabe que é isso?

Ela da de ombros.

- São os casos mais populares.

Nein sorrir, assentindo com a cabeça.

- É, verdade - concorda. - Mas, eu não sei o que realmente eles querem, sabe? Eu tento de tudo os agradar a todo momento, mas não é o suficiente - ele encara as próprias mãos.

- Talvez você simplesmente deva parar de tentar - joga os cabelos pra trás. - Ficar o tempo todo buscando aprovação é um objetivo bem triste.

Sutilmente ele pressiona a palma da mão na garganta.

- É automático... - seu celular toca dentro do bolso do paletó, ele o pega vendo na tela que era o seu agente. - Desculpe, eu preciso atender.

- Fique a vontade - diz, desviando o seu rosto para o outro lado.

Alguns anos atrás ela havia tido problemas com a irmã mais nova por conta dessas atitudes, mas admitia que sentia falta de ter alguém mais nova para implicar, contudo Letícia foi crescendo e se tornando uma mulher insuportável e gananciosa. E é justamente por isso que ela acabou seguindo os passos de sua mãe e arrumando um velho rico, mas ainda sim ela ainda não estava satisfeita, queira tudo o que Mor tinha e só não havia tido filhos porque era estéril.

Depois de alguns minutos, Nein desliga o aparelho.

- Eu preciso ir, ocorreram umas coisas no estúdio que necessito resolver.

- Tudo bem, eu entendo.

Ele se vira para ir embora, mas retorna.

- Você quer almoçar comigo amanhã?

- Claro, por que não?

Ele rir.

- Te mando a localização por mensagem depois.

Mor revira os olhos.

- Às vezes esse seu lado hacker me assusta.

Ele pisca um olho pra ela.

- Você ainda não viu nada - ele passa as pernas por cima do parapeito indo para o lado do telhado e pulando, saindo para fora.

[...]

- Ok, respira. Você consegue fazer isso!

- Por que está falando sozinha, mamãe? - Arte olhou para as mãos de sua mãe apertando o volante e depois para o rosto dela.

- Nada, minha princesa. Coloque uma música.

A pequena colocou um sorriso largo no rosto, se debruçando por cima do banco, para apertar o botão do rádio. A música era pop, com uma melodia deliciosa de um homem que provavelmente não conhecia. Talvez seja um desses raros talentos pelo mundo e só esteja fazendo sucesso agora.

- Minhas amigas amam o Rhys! - Arte voltou a se sentar, arrumando o sinto de segurança.

- Que bom que elas adoram corte de espinhos e rosa, mas não acho que isso seja leitura para crianças - Mor franziu a testa. - Eu não sabia que vocês já estavam aprendendo a ler.

- Do que a senhora tá falando, mamãe?

- Do Rhys?

- ele é um cantor!!

Oh.

- Ah, não faço a mínima ideia de quem seja ele, então - Mor suspirou aliviada, o que ela menos queria era ser a última a saber que sua filha sabia ler, ainda mais que ela lesse um livro que obviamente não era pra idade dela.

- Ele é o cara mais fomoso do mundo, mamãe!! Como a senhora não conhece? Papai odeia ele - Ela disse a última frase dando uma risadinha.

Mor riu também.

- Oh, meu deus. Você ainda não fez 5 anos, está crescendo tão rápido, pare imediatamente!! Tem certeza que não gosta mais de galinha pintadinha?

A pequena sorriu, mostrando todos os dentinhos que havia na boca.

- Papai disse que sou uma mocinha.

- Sim, mas ainda é a minha menininha.

Mor parou em frente a creche, tirando seu cinto, abriu a porta e saiu, indo até o banco de trás, para ajudar Arte.

- Se comporte, seu pai vem buscar você quando terminar - tirou o cinto dela, ajudando-a sair do carro.

- penxei que eu ficaria com você hoje - choramingou.

- E você vai, mas seu papai quer levar você pra tomar sorvete - Mor beijou a bochecha da pequena. - Mamãe ama você muito, muito, muito.

- Eu também amo você muito, muito, muito - Mor sorriu de orelha a orelha, dando um abraço apertado na menor.

Depois de se despedirem, Mor foi direto para o restaurante, onde seu provável namorado a esperava. Após entrar no estabelecimento, viu Nein ao longe, sentado em uma mesa distante, não muito longe dos olhares.

- Sério que precisava ser em um restaurante? - Mor fez careta, depois de se aproximar e afastou a cadeira para se sentar.

- Algum problema?

- Odeio comer rodeada de pessoas, mesmo que elas não preste atenção em mim - olhou ao redor, notando com insatisfação que havia muitos olhares para mesa deles. - Por que diabos estão olhando para cá? - reclamou, baixinho.

- Calma, não precisamos comer, é só que querendo ou não, se quisermos fazer isso mesmo, temos que ser visto em público ao menos uma vez - Nein passou a mão livre pelos cabelos, enquanto a outra segurava um cigarro.

Ela não havia notado no outro dia, mas ele parecia uma montanha de tão alto. A mesma segurou o fôlego automaticamente, sentindo seu rosto queimar. Ele é uma escultura perfeita feita a mão pelos deuses; olhos acinzentados, cabelos pretos e liso que passavam um pouco da orelha, mandíbula quadrada, boca pequena porém bem preenchida.

-... mas se isso te incomoda a gente pode ir para um lugar mais reservado.

- Não precisa, vamos conversar o que temos de conversar aqui - ela se ajeita no banco, balançando a cabeça para afastar esses pensamentos. Um garçom aparece enchendo sua taça de champanhe pela metade. - Obrigada.

- Enfim, eu trouxe um contrato - ele pegou algo que estava no chão, ao lado dos pés dele, logo estendendo sobre a mesa, Mor segurou, olhando para ele com a sobrancelha arqueada.

- Eu sou a Anastasia agora?

- O quê?

- Cinquenta tons de cinza.

- Ahn?

- Esquece - revirou os olhos.

Olhou os papéis, lendo tudo cautelosamente, mas logo voltou seus olhos para o homem sentado na sua frente, sobrancelhas arqueadas.

- "Sem contato físico há não ser que seja estritamente necessário para convencer as pessoas"?

- Sim.

- "Não se envolver com outros até o contrato acabar"?

- Algum problema?

- Algum problema? Pelo amor de Deus! Eu sou uma mulher independente, eu gosto de ser tocada. Então se você não vai fazer isso, quem vai?

- Você quer que eu te toque? - um sorriso malicioso brotou no seu rosto perfeito.

- Aí credo, não faz essa cara - fez uma careta, na esperança de que isso impedisse seu rosto de ficar vermelho.

- Me dê - ele estendeu a mão sobre a mesa, Mor lhe entregou os papéis.

Ele leu novamente, logo tirando uma caneta do seu colete.

- Vamos deixar essa clausura em aberto - disse e riscou algo no papel.

- Então vou poder me envolver com outras pessoas?

- Não, apenas comigo.

            
            

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